Saulo da Paz Timóteo

**Capítulo 3 e 4: Métodos de Pesquisa**

A discussão, sobre a importância dos métodos de pesquisa na produção do conhecimento

científico, o entorno desse debate é diferente de outras formas de conhecimento. Um
camponês sabe o momento certo da semeadura e outros saberes que acompanham o rito
do plantio e é considerado como um conhecimento popular que adquire de geração em
geração, é um saber empírico e com uma educação informal, com feitio repetitivo, imita o
que seus antepassados fizeram, uma experiência pessoal, um saber limitado,
diferentemente dos saberes científicos.

O conhecimento científico, é historicamente mediado com treinamento apropriado,

conduzido por meio de procedimentos científicos, explorando e na busca para explicar
“porquês” e os “como”. Embora é do compreendido as bases científicas, com métodos e
afins, o saber popular não tem distinção do científico, afinal há uma busca racional e pelo
objeto, o que difere são os métodos e a particularidade no discernimento por meio de
métodos.

Marconi e Lakakos, aponta que nem sempre a ciência não é o caminho da verdade, a
observação está tanto para o cientista como para o homem comum. A ciência e o senso
comum, buscam o mesmo fim, ser racionais e objetivos e neste momento há uma
separação neste caminho bifurcado. Para o senso comum, não haja conquista além de
sua objetividade e racionalidade limitada. O autor pontua que na ciência encontramos
provas deste avanços, a busca da verdade, é constituída com fundamentos e passíveis
de verificações, sendo racionais ou com uma objetividade que desarraiga do ponto de
vista antropocêntrico.

Observamos que o conhecimento popular no sentindo amplo abrange, esferas superficiais

e conforma-se com a aparência, sensitivo referente a emoções diárias, subjetivo ao
organizar suas experiências que adquire em suas vivências ou pelo ouvi dizer,
assistemático e acrítico, sem uma manifestação crítica.

A existência de quatro tipo de conhecimento, o popular, científico, filosófico e religioso e

alguns aspectos convergem entre si e outros não. O conhecimento popular é falível e
inexato, o filosófico apresenta um sistema valorativo e não é verificável, o religioso tem
suas proposições valorativas por serem sobrenaturais e finalmente o científico é real,
contem sua veracidade ou falsidade, sistemático com um saber ordenado e é um
conhecimento falível em virtude de não ser definitivo.

O que é a Ciência e como se apresenta? Possui em suas estruturas objetivas e

finalidades, com discernimento, entre as leis gerais e as características comum. Tem
como função aperfeiçoar a relação do homem com seu mundo e seu objeto divide-se em
material aquilo que se pretende estudar e formal com enfoque especial.

O método e os seus conceitos, afinal toda ciência se caracteriza pela utilização de um

método científico. O método e a história e como desenvolveu-se, o método se desenvolve
desde que homem se socializa, e vive em comunidade. Desde os primórdios até hoje em
dia, os pontos de interrogações contribui de forma significativa para o avanço científico,
foram os “porquês e os como”.
Segundo Bunge, o método científico é a teoria da investigação, com alcance em seus
objetivos de forma científica, quando se propõe a cumprir as etapas do descobrimento do
problema, com a colocação precisa do problema, procura relevante de conhecimentos ou
instrumentos, tentativa de solução do problema com auxílio do meios identificados,
invenção de novas ideias, obtenção de uma solução, investigação das consequências
prova e comprovação e correção das hipóteses, teorias, procedimentos ou dados
empregados na obtenção da solução incorreta. Nestas etapas, podemos observar um
fluxo que resultam em duas respostas a conclusão ou o inicio de um novo ciclo e o dado
inicial é um problema, com explicação ou a busca da explicação.

A caracterização do método indutivo, é um processo mental por intermédio do qual,

partindo de dados particulares, suficientemente constatados, infere-se uma verdade geral
ou universal, não contida nas partes examinadas. Envolve as coleta de dados, e com uma
observação são formuladas hipóteses ou teorias que possam explicar padrões
identificáveis. É então uma premissa que encerram informações acerca de casos ou
acontecimentos observados. Passa-se pelo raciocínio, do indícios percebidos, a uma
realidade desconhecida por eles revelada. um caminho de passagem vai do especial ao
mais geral, dos indivíduos às espécies. A extensão dos antecedentes é menor do que da
conclusão e quando da descoberta uma relação constante entre duas propriedades ou
dois fenômenos, passa-se dessa descoberta à afirmação de uma relação essencial.

O método dedutivo parte de uma teoria geral para chegar a conclusões específicas, inicia
com uma premissa geral ou uma teoria ampla, formula hipóteses específicas para serem
testadas empiricamente, é possível utilizar o raciocínio lógico em deduzir as com
consequências, logo se todas as premissas são verdadeiras a conclusão é verdadeira e
toda informação estava no conteúdo da premissa implicitamente, embora nem sempre os
argumentos são colocados de forma padrão.
O método hipotético-dedutivo, é a combinação dos elementos dedutivos e indutivos com
hipóteses ou suposição. O entendimento desse método parte de um problema que
oferece uma espécie de solução provisória, uma teoria tentativa que critica a solução
visando eliminar o erro, similar com a dialética e segue renovando em si mesmo dando o
surgimento a novos problemas.
A Leis da Dialética, não há um acordo entres os diferentes autores quanto ao número das
leis fundamentais do método dialético. A denominação do método Dialético é uma
apresentação que variam, de ação recíproca, unidade polar ou “tudo se relaciona”,
negação da negação com a mudança da dialética ou “tudo se transforma”, da quantidade
à quantidade ou mudança qualitativa e a interpretação dos contrários, contradição ou a
luta dos contrários. Para a dialética as coisas são analisadas na qualidade de objetos
fixos, mas em movimento: nenhuma coisa está acabada, sendo que nada existe de forma
isolada mas o todo unido em coerência.