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primeiras, denominada de conclusão. Veja um clássico exemplo de raciocínio dedutivo
a seguir:
Conforme Lakatos e Marconi (2007, p. 92), esses dois tipos de argumentos têm
finalidades distintas – “o dedutivo tem o propósito de explicar o conteúdo das
premissas; o indutivo tem o objetivo de ampliar o alcance dos conhecimentos. ”
Analisando isso sob outro enfoque, podemos dizer que os argumentos dedutivos ou
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estão corretos ou incorretos, ou as premissas sustentam, de modo completo, a
conclusão ou, quando a forma é logicamente incorreta, não a sustentam de forma
alguma; portanto, não há graduações intermediárias.
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Além das críticas inerentes ao método dedutivo, o hipotético-dedutivo
acrescenta-se aquela que questiona o fato de as hipóteses jamais serem
consideradas verdadeiras; quando corroboradas, são apenas soluções provisórias.
Hipotético-dedutivo desfruta de notável aceitação, em especial no campo das ciências
naturais.
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realidade, pois considera que os fatos não podem ser relevados fora de um contexto
social, político, econômico etc.
Lakatos e Marconi (2007) apontam as leis da dialética. A Ação Recíproca
informa que o mundo não pode ser entendido como um conjunto de “coisas”, mas
como um conjunto de processos, em que as coisas estão em constante mudança,
sempre em vias de se transformar. As coisas e os acontecimentos existem como um
todo, ligados entre si, dependentes uns dos outros.
Em síntese, o método dialético parte da premissa de que, na natureza, tudo se
relaciona, transforma-se e há sempre uma contradição inerente a cada fenômeno.
Nesse tipo de método, para conhecer determinado fenômeno ou objeto, o pesquisador
precisa estudá-lo em todos os seus aspectos, suas relações e conexões, sem tratar o
conhecimento como algo rígido, já que tudo no mundo está sempre em constante
mudança.
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O método fenomenológico não é dedutivo nem empírico. Consiste em mostrar
o que é dado e em esclarecer esse dado. “Não explica mediante leis nem deduz a
partir de princípios, mas considera imediatamente o que está presente à consciência:
O objeto. ” (GIL, 2008, p. 14). Consequentemente, tem uma tendência orientada
totalmente para o objeto. Ou seja, o método fenomenológico limita-se aos aspectos
essenciais e intrínsecos do fenômeno, sem lançar mão de deduções ou empirismos,
buscando compreendê-lo por meio da intuição, visando apenas o dado, o fenômeno,
não importando sua natureza real ou fictícia.
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1.7 Método Observacional
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O método comparativo ocupa-se da
explicação dos fenômenos e permite analisar
o dado concreto, deduzindo desse “os
elementos constantes, abstratos e gerais.”
(LAKATOS; MARCONI, 2007, p. 107).
Centrado em estudar semelhanças e
diferenças, esse método realiza
comparações com o objetivo de verificar semelhanças e explicar divergências. O
método comparativo, ao ocupar-se das explicações de fenômenos, permite analisar o
dado concreto, deduzindo elementos constantes, abstratos ou gerais nele presentes.
Algumas vezes, o método comparativo é visto como mais superficial em relação
a outros. No entanto, existem situações em que seus procedimentos são
desenvolvidos mediante rigoroso controle e seus resultados proporcionam elevado
grau de generalização.
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O método clínico baseia-se numa relação
profunda entre pesquisador e pesquisado. “É utilizado,
principalmente, na pesquisa psicológica, cujos
pesquisadores são indivíduos que procuram o
psicólogo ou o psiquiatra para obter ajuda. ” (GIL, 2008,
p. 17). O método clínico tornou-se um dos mais
importantes na investigação psicológica, em especial
depois dos trabalhos de Freud (GIL, 2008). Sua
contribuição à Psicologia tem sido muito significativa, particularmente no que se refere
ao estudo dos determinantes inconscientes do comportamento. No entanto,
enfatizamos que o pesquisador que adota o método clínico deve se precaver de
muitos cuidados ao propor generalizações, visto que esse método se apoia em casos
individuais e envolve experiências subjetivas.
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encontram-se elaboradas de tal forma que ambicionam se constituir como “quadros
de referência”, subordinando outras teorias e sugerindo normas de procedimento
científico. Alguns desses “quadros de referência” ou “grandes teorias” chegam mesmo
a serem designados como métodos. É o caso do funcionalismo, do estruturalismo, da
“compreensão”, do materialismo histórico e da etnometodologia. Vejamos:
Tabela 1
Tabela 2
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