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Filosofia

O problema da demarcação
Pseudociência- Tipo de teoria ou atividade que procura fazer-se passar por científica, mas, que não é.
Cientismo- Doutrina que considera o conhecimento científico como única forma de conhecimento fiável, seguro e rigoroso

Ciência Senso comum


Sistemática Superficial
Metódica Impreciso
Critica Ametódico
Procura descrever e provar os fenómenos Assistemático
Utiliza linguagem técnica e rigorosa Eficaz no dia-a-dia
Utiliza linguagem natural

O que distingue a teorias científicas das não científicas?


A teoria é científica apenas se for empiricamente verificável pela experiência aquilo que ela afirma.

O critério da verificabilidade
Uma teoria é científica apenas se for empiricamente verificável (determinada através da observação ou experiência), ou seja,
apenas se for possível verificar através da experiência aquilo que ela afirma.

Afirmações verificáveis
-Algumas arvores tem mais de três metros Verificadas através da observação.
-A lua gira em torno da terra

-Existem microplantas em marte O valor de verdade desta ainda não foi estabelecido, mas é possível
conceber um conjunto. De observações que o possam estabelecer.
estabelecer.
Afirmações não verificáveis
-Certos anjos têm asas Estas afirmações não podem ser empiricamente verificadas, uma vez que o -
A porta do céu é feita de ouro seu conteúdo ultrapassa o domínio dos factos observáveis.
-A essência da realidade é de caracter mental

As suas objeções
Critica-A maioria das teorias é expressa em enunciados universais (todos...), mas é impossível observar todos os casos em
qualquer fenómeno.
Resposta- Basta observar um número suficiente de casos para poder dizer que uma teoria está confirmada.

Critério da falsificabilidade
Popper um dos principais críticos do critério da verificabilidade, propõe assim, em alternativa, o critério da falsificabilidade. Onde
o mesmo defende que uma teoria é científica apenas se for empiricamente falsificável, ou seja, apenas se for possível falsificar
pela experiência aquilo que ela afirma.

Afirmações falsificáveis
Todo o tipo de afirmações de que algumas formas podem vir a ser falsificadas (confirmadas)
Falsificada ¹ falsa
-Amanhã vai chover
-Ontem nevou na serra da estrela
-Todos os moradores de Sintra são homens

Afirmações não falsificáveis


Todo o tipo de afirmações de que forma alguma podem a ser falsificadas (não confirmada).
-Choverá algum dia
-Alguns pássaros falam
Conteúdo empírico-Informação que a teoria nos dá sobre o mundo que observamos.

Menos conteúdo empírico, menor grau de falsificabilidade


Mais conteúdo empírico, maior grau de falsificabilidade

1-O Ferro da torre Eiffel dilata quando é aquecido


2-Alguns ferros dilatam quando aquecidos
3-Todos os metais dilatam quando são aquecidos

O 3 é mais informativo (contem um maior conteúdo empírico) do que o 1. É mais abrangente, diz-nos mais sobre o
mundo, sendo assim então falsificável em maior grau.

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Qual é o método científico?
Perspetiva indutivista de Popper 1
4 fases:
1)Observação neutra, imparcial dos fatos ou fenómenos.
2)Formulação de hipóteses-através da indução o cientista formula uma explicação geral.
3)Experimentação/verificação- Faz-se uma previsão a partir da hipótese e procura-se verificar se realmente acontece
o previsto sim a hipótese é verificada/confirmada senão a hipótese é rejeitada.
4)Generalização. Generalizando se o resultado de todos os fenómenos daquele tipo são assim estabelece-se uma lei.

Críticas:
-A observação não é neutra.
-A observação não é um ponto de partida, mas sim um problema.
-A indução não é racionalmente justificável.
-Existem teorias sobre fenómenos observáveis.

Perspetiva falsificacionista de Popper


3 etapas:
1)Problema-Que surge quando as expectativas dos cientistas não são correspondidas pelos dados da experiência. 2)
Conjeturar/hipóteses.
3) tentativa de falsificação/refutação.-a hipótese resista aos testes podemos dizer que esta está corroborada ¹
Verificada/confirmada.

A perspetiva de Popper sobre a evolução da ciência


para Popper a ciência progride através do método das conjunturas e das refutações.
Para Popper é a possibilidade de as teorias científicas serem falsificadas ou refutadas que permite avançar progressivamente.
detetando erros ou falhas e propondo novas teorias. (O falsificacionismo exige do cientista que procure ativamente o erro numa
hipótese ou teoria se uma teoria resistir a estes testes significa que está mais abrangente do que as anteriores)

À medida que vamos aprendendo com os erros o nosso conhecimento aumenta.

Nova teoria (melhor do que anterior)


-Explica todos aspetos que a teoria anterior explicava.
-Elimina erros da teoria anterior.
-Resolve problemas que a teoria anterior não conseguia resolver.

Verosimilhança: o grau com que uma teoria capta a verdade: Uma teoria é mais verossímil do que uma teoria rival apenas no
caso de implicar mais verdades e menos falsidades do que essa teoria rival.

A perspetiva de Popper sobre a objetividade da ciência


Para Popper, a objetividade científica, é uma realidade porque na escolha entre teorias concorrentes só intervêm critérios
objetivos, sem a interferência de quaisquer aspetos subjetivos como por exemplo crenças religiosas ou preferências políticas
dos cientistas.
Critérios objetivos para avaliação das teorias científicas
-Sucesso em testes independentes.
-Capacidade explicativa.
-Capacidade de prever novos fenómenos.

1.O problema da demarcação diz respeito à distinção entre o que é ciência e o que não é ciência, o que separa o conhecimento
científico de outras formas do saber. Mais concretamente, pode ser formulado a partir da seguinte questão: o que distingue as
teorias científicas das que não são científicas? Geralmente, esta questão anda associada às seguintes: o que faz de um
enunciado uma teoria científica? Há algum critério de cientificidade das teorias? Se há, que critério é esse?

2. O critério de demarcação proposto pelos positivistas lógicos é o critério da verificabilidade. De acordo com este critério, uma
teoria é científica apenas se for possível verificar pela experiência aquilo que ela afirma.

3. O critério da verificabilidade foi rejeitado por alguns autores, como Popper, porque à luz deste critério muitos enunciados
que a ciência adota – a maioria das teorias têm a forma de enunciados universais –, em rigor, não são suscetíveis de ser
definitivamente verificados pela experiência. Neste sentido, como Popper notou, bastará um único caso de falsificação para
mostrar que uma teoria – que seria considerada científica segundo o critério da verificabilidade – não é satisfatória (por exemplo,
bastará a observação de um cisne negro para refutar a teoria segundo a qual todos os cisnes são brancos). O critério de
verificabilidade não é, por isso, um critério seguro e rigoroso nem suficiente para responder ao problema da
demarcação.

4. O indutivismo parte do pressuposto de que as teorias e leis científicas resultam de generalizações das relações entre
fenómenos particulares observados. O raciocínio indutivo é a chave para a construção do conhecimento científico. Por um lado,
as hipóteses científicas resultam de generalizações baseadas na experiência; a formulação das hipóteses pressupõe uma
explicação geral para as observações realizadas que depende de uma generalização indutiva. Por outro lado, no processo de
estabelecimento da lei geral, as hipóteses só passam a leis depois de serem confirmadas por um conjunto de experiências e
observações particulares. Assim, as teorias científicas só são consideradas verdadeiras (ou prováveis) se puderem ser
confirmadas, mediante a observação. Esta daria, como se diz no texto, um apoio probabilístico à teoria.

5. Em alternativa à perspetiva indutivista do método, Popper propõe o seu falsificacionismo, dando destaque ao processo de
refutação das hipóteses ou teorias científicas. O método da ciência é, segundo o filósofo, o método das conjeturas e refutações.
De acordo com este método, os cientistas partem de problemas, propondo hipóteses (ou conjeturas) para os resolver. As
hipóteses são depois submetidas a testes rigorosos que visam confrontá-las com casos potenciais que permitam provar a sua
falsidade (falsificação). Nesta fase, a observação e a experimentação desempenham um importante papel, pois os cientistas
procuram prever o que pode acontecer se as hipóteses estiverem corretas, e procurarão realizar observações e experiência
cujos resultados se mostrem incompatíveis com as previsões das suas hipóteses. Assim, se as hipóteses forem refutadas, é
necessário reformulá-las ou substituí-las por melhores hipóteses. Caso não sejam refutadas, são consideradas corroboradas,
mas não definitivas; na prática, os cientistas terão de continuar o processo de tentativa de refutação destas hipóteses ou teorias,
utilizando testes cada vez mais severos para as falsificar.

6.1. A história da ciência está marcada por episódios que parecem pôr em causa a perspetiva falsificacionista de Popper, que
faz da ciência uma atividade assente nas refutações. O texto apresenta um exemplo concreto: Newton e os seus seguidores
não abandonaram a teoria da gravitação, mesmo na presença de factos que aparentemente a falsificavam (como as observações
da órbita lunar).

6.2 Segundo Popper, a ciência avança por meio da eliminação de erros (refutação e teorias). As teorias científicas vão sofrendo
uma espécie de seleção natural: as teorias mais fortes - as que resistem aos testes - são as melhores; as teorias menos aptas
são eliminadas e dadas como erros. Para que constitua uma descoberta ou um passo em frente, uma nova teoria deve, pois,
entrar em confronto com a que a antecedeu. Assim entendido, o progresso na ciência acaba por ser sempre revolucionário. É
dessa forma que podemos compreender o contributo de Newton para o avanço da ciência, como um momento revolucionário
relativamente às teorias que antecederam a sua teoria da gravitação. Terá sido a atitude crítica de Newton que o terá levado a
procurar uma melhor explicação (uma melhor teoria, mais verosímil) do que as que a precederam, contribuindo, dessa forma,
para a aproximação da ciência à verdade.

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