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Matrícula: 201901322629
Disciplina: Pesquisa em Psicologia
A ciência traz zonas de sentido para o fenômeno estudado, pois ela organiza, de
forma racional as relações estudadas empiricamente. A ciência também é constituída
por paradigmas e modelos que trazem soluções para os pesquisadores, durante um
determinado tempo, até serem substituídos por outros. Paradigma pode ser definido
como um grupo de descobertas cientificas de conhecimento geral que fornecessem
tanto respostas quanto possibilidades de pesquisas a um grupo de pesquisadores.
Assim, um paradigma engloba uma forma de ver fenômenos e também traz
crenças que permitem um filtro quanto às interpretações de mundo. Portanto, na
aceitação de um paradigma estão incluídos também os aspectos subjetivos do sujeito,
o que implica na aceitação ou rejeição de paradigmas externos.
Em sua construção, a ciência apresenta ciclos paradigmáticos, que se
complementam ou se confrontam. Assim, a progressão ocorre tanto pela confirmação
das hipóteses de pesquisa quanto pela sua negação, dentro de um modelo
paradigmático. Essa movimentação da ciência e dos paradigmas leva a substituições
das teorias por outras mais abrangentes e à revisão de outras. Essa evolução ocorre
através de ciclos, onde há uma acumulação de aproximações sucessivas, onde um
ciclo evolui as teorias e descobertas dos ciclos anteriores.
Toda pesquisa cientifica requer uma teoria e um método de procedimento. A
teoria fornece um conjunto de regras que assegura a explicação de um conjunto de
fatos (fenômeno). O método consiste em formular, propor e colocar a prova hipóteses.
O modelo teórico embasa a teoria, sendo uma representação lógica abstrata que busca
ordenar e explicar fenômenos específicos. A teoria e o método se constituem como
pilares do estudo científicos, possibilitando o estudo dos problemas relacionados ao
foco da pesquisa.
No viés psicológico, o pesquisador em psicologia recebe influências histórico-
culturais tanto internas quanto externas, o que interfere no modo como ele enxerga os
fenômenos e a realidade. A experiência do pesquisados, suas interpretações e visões
estão envolvidas na investigação, o que provoca uma dificuldade de controle das
variáveis. Essa dificuldade fica mais evidente na pesquisa qualitativa em psicologia
clínica, pois nela há um processo mais personalizado de investigação.
A metodologia de pesquisa qualitativa em psicologia clínica traz que a ciência
psicológica é uma construção da subjetividade humana, dentro de um determinado
paradigma. Assim o próprio processo da investigação interfere no objeto da pesquisa,
trazendo o conceito de indeterminismo, onde o pesquisador interage e atua ativamente
no que pretende estudar, pois sua realidade se mistura com a do objeto. Essa pesquisa
qualitativa em psicologia clínica não busca uma verificação direta dos resultados, mas
apontar um sentido para aquele fenômeno estudado, dentro de uma realidade.
Os instrumentos utilizados, juntamente com os processos usados, tornam o
pesquisador em psicologia um construtor de informações, pois permitem que ele esteja
em diversas posições durante a pesquisa. Dessa forma, a pesquisa qualitativa em
psicologia clínica é sempre uma pesquisa-ação, já que conforme a ação vai ocorrendo,
ela vai sendo analisada e o processo vai sendo modificado. Esse tipo de pesquisa
busca realizar uma integração entre os eventos e os processos, sendo que algumas
dessas relações só fazendo sentido dentro do processo, se vistas através de um
contexto específico.
6. Pesquisa qualitativa: Análise de discurso versus análise de conteúdo.