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Apostila Psicologia aplicada à

saúde
Psicologia
Universidade Regional do Cariri (URCA)
17 pag.

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INSTITUTO DE EDUCAÇÃO DO CARIRI – IDEC

DISCIPLINA PSICOLOGIA APLICADA À SAÚDE


PROFESSORA ENF. RHUANA ALVES

APOSTILA: PSICOLOGIA APLICADA À SAÚDE

27 de agosto de 2011

Crato-CE

PSICOLOGIA APLICADA À SAÚDE

HISTÓRIA DA PSICOLOGIA

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Toda e qualquer produção humana — uma cadeira, uma religião, um computador, uma obra
de arte, uma teoria científica — tem por trás de si a contribuição de inúmeros homens, que,
num tempo anterior ao presente, fizeram indagações, realizaram descobertas, inventaram
técnicas e desenvolveram idéias, isto é, por trás de qualquer produção material ou espiritual,
existe a História.

A história da PSICOLOGIA está ligada, em cada momento histórico, às exigências de


conhecimento da humanidade, às demais áreas do conhecimento humano e aos novos
desafios colocados pela realidade econômica e social e pela insaciável necessidade do
homem de compreender a si mesmo.

Os Gregos eram os povos mais evoluídos na época da antiguidade. Construíram cidades,


acumularem riquezas, conquistaram territórios e com isso, crescimento populacional. Desse modo,
surgir à necessidade de soluções práticas para a arquitetura, agricultura e organização social. Dando
origem aos estudos da geografia, física e políticas. Tais avanços permitiram que o cidadão se
ocupasse das coisas do espírito, como a Filosofia e a arte.
A primeira ciência que se conhece desde as épocas mais remotas é a filosofia. Esta ciência
tem por objetivo a reflexão, o questionamento, a crítica, a fim de obter da inteligência a sabedoria.
A psicologia é uma ciência comprovada que tem suas origens na filosofia.
No século XIX, com o desenvolvimento do capitalismo, destaca-se o papel da ciência, e seu
avanço torna-se necessário para dar respostas e soluções práticas no campo da técnica industrial. O
sol passou a ser visto como sendo o centro do universo. O homem deixou de ser o centro do
universo, passando a ser livre e construir do seu futuro.
O conhecimento torna-se independente da fé, a racionalidade do homem aparece. A noção
da verdade passa a contar com o aval da ciência. Os problemas e temas da psicologia passam a
serem investigados pela fisiologia e neurofisiologia, pois era necessário compreender o
funcionamento da maquina de pensar humana: o cérebro.
A partir daí, a psicologia passa a definir seus objetos de estudo, delimitar seu campo,
formular métodos e teorias. Seu status de ciência é obtido à medida que se “liberta” da
Filosofia, que marcou sua história até aqui, e atrai novos estudiosos e pesquisadores.
Embora a Psicologia científica tenha nascido na Alemanha, é nos Estados Unidos que ela
encontra campo para um rápido crescimento, resultado do grande avanço econômico que
colocou os Estados Unidos na vanguarda do sistema capitalista. É ali que surgem as primeiras
abordagens ou escolas em Psicologia, as quais deram origem às inúmeras teorias que existem
atualmente.
O próprio termo PSICOLOGIA vem do grego psyché, que significa alma, e de logos,
que significa razão. Portanto, etimologicamente, psicologia significa “estudo da mente e da
alma”. Hoje, a psicologia é geralmente definida como a ciência que se concentra no comportamento
e nos processos mentais – de todos os animais.

PRIMEIRAS ESCOLAS DA PSICOLOGIA


FUNDAMENTALISMO - William James (1842-1910): procura compreender como funciona a
consciência através do seu modo de adaptar-se ao meio. Importa responder “o que fazem os
homens” e “por que o fazem”.
ESTRUTURALISMO - Edward Titchner (1867-1927): procura entender a consciência através do
sistema nervoso central. Os conhecimentos psicológicos produzidos são eminentemente
experimentais, isto é, produzidos a partir do laboratórios.

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ASSOCIACIONISMO - Edward L. Thorndike (1874-1949): O termo associacionismo origina-se


da concepção de que a aprendizagem se dá por um processo de associação das idéias — das mais
simples às mais complexas. Formulou a Lei do Efeito, que seria de grande utilidade para a
Psicologia Comportamentalista. De acordo com essa lei, todo comportamento de um organismo
vivo (um homem, um pombo, um rato etc.) tende a se repetir, se nós recompensarmos (efeito)
o organismo assim que este emitir o comportamento. Por outro lado, o comportamento tenderá a
não acontecer, se o organismo for castigado (efeito) após sua ocorrência.

PRIMEIRAS TEORIAS DO SÉCULO 20


BEHAVIORISMO: dedica-se ao estudo das interações entre o indivíduo e o ambiente, entre as
ações do indivíduo (suas respostas) e o ambiente (as estimulações). Afirma que a única fonte de
dados sobre o ser humano era o seu comportamento, o que as pessoas faziam e o que diziam.
O comportamento deveria ser estudado como função de certas variáveis do meio. Certos
estímulos levam o organismo a dar determinadas respostas e isso ocorre porque os organismos se
ajustam aos seus ambientes por meio de equipamentos hereditários e pela formação de hábitos.
Uma área de aplicação dos conceitos apresentados tem sido a Educação. São
conhecidos os métodos de ensino programado, o controle e a organização das situações de
aprendizagem, bem como a elaboração de uma tecnologia de ensino. Entretanto, outras áreas
também têm recebido a contribuição das técnicas e conceitos desenvolvidos pelo
Behaviorismo, como a de treinamento de empresas, a clínica psicológica, o trabalho educativo de
crianças excepcionais, a publicidade e outras mais. No Brasil, talvez a área clínica seja, hoje,
a que mais utiliza os conhecimentos do Behaviorismo.

GESTALT: Eles iniciaram seus estudos pela percepção e sensação do movimento.Os


gestaltistas estavam preocupados em compreender quais os processos psicológicos envolvidos na
ilusão de ótica, quando o estímulo físico é percebido pelo sujeito como uma forma diferente
da que ele tem na realidade.

A percepção é o ponto de partida e também um dos temas centrais dessa teoria. Entre o
estímulo que o meio fornece e a resposta do indivíduo, encontra-se o processo de percepção.
O que o indivíduo percebe e como percebe são dados importantes para a compreensão do
comportamento humano.
Na visão dos gestaltistas, o comportamento deveria ser estudado nos seus aspectos
mais globais, levando em consideração as condições que alteram a percepção do estímulo.
Para justificar essa postura, eles se baseavam na teoria do isomorfismo, que supunha uma unidade
no universo, onde a parte está sempre relacionada ao todo. Quando eu vejo uma parte de um
objeto, ocorre uma tendência à restauração do equilíbrio da forma, garantindo o entendimento
do que estou percebendo. Esse fenômeno da percepção é norteado pela busca de fechamento,
simetria e regularidade dos pontos que compõem uma figura (objeto).
PSICANÁLISE: É a linha mais conhecida pelo público. Fundada pelo médico Sigmund Freud
(1881) era especialista no tratamento de problemas do sistema nervoso e tinha interesse especial nas
chamadas desordens neuróticas. Seu principal instrumento de trabalho na eliminação dos
sintomas dos distúrbios nervosos passou a ser a sugestão hipnótica. Com o tempo acabou
percebendo que esse método era insatisfatório, pois nem todos os pacientes atingiam um estado de
transe, e a hipnose resultava em curas apenas temporárias. Daí surgir um novo método, a associação
livre, os pacientes relaxaram em um divã e eram estimulados a dizer qualquer coisa que viesse a
mente. O médico realizava a analise do material adquirido, a procura de desejos, medos, conflitos,
impulsos e memórias que estavam além da consciência do paciente.

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A teoria psicanalítica revolucionou a concepção e o tratamento de problemas emocionais.


Além disso, despertou interesse em áreas anteriormente negligenciadas: motivação inconsciente,
personalidade, comportamento anormal e desenvolvimento infantil. Esta abordagem explicou o
comportamento humano de forma radicalmente diversa das demais. Pela ausência de
experimentação, costumam ser rejeitadas pelos cientistas de laboratório, mas o clinico tende a
apoiá-la.
HUMANISMO: É um movimento mais recente em psicologia. Enfatiza a necessidade de estudar o
homem e não os animais, os indivíduos normais psicologicamente e não os perturbados. Está
relacionada com os diferentes fatores de natureza política, social, cultural e científica, pois para
compreender o ser humano é necessário conhecer o meio em que ele está inserido, sua
problemática, valores, tradições e história. Não devemos esquecer o fato de que o ser humano está
em permanente movimento e transformação.

A psicologia está inserida nas mais diferentes áreas do saber como a médica, a educacional,
a social, lazer, segurança, trabalho, justiça, comunidade, comunicação, ambiente, etc. têm por
objetivo conhecer o ser humano individualmente e em grupo visando encontrar meios para ele viver
de forma equilibrada nas mais diversas situações, desenvolver seus potenciais, prevenir possíveis
problemas e auxiliando o relacionamento humano.
PSICOLOGIA DO SENSO COMUM
Quantas vezes, no nosso dia-a-dia, ouvimos o termo psicologia?
Qualquer um entende um pouco dela. Usamos o termo psicologia, no nosso cotidiano,
com vários sentidos. Será essa a psicologia dos psicólogos? Certamente não. Essa psicologia,
usada no cotidiano pelas pessoas em geral, é denominada de psicologia do senso comum. Mas
nem por isso deixa de ser uma psicologia. O que estamos querendo dizer é que as pessoas,
normalmente, têm um domínio, mesmo que pequeno e superficial, do conhecimento
acumulado pela Psicologia científica, o que lhes permite sentidos explicar ou compreender seus
problemas cotidianos de um ponto de vista psicológico.
Existe um domínio da vida que pode ser entendido como vida por excelência: é a vida do
cotidiano. É no cotidiano que tudo flui, que as coisas acontecem, que nos sentimos vivos,
que sentimos a realidade.
O fato é que quando alguém em casa reclama de dores no fígado, ela faz um chá de boldo,
que é uma planta medicinal já usada pelos avós de nossos avós, sem, no entanto, conhecer o
princípio ativo de suas folhas nas doenças hepáticas e sem nenhum estudo farmacológico.
O que estamos querendo mostrar a você é que o senso comum integra, de um modo
precário (mas é esse o seu modo), o conhecimento humano. E claro que isto não ocorre muito
rapidamente. Leva um certo tempo para que o conhecimento mais sofisticado e especializado
seja absorvido pelo senso comum, e nunca o é totalmente. Quando utilizamos termos como “rapaz
complexado”, “menina histérica”, “ficar neurótico”, estamos usando termos definidos pela
Psicologia científica. Não nos preocupamos em definir as palavras usadas e nem por isso
deixamos de ser entendidos pelo outro. Podemos até estar muito próximos do conceito científico
mas, na maioria das vezes, nem o sabemos. Esses são exemplos da apropriação que o senso
comum faz da ciência.
As pessoas de alguma forma utilizam a psicologia em seu cotidiano, ou seja, é uma
disciplina que pertence á humanidade, portanto denomina-se psicologia do senso comum, que é o
conhecimento acumulado em nosso dia-a-dia. Ex. o poder de persuasão do vendedor, a jovem que
usa seu poder de sedução para atrair o rapaz, quando procuramos aquele amigo que está sempre
disposto a nos orientar. Esta pessoa tem o conhecimento acumulado que lhes permite explicar e
entender problema ou nos ouvir de um ponto de vista psicológico. Contudo, o conhecimento
herdado, tradicional não é científico nem filosófico, nem possui rigor cientifico.

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RELAÇÃO DA PSICOLOGIA COM A ENFERMAGEM.


Há muito tempo a enfermagem trás a marca da psicologia, pelo fato de ser uma área que
visa essencialmente o cuidado, do ser humano, em condições mais frágeis de sua vida. A simples
execução de técnicas como: banho, curativos, alimentação, trocar, entre outras ações não teriam o
mesmo resultado se não houvesse o tocar, ouvir, sorrir, aconselhar, orientar e esclarecer quanto
necessário, entre outros.
Os profissionais da saúde, principalmente o técnico em enfermagem, deveram ter uma
relação de respeito e confiança, o que facilitará o seu trabalho e, conseqüentemente, produzirá uma
recuperação mais satisfatória para o doente. Poderemos então afirmar que o bom técnico em
enfermagem é aquele que sabe cultiva o relacionamento com o paciente por meio de troca de
experiência, humor, amizade e confiança.
Uma pessoa não pode ou não deve perder sua dignidade e direito como pessoa porque está
doente. É preciso considerar a pessoa e seu ambiente como uma unidade composta de fatores
interdependentes; é preciso compreender a maneira de pensar, sentir e fazer que o próprio homem
desenvolveu como parte de seu ambiente e ainda ter consciência de que p bem-estar sé é alcançado
quando as necessidades estão sendo supridas satisfatoriamente.
A base da profissão de um profissional da saúde deve ser a crença no valor da pessoa através
do respeito ao atendimento das necessidades básicas do paciente e, para tanto, é imprescindível
identificar seus problemas tendo amplas e atualizados conhecimentos fisiopatológicos e
psicossociais, sem os quais sua atuação será desnecessária e muitas vezes, prejudicada.
Há duas correntes na área da saúde que se deve conhecer: a primeira que trata o doente
como um paciente passivo e vê a doença como um fator único que pode ser retirada com
medicamentos e procedimentos e a segunda corrente que percebe que além de apresentar sintomas
da doença, o paciente possui problemas sociais, econômicos, pessoais, psicológicos que se
influenciam e que contribui para o surgimento de novas doenças. Para melhor compreender a forma
de agir, pensar e sentir humano o aparelho psíquico foi dividido por Freud em sistemas e o
conteúdo mental em níveis de consciência, assim como procurou entender o papel dos sonhos em
nossas vidas.
APARELHO PSÍQUICO
PRIMEIRA ESTRUTURA DO APARELHO PSÍQUICO
Em 1900, Freud apresenta a primeira concepção sobre a estrutura e o funcionamento da
personalidade. Essa teoria refere-se à existência de três sistemas ou instâncias psíquicas:
inconsciente, pré-consciente e consciente.
INCONSCIENTE exprime o “conjunto dos conteúdos não presentes no campo atual da
consciência”. É constituído por conteúdos reprimidos, que não têm acesso aos sistemas pré-
consciente/consciente, pela ação de censuras internas. Estes conteúdos podem ter sido
conscientes, em algum momento, e ter sido reprimidos, isto é, “foram” para o inconsciente, ou
podem ser genuinamente inconscientes. Será inacessíveis á consciência e que podem vir à tona
num sonho, num ato falho. O tempo não altera tudo o que está guardado no inconsciente.
PRÉ-CONSCIENCIA (ou subconsciente): se constitui nas memórias que podem se tornar acessíveis
a qualquer momento para o perfeito funcionamento da mente. É aquilo que não está na
consciência, neste momento, e no momento seguinte pode estar.
CONSCIENTE: é o sistema do aparelho psíquico que recebe ao mesmo tempo as informações do
mundo exterior e as do mundo interior. Na consciência, destaca-se o fenômeno da percepção,
principalmente a percepção do mundo exterior, a atenção, o raciocínio. Diz respeito à capacidade
de ter percepção dos sentimentos, pensamentos, lembranças e fantasias do momento;

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SEGUNDA TEORIA DO APARELHO PSÍQUICO


Em 1920 a 1923, Freud remodela a teoria do aparelho psíquico e introduz os conceitos de
id, ego e superego para referir-se aos três sistemas da personalidade.
ID – É de origem orgânica e hereditária. Apresenta a forma de instintos inconscientes que
impulsionam o organismo. Há duas formas de instintos: o da vida, tais como fome, sede, sexo, etc.;
e os da morte, que representam a forma de agressão. Regido pelo princípio do prazer, o id exige
satisfação imediata desses impulsos, sem levar em conta a possibilidade de conseqüências
indesejáveis.
EGO – O ego opera pelo princípio da realidade, isto é pelo que a nossa realidade considera correta.
Para satisfazer o id, o ego pensa, percebe, planeja, decidi. É um regulador, na medida em que
altera o princípio do prazer para buscar a satisfação considerando as condições objetivas da
realidade. Neste sentido, a busca do prazer pode ser substituída por evitar o desprazer.
Desejos inadequados não são satisfeitos, mas reprimidos.
SUPEREGO: origina-se com o complexo de Édipo, a partir da internalização das proibições,
dos limites e da autoridade. A moral e os ideais são funções do superego. O conteúdo do
superego refere-se a exigências sociais e culturais.
Para compreender a constituição desta instância — o superego — é necessário introduzir a
idéia de sentimento de culpa. Neste estado, o indivíduo sente-se culpado por alguma coisa errada
que fez — o que parece óbvio — ou que não fez e desejou ter feito, alguma coisa
considerada má pelo ego mas não, necessariamente, perigosa ou prejudicial; pode, pelo
contrário, ter sido muito desejada. Por que, então, é considerada má? Porque alguém importante
para ele, como o pai, por exemplo, pode puni-lo por isso. E a principal punição é a perda do amor e
do cuidado desta figura de autoridade.
Portanto, por medo dessa perda, deve-se evitar fazer ou desejar fazer a coisa má; mas,
o desejo continua e, por isso, existe a culpa. Uma mudança importante acontece quando esta
autoridade externa é internalizada pelo indivíduo. Ninguém mais precisa lhe dizer “não”. É
como se ele “ouvisse” esta proibição dentro de si. Agora, não importa mais a ação para sentir-se
culpado: o pensamento, o desejo de fazer algo mau se encarregam disso. E não há como esconder
de si mesmo esse desejo pelo proibido. Com isso, o mal-estar instala-se definitivamente no interior
do indivíduo. A função de autoridade sobre o indivíduo será realizada permanentemente pelo
superego. É importante lembrar aqui que, para a Psicanálise, o sentimento de culpa origina-se na
passagem pelo Complexo de Édipo.
A DESCOBERTA DA SEXUALIDADE INFANTIL
Freud, em suas investigações na prática clínica sobre as causas e o funcionamento das
neuroses, descobriu que a maioria de pensamentos e desejos reprimidos referiam-se a conflitos de
ordem sexual, localizados nos primeiros anos de vida dos indivíduos, isto é, que na vida
infantil estavam as experiências de caráter traumático, reprimidas, que se configuravam como
origem dos sintomas atuais, e confirmava-se, desta forma, que as ocorrências deste período da
vida deixam marcas profundas na estruturação da pessoa. As descobertas colocam a
sexualidade no centro da vida psíquica, e é postulada a existência da sexualidade infantil.
Os principais aspectos destas descobertas são:
• A função sexual existe desde o princípio da vida, logo após o nascimento, e não só a partir
da puberdade como afirmavam as idéias dominantes.
• O período de desenvolvimento da sexualidade é longo e complexo até chegar à sexualidade
adulta, onde as funções de reprodução e de obtenção do prazer podem estar associadas, tanto no

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homem como na mulher. Esta afirmação contrariava as idéias predominantes de que o sexo
estava associado, exclusivamente, à reprodução.

• A libido, nas palavras de Freud, é “a energia dos instintos sexuais e só deles”


ESTÁGIOS DO DESENVOLVIMENTO DA PERSONALIDADE
1º estágio oral: vai desde o nascimento aos 12/18 meses de idade e as fontes de prazer são os lábios,
a boca e a língua. Estas se manifestam ao mamar, comer e morder.
2º estágio anal: Quanto ao estádio anal, podemos dizer que este vai dos 12/18 meses aos 3 anos de
idade. As fontes de prazer são o ânus, no que diz respeito a reter ou expulsar, a controlar e constata-
se no asseio. Neste estádio o conflito pode ser no treino e conseqüentemente provoca na
personalidade a avareza, a obstinação, a ordem compulsiva e a meticulosidade, isto no caso do
retentivo anal, visto que, se verificar expulsivo-anal, constata-se a crueldade, a destruição, a
desordem e a desarrumação.

3º estágio falido: No que diz respeito ao estádio fálico, que vai dos 3 aos 5/6 anos de idade,
podemos referir que é muito importante, sendo que é neste estádio que se forma o superego. As suas
fontes de prazer são os órgãos genitais, sendo que a criança explora o próprio corpo e o dos outros,
tocando-os.
4º período de latência: vai dos 5/6 anos aos 12/13 anos de idade, caracteriza-se por uma
diminuição das atividades sexuais, isto é, há um “intervalo” na evolução da sexualidade.
Processam a ausência de interesses sexuais, presentes no estádio anterior, passando a verificarem-se
a curiosidade intelectual e o relacionamento social da criança. Neste estádio, as características da
personalidade consistem na aprendizagem social e no desenvolvimento da consciência moral.
5º estágio genital: verifica-se depois da puberdade, podemos referir que começam a existir
contactos sexuais com outras pessoas, não existindo conflito, como também acontece no estádio
anterior. Objeto de erotização ou de desejo não está mais no próprio corpo, mas era um objeto
externo ao indivíduo — o outro.
O complexo de Édipo acontece entre 3 e 5 anos, durante a fase fálica. No complexo de
Édipo, a mãe é o objeto de desejo do menino, e o pai é o rival que impede seu acesso ao objeto
desejado. Ele procura então ser o pai para “ter” a mãe, escolhendo-o como modelo de
comportamento, passando a internalizar as regras e as normas sociais representadas e impostas pela
autoridade paterna. Posteriormente, por medo da perda do amor do pai, “desiste” da mãe, isto é, a
mãe é “trocada” pela riqueza do mundo social e cultural, e o garoto pode, então, participar do
mundo social, pois tem suas regras básicas internalizadas através da identificação com o pai.
Este processo também ocorre cora as meninas, sendo invertidas as figuras de desejo e de
identificação. Freud fala em Édipo feminino. Estes complexos são muito importantes na formação
da personalidade, visto que, da resolução dos mesmos, que se baseia na independência por parte dos
rapazes e das raparigas em relação aos pais; poderão advir o orgulho ou a humildade, a sedução ou
a timidez, a castidade ou a promiscuidade.
TEMPERAMENTO, CARÁTER E PERSONALIDADE
Temperamento, personalidade e caráter, são palavras utilizadas com freqüência desde a
antiguidade. Porém, seus significados quase sempre são confusos e/ou utilizados de forma errônea.
TEMPERAMENTO
Há cerca de 2500 anos, Hipócrates, considerado o pai da Medicina, classificou o temperamento
da espécie humana em quatro tipos básicos:
• Sangüíneo, típico de pessoas de humor variado;

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• Melancólico, característico de pessoas tristes e sonhadoras;


• Colérico, peculiar de pessoas cujo humor se caracteriza por um desejo forte e sentimentos
impulsivos, com predominância da bile;
• Fleumático, encontrado em pessoas lentas e apáticas, de sangue frio.
A palavra temperamento tem sua origem do latim. Representa a peculiaridade e intensidade
individual dos afetos psíquicos e da estrutura dominante de humor e motivação.
Atualmente, o que mais se aceita a respeito do temperamento é que certas características são
decorrentes de processos fisiológicos do sistema linfático, bem como a ação endócrina de certos
hormônios. Assim, pode-se explicar a genética e a interferência do meio sobre o temperamento de
cada pessoa. Então, poderíamos definir temperamento como sendo uma disposição inata e
particular de cada pessoa, pronta a reagir aos estímulos ambientais; é a maneira de ser e agir da
pessoa, geneticamente determinada; é o aspecto somático da personalidade. O temperamento pode
ser transmitido de pais para filhos, porém, não é aprendido, nem pode ser educado; apenas pode ser
abrandado em sua maneira de ser, o que é feito pelo caráter.
CARÁTER

De acordo com Reich (1995), o caráter é o conjunto de reações e hábitos de comportamento


que vão sendo adquiridos ao longo da vida e que especificam o modo individual de cada pessoa.
Portanto, o caráter é composto das atitudes habituais de uma pessoa e de seu padrão consistente de
respostas para várias situações. Incluem aqui as atitudes e valores conscientes, o estilo de
comportamento (timidez, agressividade e assim por diante) e as atitudes físicas (postura, hábitos de
manutenção e movimentação do corpo). É a forma com que a pessoa se mostra ao mundo, com seu
temperamento e sua personalidade. É por meio do caráter que a personalidade do indivíduo se
manifesta. Portanto, conhecer o caráter de uma pessoa significa conhecer os traços essenciais que
determinam o conjunto de seus atos.
Desde o momento da fecundação, todas as informações genéticas do pai e da mãe passam ao
novo bebê, constituindo o seu temperamento. Ainda na gestação, o bebê apreende todos os
estímulos provindos do meio. Sente e sofre com qualquer alteração sofrida pela mãe durante a
gestação e gradativamente, vai incorporando esses estímulos e organizando-os em seu mundo
interno, que já estão contribuindo para a formação de sua personalidade. Os possíveis
comprometimentos que por ventura irá ter ao longo das etapas de desenvolvimento, irão determinar
as suas forma de agir e reagir perante a vida, constituindo assim, o seu caráter. Então, cada pessoa
assumirá uma forma definida de funcionamento, padrão típico de agir frente às mais inusitadas
situações.
PERSONALIDADE
Refere-se a padrões relativamente consistentes e duradouros de percepção, pensamento,
sentimentos e comportamento que dão identidade distinta às pessoas.
A personalidade é formada durante as etapas do desenvolvimento psico-afetivo pelas quais
passa a criança desde a gestação. Para a sua formação incluem tanto os elementos geneticamente
herdados (temperamento) como também o adquirido do meio ambiente no qual a criança está
inserido.
Compreender os aspectos e a dinâmica da personalidade humana também não é tarefa
simples, visto à complexidade e variedade de elementos que a circunda, gerados por diversos
fatores biológicos, psicológicos e sociais. Com relação aos aspectos sociais, quanto mais complexas
e diferenciadas for à cultura e a organização social em que a pessoa estiver inserida, mais complexa
e diferenciada ela será. Do ponto de vista biológico, a pessoa já traz consigo, em seus genes,
diferentes tendências, interesses e aptidões que também são formados pela combinação dinâmica

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entre diversos fatores hereditários e uma infinidade de influências sóciopsicológicas que ela recebe
do meio ambiente.

Então, podemos dizer que a personalidade é formada por dois fatores básicos:
• Hereditários: são os fatores que estão determinados desde a concepção do bebê. É a estatura,
cor dos olhos, da pele, temperamento, reflexos musculares e vários outros. É aquilo que o
bebê recebe de herança genética de seus pais.
• Ambientais: São aqueles que também exercem uma grande influência porque dizem
respeito à cultura, hábitos familiares, grupos sociais, escola, responsabilidade, moral e
ética, etc.

São experiências vividas pela criança que irão lhe dar suporte e contribuir para a formação
de sua personalidade. Mesmo que alguns traços possam ser parecidos com os de outra pessoa, a
personalidade é única. Ela se apóia em uma estrutura biopsicossocial, é dinâmica, adaptável e
mutável.

TRAÇOS DE PERSONALIDADE

Para se falar de personalidade é preciso entender o que vem a ser um traço de personalidade.
O traço é um aspecto do comportamento duradouro da pessoa; é a sua tendência à sociabilidade ou
ao isolamento; à desconfiança ou à confiança nos outros. Um exemplo: lavar as mãos é um hábito,
a higiene é um traço, pois implica em manter-se limpo regularmente escovando os dentes, tomando
banho, trocando as roupas, etc. Pode-se dizer que a higiene é um traço da personalidade de uma
pessoa depois que os hábitos de limpeza se arraigaram. O comportamento final de uma pessoa é o
resultado de todos os seus traços de personalidade. O que diferencia uma pessoa da outra é a
amplitude e intensidade com que cada traço é vivido. Por convenção, o diagnóstico só deve ser
dado a adultos, ou no final da adolescência, pois a personalidade só está completa nessa época, na
maioria das vezes. Os diagnósticos de distúrbios de conduta na adolescência e pré-adolescência são
outros.
IMPORTANCIA DA VIDA AFETIVA
É preciso falar da vida afetiva porque ela é parte integrante de nossa subjetividade.
Nossas expressões não podem ser compreendidas, se não considerarmos os afetos que as
acompanham. E, mesmo os pensamentos, as fantasias — aquilo que fica contido em nós — só têm
sentido se sabemos o afeto que os acompanham.
Situações, sentimentos e lembranças representam algo diferente para diferente pessoas, por
causa das nossas diferentes percepções. A perda de um ente querido, por exemplo costuma ser algo
ruim para todos, mas mesmo assim representará algo diferente para cada um. Na verdade mais
importante que a própria realidade é a representação dos fatos dessa realidade.
Pense em quantas vezes você já programou uma forma de agir e, na hora “H”, comportou-
se completamente diferente. Por exemplo, uma jovem soube algo de seu namorado que a
aborreceu, mas ela racionalmente resolveu não criar caso e pensou: “Quando ele chegar, vou
ser carinhosa e não vou deixar transparecer que me aborreci” e, de repente, quando o tem à sua
frente, ela se vê esbravejando, agredindo, enciumada. Seus afetos a traíram. Foi difícil ou, no
caso, impossível contê-los. Tanto nesse exemplo, como em muitas situações de vida, não há a
mediação do pensamento — são os afetos que determinam nosso comportamento. É nesta
circunstância que se ouve aquela frase tão corriqueira: “Como ele é impulsivo!”.
OS AFETOS

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É um conjunto de estímulos que chegam ao nosso mundo interior e recebem significados.


Os dois afetos básicos são: amor e ódio. São nossos afetos que dão colorido a nossa vida e
expressam nossos desejos, sonhos, fantasias, medos. Conflitos, passado, presente e futuro. São
nossos afetos que determinam nosso comportamento.
Os afetos ajudam-nos a avaliar as situações, servem de critério de valoração positiva
ou negativa para as situações de nossa vida; eles preparam nossas ações, ou seja, participam
ativamente da percepção que temos das situações vividas e do planejamento de nossas reações
ao meio. Essa função é caracterizada como função adaptativa.
Os afetos também têm uma outra característica — eles estão ligados à consciência, o
que nos permite dizer ao outro o que sentimos, expressando, através da linguagem, nossas
emoções.
AS EMOÇÕES

A emoção é um estado de excitação física e psíquica acompanhadas de breves reações em


resposta a um acontecimento inesperado. Elas podem ser positivas e negativas, dependendo de
como ocorre, o momento em que acontecem e o modo como chegam a ser decodificadas de acordo
com as experiências das pessoas. Algumas emoções podem ser vistas como positivas e negativas
como o choro, riso, etc.
Nas emoções é possível observar uma relação entre os afetos e a organização corporal, ou
seja, as reações orgânicas, as modificações que ocorrem no organismo, por exemplo, alteração
dos batimentos cardíacos. Todas as reações apresentadas são importantes descargas de tensão do
organismo emocionado, pois as emoções são momentos de tensão em um organismo, e as reações
orgânicas são descargas emocionais.
OS SENTIMENTOS
Os afetos básicos (amor e ódio), além de manifestarem-se como emoções, podem
expressar-se como sentimentos. Os sentimentos diferem das emoções por serem mais duradouros,
menos “explosivos” e por não virem acompanhados de reações orgânicas intensas. Assim,
consideramos a paixão uma emoção, e o enamoramento, a ternura, a amizade, consideramos
sentimentos, isto é, manifestações do mesmo afeto básico — o amor.
IDENTIDADE
Saber quem é o outro é uma questão aparentemente simples e se constitui desafio
em cada novo encontro e, mesmo nos antigos, porque as pessoas mudam, embora continuem
elas mesmas.
Para compreender esse processo de produção do sujeito, que lhe permite apresentar-se ao
mundo e reconhecer-se como alguém único, a Psicologia construiu o conceito de identidade. Várias
correntes da Psicologia (e a Psicanálise, inclusive) nos ensinam que o reconhecimento do eu
se dá no momento em que aprendemos a nos diferenciar do outro. Eu passo a ser alguém quando
descubro o outro e a falta de tal reconhecimento não me permitiria saber quem sou, pois não teria
elementos de comparação que permitissem ao meu eu destacar-se dos outros eus. Dessa forma,
podemos dizer que a identidade, o igual a si mesmo, depende da sua diferenciação em relação ao
outro.
Identidade é um processo de construção permanente, em contínua transformação —
desde antes de nascer até a morte! — e, neste processo de mudança, o novo — quem sou,
agora — amalgama-se com o velho — quem fui ontem, quando era adolescente, criança!
Contudo, há situações em que esse processo de mudança contínuo ocorre de modo intenso,
confuso e, muitas vezes, angustiante e doloroso. Falamos, então, em crise de identidade.

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Um caso exemplar de crise de identidade, em função inclusive de seu caráter inexorável,


e que pode ser vivida com mais ou menos sofrimento, é a adolescência. Um período de
transição entre a infância e a vida adulta e que se estende dos 13 anos 18 anos. Os adolescentes
precisam organizar as exigências e expectativas conflitantes da família, da comunidade e dos
amigos; desenvolver percepções das mudanças que se operam no corpo e no leque de necessidades;
estabelecer independência e conceber uma identidade para a vida adulta.
Embora marcada por intensa “turbulência interna”, essa crise pode significar — e, na
maioria das vezes, o é — um período de “confusão” criadora, em que há o luto da perda do
corpo infantil e a estranheza quanto àquele corpo adulto (ele mesmo!) que o adolescente
desconhece e deseja, e que vai se constituindo, inexoravelmente. Às mudanças do corpo
correspondem mudanças em sua subjetividade. “O novo corpo é habitado por uma nova
mente” (José Outeiral, Adolescer — estudos sobre adolescência, ed. Artes Médicas, Porto
Alegre, 1994).
Novas influências amalgamadas: o grupo de pares; personagens do mundo intelectual,
artístico, esportivo, político; aquele professor fantástico; os pais que, sem dúvida, continuam
sendo importantes figuras de identificação. E, de tudo isso produz-se alguém novo, com
rupturas mais ou menos intensas com a sua história pregressa mas que, sem dúvida, estará
inscrita na sua biografia e, portanto, será constitutivo de sua identidade tudo o que já viveu.
PROCESSO GRUPAL
A nossa vida cotidiana é demarcada pela vida em grupo. Estamos o tempo todo nos
relacionando com outras pessoas. Mesmo quando ficamos sozinhos, a referência de nossos
devaneios são os outros. As pessoas precisam combinar algumas regras para viverem juntas.
A esse tipo de regularidade normatizada pela vida em grupo, chamamos de institucionalização.
Um hábito é constituído quando se estabelece a melhor formar de garantia eficaz de realizar
um tarefa, e a mesma prática é repetida farias vezes. Um hábito estabelecido por razões
concretas, com o passar do tempo e das gerações, transforma-se em tradição. E o que acontece?
As bases concretas, estabelecidas com o decorrer do tempo, não são mais questionadas. A
tradição se impõe porque é uma herança dos antepassados. Se eles determinaram que essa é a
melhor forma, é porque tinham alguma razão. Quando se passam muitas gerações e a regra
estabelecida perde essa referência de origem (o grupo de antepassados), dizemos, então, que
essa regra social foi institucionalizada.
As pessoas vivem, em nossa sociedade, em campos institucionalizados. Geralmente
moram com suas famílias, vão à escola, ao emprego, à igreja, ao clube; convivem com
grupos informais, como o grupo de amigos da rua, do bar, do centro acadêmico ou grêmio
estudantil etc. Em alguns casos, a institucionalização nos obriga a conviver com pessoas que
não escolhemos.
Definir-se o grupo como um todo dinâmico (o que significa dizer que ele é mais que
a simples soma de seus membros), e que a mudança no estado de qualquer subparte modifica
o estado do grupo como um todo. O grupo se caracteriza pela reunião de um número de pessoas
(que pode variar bastante) com um determinado objetivo, compartilhado por todos os seus
membros, que podem desempenhar diferentes papéis para a execução desse objetivo.
SEXUALIDADE
Quando sentimos um forte desejo sexual, tendemos a associá-lo a uma justificativa muito
comum: “Isso é natural, pois temos um instinto sexual”. É como se fosse uma coisa animal
e deve estar ligado à preservação da espécie.
Com o homem ocorre um fenômeno diferente, o homem difere dos outros animais pela
consciência. Isso significa que a escolha do parceiro sexual, no caso da nossa espécie, não é

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feita instintivamente, mas tem um componente racional que avalia a escolha. Pouca coisa resta no
homem de caráter instintivo, e a escolha sexual é feita mais pelo prazer que ela nos dá
individualmente do que pela pressão da necessidade de reproduzir a espécie. Isto significa dizer
que o prazer passa a ser o dado fundamental para a sexualidade humana.
A sexualidade no adulto, salvo algumas exceções, buscará sempre que possível o
contato genital. Na criança não existe a sexualidade no sentido genital, mas seria muito difícil
dizer que o prazer que crianças de três anos sentem ao manipular o pênis ou o clitóris não é sexual.
Esse prazer da manipulação demonstra o despertar das zonas erógenas. A criança gosta do
carinho e pedirá carinho. Ocorre que a ligação afetiva mais forte e a pessoa em quem ela mais
confia é a mãe, e neste caso não é estranho que a criança espere e exija seu carinho. Esta ligação
carinhosa e afetiva entre mãe e filho (ou entre pai e filha) é que irá propiciar a caracterização do
famoso complexo de Édipo.

Com esse percurso, demonstra-se que a sexualidade aparece no ser humano desde muito
cedo, e que as suas primeiras manifestações não têm caráter genital, mas trata-se mais da
organização do impulso da libido, que, mais tarde, será fundamental na busca do prazer sexual.

A possibilidade de uma sexualidade que corresponda aos nossos desejos (mesmo


considerando que, para haver civilização, deva haver um nível de controle e repressão)
dependerá de uma luta que o jovem deve enfrentar por uma nova moral sexual, que supere o poder
castrador e passe para uma fase do encontro entre o prazer e a responsabilidade.
HOMOSSEXUALIDADE
É o processo de identificação invertido (a forma de inversão não é muito conhecida e se
dá de forma inconsciente) que ocorre durante a formação do Complexo de Édipo, portanto,
por volta dos três anos. Nesse processo, o menino escolhe o pai como objeto de amor e a mãe
como objeto de identificação, o que explica a escolha homossexual (com a menina, ocorre o
inverso: ela escolhe a mãe como objeto de amor e o pai como objeto de identificação).
Assim, do ponto de vista psicológico, o homoerotismo é uma escolha realizada pela
criança que não tem sentido patológico (não é considerada doença ou desvio de
comportamento) e, muito menos, moral (uma escolha influenciada por maus costumes). Se, por
um lado, não sabemos claramente o que determina essa “escolha” — aqui colocada entre
aspas porque, rigorosamente, não a percebemos como uma escolha consciente, na qual a
criança opta por alternativas previamente conhecidas —, por outro, sabemos que não se trata
de nenhum desvio comportamental ou doença adquirida, ou mesmo de disfunção neurológica.
A própria Organização Mundial de Saúde (organismo ligado à ONU) reconhece isso. Neste caso,
podemos afirmar, categoricamente, que se trata de uma opção legítima de investimento de afeto e
que, na sociedade atual, só enfrenta a intransigência e a intolerância de grupos
conservadores que, por motivos morais, não conseguem aceitar uma escolha sexual diferente da
considerada padrão.
SEXUALIDADE: COMPORTAMENTOS
1. Heterossexualidade: atração por pessoas do sexo oposto; culturalmente aceita; influencia
cultura, valores e normas sociais da sociedade ocidental;
2. Homossexualidade; atração por pessoas do mesmo sexo; gay e lésbica; estima-se que de 3 a
10% da população americana seja homossexual; existem variações entre os estudos uma vez
que a orientação sexual pode ser temporária; aspectos psicológico e sexual;
3. Bissexualidade: atração por ambos os sexos; é o individuo que relacionou-se tanto com
homens quanto com mulheres nos últimos três anos; pode ser transitório; são mais ousados
sexualmente e experimentam um nível de orgasmo maior e maior incidência de prazer com
a masturbação; sofrem um duplo preconceito;

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4. Travestismo: uso de roupas do sexo oposto; geralmente são homens casados; não desejam
mudança de sexo;
5. Transexualismo: implica simplesmente a passagem de um sexo a outro; acreditam que
pertencem ao sexo oposto; difere da homossexualidade pelo fato de haver insatisfação.
ENVELHECÊNCIA

A cultura é uma influencia importante na experiência do envelhecimento. Ela afeta as


percepções da velhice, os sentimentos de papéis, direitos e responsabilidades, assim, como os
sistemas de cuidados e apoio dos idosos.
Nos países orientais, os idosos permanecem ativos e desempenham papéis centrais e muito
respeitados, exemplo, Japão. Da mesma forma que são respeitados, são ativos. Participam dos
assuntos comunitários, dos negócios da família, do trabalho domestico e da criação das crianças ou
cuidam do jardim. São rotineiramente consultados sobre decisões importantes.

Em países orientais para a juventude, como os EUA, envelhecer costuma ser atemorizante
porque significa perder as qualidades valorizadas da juventude. Como a beleza, a agilidade e a
força, declinam os papeis desempenhados, a renda financeira e o respeito. Muitos declaram sentir-
se inúteis, não atraentes e indesejáveis. Embora as mudanças de humor possam estar ligadas a
aspectos bioquímicos do processo de envelhecimento, incluindo doenças, acredita-se que o clima
social freqüentemente desfavorável exerça importante influencia.
Envelhecimento uma série de alterações que vão ocorrendo no organismo ao longo do tempo
vivido.
Da mesma maneira que na adolescência o sujeito se percebe diante de um futuro
desconhecido e assustador, na envelhescência ele se surpreende pensando na proximidade da morte,
a inseparável companheira da vida. O sujeito se vê, então, muitas vezes na contingência de recriar
sua rotina diária e repensar seu trabalho, adaptando-os às exigências corporais.
Todos os seus antepassados já não existem e ele percebe, entre horrorizado e conformado,
que os que falecem são cada vez mais jovens, com idades casa vez mais próximas da sua.
Ele se descobre mais sozinho do que nunca, inda que possa estar rodeado de uma grande
numero de pessoas com quem interage cotidianamente. Esse ser sozinho resulta do reconhecimento
de que seus antepassados já não existem e que seus filhos se afastaram porque se tornaram adultos.
O envelhecer é considerando, na nossa sociedade, como um estagio da vida que é
desprezível. Os velhos são considerados uma espécie de praga que ataca as contas da previdência
social encarece o seguro saúde, pesa na vida dos mais jovens.
Ministério da saúde em PORTARIA Nº 2.528 DE 19 DE OUTUBRO DE 2006 integra nas
políticas de saúde a saúde do idoso, onde são diretrizes importantes para a atenção integral à saúde
do idoso:
1) promoção do envelhecimento ativo e saudável;
2) manutenção e reabilitação da capacidade funcional;
3) apoio ao desenvolvimento de cuidados informais.

O TÉCNICO DE ENFERMAGEM E A PACIENTE


De toda a equipe de saúde envolvida, é o técnico de enfermagem quem executa a maior
parte das tarefas com o paciente. O corpo do paciente é o objeto de atenção, a quem cabe a tarefa de
cuidado diária. A enfermagem detém a permissão social e cultural para tocar o corpo do outro,
podendo desnudar, limpar, amarrar, banhar, secar, alimentar, injetar, raspar, vestir e nesse momento,
mesmo que não se aperceba disso, expressa seu sistema de valores, conseqüência de sua cultura, da
realidade do mundo ao qual faz parte.
Assim, também é o corpo. A idéia que temos de corpo também foi sendo construída a partir
dos valores a ele atribuídos. Ele não é experimentado, entendido de modo igual para todos os
indivíduos. A percepção que temos do corpo é resultado da nossa cultura especifica. Ele é na
verdade uma simbolização, ou seja, o corpo é uma representação dos nossos conceitos de pessoa,

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sexualidade, dentre outros. A experiência corporal não é universal. O corpo não fala por si próprio,
a cultura vai deixando marcas e atribuindo significados que não são eternos.
O cuidado do corpo por parte do pessoal de enfermagem inclui uma manipulação do outro
mediante procedimentos e técnicas do ato de cuidar. Alem dos sentidos usa-se também a intuição, a
percepção, a sensibilidade criando uma linguagem corporal própria, na qual pela forma de tocar,
olhar, cuidar, são expressos valores, conceitos, receios, preconceitos, temores, etc. Tomar
consciência dos próprios temores, preconceitos, dúvidas e limites em relação ao seu próprio corpo
e ao do paciente e fundamental para que se estabeleça uma relação na qual esse corpo se
personifique, ganhe uma identidade, deixe de ser apenas um objeto que precisa de cuidados para
pertencer a uma pessoa que tem também seus próprios preconceitos, duvidas, timidez e vergonha,
principalmente no memento de um contato mais intimo. Devemos tentar naturalizar a situação
hospitalar. Do mesmo modo que um bebe é amamentado, a alimentação não e a única necessidade
que se esta sendo atendida, mas também através desse contato, o bebe sente-se acariciado,
protegido, desenvolvendo, a partir daí, um sentimento de confiança, etc.
Desse modo, no ato de prover as necessidades físicas do indivíduo, promovendo o cuidado
com o corpo, algo além do próprio cuidado está em jogo. É possível estabelecer uma relação de
solidariedade, percebendo as dificuldades, dúvidas e temores do paciente. Há muita insegurança
por parte do paciente, no mento da hospitalização e na própria experiência da doença. Muitas vezes
a pessoa não sabe ao certo o que vai lhe acontecer. A ansiedade faz-se presente, principalmente em
procedimentos cirúrgicos que representam ameaça á integridade corporal ou que comprometam a
autonomia da pessoa, como nos casos de colostomia, mastectomia e amputações. É importante
compreender que não e simplesmente um simples membro que vai ser extirpado em troca de melhor
prognostico, mas sim uma parte da pessoa que tem uma função e significados específicos.
Tal medida requeira um aprendizado para se conviver com a nova situação. Assim, é mais
aconselhável tentar entender a sua tristeza e estar disposto a escutá-lo, ao invés de tentar reanimá-
lo. É compreensível certo desconforto, certa estranheza e, muitas vezes, para negar essas
sensações, se mantém uma distância emocional em relação aos pacientes, por meio de uma
padronização dos mesmos, que são vistos como iguais, no pior sentido que isso possa ter, no que se
refere a perda da identidade.
Todos nos sentimos medo, vergonha, culpa, tristeza, alegria, amor, etc. Nem tudo pode ser
explicado pela razão. Sentimentos são para ser sentidos, experimentados, respeitados, para
aprendermos a lidar com eles e deforma que possamos nos conhecer e viver melhor. Um técnico
de enfermagem sensível, bom observador, conhecedor de suas próprias emoções, limites e
possibilidades tem maior chance de maior atuação junto aos clientes. É importante perceber que
cada paciente é único, apesar das tarefas executas serem as mesmas. Isso entendido pode ser um
facilitador para ambas as partes, propiciando ao paciente um tratamento mais humanizado e ao
profissional um melhor desempenho.

RELACIONAMENTO TÉCNICO EM ENFERMAGEM, PACIENTE E FAMÍLIA

A essência do trabalho da enfermagem é o cuidar. Necessário que seja eficiente e prestado


de forma humanizada. Olhar o paciente holisticamente (como um todo) e não esta atenta apenas as
técnicas básicas do cuidar.
A necessidade de sensibilidade dos profissionais para executarem os cuidados, observando
as manifestações verbais e não-verbais do cliente, podendo indicar a enfermagem suas necessidades
individuais.
Deste modo, a comunicação essencial para uma melhor assistência ao cliente e à família que
estão vivenciando o processo de hospitalização, podendo resultar em estresse e sofrimento. Para
tanto, o técnico em enfermeiro é capacitado a reconhecer a interação enfermagem – cliente –
família, estabelecendo atitudes de sensibilidade e empatia entre todos, contribuindo com a
assistência humanizada.
Assim, acredita-se que o cuidado de enfermagem extrapola a técnica (procedimento), sendo
expresso pelas atitudes, além de ser relacional. Então, quando o cuidado se dá em um ambiente que
exige alta tecnicidade, tal como ocorre em uma unidade de terapia intensiva (UTI), o cuidar pode

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tornar-se mecânico devido à alta complexidade de equipamentos e tecnologia. Estes fatores,


portanto, podem favorecer um comportamento da equipe pouco comprometido com os sentimentos
dos doentes e seus familiares, resultando na desvalorização da assistência humanizada.

O SER- TÉCNICO EM ENFERMERMAGEM, O SER-CLIENTE OU PACIENTE E O SER-


ENFERMAGEM.
Ser técnico em enfermagem: o ser humano, compromisso levou-o a receber conhecimentos,
habilidades. Ser gente que cuida de gente.
Ser cliente ou paciente: ser um indivíduo, uma família ou uma comunidade; em última
análise, são seres humanos que necessitam de cuidados.
Ser enfermagem: a união do ser técnico em enfermagem e o ser cliente.

PROCESSO SAÚDE-DOENÇA

As condições de vida e trabalho dos indivíduos e de grupos da população estão relacionadas


com sua situação de saúde. São os fatores sociais, econômicos, culturais, étnicos/raciais,
psicológicos e comportamentais que influenciam a ocorrência de problemas de saúde e seus fatores
de risco na população.
É muito difícil mudar comportamentos de risco sem mudar as normas culturais que os
influenciam. Aqui se incluem políticas que busquem estabelecer redes de apoio e fortalecer a
organização e participação das pessoas e das comunidades, especialmente dos grupos vulneráveis,
em ações coletivas para a melhoria de suas condições de saúde e bem-estar, e para que se
constituam em atores sociais e participantes ativos das decisões da vida social

PACIENTE EM ESTADO DE COMA

O coma é um estado clinico de inconsciência, no qual o paciente não está ciente de si


mesmo ou do ambiente, por períodos prolongados. Constitui-se ainda um grande desafio para a
equipe de enfermagem realizar o cuidado ao paciente em coma. Este contexto possibilita alguns
questionamentos acerca das estratégias a serem utilizadas pelo enfermeiro na identificação das
necessidades e no planejamento da assistência ao paciente impedido de comunicar-se.
A equipe de enfermagem deverá estabelecer uma relação que ultrapasse o cuidado físico,
por meio de ações humanizadas, favorecendo a sua recuperação com qualidade.
É certo que o diálogo entre os profissionais de saúde, paciente e familiares favorece um
relacionamento de confiança e a obtenção de bons resultados para assistência com qualidade. O ser
cuidador precisa saber ouvir, estar presente e ter empatia com o outro ser. Desta forma, ambos se
fortalecerão e poderão encontrar a solução para o problema de saúde. Isto remete a um significado
de humanização da assistência de enfermagem, com interação entre os cuidadores/familiares.
É importante abordar a necessidade de humanização do cuidado de enfermagem a pacientes
em coma e a atenção ao seu familiar.

MORTE MORRER
As pessoas parecem temer a morte por uma serie de razões: elas se preocupam com o
sofrimento físico e a humilhação; receiam a interrupção de objetivos; ficam pensando naqueles que
vão sobreviver a elas; e ficam pensando também naquilo que as esperam. O medo da morte parece
atingir o auge durante a meia-idade. Os idosos relatam pensar mais na morte do que as pessoas de
outras faixas etárias, porém negam temê-la.

CINCO FASES DA MORTE


Quando as pessoas descobrem que estão morrendo ficam chocadas e tender a passar por
cinco fases até a chegada da aceitação da sentença.
1. NEGAÇÃO: a realidade da morte ainda não foi aceita irreal.

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2. RAIVA: a pessoa freqüentemente se volta contra todos ou o mundo em geral, vão


aparecer também sentimentos de culpa ou medo nesse estagio.
3. BARGANHA: nessa fase a pessoa pede por um trato ou uma recompensa e comentários
do tipo “e se eu fizer isso?”
4. DEPRESSÃO: a depressão pode ocorrer com uma reação à mudanças do modo de vida
ocasionada pela perda. A pessoa se sente extremamente triste, desesperançada, inútil e
cansada.
5. ACEITAÇÃO: a aceitação acontece quando a mudança que a perda trouxe para a pessoa
se estabiliza em um novo estilo de vida.

NECESSIDADE ESPIRITUAL: Olhar continuamente para o paciente, não para sua necessidade,
mas para a sua coragem, não para a sua dependência, mas para sua dignidade.
NECESSIDADE FISICA: Perda do tônus muscular, cessação do peristaltismo, lentidão da
circulação sanguínea, respiração irregular e perca do sensório.

PACIENTE TERMINAL

Durante a sucessão de estágios, entre o adoecer até o morrer, a esperança é o único elemento
que persiste desde o início do diagnóstico. Mesmo entre aqueles pacientes que estão conformados,
ou entre aqueles que são mais realistas, sempre existe a expectativa de possibilidade de uma cura.
O que sustenta o viver em meio ao sofrimento é, muitas vezes, apenas um fio de esperança.
A equipe se preocupa apenas com a técnica, esquecendo o lado emocional do paciente que já
se encontra completamente abalado, tornando cada vez mais doloroso seu estado de maneira geral.
O paciente terminal não é um cadáver e sim alguém que está vivendo intensamente a sua
vida possível.
O enfermeiro deve reconhecer que sua presença é tão importante quanto o procedimento
técnico. Se não mais.
O comportamento do técnico em enfermagem pode influenciar o comportamento do
paciente positiva ou negativamente. Os incentivos positivos incluem passar algum tempo com o
paciente, dar-lhe atenção e sorrir para ele, mostrar interesse em conversar certos assuntos, servir-lhe
a alimentação, garantir-lhe privilégios como o de ver televisão, ficar acordado até tarde, dar uma
saidinha, fazer-lhe massagens nas costas, mantê-lo em contato com o médico, e dar-lhe medicação.
O comportamento negativo pode ser provocado por um olhar carrancudo, não respondendo ao
paciente ou esquecendo-o.

ATIVIDADE EXTRACLASSE

CASO CLÍNICO
Você esta realizando a sua primeira visita de cuidados domiciliares para uma mulher de 88
anos de idade que foi hospitalizada três vezes nos últimos quatro meses com insuficiência cardíaca.
Ela apresenta falta de ar, embora utilize continuamente o oxigênio. Está confinada ao leito e
incontinente, apresentando uma úlcera de pressão em estágio III e perdeu 15 kg nos últimos quatro
meses. Está ficando cada vez mais fraca. Seu marido, também tem 88 anos, apresenta mobilidade
limitada em conseqüência de artrite. Ele tem uma história de câncer de colón e possui uma
colostomia durante os últimos 10 anos. Embora tente cuidar da esposa, está ficando cada vez mais
difícil para ele fazer isso. Eles estiveram casados durante quase 70 anos e são muito devotados um
ao outro. Quais estratégias de intervenções usariam para:
a. Ajudar no desconforto da paciente;

b. Preparar o marido para morte inevitável da esposa.

REFERENCIAS

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DAVIDOFF, Linda L. Introdução à psicologia: terceira edição. Tradução: Lenke Perez; revista
técnica: José Fernando Bittencourt Lômaco. São Paulo: Makron Books, 2001.

BOCK, Ana Mercês Bahia; Furtado, Odair; Teixeira, Maria De Lourdes Trassi. Psicologias: Uma
introdução ao estudo de psicologia. 13a edição reformulada e ampliada— 1999 3ª tiragem — 2001.
Editora Saraiva. Barra funda – SP.

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