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Um breve resumo sobre a história da psicologia humanista.

Para início do estudo sobre pressupostos filosóficos da ciência moderna,


objetos de estudo da psicologia humanista e seu dilema; concepção
epistemológica dentre outros temas, é necessário saber como a própria
psicologia humanista surgiu.

Pois bem, a psicologia humanista surgiu em um momento pós guerra, na


América do norte onde os psicólogos humanistas foram conta a psicologia
behaviorista e seus métodos, pois não concordavam com a pesquisa
behaviorista em animais pois o ser humano é algo complexo e bem diferente
de animais, ou seja, a pesquisa com animais não os dava um completo
entendimento da complexidade e integridade do ser humano. Outro ponto
discordado era que os temas a serem pesquisados pelos behavioristas
dependiam exclusivamente do método experimental e contrapartida dos
humanistas nos quais acreditam que os temas devem ser escolhidos mediante

sua importância para o ser humano e também para a ciência psicológica.

Para os psicólogos humanistas a motivação do ser humano é intencional e ela


própria se motiva, muito diferente dos behavioristas com suas idéias reativas e
mecanicistas. Para terminar as divergências entre as duas correntes, os
humanistas afirmam que mesmo se fosse possível fazer um manual contendo
todos os comportamentos do ser humano não seria possível saber sua
natureza pois segundo a teoria da gestalt um indivíduo é muito mais do que a
totalidade de seus comportamentos, sendo assim, para os humanistas o
homem é um todo, completo por si só, indivisível ou seja, uma gestalt.

Os humanistas também discordam da idéia psicanalítica de Freud quando diz


que o homem é o resultado de suas pulsões e escravo de suas fatalidades,
emoções e traumas de infância tornando a tornando uma psicologia frustrada e
pessimista (p.234).

A gestalt influenciou muito a psicologia humanista considerando o indivíduo


como um todo e relacionado com tudo, é algo irredutível e sua análise e feita
analisando o todo holisticamente e mais do que a soma de suas partes.

Apesar dos pontos positivos da psicologia humanista, de como ela trata o ser
humano como humano e não como um mero objeto de pesquisa, como um
todo e inserido no mundo, esta corrente ainda possui um grande problema,
pois seu conceito é muito difícil de ser compreendido e tende a indefinição para
a psicologia científica.
As cinco crenças da psicologia e seus pressupostos filosóficos

Há 5 crenças descritas no artugo sobre o objeto de conhecimento e o potencial


para adquirir o conhecimento, são elas: Realismo Ontológico: onde existe o
objeto a ser investigado, sem a necessidade da mente o observador notar. A
crença da Regularidade do Objeto acredita na estabilidade (não
necessariamente em todos os aspectos) do objeto estudado. Na terceira
crença, a do Otimismo Epistemológico, diz que usando o método correto é
possível aprender algo sobre o objeto de estudo; os Pressupostos Lógicos,
quarta crença, usa as leis básicas da lógica tradicional para compor
argumentos válidos e, por último, o Representacionismo, no qual afirma que
através da linguagem se dá a possibilidade de representar coloquialmente e
solidamente o mundo. Há também uma enorme crença que rege os ser
humano, a de que a matemática conduz o mundo, onde a natureza é estável e
tangível ou seja, podem ser descobertas.

A Psicologia humanista e seu objeto de estudo

O objeto da psicologia humanista obedece às características citadas acima e


segundo Abraham Maslow os pressupostos destas abordagens são: 1 – Cada
indivíduo possui uma natureza interior essencial, biologicamente
fundamentada, a qual é, de certa forma, “natural”, intrínseca, dada e, num certo
sentido limitado, invariável ou, pelo menos, invariante. 2 - A natureza interior de
cada indivíduo é, em parte, singularmente sua e, em parte, universal na
espécie. 3 - É possível estudar cientificamente essa natureza interna e
descobrir a sua constituição (não inventar, mas descobrir). (p. 27).

Vale ressaltar que o segundo postulado apóia de um modo subjacente a ideia


de que o indivíduo não é um ser totalmente condicionado por fatores
biológicos, sociais e psicológicos nos quais motivam sua composição. Ao
contrário do primeiro postulado, no qual certifica um domínio de pesquisa que
na tese poderiam ser determinadas normais naturais. Mediante a abordagem
do objeto de estudo da Psicologia, a abordagem humanista apresenta, por
conseguinte, uma revolução copernicana.

O Dilema da Psicologia Humanista

Os humanistas preferem que a tese de pesquisa da Psicologia não sejam


definidos mediante adaptação ao método experimental, mas sim pela sua
importância ao indivíduo como pela ciência psicológica. Assim, todas as
maneiras da experiência particularmente humana se tornam teses de pesquisa
para o psicólogo humanista. A maior parte dos temas dos assuntos de
pesquisa dos psicólogos humanistas, são dentre eles, a alegria, tristeza, amor,
ódio, sentido de vida, altruísmo, medo, a morte, amizade, criatividade, raiva,
sonhos, experiência de vida, etc; não é possível ser encontrado no livro de
estudos tradicionais da Psicologia, pois estes são suscetíveis a explicação
operacional, quantificação exata e manipulação em laboratório, ou então nem
mesmo suscetíveis a reprodução, pois são intangíveis. Ou seja, há uma grande
dificuldade primeiramente em quantificar o objeto da Psicologia e também a
complexidade do objeto de estudo da abordagem humanista, pois de qualquer
ângulo que se olhe a psicologia tem um objeto de estudo mais complexo do
que as outras ciências.

Na psicologia o ponto fundamental para sua dispersão é o problema da origem


o objeto estudado, o molde antropológico a ser adotado. Diante de um modo
geral o tipo de pesquisa pode ser gerado a partir de dois básicos modelos: a
pesquisa pode ser de cunho nomotético de idiográfico, onde a primeira tem
como objetivo adquirir teorias e hipóteses para aplicação generalizada se
sustentando numa crença ontológica da regularidade do objeto, isto é, que haja
relações significativas entre incógnitas antecedentes e conseqüentes. Na
pesquisa idiográfica, parte para ontologia na qual toma certa autonomia do
objeto estudado na psicologia, o ser humano, mediante aos condicionamentos
a ele coagidos. Enfim, a perspectiva nomotética visa desvendar o que causa o
comportamento na proporção em que a pesquisa idiográfica visa entender e
compreender as causas de sua expressão.

Wilhelm Dilthey (1945), propôs a diferença entre os tipos de pesquisa


psicológica, afirmando que as divergências entre o objeto de estudo do
conhecimento humano e o do conhecimento físico, declina- se em diferentes
maneiras de pesquisa e de orientação. Sua intenção não era dizer que o
indivíduo é racional e liberto e que os entes físicos não o são, mas sim que as
ocorrências físicas, ou seja, os fenômenos acontecem independente da
experiência do investigador, existindo por si só, ao mesmo tempo que os
fenômenos psicológicos surgem anteriormente à experiência do pesquisador e
inextrincavelmente inter- relacionados uns aos outros. Por isso Dilthey diz que
o fenômeno humano necessita ser retratado e compreendido em suas
interligações completas de sentido. A partir desta diferença a meio dos objetos
de pesquisa entre os conhecimentos físicos e os conhecimentos humanos e
passa a esclarecer a gênese de duas direções básicas de pesquisa na
Psicologia nas quais ele chamou de explicativa e compreensiva. A explicativa
ou construtiva, é o tipo de pesquisa vinda das ciências físicas que tende a
criação de um conjunto de teorias com um número demarcado de certos
componentes precisos, sem ambivalência além normas ou bases universais
gerenciando suas ligações, combinações e organização. Ou seja, a explicativa
usa a ciência moderna para a abordagem do fenômeno através de seus
métodos de investigação nomotéticos elaborando sempre teorias diferentes
afim de explicar os dados empíricos colhidos, esta foi uma grande dificuldade
que o psicólogo humanista Wertz (1998) baseando-se em Dilthey encontrou
nesta abordagem. Ele também constata que tudo o que se adquire com estes
dados empíricos tem possui uma validade em sua probabilidade e que
qualquer coisa relacionada a um indivíduo real é sustentado na indução na qual
não tem nenhum fundamento lógico.

Quais métodos usar

Na pesquisa humanista, apesar de serem diferentes métodos de pesquisa,


todos os métodos possuem três pontos em comum que pode-se encontrar nos
métodos clássicos da pesquisa psicológica. O primeiro ponto em comum é que
apesar do método ser experimentar, eles fixam que a abordagem deve ser
mais compreensível para a pesquisa psicológica, com o intuito no pleno
significado do que se é experimentado. O segundo campo em comum é que a
área onde essas pesquisas são realizadas é a área da vida no ambiente no
realista do mundo e da sociedade. E por fim, o último ponto em comum nos
métodos de pesquisa humanista, é a busca para esclarecer os sentidos e
significados que são vividos pelo entendimento de quem está passando a
determinada experiência. Todos os métodos acima foram para responder
metodologicamente que a Psicologia Humanista usou para uma ciência
psicológica, que para ela a fim de poder estudar o homem era necessário
objetivá-lo e desumanizá-lo.

Os psicólogos que seguiam o humanismo e utilizavam os métodos descritos


acima buscavam ter desenvolvido abordagens que pudessem entender a fundo
a vida psicológica no sentido de sua totalidade e significado, assim como ela se
mostra no ambiente do mundo real.

O problema é que nos métodos fenomenológico não há a necessidade de se


criar muitos argumentos, não se ponde encontrar identificação no objetos que
possuem um moderno conteúdo científico e sequer hemenêutico, no qual para
a abordagem é utilizado como uma maneira para se interpretar os discursos.

Rychlak e o dilema atual da psicologia


Segundo Rychlak, um dos maiores nomes do construtivismo e da Psicologia
atual, nas crenças principais apresentadas na aclaração das aceitações
epistemológicas e ontológicas da abordagem Humanista estão (1988, p.501-
505): 1) A origem da teoria apresenta diferença na da teoria da origem do
método pois a princípio do segundo não se pode obter a primeira. O princípio
acima se refere ao pensamento popperiano no não nos fornece de maneira
alguma uma teoria, pois foca-se apenas no teste. 2) Todas as aceitações
ontológicas, epistemológicas e metodológicas na Psicologia necessitam ser
válidas para o objeto do experimento tanto quanto para pesquisador. Sendo
assim, não é permitido contradição teórica na aplicação de iguais pressupostos
ao ser do experimentado e do pesquisador, já que a Psicologia sempre acaba
envolvendo certo nível de circularidade. 3) Para cada modelo de fatos
observados há x explicações, seja de um modo experimental ou de outra
maneira. Logo pode-se notar a crença popperiana quando se conclui que todas
as teorias passíveis de explicação para quaisquer que seja a lei da ciência,
elas serão sempre infinitas. 4) Os motivos convencionais e finais necessitam
ser reconduzir em seu direito absoluto na área explicativa de sua teoria. Ou
seja, a definição de agency ou do sujeito proativo e direcionado a objetivos, é
central e sem este não pode construir nenhum Psicologia digna.

Conclusão A alternativa oferecida por Rychlak (1994) para a resolução do dilema humanista é
de fato uma não-alternativa. Ao querer reintroduzir o domínio da legítima causalidade final na
explicação científica, ele está mantendo a imagem humanista de ser humano mas renunciando
à ciência moderna. A explicação científica nomotética só suporta causas materiais, eficientes e
formais, e isto por uma razão muito simples: só suposições a respeito destes tipos de causas
são falsificáveis. Caso fosse reintroduzida a causa final no domínio da explicação psicológica
científica, estaríamos renunciando a um dos critérios centrais da ciência moderna, a
falsificabilidade. Todos os comportamentos humanos seriam explicáveis em termos finalistas,
quaisquer que fossem, e como disse Popper (1975), aquilo que explica qualquer coisa, não
prevê coisa nenhuma. Aquilo que não prevê nada não é falsificável, e portanto não é científico.
Como argumentou Popper (1975) sobre as formas adlerianas e freudianas da Psicanálise, todos
os comportamentos humanos podem ser explicados retrospectivamente em termos de
vontade de prazer ou vontade de poder. Portanto, se qualquer comportamento possível e
imaginável pode ser explicado com base nestes tipos de finalidade, eles não tem finalidade
nenhuma: não prevêem nada e não informam nada sobre o mundo. Outro exemplo do caos
provocado quando explicações finalistas são inadvertidamente tomadas por explicações
científicas são os atuais abusos da Psicologia Evolucionista, que pretende explicar a presença
de toda e qualquer característica e comportamento do ser humano em função de uma
finalidade adaptativa magicamente transformada em causa formal (informação) e eficiente
nos genes. Hoje, o código genético é o flogisto universal da Psicologia Evolucionista: qualquer
característica ou aptidão humana é facilmente atribuída a um gene. A teoria da Evolução, uma
forma peculiar de teoria finalista, leva em última análise à afirmação de que toda ação humana
é motivada por uma finalidade adaptativa. Como afirma Daniel Robinson (1985b), você pode
até explicar a criação das geometrias não-euclidianas e das fugas de Bach com base em
“pressões seletivas”, o problema é que isso não é muito convincente. A adoção de uma
concepção de método científico não deve estar orientada pelo desejo de enquadrar como
científico o método que utilizamos para pesquisar nosso objeto de estudo. Ela deve estar
orientada pela percepção de que esta abordagem de método seria a mais adequada para
embasar nossa busca por conhecimento universal empiricamente falsificável. O conjunto do
conhecimento humano não é só composto pela ciência experimental, e qualquer uma de suas
áreas tem seu valor intrínseco e características insubstituíveis. Mas o fato é que há uma
espécie de conhecimento que o ser humano se acostumou a denominar ciência, a ciência
moderna, com suas características nomotéticas de universalidade e falsificabilidade. Atribuir o
termo ciência a outras formas de conhecimento humano não irá alterar o fato de que há um
conjunto de conhecimentos, dentro do espectro geral do conhecimento humano, que possui
essas características distintivas, e que continuará a ser almejado em virtude de suas extremas
capacidades preditivas e pragmáticas. A Psicologia Humanista almejava esta forma de
conhecimento, mas fracassou em manter seu projeto de Psicologia dentro do projeto mais
amplo da ciência moderna. Quando nos submetemos à falsa opção oferecida pelo Positivismo,
mesmo que rejeitando a princípio a degradação da imagem de seu humano como a Psicologia
Humanista, entramos num beco sem saída. Ficar entre destruir a imagem de ser humano para
adaptá-la a ciência ou destruir a imagem da ciência para adaptá-la ao ser humano, é um
dilema que não tem solução. No primeiro caso ficamos com uma imagem degradada da
condição humana, e um objeto que não se assemelha ao que é revelado em nossas próprias
experiências subjetivas. No segundo caso, como afirma o humanista Rychlak Castañon, G. A
(2007). Psicologia humanista: a história de um dilema epistemológico. Memorandum, 12, 105-
124. Retirado em / / , da World Wide Web
http://www.fafich.ufmg.br/~memorandum/a12/castanon01.pdf Memorandum 12, abril/07
Belo Horizonte: UFMG; Ribeirão Preto: USP ISSN 1676-1669
http://www.fafich.ufmg.br/~memorandum/a12/castanon01.pdf 121 (2004), temos outra
catástrofe: a Psicologia rejeita o método científico e assim rejeita seu status científico, como
também tudo o que o método científico tem a oferecer para legislar sobre teorias rivais. Não
se trata aqui também da outra forma que este mesmo dilema ganha de setores da Psicologia
Humanista, que consiste em escolher ou mesmo em dividir a Psicologia em uma ciência
nomotética e uma ciência idiográfica. O sentido não é questão da ciência, é questão da
filosofia. A distinção de Dilthey entre ciências naturais e humanas (Naturwissenschaften e
Geisteswissenschaften), o contraste metodológico de Max Weber entre explicação e
compreensão, entre causas e razões, separa não o campo entre dois tipos de ciência, mas sim
o campo onde a ciência pode atuar do campo que é domínio exclusivo da Filosofia. Como
afirma Robinson (1985b) a própria idéia de uma ciência do singular é um contra-senso. Toda
ciência só se estabelece com o estabelecimento de leis universais. Toda ciência é nomotética.
A investigação do individual pode se valer de técnicas surgidas das ciências nomotéticas, mas
ainda sim é sempre interpretativa e filosófica. Diz Robinson (1985b) sobre como a Psicologia
deve lidar com seus aspectos idiográficos: O que é proposto aqui não são os significados pelos
quais alguma nova ‘ciência’ pode ser criada para suportar tópicos idiográficos, mas a aplicação
de verdadeiros e testados métodos não-científicos de análise para estes problemas
psicológicos que são nomoteticamente inexplicáveis.(p.73) Esta tese é em parte considerada
pelo próprio Rychlak (1993), que não vê mais como se pensar uma disciplina psicológica
científica isolada da Filosofia. Ele propõe para o campo a importação do princípio da
complementaridade, de Niels Bohr. Para ele, uma vez que o fenômeno psicológico é
multicausado, não existe possibilidade de reduzi-lo a uma única esfera de causalidade, a um
único nível de explicação (físico, biológico, lógico ou social): ‘Explicar’ deriva do latim planare,
que significa aplainar ou nivelar. Um princípio psicológico de complementaridade tornará
evidente que uma explicação teórica deve ser reduzida (nivelada) para qualquer um dos
quatro níveis evidentes [Physikos, Bios, Socius, and Logos], cada um dos quais com status igual.
Nós não estamos falando de quatro níveis de explicação aqui. Os níveis não são ordenados em
hierarquia de dependência. Complementar não é reduzir um nível a outro. (Rychlak,1993,
p.939) Assim, creio que a tarefa que se impõe a todos aqueles psicólogos que não estão
dispostos a renunciar ao método científico e muito menos a uma imagem humanista do ser
humano é a criação de uma solução epistemológica para a complementaridade destes níveis
de análise, assim como para a abordagem científica e a abordagem filosófica dos fenômenos
psicológicos. Se há alguma esperança de unidade futura para a Psicologia, ela está em
conseguirmos definir uma fronteira legítima entre estes dois tipos de investigação. Em um
fenômeno multicausado como o psicológico, sempre haverá disputas de interpretações quanto
ao nível determinante na causação do comportamento, portanto, a unidade da Psicologia
nunca poderá acontecer nas interpretações metafísicas de seus resultados empíricos. Se a
Psicologia um dia se tornar uma disciplina unificada, acredito que sua unidade estará talvez
somente no consenso em relação ao método que devemos utilizar para investigar uma parte
de seus problemas. Se um dia esta utopia se realizasse, não seria mais necessário falar em uma
Psicologia Humanista científica, somente em uma Psicologia científica única, e uma das
interpretações filosóficas complementares desta: uma Psicologia Humanista filosófica.

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