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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

Faculdade de Psicologia

Temas Especiais em Psicologia: Psicofarmacologia

Ana Carolina Nascimento

• Assistir o episódio 4, intitulado MDMA, da série “Como mudar sua mente”, Netflix
• Responder às questões a seguir, desenvolvendo o seu raciocínio a respeito do tema.

1. Quais tipos de psicoterapia existentes e que você conhece?


Com base em minha vivência dentro do curso de Psicologia as principais psicoterapias
baseadas na Psicologia enquanto ciência e profissão são:
Psicanálise: Desenvolvida por Sigmund Freud, a psicanálise se concentra na exploração do
inconsciente e nas influências dos processos psicológicos inconscientes na vida do indivíduo.
Terapia cognitivo-comportamental (TCC): abordagem focada em identificar e modificar
padrões de pensamento e comportamento negativos ou disfuncionais em sua interação com o
ambiente externo.
Terapia humanista: A terapia humanista, como a abordagem centrada na pessoa de Carl
Rogers, enfatiza a importância do crescimento pessoal e da autenticidade. O terapeuta fornece
um ambiente de apoio e aceitação incondicional para facilitar o autoconhecimento e a
autorrealização do cliente focada no aqui e agora..
Psicoterapia Sistêmica: é uma linha terapêutica que se concentra nos padrões de interação e
nos sistemas nos quais as pessoas estão inseridas, como a família, o casal ou o grupo social.
Essa abordagem reconhece que os problemas e desafios individuais estão frequentemente
enraizados nas relações e dinâmicas familiares ou sociais mais amplas.
Psicoterapia Breve: é um formato de terapia focado em tratar problemas psicológicos e
promover mudanças em um período de tempo relativamente curto. Ao contrário de outras
formas de psicoterapia que podem durar meses ou anos, a psi
2. Qual sua opinião sobre as substâncias psicodélicas?
Acredito que são substâncias muito sedutoras pela proposta de sensações físicas e emocionais
que resultam ao organismo humano. Os psicodélicos promovem um estado psíquico de quem
está sob a ação de um alucinógeno, e é faz com que o indivíduo tenha uma percepção de
aspectos da mente que desconhecia anteriormente, e altera a consciência, trazendo sensações
semelhantes ao sonho, psicose e êxtase religioso. Em minha opinião acho que são substâncias
válidas de se ter uma primeira experiência, ainda que seja a única. Neste sentido acho que é
interessante sim, o uso recreativo, porém com muita cautela e consciência dos efeitos e
possíveis prejuízos dessas substâncias.
É importante também considerar que o uso recreativo ou não supervisionado de substâncias
psicodélicas pode apresentar riscos à saúde mental e física. Os efeitos das substâncias
psicodélicas variam de pessoa para pessoa e podem ser influenciados por fatores individuais,
como a predisposição a problemas de saúde mental, a personalidade e o ambiente em que são
usadas.

3. Qual o efeito do MDMA na pessoa que fez seu uso?

O MDMA é uma substância psicoativa pertencente à classe das anfetaminas e tem


propriedades estimulantes e alucinógenas. Seu efeito no organismo pode variar de pessoa
para pessoa e depende de vários fatores, como dose, pureza da substância, ambiente, estado
emocional e características individuais. O MDMA é conhecido por induzir uma série de
efeitos físicos, emocionais e cognitivos. Alguns dos efeitos mais comuns incluem:
Euforia: O MDMA pode gerar uma sensação intensa de bem-estar, felicidade e empatia.
Muitas pessoas relatam um aumento na sociabilidade e no afeto, sentindo-se mais conectadas
emocionalmente com os outros.
Aumento da energia: O MDMA é um estimulante e pode levar ao aumento da energia,
aumento da disposição física e da resistência.
Sensações táteis aprimoradas: Muitos usuários relatam uma intensificação das sensações
táteis, com aumento da sensibilidade ao toque e ao contato físico.
Sensações de relaxamento: O MDMA também pode promover uma sensação de relaxamento
muscular e diminuição da ansiedade.
Alterações perceptivas: Em algumas pessoas, o MDMA pode causar alterações na percepção
sensorial, como aumento da intensidade das cores, distorção da percepção do tempo e
sensação de maior clareza mental.
Aumento da empatia: O MDMA é conhecido por aumentar a empatia e a conexão emocional
com os outros, favorecendo a comunicação e a interação social, por esse motivo é chamado
de a “Droga do Amor”.

4. Qual crítica você faz ao estudo sistematizado de psicodélicos para terapia?

Quanto ao uso de psicodélicos para terapia considero que embora atualmente haja um
interesse crescente na pesquisa sobre o uso terapêutico dessas substâncias psicodélicas, penso
em alguns contrapontos, que são os riscos potenciais aos indivíduos em tratamento.
Atualmente vivemos em uma sociedade muito medicalizada, muitas vezes quando as pessoas
buscam por psicoterapia como uma última opção, sendo a primeira a intervenção psiquiátrica
e administração de psicotrópicos. Neste contexto penso que possa haver uma certa
romantização da droga caso ela venha com um respaldo médico como proposto nesta
modalidade de psicoterapia. Embora muitos estudos relatam benefícios terapêuticos, também
é importante considerar os riscos associados ao uso de substâncias psicodélicas. Efeitos
colaterais adversos, como aumento da ansiedade, pânico, experiências desagradáveis e
ocorrência de flashbacks, podem ocorrer. Existe também um outro ponto que é a questão
legal, pois o uso de substâncias psicodélicas para fins terapêuticos levanta questões éticas e
legais. A maioria das substâncias psicodélicas é classificada como ilegal em muitos países, o
que limita a condução de estudos e o acesso controlado a essas substâncias para fins
terapêuticos.
5. Você aceitaria passar por um processo de psicoterapia psicodélica assistida?

Acredito que sim, desde que seja em um ambiente controlado, seguro e de suporte
terapêutico. E que principalmente me seja orientado de maneira convincente a finalidade do
tratamento para meu caso em particular. E porque este tratamento e não as terapias
convencionais para meu caso.

6. Você seria um terapeuta de psicoterapia psicodélica assistida?

Acredito que não escolheria essa abordagem, uma vez que é uma área nova que requer
estudos específicos acerca da Psicofarmacologia. O psicólogo que trabalha com psicoterapia
psicodélica assistida deve ter um conhecimento aprofundado das substâncias psicodélicas
utilizadas, incluindo seus efeitos, potenciais benefícios e riscos associados. É importante
também, que o profissional esteja atualizado sobre as pesquisas científicas mais recentes
nessa área. Além de que é uma ciência que ainda está em desenvolvimento e não é
amplamente praticada ou legalizada em muitos países. Portanto, um psicólogo dessa
abordagem deve ser refinamento treinado, e atuar dentro dos limites legais e éticos
estabelecidos. É fato que a busca por especialização e qualificação em psicologia deve ser
uma constante para todo profissional independente da área de atuação, mas esse campo não é
do meu interesse de estudo.

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