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Científico III
MÉTODOS CIENTÍFICOS
Observações:
§ Quando da descoberta de uma relação constante entre duas ou mais
propriedades ou dois fenômenos, passamos deste particular para afirmação de
uma relação essencial e em consequência universal.
§ A extensão dos antecedentes é menos do que a conclusão que é
generalizada pela palavra “todo”.
§ O caminho parte do especial ao geral, do indivíduo á espécie dos fatos á lei
geral.
§ Passa-se dos indícios percebidos a uma realidade maior e revelados por
eles.
§ As informações a cerca dos eventos observados, casos ou fatos observados
para os casos ou acontecimentos não observados.
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Metodologia do Trabalho
Científico III
Leis regras do método indutivo
Observações:
§ No método dedutivo para que a conclusão fosse falsa uma das duas
premissas deveriam ser falsas.
§ Na conclusão confirmamos aquilo que na verdade já havia sido observado
nas premissas.
§ O método dedutivo reformula ou reafirma o que estava explicito nas
premissas.
§ Percebe-se que o método dedutivo busca explicar e dar veracidade às
premissas, enquanto que o indutivo tem o propósito de ampliar o alcance dos
conhecimentos.
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Metodologia do Trabalho
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Ex: Todos os estudantes que estudam passam nos exames.
Ora, se Henrique é estudante e estuda.
Logo, passará nos exames.
Segundo Karl R. Popper[2] (1935) a ciência deveria ser feita a nível hipotético-
dedutivo, em cujo contexto a experiência aparece como método de teste das
teorias e não mais como um critério de demarcação científica. Para ele a
ciência em momento algum consegue ir mais longe que suas hipóteses. Para
ele a ciência começa e termina com problemas. Então vejamos:
Partimos de um problema (P1), ao qual se oferece uma solução provisória –
uma teoria tentativa (TT), passando-se a criticar a solução com o objetivo de
eliminar o erro (EE); e assim criando outros problemas (P2, P3,...Pn).
Expectativas:
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Científico III
Segundo Popper todos nós temos com expectativas e no contexto destas é que
se dá a observação. Quando algo inesperado acontece, quando a expectativa
é frustrada a teoria caí em dificuldades, portanto a observação não é o ponto
de partida da pesquisa, mas o problema sim. O conhecimento vem sendo
construído por meio da evolução de velhos problemas para novos mediados
por conjecturas e refutações de coisas até então dadas como certas.
Problema:
O problema é o fato gerador que vai desencadear a pesquisa. Toda e qualquer
investigação nasce de um problema que pode ser teórico ou prático, e a partir
dele é que se estabelecerá que tipo de observações deva ser executado. Esta
proposta exige uma hipótese, conjectura e/ou suposição, que servirá de guia
ao pesquisador.
Conjecturas:
É uma proposta de solução do problema que deverá ser testada de forma
direta ou indireta, sempre dedutivamente do tipo: “Se.......então”. A conjectura é
lançada para explicar ou prever aquilo que despertou nossa necessidade
intelectual ou dificuldade/interesse no assunto, para tanto é essencial que
nesta conjectura (hipótese) seja possível fazer comparações (testes) e a
falseabilidade.
Falseabilidade:
A falseabilidade é a tentativa de eliminação dos erros. Uma das propostas
(dentre outras) consiste em falsear as consequências deduzidas ou derivadas
da hipótese (conjectura). Quanto mais falseável for uma conjectura mais
cientifica será mais falseável quanto mais informações e conteúdos empíricos
tiver.
Ex: O Sol brilhará amanhã no Brasil. (Pouca informação e difícil de falsear).
O Sol brilhara amanhã, as 06h25min em Porto Seguro com uma
temperatura será de 28º por 15 minutos, ou seja, até as 06h40min. (É
facilmente falseável; pois tem muita informação e conteúdo
empírico).
1- Colocação do problema:
§ Reconhecimento dos fatos – exame, classificação preliminar e seleção dos
fatos.
§ Descoberta do problema – encontro de lacunas.
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§ Formulação do problema – colocação de uma questão que tenha alguma
probabilidade de ser correta.
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Metodologia do Trabalho
Científico III
Ex: A planta toma o ar como elemento da vida, que a rodeia, em contra partida
libera o gás carbônico e vapor d’água, e essa interação ao mesmo tempo
modifica a planta e o ar.
5- A lei da Natureza – o cosmos - está em um estado de constante movimento.
A dialética entende que as coisas não estão estáticas, mas sim fazem parte de
um processo em constante mudança. O processo não produz coisas acabadas,
mas coisas em constante transformação – em processo – nada fixo, mas em
movimento, sendo que nada é imutável, tudo é um processo ininterrupto e
transitório.
Ex: Tomamos como exemplo um fruto e uma cadeira. Um fruto planta resulta
de uma flor, que resulta de uma árvore, que de fruto verde amadurece, caí,
apodrece, liberta sementes e se transforma em nova árvore, flor, fruto etc; se
nada interromper a sequência. A cadeira para existir precisa que uma árvore
seja cortada transformada em tábuas e/ou pranchas e submetida à ação do
homem para um processo mecânico e não dialético. A transformação não foi
proveniente da natureza e sim da ação de agentes externos.
[1] Cada uma das hipóteses que baseiam um estudo ou pesquisa, cuja qual
poderá redundar em conclusões.
[2] Karl Raimund Popper, austríaco naturalizado britânico foi um dos mis
influentes filósofos do século XX. Nascido em 1902 sua obra e contribuição
para ciência centra-se na proposta do falseamento da hipótese no estudo
científico. Suas concepções se afastam da proposta de F. Bacon no que se
refere ao empirismo quanto a verificação. Enquanto bacon propõe a verificação
da veracidade Popper supõe o falseamento da proposta.
[3] Termo traduzido do inglês “postdiction” que significa fazer previsões sobre
algo que tenha acontecido no passado. È uma especulação do passado
baseado em fatos/dados observados no presente. É uma proposta amplamente
utilizada na arqueologia, climatologia, análise financeira, investigação e ciência
forense.