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INSTITUTO PEDREIRENSE DE EDUCAÇÃO E EXTENSÃO - IPEDE

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Coelho Neto

2022
PSICOLOGIA APLICADA
CARGA HORÁRIA: 30 Horas

Competências
Interface Psicologia e Enfermagem;
Conhecer a psicologia da Saúde: perspectivas atuais e históricas;
Entender o ser humano como sujeito: comportamento, personalidade, mecanismos de
ajustamentos;
Distinguir os processos psicológicos importantes para a relação enfermeiro -paciente;
Saber o papel da Psicologia e suas possibilidades de aplicação no esclarecimento e
solução de problemas humanos.
Habilidades
Promover na interface Enfermagem;
Psicologia a criação de espaços para discussão de temas atuais que influenciam
direta ou indiretamente a atuação profissional do enfermeiro;
Conhecer as principais abordagens da Psicologia da Saúde;
Compreender o significado do comportamento humano: personalidade, aprendizagem,
mecanismos de ajustamento;
Identificar processos psicológicos envolvidos na relação enfermeiro-paciente; Discutir
o papel do enfermeiro na equipe multidisciplinar/interdisciplinar;
Reconhecer a função do enfermeiro no processo de humanização hospitalar
Bases tecnológicas
Breve história da Psicologia;
Personalidade: subjetividade, limites e diferenças;
Perspectivas Históricas e Atuais da Psicologia da Saúde;
O adoecer e a Hospitalização;
A Família;
A Morte e o Morrer;
Simbologia da Unidade de Terapia Intensiva;
Relação Enfermeiro/Paciente;
Equipe Interdisciplinar;
Atendimento Domiciliar;
Humanização.
Referências:
ANGERAMI-CAMON, V. A. (org). Novos Rumos na Psicologia da Saúde. São Paulo:
Pioneira, 2002.
MARCO, DE A. A Face Humana da Medicina: do modelo biomédico ao modelo
biopsicossocial. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2003.
KÜBLER-ROSS, E. Sobre a Morte e o Morrer. São Paulo: Martins Fontes, 1998.
Psicologia Aplicada à Enfermagem

1. HISTÓRIA DA PSICOLOGIA

A primeira ciência que se conhece desde as épocas mais remotas é a filosofia.


Esta ciência tem por objetivo a reflexão, o questionamento, a crítica, a fim de obter da
inteligência a sabedoria. A psicologia é uma ciência comprovada que tem suas origens
na filosofia. A palavra “psicologia” vem do Grego antigo psyque, que significa
“mente”, e logos, que significa “conhecimento ou estudo”, com o entendimento de
estudo da mente.
Tem-se afirmado que a psicologia é uma ciência com um longo passado, mas
com uma curta história, pois os povos desde a antiguidade sempre manifestaram a
preocupação com os problemas da alma e da vida humana. Vários pesquisadores
afirmam que o primeiro manual de psicologia vem da Grécia (390 A.C.), onde
Aristóteles escreveu sobre a alma. É a sua a tese de que o todo vem antes das partes e
portanto, mais que a somatória das suas partes. Outros filósofos e cientistas marcaram
sua importância como Santo Agostinho em 354 (método da auto-observação e o da
descrição da experiência interior), John Looke (papel das impressões sensoriais no
desenvolvimento das experiências), etc.

No século XIX, com o desenvolvimento do capitalismo, destaca-se o papel da


ciência, e seu avanço torna-se necessário para dar respostas e soluções práticas no
campo da técnica industrial. O conhecimento torna-se independente da fé, a
racionalidade do homem aparece. A noção da verdade passa a contar com o aval da
ciência. A fisiologia contribuiu para o surgimento eventual da psicologia como
disciplina científica, pesquisas fisiológicas precoces sobre o cérebro e o comportamento,
tiveram um impacto positivo na área. Por isso, contribuíram para a aplicação de
metodologias científicas no estudo do pensamento e comportamento. A partir daí, a
psicologia passa a definir seus objetos de estudo, delimitar seu campo, formular
métodos e teorias.

➢ PSICOLOGIA APLICADA A ENFERMAGEM

• O OBJETO DA PSICOLOGIA
Em que consiste a Psicologia? A Psicologia é derivada de palavras gregas que
significam "estudo da mente ou da alma". Hoje em dia é comumente definida como a
ciência que estuda o comportamento humano. Os psicólogos estudam os mais variados
assuntos entre eles: o desenvolvimento, as bases fisiológicas do comportamento, a
aprendizagem, a percepção, a consciência, a memória, o pensamento, a linguagem, a
motivação, a emoção, a inteligência, a personalidade, o ajustamento, o comportamento
anormal, o tratamento do comportamento anormal, as influências sociais, o
comportamento social, etc. Você é um profissional da área da saúde e, portanto, lidará
com pessoase irá se interagir com o ser humano.

O profissional de saúde deve sentir-se bem consigo mesmo se pretende fazer


alguém sentir-se bem. Ele não é um robô, nem tampouco o são as pessoas com quem
trabalham: pacientes, médicos, supervisores, enfermeiras, auxiliares de enfermagem e
familiares dos pacientes, cada um é um ser humano, semelhante e ao mesmo tempo
diferente dos demais seres humanos.

Principais teorias do século XX

Behaviorismo: tem como objeto de estudo o


comportamento. Essa teoria psicológica defende que
a psicologia humana ou animal pode ser objetivamente estudada
por meio de observação de suas ações, ou seja, observando o
comportamento.

Os Behavioristas acreditam que todos os comportamentos são resultados de


experiência e condicionamentos. As figuras influentes do Behaviorismo incluem os
psicólogos John B. Watson e B.F. Skinner, que estão associados ao condicionamento
clássico e ao condicionamento operante, respectivamente.

Psicanálise: É a linha mais conhecida pelo público, apesar de não ser tão
compreendida. Seu fundador foi Sigmund Freud (médico
alemão). Insatisfeito com os tratamentos para tratar
desordens mentais, passou a investigar as origens mentais
dos comportamentos. Destacou a motivação para o comportamento, a importância da
primeira infância na formação da personalidade, deu grande ênfase à sexualidade do
indivíduo o que gerou grande polemica na época. Esta abordagem explicou o
comportamento humano de forma radicalmente diversa das demais. Pela ausência de
experimentação, costumam ser rejeitadas pelos cientistas de laboratório. Segundo Freud,
a personalidade é composta por três grandes sistemas: o id, o ego e o superego.
ID - seria nossa parcela mais instintiva, que privilegia desejos, vontades,
ímpetos, sem conhecer freios morais e éticos.
EGO – por sua vez, surgiria como um “meio do caminho”
entre essas duas faces. Um mediador que escuta a natureza quase
animalesca do id, ponderando-as em conformidade às repreensões
do superego. Buscando o equilíbrio de suas partes.
SUPEREGO – seria um oposto. Sua característica é,
precisamente, impor limites de regras e condutas, consideradas
adequadas frente à cultura e boa convivência.

Nível de Consciência

Para Freud um conteúdo mental pode estar em um


dos três níveis de consciência:
consciente, préconsciente e inconsciente.
Consciente – inclui tudo aquilo que estamos conscientes em um determinado
tempo. Préconsciente (ou subconsciente) – se constitui nas memórias que podem se
tornar acessíveis a qualquer momento para o perfeito funcionamento da mente.
Inconsciente – são elementos instintivos e material reprimido, inacessíveis á
consciência e que podem vir à tona num sonho, num ato falho. O tempo não altera tudo
o que está guardado no inconsciente.

Gestalt: o indivíduo é visto como um ser holístico. Ou seja, como um todo, seu
corpo, mente, espírito e emoções. O ser humano é considerado um ser único, com sua
psique naturalmente saudável e como um indivíduo bom. As pessoas são seres ativos e
capazes de se desenvolverem, em busca da sua autorrealização.

O humanismo propõe uma abordagem terapêutica não-diretiva e centrada na


pessoa. Parte-se do pressuposto que é o indivíduo que possui a responsabilidade pela
condução e pelo sucesso do tratamento.

O humanismo é considerado como uma abordagem otimista. Enfatiza que todo


indivíduo deve se transformar na melhor pessoa que deseja e pode ser.

A psicologia humanista tem origem nos principais pressupostos de Abraham


Maslow, instituidor da pirâmide das necessidades. Foi na década de 1950 que Maslow
se tornou um dos fundadores e impulsionadores da escola de pensamento da Psicologia
Humanista.

O humanismo foi um movimento em contraposição à Psicanálise de Freud e


o Behaviorismo de Watson. Essa abordagem se diferenciava dessas teorias pois
defendia que o homem não era regido por um inconsciente e nem mesmo por fatores
externos. E sim, por fatores internos, como a motivação.

Pirâmide das necessidades

A nossa base precisa ser satisfeita para se chegar a autorrealização.

A psicologia é uma ciência biopsicossocioespiritual.

Para essa ciência o indivíduo é compreendido como um todo – corpo –


mente-espírito. Atualmente a sociedade começa a se preocupar com o papel das
emoções na vida do indivíduo, o poder da mente em sua vida; importância de
compreender melhor nossos comportamentos e emoções. Quanto mais controle de
nossas emoções, mais saberemos controlar e lidar com as experiências e situações
cotidianas. O nosso biológico, psicológico (emocional), social, e espiritual, sendo
levado em consideração como um todo, onde tudo precisa ser analisado.

PSICOLOGIA DO SENSO COMUM

A Psicologia busca a compreensão acerca de como o ser humano cria a sua


história, e o papel do psicólogo é utilizar essa ciência para conduzir uma pessoa à
autodescoberta, à compreensão sobre as suas dificuldades e a forma com que se
relaciona com o seu “mundo interior” e exterior. O segundo e não menos importante
objetivo do psicólogo é fazer com que o paciente seja o seu próprio psicólogo, atingindo
a sua própria independência.

As pessoas de alguma forma utilizam a psicologia em seu cotidiano, ou seja,


é uma disciplina que pertence á humanidade, portanto denomina-se psicologia do senso
comum, que é o conhecimento acumulado em nosso dia-a-dia. (Ex. o poder de
persuasão do vendedor, a jovem que usa seu poder de sedução para atrair o rapaz,
quando procuramos aquele amigo que está sempre disposto a nos orientar).
Esta pessoa tem o conhecimento acumulado que lhes permite explicar e
entender o problema ou nos ouvir de um ponto de vista psicológico. Contudo, o
conhecimento herdado, tradicional não é científico nem filosófico, nem possui rigor
cientifico.

2. PERSONALIDADE: SUBJETIVIDADE,
LIMITES E DIFERENÇAS

Subjetividade
Entendida como aquilo que diz respeito ao indivíduo, ao psiquismo ou a sua
formação, ou seja, algo que é interno. É compreendida como processo e resultado, algo
que é amplo e que constitui a singularidade de cada pessoa. A subjetividade é formada
na relação do sujeito com o outro, processo mediado pela linguagem e pelo contexto
histórico-cultural. Subjetivo é tudo aquilo que é próprio do sujeito. É o que pertence ao
domínio de sua consciência. É algo que está baseado na sua interpretação individual.

Personalidade
Conjunto das características marcantes de uma pessoa. É a explicação de que
existe um conjunto de peculiaridades em um indivíduo que o caracterizam e diferenciam
dos outros. A personalidade tem várias facetas que são consideradas como parte
integrante dela, e que influenciam as atitudes de cada pessoa.

A forma física pode influenciar na auto estima, de maneira positiva ou


negativamente alterando o comportamento e a percepção que a pessoa tem de si. O
temperamento é responsável pelo comportamento afetivo, à excitação e atenção. A
personalidade também é influenciada pela inteligência e criatividade onde, através dela,
consegue-se encontrar soluções diferentes para as coisas, havendo a abertura diante de
novas experiências, apresentando uma competência social, onde demonstra capacidade
de defender ou impor os seus interesses e a capacidade de construir relacionamentos.

A personalidade é ligada à postura de valores, a tendência de julgar


determinados objetivos, como a liberdade, ou disposições de ação como a honestidade,
como desejável ou não. As pessoas que tem uma postura curiosa valorizam as
novidades, já as ansiosas valorizam a segurança. A personalidade pode ser classificada
pelas atitudes, pela auto-estima, como o juízo que a pessoa faz de si mesma, o bem
estar, que representa também um traço da personalidade, e que tem a ver com a parte
subjetiva da saúde mental.

São termos com significados semelhantes. Porém, cada indivíduo constrói


sua personalidade, subjetividade e individualidade diferentemente do outro. Cada
indivíduo conhece seus limites, diferenças.
Portanto, nascemos com nossa personalidade, subjetividade e identidade, e
que vão sendo construídas com o passar do tempo. Existem as influências do meio e das
pessoas, mas, apenas o indivíduo tem o poder de definir quem ele será. Sim, a
personalidade é moldável, as suas limitações também podem mudar.

Então, qual a importância da psicologia para as profissões?

A mente é altamente complexa e as condições relacionadas a ela podem ser


difíceis de tratar. Entre os principais objetivos da psicologia estão descrever, explicar,
prever e melhorar o comportamento humano. O trabalho dos psicólogos é altamente
variado, mas todos compartilham um objetivo primordial. Esse objetivo é ajudar as
pessoas a terem uma vida melhor. Nossas vidas diárias são profundamente impactadas
pela maneira que interpretamos centenas de estímulos (positivos ou negativos) que
recebemos todos os dias. Ou seja, a qualidade de vida se dá quando estes estímulos são
corretamente absorvidos e significados, de forma a não prejudicar nosso viver.

Em conclusão, os psicólogos são hábeis em entender o papel que esses fatores


desempenham na influência da saúde, felicidade e bem-estar geral. Entrar em contato
com a psicologia te ajuda a adquirir uma compreensão mais rica das muitas maneiras
pelas quais a mente afeta sua própria vida. E todo e qualquer profissional precisa
aprender e adicionar em sua bagagem o ser psicólogo em sua escolha profissional.

 Ajuda a procurar entender as necessidades do indivíduo e


sociedade; além de dar estratégias e orientações para suprir e prevenir essas
necessidades.
 Ajuda o profissional a crescer emocionalmente para exercer a
empatia, compreensão, humanidade com os pacientes, familiares do paciente e
equipe de trabalho como um todo.
 Estuda o papel da inteligência emocional; contribuindo para o
amadurecimento do indivíduo. Através disso, ele irá ser capaz de lidar com
situações que antes não tinha controle emocional.

 Identifica distúrbios, problemas psicológicos, dificuldades


emocionais, traumas, falhas e procura meios de saná-los ou amenizá-los.
 Trabalha relacionamento intrapessoal e interpessoal.
 Um psicólogo clínico irá se encontrar com pacientes e realizar
avaliações para descobrir quais são suas preocupações. Assim sendo, observar o
que está causando alguma dificuldade, e recomendar ou fornecer tratamento. Por
exemplo, através de aconselhamento e psicoterapia. Além disso, psicólogos
podem ter outros papéis também.

3. PERSPECTIVAS HISTÓRICAS E
ATUAIS DA PSICOLOGIA DA SAÚDE

A Psicologia da Saúde é uma área recente, desenvolvida principalmente a


partir da década de 70, com um grupo de trabalho, na American Psychological
Association (APA), e, em 1978 foi criada a divisão 38, chamada Health Psychology,
em resposta a uma crescente área de prática e pesquisa. Apesar de ser uma disciplina
nova, a Psicologia da Saúde tem crescido rapidamente. A APA publica, desde 1982, a
revista Health Psychology, a primeira oficial da área. Seguindo a tendência, formou-se,
na Europa e logo depois em países do mundo organizações profissionais que visam
promover a pesquisa teórica e empírica e suas aplicações para a Psicologia da Saúde.
(simpósios, congressos reuniões).

Essa ciência não está interessada diretamente pela situação, que cabe ao foro
médico;

Seu interesse está na forma como o sujeito vive e experimenta o seu estado de saúde ou
de doença, na sua relação consigo mesmo, com os outros e com o mundo. Objetiva
fazer com que as pessoas incluam no seu projeto de vida, um conjunto de atitudes e
comportamentos ativos que as levem a promover a saúde e prevenir a doença, além de
aperfeiçoar técnicas de enfrentamento no processo de ajustamento ao adoecer, à
doença e às suas eventuais consequências (Barros, 1999).

A finalidade principal da Psicologia da Saúde é compreender como é possível,


através de intervenções psicológicas, contribuir para a melhoria do bem-estar dos
indivíduos e das comunidades (Teixeira, 2004).
Os quatro eixos objetivos da psicologia da saúde estão na:

PERSPECTIVAS HISTÓRICAS E ATUAIS DA PSICOLOGIA DA SAÚDE A


Psicologia da Saúde é uma área recente, desenvolvida principalmente a partir da década
de 70, com um grupo de trabalho, na American Psychological Association (APA), e, em
1978 foi criada a divisão 38, chamada Health Psychology, em resposta a uma crescente
área de prática e pesquisa. Apesar de ser uma disciplina nova, a Psicologia da Saúde
tem crescido rapidamente. A APA publica, desde 1982, a revista Health Psychology, a
primeira oficial da área. Seguindo a tendência, formou-se, na Europa e logo depois em
países do mundo organizações profissionais que visam promover a pesquisa teórica e
empírica e suas aplicações para a Psicologia da Saúde. (simpósios, congressos
reuniões). Essa ciência não está interessada diretamente pela situação, que cabe ao foro
médico. Seu interesse está na forma como o sujeito vive e experimenta o seu estado de
saúde ou de doença, na sua relação consigo mesmo, com os outros e com o mundo.
Objetiva fazer com que as pessoas incluam no seu projeto de vida, um conjunto de
atitudes e comportamentos ativos que as levem a promover a saúde e prevenir a doença,
além de aperfeiçoar técnicas de enfrentamento no processo de ajustamento ao adoecer, à
doença e às suas eventuais consequências (Barros, 1999).

A finalidade principal da Psicologia da Saúde é compreender como é possível,


através de intervenções psicológicas, contribuir para a melhoria do bem-estar dos
indivíduos e das comunidades (Teixeira, 2004).

Os quatro eixos objetivos da psicologia da saúde estão na:

 Compreensão;

 Intervenção psicológicas;

 Na contribuição para o bem estar;


 A manutenção da saúde e prevenção de doenças.

O que distingue o campo da Psicologia da Saúde de outros campos da Psicologia


é o fato que os indivíduos aqui atendidos têm, em geral, um problema ligado à sua saúde
física, de diversas ordens ou gravidades possíveis. Usualmente, trata-se de um indivíduo
que tem um problema orgânico relacionado a aspectos comportamentais ou emocionais.
A psicologia da saúde também é chamada de medicina comportamental ou psicologia
médica. Ela observa como o comportamento, a biologia e o contexto social que
influenciam a doença e a saúde.

Um médico muitas vezes olha primeiro para as causas biológicas de uma


doença. Um psicólogo da saúde focará a pessoa como um todo e o que influencia seu
estado de saúde. Isso pode incluir seu status socioeconômico, educação e histórico, e
comportamentos que podem ter um impacto sobre a doença, como o cumprimento de
instruções e medicação. Psicólogos da saúde geralmente trabalham ao lado de outros
profissionais da área médica em contextos clínicos.

Psicologia Hospitalar

A Psicologia Hospitalar é a especialidade da


Psicologia que disponibiliza para doentes, familiares
e profissional da equipe de saúde, o saber
psicológico, que vem a resgatar a singularidade do
paciente, suas emoções, crenças e valores. O
objetivo da Psicologia Hospitalar é a elaboração
simbólica do adoecimento, ou seja, ajudar o paciente
a atravessar a experiência do adoecimento através de
sua subjetividade.

De acordo com o Conselho Federal de Psicologia, o psicólogo hospitalar atua


em instituições de saúde, participando da prestação de serviços de nível secundário e
terciário da atenção à saúde, realizando atividades como: atendimento psicoterapêutico;
grupos psicoterapêuticos; grupos de psicoprofilaxia; atendimentos em ambulatório e
unidade de terapia intensiva; pronto atendimento; etc.

A Psicologia Hospitalar estaria então posicionada em um campo da atenção


em saúde:

“a atenção primária, que se dá nos postos de saúde com o intuito de tratar


alterações do estado de saúde mais simples; a atenção secundária, que se dá já em um
nível de especialidade, em geral em situação ambulatorial; e a atenção terciária, que é
prestada em hospitais. O nível de atenção terciária em Psicologia poderia ser o que se
convencionou no Brasil chamar de Psicologia Hospitalar”.

- O psicólogo oferece e desenvolve atividades em diferentes níveis de


tratamento, tendo como principal tarefa a avaliação e acompanhamento de
intercorrências psíquicas dos pacientes que estão ou serão submetidos a procedimentos
médicos, visando basicamente a promoção e/ou a recuperação da saúde física e mental.
- Promove intervenções direcionadas à relação médico/paciente,
paciente/família, paciente/paciente e do paciente em relação ao processo do adoecer,
hospitalização e repercussões emocionais que emergem neste processo.

Relação da Psicologia com a Enfermagem

É necessário aplicar a psicologia na área da enfermagem para que os futuros


profissionais possam aprender e compreender um novo olhar ao estabelecer seu
relacionamento com o paciente e seus familiares.
Segundo Melo a.al. (2014), no que tange a relação entre Psicologia e
Enfermagem, a Psicologia desempenha um papel importante na formação da área da
saúde, marcada pelo desenvolvimento de uma profissionalização centrada na
modernização cientifica, e teorização das práticas profissionais, com o objetivo
sobretudo de formar um novo perfil de enfermeiros e interferir no processo de
organização e consolidação da disciplina no campo da enfermagem.

No cotidiano de trabalho de um enfermeiro é exigido não só conhecimento


técnico para realização de suas condutas, mas acima de tudo um grande equilíbrio
emocional para lidar com as divergências que certamente aparecerão para observar
atentamente tudo àquilo que acontece em sua volta e poder concluir de maneira sutil
qualquer problemática. Segundo A psicologia direciona o enfermeiro para um campo
mais amplo de atuação, onde o pensamento arcaico de que cuidar se restringe em apenas
“colocar a mão sobre o paciente” para realização de procedimentos e técnicas vai
perdendo espaço.

Em contrapartida começa-se a adotar medidas que proporcione mais conforto


e bem-estar por meio de atitudes que são aparentemente simples como estar mais perto
do paciente nos mais variados momentos de sua hospitalização, principalmente em
casos de pacientes deprimidos, onde o enfermeiro se faz do paciente seu constante
acompanhante.

Há quem pense que o trabalho do enfermeiro se restrinja apenas ao paciente,


mas é muito mais complexo, visto que geralmente cada um deles traz consigo um
acompanhante, um membro de sua família, que sofre no aguardo de um pequeno gesto
de melhora, de uma expressão que não haja dor, de um apoio que o sustente nessa
trajetória tão difícil. Neste sentido é necessário o empenho do enfermeiro também no
acolhimento a este ente querido que no momento se encontra em desamparo.

Em relatos de depoimentos, profissionais de enfermagem afirmam que os


conhecimentos nessa área tão ampla que é a psicologia os auxilia a serem mais humanos
no que diz respeito ao próximo, afinal, lidam com vida, que por um certo período se
encontra fragilizada e sem motivação. Assim, a psicologia, é essencial para o vínculo de
confiança e uma recuperação mais satisfatória desse paciente.

Conclui-se que a psicologia é relevante para que se possa ajudar na resolução


dos problemas da equipe, problemas que possam estar ocorrendo não só no trabalho,
mas também pessoalmente, afinal mesmo que seja preciso separar problemas pessoais e
do trabalho, na maioria das vezes isso não é tão simples e acaba afetando muito o
processo produtivo. Um enfermeiro que consegue lidar com estas questões contribui
para construção de uma boa equipe de enfermagem.
4. O ADOECER E A HOSPITALIZAÇÃO

A doença é um fenômeno social, ou seja, todas as pessoas em algum


momento da vida poderão adoecer ou já adoeceram. Dependendo do diagnóstico, uma
hospitalização se torna necessária. O ambiente hospitalar provoca no sujeito vários
sentimentos e um profissional habilitado para lidar com essa situação se torna
imprescindível neste processo.

A doença mostra como é frágil a nossa condição existencial. A subjetividade


do sujeito está diretamente ligada ao seu adoecimento. Cada sujeito é singular e mesmo
portadores da mesma doença, passarão por este processo de maneira diferente. A órbita
da doença está organizada para se observar a reação do sujeito diante de situações
difíceis que podem surgir em sua vida. O psicólogo hospitalar sempre vai tratar o sujeito
de forma singular, assim como qualquer outro profissional. É preciso trabalhar com a
subjetividade (que é algo fundamental para o sujeito hospitalizado), mas que muitas
vezes é deixada de lado.

A DOENÇA

No preâmbulo da Organização Mundial da Saúde (OMS) 1948, a saúde é


definida como um estado completo de bem-estar físico, mental e social. Pensando sobre
essa perspectiva, a doença se trata de uma interrupção desse estado, que pode ser em
apenas um aspecto, mas que influenciará em todos, visando o sujeito como um todo. A
saúde e a doença são fenômenos sociais, pois resultam de fatores múltiplos. As doenças
possuem tanto aspectos psicológicos quanto sociais. Nesse sentido, adoecer produz um
desequilíbrio na vida do sujeito podendo causar um sofrimento psíquico.

A pessoa com uma doença crônica convive por muito tempo com a doença.
Essa perda de saúde pode lhe causar uma dor emocional. Não é a dor que a doença traz
que incomoda, é algo mais subjetivo: é a dor de saber-se doente, de perder a condição
de sadio.
Quando se têm uma doença crônica, há mais vulnerabilidade de entrar em
crise emocional, pois a doença estará ali por tempo indeterminado, há uma ameaça
constante. Ter sua saúde afetada, significa muito mais do que apenas estar doente,
significa perder algo que lhe é fundamental na vida. A doença pode surgir devido a uma
alteração ou variação do ambiente em que o sujeito vive. Pode aparecer quando ocorre
uma mudança repentina no seu estilo de vida. Algo que o tira de um lugar já definido,
onde ele esteja adaptado. Esse fator externo o influencia diretamente tanto em seu
aspecto psíquico como social, podendo então levá-lo à uma manifestação no estado
físico.
Dizer que o indivíduo faz sua doença, significa que a evolução desse percurso
vai depender da maneira como ele está dando significado para ela. Toda a situação que
faz parte desse processo também é importante e tratada de maneira subjetiva. Isso nos
mostra que o tratamento e a cura dependem não só do tratamento físico, mas também do
psicológico. A forma com que cada indivíduo encara a sua doença pode auxiliar seu
progresso. O profissional de psicologia passa a ter um papel muito importante nesse
processo. A doença pode ser definida como uma situação de perdas. Perde-se muita
coisa quando se adoece, coisas físicas, psíquicas, em muitos casos até mesmo a vida.
Perde autoestima, a esperança, a rotina, o trabalho, contato direto com amigos e família,
a liberdade. Algumas perdas podem ser reais outras imaginárias, mas perde-se também
algo muito valioso, a saúde.
Quando a pessoa adoece é necessário que ela dê um significado para essa
doença, para esse momento. Caso isto não ocorra, uma questão subjetiva surge e
sintomas psíquicos começam a aparecer. As significações devem ser elaboradas para
que haja uma reorganização psíquica.

A ÓRBITA DA DOENÇA

O sofrimento tanto físico quanto psíquico vivido pelo sujeito adoecido, em


muitos casos produz uma instabilidade psíquica que se chama de órbita. Quando o
sujeito adoece, ele entra em uma espécie de órbita. Os seus sentimentos em relação à
doença variam de acordo com a situação vivida naquele momento. A doença passa a ser
algo central na sua vida, tudo gira em torno dela. O sujeito pode entrar por qualquer
posição, também se fixar em alguma ou regredir para a anterior.

Na negação, a pessoa identifica a doença mas não o adoecimento, ela não aceita
adoecer. Existe o estado de choque, a descrença. Na posição de negação a pessoa pode
agir como se a doença simplesmente não existisse, ou então minimiza sua gravidade e
adia as providências e cuidados necessários. É o famoso “empurrar com a barriga”,
deixando para amanha a consulta com o médico, a realização de determinado exame, o
início de um tratamento, etc.

Na posição de revolta já existe uma evolução, a pessoa sente raiva por estar
doente, nessa posição ela já se vê doente. Nesse momento o sentimento de raiva é o
mais dominante. A pessoa se irrita com a situação que está passando. Ela se frustra ao
perder o domínio da situação, que a tira de um lugar cômodo onde possui as rédeas, para
um lugar de incertezas, dor e desprazer. A revolta geralmente se inicia como frustração,
e é fácil observar que uma pessoa frustrada primeiramente se irrita para depois se
deprimir.
Ja a depressão aparece em forma de desânimo, um cansaço, uma exaustão.
Ela frustra a o prazer, a liberdade, a rotina. Na posição de depressão, a pessoa é tomada
pela doença. Há um cansaço extremo. Ela se cansa de tudo, até mesmo do tratamento.
Parece não existir uma saída, e um sentimento de perda passa a prevalecer. Há uma
tristeza profunda que faz com que a pessoa nessa posição fique numa posição passiva, o
movimento pela busca da saúde não tem mais importância. Sua vida perde a graça, nada
mais parece ter sentido, nem mesmo a morte. Na depressão a pessoa se entrega
passivamente a sua doença. É como uma desistência, nada espera do futuro e pode
mesmo se negar a qualquer esforço quanto ao tratamento. Não costuma ser uma fase de
desespero; é muito mais de desesperança, onde a pessoa não acredita que possa ser
curada, ou então a cura possível não interessa em razão das perdas que acarreta.

E por fim, o enfrentamento fecha o ciclo, é o momento da elaboração e da luta.


Nesse momento a pessoa passa a viver o real. Há uma reorganização dos seus
pensamentos que deixam de ser negativos e fantasiosos para positivos e de luta. A
pessoa já é capaz de produzir uma mudança de hábitos e criar uma ação positiva para o
seu progresso. Essa mudança de posicionamento coloca a pessoa doente em luta com
aquilo que ela quer modificar.

Escuta Qualificada/Acolhimento Desenvolver a empatia Para cuidar de alguém


de maneira correta, é positivo ter como característica a empatia. Ela consiste na
capacidade de uma pessoa se colocar no lugar da outra. Ou seja, propicia compreender
por que um indivíduo está se comportando de determinada forma. Ao captar o estado de
espírito de um paciente, o técnico em enfermagem pode pensar em formas de
abordagem que o ajudem a ganhar a confiança dele. Essa iniciativa é fundamental para
criar uma relação mais sadiaentre ambos. Além disso, ajuda ao profissional de saúde ter
mais paciência para conviver com quem está em tratamento. Mostrar serenidade e boa
vontade é indispensável para manter o ambiente em harmonia, o que é muito importante
para a recuperação.

• Aprimorar a escuta

A psicologia na enfermagem está presente em um fator crucial para qualquer pessoa se


sentir respeitada: o direito de ser ouvido. Se o técnico em enfermagem mostra interesse
no que o paciente tem a dizer, é um passo valioso para iniciar uma boa parceria entre
ambos. Saber ouvir deve ser uma característica de todos os profissionais de saúde.
Mesmo que o outro não esteja dizendo algo relevante, é válido prestar atenção no que
está sendo comunicado. O simples fato de estar disponível para interagir é uma prova de
afeto do profissional de saúde pelo paciente. Em momentos difíceis, qualquer apoio é
bem-vindo. Isso não pode ser ignorado em hipótese alguma.

• Ter foco no diálogo

O desenvolvimento da escuta é determinante para técnico em enfermagem ter uma


relação harmônica com o paciente. Também possibilita iniciar o diálogo de maneira
construtiva. Com base no que o outro está comunicando, é possível abordar assuntos
que mantenham a conversa por mais tempo. A boa comunicação é peça-chave para o
tratamento ser realizado com transparência e respeito ao próximo. Uma palavra de
conforto ou de otimismo faz uma grande diferença no dia a dia de pessoas que estão em
tratamento médico. Mesmo que o tema da conversa seja trivial, mostrar carinho pelo
paciente é algo que faz bem para a autoestima. Além disso, indica que ele está em um
ambiente que prioriza um atendimento humanizado.

• Priorizar as capacitações

A busca por melhoria contínua está presente em todos os profissionais. No caso dos
técnicos em enfermagem, isso não é diferente. Por isso, a recomendação é participar de
treinamentos que propiciem mais conhecimento técnico e habilidades para se relacionar
com o público-alvo de maneira construtiva. À medida que aplica a psicologia na
enfermagem, o profissional se mostra mais disposto para ajudar o paciente a ter mais
qualidade de vida. Afinal, o aspecto emocional tem uma grande influência em nossa
saúde.
5. A FAMILIA

A família, estrutura constituída como um todo organizado, sofre mudanças


importantes e impacto emocional relevante, durante a hospitalização de um de seus
membros. As angústias, medos, sofrimentos e dúvidas aí estarão presentes, assim como
as incertezas do tratamento e prognóstico. O contato com a equipe de saúde se torna
relevante e o trabalho da Psicologia Hospitalar tem fundamental papel junto a este
grupo.

Assim como o paciente, a família também se depara com dificuldades no


enfrentamento da situação de adoecimento de um de seus membros. A situação da
família se constitui de estresse permanente, sofrimento interno, elevação de ansiedade,
medos do desconhecido, e apreensão quanto às decisões a tomar, e situações a enfrentar.
Neste contato com a nova situação, a internação a família pode se defrontar com
diversas dificuldades, como:

1. Falta de informações adequadas sobre o estado de seu ente querido: nem


sempre a equipe de saúde sabe o que informar à família, sobre o estado do paciente, ou
mesmo tem disponibilidade interna e/ou externa para tal;

2. Ritmo de vida incompatível com horários hospitalares: na vida atual,


apressada, agitada e cada vez mais complexa, é comum que não se tenha tempo
disponível, durante o dia , para visitas e acompanhamento de pacientes em internação
hospitalar.

3. A família, nem sempre tem contato fácil com o médico responsável pelo caso,
dado o estilo de sobrecarga de trabalho da categoria médica em nosso país. Com esta
dificuldade, à família faltam, além de importantes informações, apoio deste profissional,
que em muito poderia auxiliar no enfrentamento de situação tão crítica quanto esta, na
vida de uma família.

4. Responsabilidade frente a decisões difíceis: não raro, a família se vê frente a


exigências de tomadas de decisões angustiantes (amputações, medicamentos,
procedimentos invasivos, internação em CTI, etc), enfrentando situações com intenso
nível de ansiedade e dúvidas.
É frente a esta situação de desestruturação, que a família necessita lançar
mão de defesas egóicas, nem sempre adequadas. Quando isto ocorre, aumento de
fragilidade, regressão, aumento de dependência, infantilização, sentimentos de culpas e
remorsos podem ser comumente apresentados.

É neste momento que a família precisa de ajuda! É aí que ela se sente


insegura, desabando, ansiando por um apoio efetivo, por uma compreensão profunda de
sua situação, de um ambiente que lhe possa devolver o equilíbrio,a segurança, a força,
enfim, a estabilidade.

Aqui, a presença dos profissionais se torna fundamental, e pode funcionar


como o diferencial deste momento existencial familiar. O profissional traz, com sua
compreensão teórica e habilidade técnica, a possibilidade de auxílio na reorganização
egóica do todo familiar, frente ao sofrimento atual. Facilita a elaboração de fantasias,
medos e angústias próprios de um momento como este. Pode dar suporte ao
enfrentamento da dor, sofrimento e medo da perda do paciente.

Um profissional que se predispõe a cuidar do paciente e família, precisa se


questionar de seu real preparo para tal desempenho profissional. Sua formação teórica e
suas horas de prática o auxiliarão a lidar com situações sempre inéditas de sofrimento e
angústias humanas. A consciência e atitude ética, capacitarão melhor o profissional ao
desempenho da tarefa profissional tão árdua: acolhimento a parentes de pacientes
internados na instituição hospitalar.

➢ ANSIEDADE

Um dos maiores problemas da mente é encontrar meios para resolver ou amenizar a


ansiedade. A ansiedade é um aumento esperado ou previsto de tensão e pode aparecer
em uma situação real ou imaginária. A ansiedade tem sintomas similares ao medo,
estado que possui uma função importantíssima para a sobrevivência e adaptação ao
ambiente. É o que nos permite lutar ou fugir, por exemplo, diante de alguém que não
respeita a lei ou de um motorista que não viu o sinal ficar vermelho.

Quando a reação é tão intensa que nos impede de nos proteger e lutar de forma eficaz, é
desproporcional ao estímulo ou torna-se crônica, há enorme sofrimento e perdas - é
quando a ansiedade vira doença. Além do chamado transtorno de ansiedade
generalizada (TAG), existem outros, como pânico, fobias e ansiedade social. O estresse
pós-traumático e o transtorno obsessivo- compulsivo (TOC) também são classificados
como transtornos de ansiedade.

• Quais os sintomas de quem sofre de ansiedade?

As manifestações envolvem desde sensações subjetivas de medo e apreensão, além de


pensamentos catastróficos e sintomas físicos. O corpo todo pode ser afetado pela
liberação de substâncias como a noradrenalina e o cortisol, que ativam a atenção,
aumentam a pressão sanguínea e os batimentos cardíacos para preparar o organismo
para reagir. Sem perceber, a pessoa inala mais ar do que precisa (hiperventilação), o que
piora tudo: “Diminui muito o nível de gás carbônico no sangue, acionando receptores
que ficam nas carótidas e que mandam sinais equivocados ao cérebro”, relata Fernanda
Sassi, médica do ambulatório de transtorno de personalidade. A ansiedade é uma
sensação que se manifesta através de vários sintomas, fazem parte da vida de muitas
pessoas, principalmente moradores nos centros urbanos.

• Sintomas Físicos – Sudorese, falta de ar, hiperventilação, boca seca, formigamento,


náusea, "borboletas” no estômago, ondas de calor, calafrios, tremores, tensão muscular,
dor no peito, taquicardia, sensação de desmaio, tonturas, urgência para ir ao banheiro,
nervosismo, problemas digestivos (prisão de ventre, enjoos, gases), fome exagerada,
falta de apetite, etc. Esses sintomas indicam que seu emocional não está bem.

• Sintomas Psicológicos – Apreensão, medo, angústia, inquietação, insônia, dificuldade


de concentração, incapacidade de relaxar, sensação de estar “no limite”, preocupações
com desgraças futuras, pensamentos catastróficos, de ruína ou adoecimento medos sem
sentido, sentimento exagerado de irritação, ingestão exagerada de bebidas alcoólicas ou
calmantes, mania de perfeição, medo de críticas, medo de errar, sentimentos de inveja,
etc.

➢ O QUE DEVEMOS FAZER?

Aprender a lidar positivamente com nossas ansiedades, não mascarando nossos


sentimentos, mas tentando entender as causas deles. Se a ansiedade não for entendida,
resolvida ou descarregada, poderá ameaçar o corpo e a mente através da negação ou
deformação da situação e a isso damos o nome de Mecanismo de Defesa. Todos os
mecanismos de defesa podem ser encontrados em pessoas saudáveis, e sua presença
excessiva é, via de regra, indicação de possíveis problemas neuróticos.

➢ DEPRESSÃO

É uma doença afetiva causada por alterações químicas no cérebro, que afeta seus
pensamentos, sentimentos, saúde e comportamento. Pode ser causada por fatores
biológicos e por fatores psicológicos. É uma doença afetivaou do humor. A depressão
ocorre quando um dos neurotransmissores químicos chamados serotonina (molécula
responsável pela transmissão de impulsos nervosos) que regula o humor, o sono, o
apetite, a memória, a agressividade, estão em desequilíbrio.

O indivíduo apresenta sintomas de generalizar situações de forma negativa. Entre os


fatores desencadeadores da depressão, estão: doenças físicas, medicamentos, drogas e
álcool genéticos e história familiar, personalidade. Percebe-se que uma pessoa está
deprimida quando permanece apática, tristonha, chorando por qualquer motivo, sem
vontade de realizar alguma atividade, etc.

Psicologia – busca de causas e trabalho com as mesmas, ou auxilio para que a pessoa
estabeleça objetivos em sua vida, recuperando o entusiasmo em viver. Entre os
medicamentos estão:

a. Tranquilizantes – que acalmam os sintomas dolorosos, como angustia perturbações


sexuais, perturbações do apetite, do sono, etc. São ostratamentos de apoio ao tratamento
antidepressivo.

b. Antidepressivos – ajudam a restaurar o equilíbrio das substâncias químicas no


cérebro.
Consequências fisiológicas do excesso de estresse:

• Males menores: taquicardia, gastrite, alergias e problemas respiratórios;

• Males maiores: ataque cardíaco, derrame cerebral ou outros distúrbios fatais;


Consequências emocionais do excesso de estresse:

• Aumento das tensões físicas e psicológicas;

• Mudanças nos traços de personalidade;

• Enfraquecem as restrições de ordem moral e emocional;

• Depressão e sensação de desamparo;

• Autoestima diminui de forma aguda.

Tratamento: exercícios físicos, técnicas de autocontrole e relaxamento; alimentação


equilibrada; tratamento psicológico específico.

➢ NOÇÕES DE PSICOPATOLOGIA Está ligada a diversas vertentes, porém é foco de


muitos estudos nas disciplinas de psicologia, psiquiatria e corpo teórico psicanalítico.
Na Psicologia faz parte da Psicologia Clínica, Psicologia Geral e Psicologia ligada às
neurociências entre outros. Ou seja, pode ser caracterizada como o estudo descritivo dos
fenômenos psíquicos “anormais’, estudando gestos, comportamentos, expressões e
relatos auto descritivos do enfermo”.

Essa área do conhecimento busca estudar os estados psíquicos relacionada a sofrimento


mental do individuo. É um estudo que pode ser compreendido por vários vieses, com
diferentes objetivos, métodos e questões, pois além de ter como base disciplinas como a
biologia e a neurociências, ainda constitui-se de outras áreas de conhecimento como
psicologia, antropologia, sociologia, filosofia, linguística e história. Portanto, o
sofrimento mental é compreendido pela combinação desses saberes.

6. A MORTE E O MORRER

Morte : em latim = cessação completa da vida, da existência).

A morte faz parte do processo de desenvolvimento humano e está presente


em nosso cotidiano. Diferentes profissionais – especialmente os profissionais da saúde –
interagem com o processo de morte e morrer na sua atividade profissional. Entretanto,
além de estarmos inseridos num contexto sócio-histórico de negação da morte, a
formação profissional caracteriza-se pela ênfase nos aspectos teórico-técnicos.
Considerando que a compreensão sobre a morte influencia na qualidade de vida da
pessoa e também na maneira como ela interage na sua atividade profissional com o
processo de morte e morrer.

Falar de morte não é algo comum. Costumamos pensar na vida somente


como planos, sonhos, conquistas, perspectivas, chegadas, etc., e anulamos o fato da
finitude, da partida, das perdas do fim, ou seja, da morte que também é parte do ciclo da
vida. É importante ressaltar que falar no assunto é fundamental para entendermos e
sabermos como lidar de forma mais ajustada quando este chegar.

São várias as formas de definir morte e


morrer. Semanticamente, morte significa
“destruição, ruína, fim. O fim da vida animal ou
vegetal”. No sentido figurado morte é definida como
“uma grande dor. Pesar profundo. No sentido
cultural: “Uma entidade imaginária da crendice
popular representada em geral por um esqueleto
humano armado de foice com a qual ceifa as vidas””.
Do ponto de vista filosófico, a morte é vista como
uma condição inerente ao ser vivo, sendo esta a única
certeza que se tem do desdobramento da existência humana. Assim, “morrer não é
tornar-se outro, mas vir a ser nada ou transformar-se em absolutamente outro”.

Outros autores, a definem como um referencial para o estudo da compreensão


da vida, não significando apenas a destruição, mas, mostrando que o ciclo da criação e
da destruição é eterno. É um acontecimento que completa a existência humana o que
significa que cada pensamento, cada emoção, cada gesto e cada passo na vida aproxima
o homem da morte.

Verifica-se que há uma diferenciação semântica entre esses fenômenos,


porem, no geral, é entendida a morte como um fenômeno individual e único, um
momento em que se encerra a vida biológica. Ela pode ser acompanhada por outra
pessoa, mas é vivida apenas por quem está morrendo.

Já o morrer é um processo que ocorre ao longo da vida e que precisa ser


compreendido existencialmente. Assim, ele pode ser experimentado, mas a morte
nunca. Seguindo esta linha de pensamento, o morrer está pontuado por sucessivas
mortes que antecedem a morte final; ocorrendo, desse modo, a cada momento da vida.
Sendo assim, essas duas questões devem ser compreendidas e respeitadas da mesma
forma que se tenta compreender a vida e suas fases.

Entretanto, no dia-a-dia tem-se dificuldades para entendê-las e enfrentá-las,


como um acontecimento integrante de nossa existência que, tal como o nascer, será
vivido por todos: uns mais cedo outros mais tarde. O ser humano não está preparado
para aceitar a imposição de que seu destino é morrer e prefere acreditar que a morte é o
começo de uma nova vida infinita.

A vida é sempre vista separada da morte, a qual é concebida e vivenciada


como um fracasso. Com essa visão, há o esquecimento de que a partir do momento em
que se nasce, tem-se idade suficiente para morrer pois que a vida e a morte chegam
juntas ao mundo. Esta idéia não é fácil de ser assimilada pela lógica natural, biológica
do ser vivo que nasce, cresce, torna-se adulto, reproduz-se, envelhece e morre.

Fala-se dela o menos possível usando-se de eufemismo ao fazer-lhe alusões,


no intuito de mantê-la distante do mundo dos vivos. É um tema interditado, ignorado.
De uma forma geral, faz-se sua representação através de figuras mórbidas, nebulosas,
sombrias. O silêncio, a negação, a dissimulação, envolvem-na como se fosse possível
eliminá-la da vida.
O individuo não tem o medo da morte em si. Mas, o medo do morrer.

Morte e morrer e suas diferenças

Acredita-se que o vazio da morte seja menos sentido que o morrer. A morte
talvez seja mais amena, menos dolorida, especialmente quando se acredita que ela leva
ao encontro da paz tão almejada pelo homem durante sua vida. Já o ato de morrer, este
sim, é doloroso, às vezes cruel, pois envolve as perdas diárias da caminhada da vida
que, de um modo geral, levam ao sofrimento tanto físico quanto emocional. O que se
deseja é que ele venha sem dor, sem a tão temida dor física, e que traga consigo a morte
repentinamente. Assim, a tão temida morte súbita, considerada amaldiçoada pelos
antepassados se transforma, na contemporaneidade, na morte desejada para si e para os
que lhe são afetivamente mais próximos.

A crítica dos estudiosos sobre a maneira de morrer, a desumanidade e a


crueldade da morte solitária nos hospitais tem crescido nos dez últimos anos. Tem sido
também causa de preocupação, o novo modelo de morte, a “morte aceitável”, na qual a
morte se torna uma decisão voluntária dos médicos(as) em cumplicidade com a família,
que prevêem a hora da morte e estabelecem a trajetória da agonia. Se o doente se
conforma, tudo normal. Caso isso não ocorra e o doente venha a morrer de modo
diferente do previsto, surge a “morte embaraçosa” ou seja, aquela que ao quebrar o
equilíbrio normal do meio hospitalar, cria um estado de crise para os profissionais e de
desequilíbrio para o hospital de um modo geral.

Sobre o luto

Então para entender mais sobre esse processo é preciso definir bem o que significa a
palavra luto. Luto vem do Latim “lucto” e significa um sentimento profundo
de tristeza e pesar pela morte de alguém para a psicologia o luto está ligado aos
processos que envolvem perdas em diversos contextos e podem ser muito mais
abrangentes, porém vamos focar na definição geral da palavra relacionada à morte.

Em nossa cultura ninguém é preparado para vivenciar os processos de perda,


mesmo sabendo que mais cedo ou mais tarde estaremos diante desta situação. O certo é
que luto, morte e perda são assuntos que pouco se falam. Desde cedo aprendemos que
os seres vivos nascem, crescem, reproduzem-se e morrem. Não necessariamente tudo
ocorre nessa ordem. O certo é que ao nascer uma vida a certeza que se tem é que esta
findará.

Não necessariamente o luto acontece após a morte de alguém. Após o término de


um relacionamento ou o fim de uma carreira, por exemplo, as pessoas também
podem iniciar um processo de luto.

Não existe um manual de como viver o luto: cada pessoa lida com as perdas de
uma forma muito particular. Mas, de forma geral, existem algumas fases comuns:
negação, raiva, barganha, depressão e aceitação. Para chegar à superação, é preciso
atravessar cada uma dessas etapas.
Mas através de estudos sabe-se que existem algumas atitudes importantes a ponderar em
relação ao luto:

1. Aceite o fato de que toda vida tem um fim, é parte da jornada de cada um, e isso
vai chegar independente de idade, condição social, atributos físicos, ou qualquer outra
característica.

2. Vivencie o processo de luto. Não existe essa conversa de dizer que você é forte e
pode passar por cima dos seus sentimentos de tristeza, ou que tem o poder para reprimir
a tristeza. Quando as pessoas escolhem não vivenciar o processo de luto, podem estar
trazendo para si adoecimento como consequência das emoções reprimidas que tanto
poderão se manifestar no corpo quanto na mente.

3. Busque estratégias para enfrentamento – É preciso buscar estratégias para


enfrentar melhor esse momento, elaborar a perda é muito importante. Como isso é
possível? Busque apoio (familiar, de amigos, de um profissional), não sofra sozinho,
não se isole, muitos se apegam a fé, procure pensar nas coisas boas vividas com a
pessoa que se foi.

É preciso entender que a morte é parte essencial da vida e que a livre discussão
do processo do morrer e da perda, possam contribuir para uma melhoria da qualidade de
vida/morte.

7. SIMBOLOGIA DA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é considerada o espaço de maior


complexidade técnica no hospital, uma vez que desempenha atividades centradas no
cuidado de pacientes críticos, cujos quadros clínicos são marcados por grande
instabilidade e possível risco de morte. Em vista da intensidade das atividades
desempenhadas nestas unidades, o espaço da UTI pode, então, apresentar-se como um
dos ambientes mais agressivos, tensos e traumatizantes do ambiente hospitalar.

Em decorrência da gravidade que envolve os quadros de pacientes que são


tratados na UTI, estudos têm apontado que este ambiente acaba se tornando um espaço
gerador de ansiedades, angústias, tristeza, estresse. A emergência de tais sentimentos é
compartilhada muitas vezes por profissionais e, principalmente, por familiares e
pacientes, o que contribui para o fortalecimento de crenças, significados e percepções
que conferem a UTI um caráter mórbido e sombrio.

Fatores que influenciam o emocional dentro da UTI

A estigmatização que recobre a UTI pode ser observada como resultado de


um conjunto de significados culturais característicos deste ambiente. Fatores como o
isolamento dos pacientes, a restrição às movimentações dentro da unidade, a rotina
ininterrupta de atividades e o desconhecimento por parte dos pacientes sobre o seu
estado atual de saúde são potencialmente geradores de insegurança e medo. A falta de
conhecimento e de informação acerca dos serviços e atuações na UTI também acomete
os pacientes. A influência midiática que mantém imagens da UTI relacionadas
diretamente à presença de tubos e sondas na boca e nas narinas dos pacientes, bem
como a apresentação de ambientes frios e de solidão utilizada comumente para
caracterizar a UTI pode contribuir para o desenvolvimento de sentimentos de medo em
relação a esta unidade, facilitando o surgimento de fantasias de morte iminente para o
paciente interno nesta unidade de saúde.

Observa-se, portanto, que os pacientes podem estar expostos a situações


extremamente difíceis do ponto de vista emocional. Desde a ruptura da sua rotina como
visto anteriormente, aos desconfortos emocionais vivenciados na UTI; tudo isso podem
evoluir para quadros de desestruturação emocional e até mesmo para o desenvolvimento
de transtornos mentais reativos, a exemplo dos casos de transtornos de ajustamento,
delirium, depressão, agitação psicomotora, episódios psicóticos, entre outros.

Tendo em vista o franco desenvolvimento das Unidades de Terapia Intensiva


nos cuidados aos pacientes graves e da necessidade constante de preparação dos
profissionais intensivistas que atuam nessas unidades para o contato direto com o
sofrimento humano, cabe questionar como os pacientes vivenciam o ambiente da UTI.
Quais os sentidos que os pacientes conseguem elaborar acerca de sua permanência
nestas unidades? Que sentimentos conseguem expressar?

Sentimentos positivos

Os sentimentos positivos identificados em pacientes podem ser


compreendidos, na situação de internação na UTI, quando os mesmos concedem uma
boa “nota” a sua permanência na unidade, atribuindo que a sua passagem por ali lhes
proporcionou uma possibilidade real de recuperação, através do cuidado especializado
somado à força de vontade de sair e continuar a sua vida fora da instituição hospitalar.
Esses sentimentos estão associados principalmente à esperança de continuar lutando
contra a doença.

Cuidados prestados pela equipe profissional

Os cuidados desenvolvidos pela equipe de intensivistas são essenciais para


que o tratamento na UTI ocorra com qualidade e presteza suficiente para que o paciente
possa acreditar na relevância do tratamento ao qual está sendo submetido.

O cuidado prestado pelos profissionais em forma de assistência e atenção; a


humanização desses profissionais aos pacientes é de suma importância aos pacientes sua
estadia na terapia intensiva. A consideração sobre os aspectos emocionais que envolvem
os pacientes na UTI constitui uma forma de apreender necessidades que vão além da
atenção que os aparatos tecnológicos, indispensáveis nos cuidados aos pacientes e no
trabalho dos profissionais intensivistas, podem proporcionar como forma de cuidados à
saúde. Os cuidados prestados por profissionais da saúde devem se fundamentar ao
atendimento às necessidades humanas, no resgate à sensibilidade através da empatia, de
um compromisso mora, de atenção aos fatores orgânicos, psicológicos e sociais;
atitudes estas que denotam uma visão integral do sujeito.

8. RELAÇÃO ENFERMEIRO/PACIENTE
Quando se fala em pessoas doentes e que precisam de acompanhamento
médico, seja no hospital ou em domicílio, a relação entre enfermeiro e paciente é de
suma importância para uma recuperação mais rápida e freqüente.

Por enfrentarem o árduo desafio de estarem impossibilitados de realizar seus


afazeres, os pacientes precisam bastante de um cuidado humano. A equipe de
enfermagem se destaca por ser composta por profissionais que mantêm contato direto e
constante com o paciente durante toda a internação ou resolução de seu caso, desde a
aferição de uma pressão até sua saída, considerando-se o grau de dependência do
enfermo. Portanto, compreende-se que esta equipe está mais propensa a estabelecer
relações de poder durante a atenção à pessoa sob seus cuidados.

Vale ainda ressaltar a importância desse profissional também para os familiares


do paciente, pois ele passa a ser um grande aliado de apoio humanizado e profissional.

Humanização do profissional da saúde


O profissional da saúde deve entender que seu ofício vai além de cumprir
horário, de respeitar as normas de trabalho, entre outras responsabilidades. Lidar com
vidas humanas demanda, acima de tudo, um posicionamento individualizado com
estima e apreço.

Ao enfermeiro compete respeitar a individualidade de seus pacientes, não os


vendo somente como um a mais para cuidar. Esse profissional deve buscar uma
proximidade ao tratar cada um, considerando sempre suas necessidades físicas e
emocionais. Sendo assim, cabe a você reconhecer sua vocação para
demonstrar humanização em seu relacionamento com os pacientes, como também
colocar em prática todo o aprendizado adquirido em sua formação técnica.

Como já citado, a relação entre técnico em enfermagem e paciente, sendo


positiva, traz grandes benefícios para a recuperação do doente. Mesmo em funções
corriqueiras, como aferir a pressão arterial para o controle da pressão alta, o profissional
pode transmitir afeto e carinho, os quais são fatores muito importantes para a cura.

Ao exercer essa profissão, a pessoa precisa saber manter a calma quando, por
exemplo, o paciente está em desespero ou ansioso pela sua recuperação. No caso de
sofrimento, dar uma palavra de acalento pode ser bastante significativo e contribuir
diretamente para o restabelecimento do enfermo.

Saber compreender, gostar de cuidar de pessoas e ser atencioso são algumas


características que possibilitam uma relação favorável e o bem-estar dos pacientes,
levando-os a cumprir o tratamento designado pelo médico.

Para esses profissionais que estão na carreira da enfermagem, lidar com o


sofrimento de pacientes e familiares não é uma tarefa fácil. Enfrentar uma rotina de
trabalho, vivenciando diferentes experiências de enfermidades, requer do profissional
um equilíbrio emocional para que tais sentimentos não permeiem sua vida.

Quais os objetivos do tratamento humanizado em saúde?


Os objetivos gerais do tratamento humanizado em saúde falam na diminuição da
preocupação do paciente com seu tratamento, no acolhimento de sua dor e na
aproximação da relação entre profissional e indivíduo.

• Disponibilizar recursos, ferramentas e tecnologias para atendimentos, desde curativos


até o apoio a casos mais complexos.

• Oferecer espaço físico adequado para atendimento dos pacientes, desde a fase de
triagem e sala de espera até os espaços para internação.

• Contar com estrutura administrativa que contribua para o rápido atendimento dos
pacientes em todos os espaços de saúde.

• Oferecer apoio operacional e funcional para pacientes e acompanhantes a fim de


orientá-los a respeito do atendimento e das enfermidades.

• Contar com espaço físico acessível a pessoas com mobilidade reduzida e portadores de
deficiência, como rampas, barras de apoio nos banheiros, entre outras medidas.

• Oferecer a cada paciente um atendimento individualizado e personalizado para melhor


atendimento do problema.

• Oferecer informações no pós-atendimento para que o paciente compreenda seu


momento, bem como os resultados de seus exames.

• Informar pacientes e familiares a respeito de todas as alternativas de tratamentos e


solução de problemas.

• Orientar pacientes e familiares a respeito das práticas saudáveis que contribuam com a
saúde do indivíduo.

• Desenvolver ações que integrem todos os processos de atendimento, diagnóstico e


tratamento para evitar ações pontuais e desconexas.

Como oferecer maior humanização em saúde?

Entenda o sofrimento do paciente

Acredite: todas as pessoas que passam pelos espaços de saúde têm problemas
particulares. Por isso, todos os profissionais, da gestão ao atendimento clínico, devem
compreender esses momentos particulares. Ofereça um atendimento personalizado e
foque sempre na eficiência. Essas atitudes contribuem para a eficácia do tratamento e
para a satisfação dos pacientes, que passam a confiar na instituição e em seus
profissionais.

Promova sempre a ética profissional A ética é uma das questões mais importantes no
setor de saúde. Lidar com pessoas, dados e eventos pessoais e íntimos exige cautela e
profissionalismo. Além de promover a credibilidades das instituições, a ética contribui
para o tratamento dos pacientes, que devem ser tratados com respeito às suas crenças e à
sua realidade socioeconômica. Também é importante estar sempre atento às limitações
de cada indivíduo, para que todas as informações sejam integralmente compreendidas
por todos envolvidos no diagnóstico, atendimento e tratamento indicado.

Priorize o tratamento individualizado

Para recepcionistas, enfermeiros, técnicos e médicos a rotina pode ser bastante corrida.
Para cada paciente, no entanto, estar em uma instituição de saúde é um momento muito
importante e, às vezes, decisivo. Enxergar cada paciente como único e estar totalmente
focado em cada atendimento é essencial para que as pessoas se sintam acolhidas em
momentos que podem ser delicados.

9. EQUIPE INTERDISCIPLINAR

A equipe interdisciplinar é formada por vários profissionais de diversas


áreas da saúde que trabalham em conjunto, muitas vezes coordenada por um médico,
permitindo atendimento global de acordo com as necessidades dos pacientes.

As equipes interdisciplinares consideram o paciente como um todo, com uma


postura humanizada e uma abordagem mais ampla e resolutiva do caso. Normalmente
a equipe é formada por médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionistas,
fonoaudiólogos e/ou terapeutas ocupacionais que se reúnem para decidir quais serão os
objetivos para o paciente.
Os membros do grupo interdisciplinar devem trabalhar de acordo com os
limites e especificidades de sua formação, mas conhecendo a ação individual de cada
um dos outros membros. Isto é, entre as especialidades do grupo, cada um deve
investigar e contribuir com o que tem de melhor, sempre buscando soluções que
integrem e que complementem com as propostas dos outros especialistas. As
orientações devem seguir uma linha de trabalho dirigida pelo fisiatra, que nesses casos,
é o ponto de união dos diagnósticos.
Principais vantagens desse tipo de atuação
A visão de cada especialista para o mesmo caso é a principal vantagem de se
ter uma equipe interdisciplinar. As reuniões para acerto de arestas e novas orientações,
caso necessárias devem ser reqüentes. É preciso ter em mente que trabalhar em equipe é
mais do que agregar profissionais a mera multidisciplinaridade. Só existe equipe quando
todos conhecem os objetivos, estão cientes da necessidade de alcançá-los e
desenvolvem uma visão crítica a respeito do desempenho de cada um e do grupo.
Esse método de atendimento pode ser considerado uma mudança positiva de
pensamento, em que o paciente é tratado pelos especialistas, com a divisão de
responsabilidades e não existindo um líder no sistema. Hoje em dia, apesar da pessoa ter
um médico como referência, esse profissional não está trabalhando sozinho. É uma
maneira de dividir as tarefas e, ao mesmo tempo, ampliar o espectro de avaliação.
Mesmo assim, existindo o acompanhamento de toda a equipe, o médico ainda
continua sendo o maior responsável pelo paciente. No caso de se haver um fisiatra na
equipe interdisciplinar, ele acaba assumindo o papel de coordenador do grupo devido a
forma e capacidade de olhar o paciente por muitos ângulos, sempre ouvindo e avaliando
o que o time trouxe para cada caso. O trabalho em equipe de um estudo de caso só tende
a trazer benefícios e avanços para o campo profissional e para a vida do paciente.
10. ATENDIMENTO DOMICILIAR

A Enfermagem é um dos ofícios mais antigos do mundo, marcado pela forte


competência humanitária e assistencial. A carreira, no entanto, é moderna e atual. A
Enfermagem faz parte da área da saúde e é responsável pelo cuidado integral do ser
humano em seu desenvolvimento.

Os profissionais de Enfermagem estão capacitados para planificar, organizar


e avaliar, garantindo a promoção da saúde e bem estar do ser humano, a prevenção de
doenças e os cuidados de pessoas doentes ou com capacidades. Quem exerce esta
profissão deve estar em sintonia com os avanços tecnológicos na área da saúde e as
demandas da sociedade. Uma demonstração disso é a visita e atendimento em domicilio,
ramo de atuação do enfermeiro no lar do paciente.

A visita domiciliar é o instrumento de realização da assistência domiciliar.


O enfermeiro é um dos profissional mais atuante e próximo à equipe isso possibilita o
apoio e coordenação das atividades e o planejando junto com a equipe às intervenções
necessárias a saúde do usuário. É uma modalidade de atenção que consiste num contato
pontual de profissionais de saúde com as populações de risco, enfermos e seus
familiares para a coleta de informações e/ou orientações. Na visita são desenvolvidas
ações de orientação, educação, levantamento de possíveis soluções de saúde,
fornecimento de subsídios educativos, para que os indivíduos atendidos tenham
condições de se tornar independentes.

As principais funções da Enfermagem em domicilio são:

 Avaliar a condição do domicílio do paciente para o atendimento


 Planejar o atendimento do paciente com base em suas necessidades
 Capacitar o cuidador do paciente para realizar o tratamento
correspondente
 Manter o paciente e familiar informados sobre o diagnóstico e respostas
do tratamento do paciente
 Elaborar os relatórios do atendimento ao paciente
 Cuidar dos detalhes logísticos de seu trabalho, como materiais e recursos
humanos

O curso de Enfermagem capacita o estudante a desenvolver seu trabalho em


domicílio, ampliando a sua atuação no mercado de trabalho. Fazer uso dessa tecnologia
de assistência significa buscar pela compreensão das relações entre os indivíduos que
compõe uma família, bem como a maneira como estas relações contribuem para a
existência de processos protetores ou de desgaste para a saúde. Nesta perspectiva o
trabalho da ESF deve levar em conta, em primeiro lugar, o conhecimento do território
onde se vai atuar. É fundamental percorrer o território que constitui a área de
abrangência para identificar quem vive, como vive, e do que adoece e morre. Depois,
faz-se necessário também mapear os recursos que podem ser utilizados pela população
em termos de equipamentos de educação, lazer, trabalho, cultura e saneamento básico.
O papel do enfermeiro, portanto, não implica exclusivamente em lidar com
situações de saúde da família, mas também de interagir com situações que apoiem a
integridade familiar. Assim, deve reconhecer e compreender como a saúde de cada
membro da família influencia a unidade familiar e também a influência da unidade
familiar sobre a saúde de cada indivíduo da família. A atuação do enfermeiro deve,
assim, ser de natureza ética e legal, empoderando as famílias que estão em condição de
vulnerabilidade para lutarem pelos seus direitos de saúde.

A visita domiciliar do enfermeiro traz benefícios à assistência da família,


como a redução de custos, a aproximação com o indivíduo e sua família, a escuta atenta,
o conhecimento de suas realidades e a identificação dos riscos no domicílio. No entanto,
o enfermeiro ao realizar visitas se depara com fragilidades como a falta de preparo dos
profissionais, inexistência de materiais, insuficiência de tempo e falta de preparo.
Assim, destacamos que a atuação do enfermeiro voltada à prática educativa é a principal
estratégia de promoção da saúde ao atuar na visita domiciliária.

Outro ponto fundamental é entender que a VD não é um trabalho de caridade,


tampouco uma visita social. O profissional precisa ter objetivos claros ao adentrar na
casa do paciente. A qualidade do atendimento não pode ser prejudicada pelas
dificuldades inerentes ao atendimento em domicílio. O enfermeiro precisa/necessita ter
em mente que seu atendimento é de excelência e deve culminar com uma avaliação
clínica completa. Neste contexto a visita domiciliária exige preparo profissional,
predisposição pessoal e disponibilidade de tempo na sua execução, por outro, é um
serviço prestado dentro do próprio contexto, que parece agradar à maioria da população
e pode diminuir a demanda pelas instituições de saúde, reduzindo custos para as
famílias e o setor saúde.

Perfil do enfermeiro

É necessário extrema organização em sua atuação e nas necessidades do


paciente. O profissional de Enfermagem deve elaborar seu plano de trabalho com base
na rotina do paciente e levando em conta a família com a que o paciente reside.

O diferencial é a paciência. Cada paciente tem uma necessidade diferente e


desafios que o profissional em Enfermagem deve auxiliar a superar. O enfermeiro deve
ouvir o paciente e atender suas necessidades com amabilidade, ganhando sua confiança.
Ética e sigilo.

O respeito pelas crenças e costumes do paciente e as pessoas que ali convivem


são essenciais para não gerar situações de atrito. O enfermeiro deve estar atento a não
interferir em situações que não tenham relação direta com o tratamento do paciente,
ainda que sejam contra a ética do profissional. Trabalhar com assistência domiciliar
abre os horizontes para novas experiências de aprendizagem na Enfermagem.

11. HUMANIZAÇÃO
Para sabermos o que é humanização em saúde, é essencial falarmos de
relacionamento. Hoje em dia, muito se tem falado da importância do atendimento
individualizado e personalizado nas relações entre os profissionais e os pacientes, mas
nem sempre a prática se concretiza. Devemos começar, portanto, entendendo o que, de
fato, significa humanização em saúde. A expressão se refere ao acolhimento nas
instituições que são buscadas por pacientes em momentos de angústia, dor, sofrimento
ou preocupação. Para isso, são envolvidos diversos princípios e valores.

Como o paciente busca pelos serviços de saúde nas situações citadas acima, é
fundamental que ele seja recebido com a delicadeza que o momento exige – ainda que
se trate de um simples exame laboratorial de rotina. Desta forma, pensando nas
melhorias do processo de atendimento ao paciente, foi criado pelo Ministério da Saúde,
em 2003, o Projeto de Humanização Hospitalar. O documento estabelece práticas de
promoção a uma nova cultura de atendimento de apoio e de maior qualidade nos
serviços de saúde prestados.

O assunto é bastante abrangente e envolve muitas práticas e recursos que


otimizem o relacionamento entre todos os profissionais de saúde e seus pacientes, para
entender seu sofrimento além da enfermidade que deve ser tratada.

Quais são os princípios da humanização?


Basicamente, podemos dizer que a humanização trata de parar e ouvir o
paciente para entender suas dores. A correria do dia a dia dos profissionais de saúde,
muitas vezes, torna o atendimento automático e robotizado e, por isso, muito se tem
falado sobre o que é humanização em saúde.

Pela rotina atribulada, que dificulta a aproximação entre profissional e paciente,


é importante entender os princípios da humanização para que o conceito seja, de fato,
colocado em prática. Conheça abaixo quais são os três valores que promovem uma
maior compreensão da angústia do indivíduo de acordo com o projeto do Ministério da
Saúde.

1. Inseparabilidade entre a atenção e a gestão dos processos de


produção de saúde: Refere-se a práticas interdependentes e complementares. A
incorporação da humanização deve ocorrer considerando-se tal entendimento.
2. Transversalidade: trata-se de concepções e práticas que atravessam as
diferentes ações e instâncias, que aumentam o grau de abertura da comunicação intra e
intergrupos e ampliam as grupalidades, o que se reflete em mudanças nas práticas de
saúde.
3. Autonomia e protagonismo dos sujeitos: Têm relação com a co-
responsabilidade entre gestores, usuários e a participação coletiva nos processos e na
gestão.

Esses devem ser os pilares e as preocupações de todos os profissionais que


atuam direta ou indiretamente com a saúde da população – seja em instituições públicas,
como o SUS (Sistema Único de Saúde), ou instituições privadas.
Quais os objetivos do tratamento humanizado em saúde?
Os objetivos gerais do tratamento humanizado em saúde falam na diminuição
da preocupação do paciente com seu tratamento, no acolhimento de sua dor e na
aproximação da relação entre profissional e indivíduo.

 Disponibilizar recursos, ferramentas e tecnologias para atendimentos,


desde curativos até o apoio a casos mais complexos.
 Oferecer espaço físico adequado para atendimento dos pacientes, desde a
fase de triagem e sala de espera até os espaços para internação.
 Contar com estrutura administrativa que contribua para o rápido
atendimento dos pacientes em todos os espaços de saúde.
 Oferecer apoio operacional e funcional para pacientes e acompanhantes a
fim de orientá-los a respeito do atendimento e das enfermidades.
 Contar com espaço físico acessível a pessoas com mobilidade reduzida e
portadores de deficiência, como rampas, barras de apoio nos banheiros, entre outras
medidas.
 Oferecer a cada paciente um atendimento individualizado e
personalizado para melhor atendimento do problema.
 Oferecer informações no pós-atendimento para que o paciente
compreenda seu momento, bem como os resultados de seus exames.
 Informar pacientes e familiares a respeito de todas as alternativas de
tratamentos e solução de problemas.
 Orientar pacientes e familiares a respeito das práticas saudáveis que
contribuam com a saúde do indivíduo.
 Desenvolver ações que integrem todos os processos de atendimento,
diagnóstico e tratamento para evitar ações pontuais e desconexas.

Com essa lista, é possível analisarmos que os objetivos do tratamento


humanizado consistem em tratar o paciente como indivíduo que precisa de
excelência no atendimento e acolhimento durante consultas, exames e outros
procedimentos. Importante lembrar que a humanização deve estar presente em hospitais,
clínicas, consultórios, laboratórios e demais espaços de saúde públicos e privados.

Como oferecer maior humanização em saúde?


Entenda o sofrimento do paciente

Acredite: todas as pessoas que passam pelos espaços de saúde têm problemas
particulares. Por isso, todos os profissionais, da gestão ao atendimento clínico, devem
compreender esses momentos particulares. Ofereça um atendimento personalizado e
foque sempre na eficiência. Essas atitudes contribuem para a eficácia do tratamento e
para a satisfação dos pacientes, que passam a confiar na instituição e em seus
profissionais.

Ofereça equipe especializada e boa infraestrutura

Para que o atendimento humanizado na saúde realmente aconteça, é preciso


que haja profissionais especializados no assunto e que sejam constantemente treinados a
atender com excelência e empatia. Além disso, é necessário contar com regras,
diretrizes, procedimentos e infraestrutura adequada. Desta forma, o paciente se sente
bem acolhido e à vontade nos espaços de saúde.
Promova sempre a ética profissional

A ética é uma das questões mais importantes no setor de saúde. Lidar com
pessoas, dados e eventos pessoais e íntimos exige cautela e profissionalismo. Além de
promover a credibilidades das instituições, a ética contribui para o tratamento dos
pacientes, que devem ser tratados com respeito às suas crenças e à sua realidade
socioeconômica. Também é importante estar sempre atento às limitações de cada
indivíduo, para que todas as informações sejam integralmente compreendidas por todos
envolvidos no diagnóstico, atendimento e tratamento indicado.

Priorize o tratamento individualizado

Para recepcionistas, enfermeiros, técnicos e médicos a rotina pode ser


bastante corrida. Para cada paciente, no entanto, estar em uma instituição de saúde é um
momento muito importante e, às vezes, decisivo. Enxergar cada paciente como único e
estar totalmente focado em cada atendimento é essencial para que as pessoas se sintam
acolhidas em momentos que podem ser delicados.
REFERÊNCIAS:

Ayres JRC. Cuidado e humanização das práticas de saúde. In: Deslandes SF,
organizadora. Humanização dos cuidados em saúde: conceitos, dilemas e práticas.
Rio de Janeiro: Fiocruz; 2006. p. 49-83.

Baile WF, Buckman R, Lenzi R, Glober G, Baele A, Kudelka AP. Spikes. A six-step
protocol for delivering bad news: application to the patient with
cancer. Oncologist 2000; 5(4):302-311.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção


Básica. Política Nacional de Atenção Básica. Brasília: Ministério da Saúde; 2012.

Sakata KN, Almeida MCP, Alvarenga AM, Craco PF, Pereira MJB. Concepções da
equipe de saúde da família sobre as visitas domiciliares. Rev. Bras. Enferm.
2007;60(6):659-64.

Giacomozzi CM, Lacerda MR. A prática da assistência domiciliar dos profissionais da


estratégia de saúde da família. Texto contexto – enferm. 2006;15(4):645-53.

Takahashi RF, Oliveira MAC. A visita domiciliária no contexto da saúde da família. In:
Brasil. Instituto para o Desenvolvimento da saúde. Universidade de São Paulo.

Brasil. Ministério da Saúde. Portaria GM n. 2.527, de 27 de outubro de 2011. Redefine


a atenção domiciliarno âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Diário Oficial da
União, 28 out. 2011. Seção 1:44.

https://ead.unifeob.edu.br/blog/filosofia-classica-no-enem
ATIVIDADE

1) Qual objetivo da Psicologia?

2) Como se deu o surgimento da psicologia como ciência?

3) Qual a importância da Psicologia para as profissões?

4) Conceitue humanização.

5) Diferencie ansiedade e depressão. Exemplificando.

6) Conceitue ser biopsicossocial.

7) Diferencie as principais teorias/ abordagens psicológicas do sec. XX

8) Diferencie id, ego, superego.

9) Conceitue a teoria da pirâmide das necessidades.

10) Diferencie subjetividade e personalidade.

11)Qual a relação da Psicologia com a Enfermagem?

12)Conceitue doença e saúde.

13)Conceitue sobre o luto e sobre seu processo.

14)O que seria a unidade de Terapia Intensiva?

15)Conceitue Humanização.

16)O que é necessário para ser um profissional de excelência?

17)Conceitue equipe disciplinar e suas vantagens.

18)Quais as principais funções do Enfermeiro no atendimento domiciliar?

19)Quais são os princípios da Humanização?

20)Como oferecer maior humanização em saúde?

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