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Agrupamento de Escolas de Santiago do Cacém

Filosofia 11.º Ano Profª Teresa Fonseca

Lição N.º 35

Sumário:
O método indutivo ou experimental e o método falsificacionista.

Objetivos a atingir:

a) Explicar em que consiste o método indutivo;


b) Explicar em que consiste o método falsificacionista.

Desenvolvimento:

O método indutivo ou experimental e o método falsificacionista

O método indutivista é a forma mais habitual de fazer ciência. Trata-se de um método que se suporta
no princípio da indução, generalizar depois de observar em número significativo de casos
particulares. Assim, este método constitui-se em quatro etapas; a primeira fase consiste em
observar, registar e classificar o que se observa. É claro que esta fase de observação deve ser
exaustiva, deve observar-se um número significativo de casos que nos permita, depois, generalizar. A
segunda etapa é a formulação de hipóteses. A hipótese é uma tentativa de explicação, baseada na
observação, que propõe uma verdade provisória elaborada com base nas relações e nos dados
recolhidos. A terceira etapa é a experimentação, é o momento em que as hipóteses são
confrontadas com a experiência, trata-se de por à prova as hipótese formuladas, recorrendo, para
isso, a recursos e técnicas laboratoriais. A quarta etapa é a generalização a partir da observação
efetuada, é a constituição de leis que expressam de modo geral o que se observou.

Partindo do critério da falsificabilidade, Karl Popper propõe um método científico, que se opõe ao
indutivismo, o método falsificacionista.
Este método desenvolve-se em três etapas: a primeira é a formulação de um problema – uma teoria
científica parte sempre de um problema, um fenómeno intrigante. Algo que não encaixa muito bem
nas teorias aceites até ao momento.
A segunda etapa é a apresentação da teoria como conjetura – o cientista propõe uma teoria de
maneira a resolver o problema. A teoria tem o carácter de uma conjetura, isto é, de um simples
palpite que talvez seja verdadeiro. Popper insiste na importância de se proporem conjeturas
ousadas. Uma conjetura ousada é falsificável num grau elevado e isso significa que corre um risco
considerável de ser refutada e que é muito informativa.

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A terceira etapa é a tentativa de refutação da teoria através de testes experimentais – nesta etapa a
teoria é sujeita a testes através da experimentação. Popper afasta-se do indutivismo, afirmando que
os testes devem ser tentativas de refutação. O que importa é expor a teoria a previsões arriscadas.
Se as previsões não ocorrerem, a teoria será refutada ou falsificada. Se as previsões ocorrerem, isso
nunca provará definitivamente que a teoria é verdadeira. Podemos continuar a aceitá-la enquanto
sobreviver aos testes, mas é de esperar que um dia a teoria será refutada, posta de lado.
Assim, diz Popper, o conhecimento científico é sempre falível: a nossa procura de teorias verdadeiras
sobre o mundo nunca nos dá a certeza de que essas teorias sejam efetivamente verdadeiras.

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