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De certo modo, pode-se dizer que a Psicologia existiu desde o nascimento da Filosofia
Grega. Obras de Platão e Aristóteles já continham estudos sobre a alma humana. Em
toda a Filosofia, da Antiguidade à Idade Moderna, encontramos obras relacionadas aos
temas da psicologia: estudos sobre o humor, temperamentos, sofrimentos, ética, entre
outros.
Seu status de ciência é obtido à medida em que se “liberta” da filosofia, que marcou sua
história até aqui, e atrai novos estudiosos e pesquisadores.
1- PSICANÁLISE
FASE GENITAL: quando o objeto de erotização ou de desejo não está mais no próprio
corpo, mas em um objeto externo ao indivíduo- o outro.
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COMPLEXO DE ÉDIPO
Acontece entre 3 e 5 anos, onde a mãe é o objeto de desejo do menino e o pai é o rival
que impede seu acesso ao objeto desejado. Ele procura ser o pai para ter a mãe,
escolhendo-o como modelo de comportamento e passando a internalizar as regras e
normas sociais representadas e impostas pela autoridade paterna.
Posteriormente, por medo da perda do amor do pai, o menino “desiste” da mãe, isto é,
ela é trocada pela riqueza do mundo social e cultural. O garoto pode então participar do
mundo social, pois tem suas regras básicas internalizadas por meio da identificação com
o pai. Esse processo também ocorre com as meninas, com as figuras de desejo e de
identificação invertidas. Freud fala em Édipo feminino.
Entre 1920 e 1923, Freud remodela a teoria do aparelho psíquico e introduz os seguintes
conceitos:
Id: constitui o reservatório da energia psíquica, sendo regido pelo princípio do prazer.
Superego: A moral e os ideais são funções do Superego, sendo que os conteúdos refere-
se a exigências sociais e culturais.
2-O BEHAVIORISMO
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3-TEORIA COGNITIVISTA
4-GESTALT
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO
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TRABALHO EM EQUIPE 1
Leonor Cordeiro Brandão
INTRODUÇÃO
Segundo Schutz apud Bergamini (1982) todo o indivíduo tem três necessidades
interpessoais: Inclusão, Controle e Afeição e, ao associar-se a um grupo, cada pessoa irá
passar por diferentes formas de atendimento de suas necessidades.
Bergamini (1982) distingue dois tipos de pequenos grupos: o sócio-grupo – aquele que
se organiza e se orienta em função da execução ou cumprimento de uma tarefa; e o
psicogrupo – estruturado em função da polarização dos seus próprios membros.
Kurt Lewin apud Bergamini (1982) considera que a dinâmica do grupo é determinada
pelo conjunto de interações existentes no interior de um espaço psicossocial. O
comportamento dos indivíduos é função dessa dinâmica grupal, independente das
vontades individuais. Portanto, são elaborados quatro pressupostos:
Numa época de mudanças organizacionais onde se verifica uma intensa busca por
produtividade, rapidez, flexibilidade e comprometimento com os resultados, faz-se
necessária cada vez mais, a potencialização do trabalho em equipe.
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Texto desenvolvido com o envolvimento e participação dos docentes da área de Psicologia Organizacional para as disciplinas de
Psicologia Organizacional I e II da UNIP. A autora é formada em Psicologia pela Universidade Newton Paiva Ferreira de Belo
Horizonte em 1982, tendo atuado como consultora interna em gestão da qualidade na Secretaria de Educação do Estado de Minas
Gerais, atualmente consultora na área de Psicologia Organizacional e do Trabalho, docente e supervisora de estágio na UNIP
-Universidade Paulista em Sorocaba e docente do curso de pós graduação em Recursos Humanos da UNISO (Universidade de
Sorocaba). Co-autora do livro Solucionando Problema – Melhorando Resultados. Belo Horizonte: FCO, 1985. Mestranda em
Administração de Empresas pela UNIP (Universidade Paulista).
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Assim sendo, este artigo tem por finalidade apresentar a conceituação de grupo e
equipe, os fatores básicos para a existência de uma equipe, a formação dos grupos, tipos
de equipes de trabalho, critérios para uma definição de uma equipe, bem como os
estágios de seu desenvolvimento. Trataremos ainda do papel emocional, vantagens do
trabalho em equipe, condições externas que afetam o seu funcionamento, os possíveis
aspectos negativos do trabalho em equipe, causas do mau funcionamento da equipe e a
liderança.
GRUPO OU EQUIPE?
Segundo Spector (2002) um grupo de trabalho é a união de duas ou mais pessoas que
interagem umas com as outras e dividem algumas tarefas, visando objetivos inter-
relacionados.
Sherif apud Aguiar (1997) propõe algumas características que distinguem um grupo de
uma coleção de pessoas: interação entre os membros, objetivo e conjunto de normas
comuns, conjunto de papéis e uma rede de atração interpessoal.
Para Wagner III e Hollenbeck apud Fiorelli (2000, p.41) “grupo é um conjunto de duas
ou mais pessoas que interagem entre si de tal forma que cada uma influencia e é
influenciada pela outra”. Para eles, equipe é um “tipo especial de grupo em que, entre
outros atributos, evidencia-se elevada interdependência na execução das atividades”.
Vergara apud Fiorelli (2000, p.142) acredita que “ para que um conjunto de pessoas se
torne uma equipe é preciso que haja um elemento de identidade, elemento de natureza
simbólica, que una as pessoas, estando elas fisicamente próximas ou não”.
Fiorelli (2000, p.143 ) sugere um conceito de equipe que procura integrar o
funcionamento com o vínculo emocional, no qual “Uma equipe é um conjunto de
pessoas:
FORMAÇÃO DE GRUPOS
O desejo da proximidade física está ligado à atração que as pessoas exercem umas sobre
as outras e a possibilidade que elas têm de confirmar suas crenças e valores. A interação
social atende à necessidade de reconhecimento, estruturação do tempo e outras
carências humanas.
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Desafios fazem com que pessoas se reúnam para tentar superar coletivamente as
dificuldades e são uma poderosa razão para a formação de equipes de trabalho. Nos
campeonatos esportivos, podemos observar inúmeros exemplos de grupos de alta
competência movidos quase que exclusivamente pelos desafios. E não só os atletas
estão em busca da superação de seus recordes desportivos como os organizadores e
patrocinadores atrás de seus recordes econômicos. O público em geral assiste, torce e
participa movido pelo desejo de proximidade (os que vão aos estádios) e o de
“pertencer” e expressar-se emocionalmente, mesmo assistindo pela TV.
Informais - não são criados oficialmente para atender aos objetivos organizacionais.
Emergem a partir das relações “naturais” entre as pessoas. Podem ser:
São grupos de trabalho cujos membros têm poder para desempenhar muitos deveres
atribuídos anteriormente ao supervisor. As responsabilidades da “auto-gestão” incluem:
planejamento e cronograma de trabalho; treinamento dos membros; compartilhar
tarefas; cumprimento de metas de desempenho; garantia de alta qualidade e resolução
de problemas no dia a dia.
ênfase na participação;
líder e membros trabalham juntos;
tomada de decisão em grupo;
tarefas compartilhadas;
responsabilidade coletiva.
Equipes Multifuncionais
Formada pelo grupo de executivos das organizações. São consideradas equipes tendo
em vista que as principais decisões são tomadas em colaboração, incluindo todos os
membros da alta gerência.
Grupos de Afinidade
A equipe adota determinado comportamento porque “todo mundo faz assim”. Este
mecanismo tem eficácia na redução da ansiedade que acompanha a decisão, tanto para
correr maiores riscos, como para furtar-se a eles.
Modelação
Os integrantes chegam a imitar o eventual líder em notável processo de identificação. O
comportamento não chega a ser só copiado, mas reproduzido na qualidade de modelo.
Negação da Realidade
Este mecanismo pode emergir da necessidade inconsciente da manutenção da equipe. A
relutância dos integrantes em utilizar novas tecnologias pode ser a negação da realidade
de que a especialização que os unia está ultrapassada.
Preservação da coesão
A manifestação de sentimentos de coesão significa que as pessoas têm condições de
encontrar e liberar energia para superar as dificuldades.
Útero protetor
Segundo Fiorelli (2000) o culto às virtudes do trabalho em equipe tem contribuído para
entronizá-las como remédio para todos os males e situações e isso favorece o uso de
técnicas inadequadas e quando mal conduzidas as equipes podem revelar-se
contraproducente. O autor aponta para algumas situações que podem ser negativas no
trabalho em equipe, dentre elas:
Peter Drucker apud Fiorelli (2000, p. 157) alerta : “a equipe certa não garante a
produtividade, mas a errada a destrói”.
Segundo Fiorelli (2000) existem várias causas que contribuem para falhas no
funcionamento de uma equipe.
1. Liderança despreparada ou sem perfil para a tarefa
2. Escolha dos participantes sem preocupação com o perfil, com a tarefa e com a
disponibilidade de tempo;
3. Falta de preocupação em fixar missão a perseguir e objetivos a alcançar;
4. Supervisão inadequada ou inexistente.
A IMPORTÂNCIA DA AUTO-ESTIMA
A forma como nos sentimos acerca de nós mesmos é algo que afeta
crucialmente todos os aspectos da nossa experiência, desde a maneira como agimos no
trabalho, no amor e no sexo, até o modo como atuamos como pais, e até aonde
provavelmente subiremos na vida.
Nossas reações aos acontecimentos do cotidiano são determinadas por quem e
pelo que pensamos que somos. Os dramas da nossa vida são reflexo das visões mais
íntimas que temos de nós mesmos. Assim, a auto-estima é a chave para o sucesso ou
para o fracasso. É também a chave para entendermos a nós mesmos e aos outros.
Além de problemas biológicos, não consigo pensar em uma única dificuldade
psicológica – da ansiedade e depressão ao medo da intimidade ou do sucesso, ao abuso
de álcool ou drogas, às deficiências na escola ou no trabalho, ao espancamento de
companheiros e filhos, às disfunções sexuais ou à imaturidade emocional, ao suicídio ou
aos crimes violentos – que não esteja relacionada com uma auto-estima negativa.
De todos os julgamentos que fazemos, nenhum é tão importante quanto o que
fazemos sobre nós mesmos. A auto-estima positiva é requisito importante para uma vida
satisfatória. Vamos entender o que é auto-estima. Ela tem dois componentes: o
sentimento de competência pessoal e o sentimento de valor pessoal. Em outras palavras,
a auto-estima é a soma da autoconfiança com o auto-respeito. Ela reflete o julgamento
implícito da nossa capacidade de lidar com os desafios da vida (entender e dominar os
problemas) e o direito de ser feliz (respeitar e defender os próprios interesses e
necessidades).
Ter uma auto-estima elevada é sentir-se confiantemente adequado à vida, isto é,
competente e merecedor, no sentido que acabamos de citar. Ter uma auto-estima baixa é
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sentir-se inadequado à vida, errado, não sobre este ou aquele assunto, mas ERRADO
COMO PESSOA. Ter uma auto-estima média é flutuar entre sentir-se adequado ou
inadequado, certo ou errado como pessoa e manifestar essa inconsistência no
comportamento – às vezes agindo com sabedoria, às vezes como tolo – reforçando,
portanto, a incerteza.
A capacidade de desenvolver uma autoconfiança e um auto-respeito saudáveis é
inerente à nossa natureza, pois a capacidade de pensar é a fone básica da nossa
competência, e o fato de que estamos vivos é a fonte básica do nosso direito de lutar
pela felicidade. Idealmente falando, todos deveriam desfrutar um alto nível de auto-
estima, vivenciando tanto a autoconfiança intelectual como a forte sensação de que a
felicidade é adequada.
Entretanto, infelizmente, uma grande quantidade de pessoas não se sente assim.
Muitas sofrem de sentimentos de inadequação, insegurança, dúvida, culpa e medo de
uma participação plena na vida – um sentimento vago de “eu não sou suficiente”. Esses
sentimentos nem sempre são reconhecidos e confirmados de imediato, mas eles existem.
No processo de crescimento e no processo de vivenciar esse crescimento, é
muito fácil que nos alenemos do autoconceito positivo (ou que nunca formemos um).
Poderemos nunca chegar a uma visão feliz de nós mesmos devido a informações
negativas vindas dos outros, ou porque falhamos em nossa própria honestidade,
integridade, responsabilidade e auto-afirmação, ou porque julgamos nossas próprias
ações com uma compreensão e uma compaixão inadequadas. Entretanto, a auto-estima é
sempre uma questão de grau.
Não conheço ninguém que seja totalmente carente de auto-estima positiva, nem
que seja incapaz de desenvolver auto-estima. Desenvolver a auto-estima é desenvolver a
convicção de que somos capazes de viver e somos merecedores da felicidade e,
portanto, capazes de enfrentar a vida com mais confiança, boa vontade e otimismo, que
nos ajudam a atingir nossas metas e a sentirmo-nos realizados.
Desenvolver a auto-estima é expandir nossa capacidade de ser feliz. Se
entendermos isso, poderemos compreender o fato de que para todos é vantajoso cultivar
a autoestima. Não é necessário que nos odiemos antes de aprender a nos amar mais; não
é preciso nos sentir inferiores para que queiramos nos sentir mais confiantes. Não temos
de nos sentir miseráveis para querer expandir nossa capacidade de alegria.
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Quanto maior a nossa auto-estima, mais bem equipados estaremos para lidar
com as adversidades da vida; quanto mais flexíveis formos, mais resistiremos à pressão
de sucumbir ao desespero ou à derrota. Quanto maior a nossa auto-estima, maior a
probabilidade de sermos criativos em nosso trabalho, ou seja, maior a probabilidade de
obtermos sucesso. Quanto maior a nossa auto-estima, mais ambiciosos tenderemos a
ser, não necessariamente na carreira ou em assuntos financeiros, mas em termos das
experiências que esperamos vivenciar de maneira emocional, criativa ou espiritual.
Quanto maior a nossa auto-estima, maiores serão as nossas possibilidades de
manter relações saudáveis, em vez de destrutivas, pois, assim como o amor atrai o amor,
a saúde atrai a saúde, e a vitalidade e a comunicabilidade atraem mais do que o vazio e
o oportunismo.
Quanto maior a nossa auto-estima, mais inclinados estaremos a tratar os outros
com respeito, benevolência e boa vontade, pois não os vemos como ameaça, não nos
sentimos como “estranhos e amedrontados num mundo que nós jamais criamos”
(citando um poema de A. E. Housman), uma vez que o auto-respeito é o fundamento do
respeito pelos outros. Quanto maior a nossa auto-estima, mais alegria teremos pelo
simples fato de ser, de despertar pela manhã, de viver dentro dos nossos próprios
corpos. São essas as recompensas que a nossa autoconfiança e o nosso auto-respeito nos
oferecem.
Auto-estima, seja qual for o nível, é uma experiência íntima; reside no cerne do
nosso ser. É o que EU penso e sinto sobre mim mesmo, não o que o outro pensa e sente
sobre mim. Quando crianças, nossa autoconfiança e nosso auto-respeito podem ser
alimentados ou destruídos pelos adultos – conforme tenhamos sido respeitados, amados,
valorizados e encorajados a confiar em nós mesmos.
Mas, em nossos primeiros anos de vida, nossas escolhas e decisões são muito
importantes para o desenvolvimento futuro de nossa auto-estima. Estamos longe de ser
meros receptáculos da visão que as outras pessoas têm sobre nós. E de qualquer forma,
seja qual tenha sido nossa educação, quando adultos o assunto está em nossas próprias
mãos. Ninguém pode respirar por nós, ninguém pode pensar por nós, ninguém pode nos
dar autoconfiança e amor-próprio.
Posso ser amado por minha família, por meu companheiro ou companheira e por
meus amigos e, mesmo assim, não amar a mim mesmo. Posso ser admirado por meus
colegas de trabalho e mesmo assim ver-me como um inútil. Posso projetar uma imagem
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de segurança e uma postura que iludem virtualmente a todos e ainda assim tremer
secretamente ao sentir minha inadequação. Posso preencher todas as expectativas dos
outros e, no entanto, falhar em relação às minhas; posso conquistar todas as honras e
apesar disso sentir que não cheguei a nada; posso ser adorado por milhões e despertar
todas as manhãs com uma nauseante sensação de fraude e vazio. Chegar ao “sucesso”
sem conquistar uma auto-estima positiva é ser condenado a sentir-se um impostor que
aguarda intranquilo ser desmascarado.
Assim como a aclamação dos outros não cria a nossa auto-estima, também não o
fazem os conhecimentos, a competência, as posses materiais, o casamento, a
paternidade, a dedicação à caridade, as conquistas sexuais ou as cirurgias plásticas.
Essas coisas PODEM às vezes fazer com que nos sintamos melhor sobre nós
mesmos temporariamente, ou mais confortáveis em situações particulares, mas conforto
não é auto-estima. A tragédia é que existem muitas pessoas que procuram a
autoconfiança e a auto-estima em todos os lugares, menos dentro delas mesmas, e,
assim, fracassam em sua busca.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
LOPES,Patrícia."Gestalt"; BrasilEscola.
Disponível em: <http://brasilescola.uol.com.br/psicologia/gestalt.htm>. Acesso em 20 de maio
de 2016.
MINICUCCI, A , Psicologia Aplicada à Administração. São Paulo: Atlas, 1995.