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VISÃO GERAL DA TERAPIA COGNITIVA EM DEPRESSÃO

HARLEY PACHECO DE SOUSA1


SÂO PAULO
2013

Segundo estudiosos ao menos 12% da população mundial podem ter depressão,


entretanto, não sabemos ao certo o que causa e a qual a incidência, mesmo com diversas
análises quantitativas acerca do suicídio que é um provável fim, também não é possível
ainda avaliar com um índice gráfico confiável.

Segundo estudiosos2 a depressão é causa de internações psiquiátricas 75% do público


frequentador dessas instituições e a psicoterapia eficiente nos casos de depressão é
extremamente crucial, pois apenas por meio desta poderemos definir se o serviço está
evoluindo e resultando em bons frutos, pois nem todos os pacientes depressivos
respondem aos medicamentos.

Sugerimos a experiência psicoterápica para os casos de depressão porque acreditamos


que os pacientes podem aprender por meio delas e a partir disso se relacionarem melhor
com suas depressões posteriores; a fim de desenvolver e preparar um ambiente
psicológico antissuicida trabalhando a desesperança e expectativas negativas do sujeito
sugerimos a terapia cognitiva ativa, estruturada de prazo limitado que se fundamenta
numa base teórica subjacente, que acredita que o comportamento é largamente
determinado pelo modo como ele percebe e estrutura o mundo.

As técnicas cognitivas objetivem delinear e testar as falsas concepções que o individuo


tem do mundo, além de ensinar-lhe algumas operações. São usadas técnicas verbais por
meio da funcionalidade de cada acontecimento. Uma das coisas boas desse modelo de
terapia é que o paciente incorpora certas aprendizagens passadas pelo terapeuta.

Técnicas behavioristas são usadas em pacientes em casos mais graves para ocorrer
mudança de comportamentos e eliciar cognições associadas a comportamentos
específicos, porém os terapeutas por não serem estritamente comportamentais sofrem
para tomar decisão sobre qual momento é o mais adequado para essas intervenções.
1
Harley Pacheco de Sousa é psicólogo graduado pela Universidade São Marcos.
2
Secunda, Katz, Friedman e Schuyle (1973).
O terapeuta deverá saber lidar com o paciente tendo em vista que os métodos
behavioristas vão tirar o paciente da inércia e letargia movendo-o em direção a
atividades construtivas. Além de que experiências de sucesso são mais prazerosas que
métodos cognitivistas que contradizem crenças errôneas.

A terapia cognitiva difere das convencionais por conta de estrutura formal das
entrevistas e no foco da problematização, nesse meio o terapeuta continuamente
interage com o paciente, inserindo uma estrutura particular que insere o paciente no
contexto, no inicio ele fica maio confuso, mas posteriormente o terapeuta o ajuda a
organizar seu pensamento.

A terapia cognitiva contrasta com a psicanálise por não dar ênfase a recordações da
infância a não ser em eventos específicos e contrasta com o behaviorismo por investigar
eventos internos. O cognitivismo é influenciado por autores cujos trabalhos emergem da
psicanálise, outros cujos trabalhos filosóficos são notadamente reconhecidos como
fenomenológicos, além de possuir influência moderna das diversas pesquisas
behavioristas.

A terapia cognitiva da depressão inclui em seu grupo de técnicas inter-relacionadas do


crisol de uma diversidade de experiências clinicas com depressivos. Um dos estudiosos
mais importantes desse tema foi Aron Beck, que postula uma tríade para entendimento
do depressivo. Tríade cognitiva, esquemas e erros cognitivos. O modelo cognitivo pode
explicar os sintomas físicos da depressão.

Organização estrutural do pensamento onde o sujeito está em relação seletiva a muitos


estímulos e a partir disso o conceitua; Processamento falho das informações onde
ocorrem erros de avaliação e crenças percebendo apenas conceitos negativistas a
despeito de evidencias contraditórias.

Essa abordagem é tida como promissora, mas deve-se ainda estudar quais são os limites
de aplicabilidade da mesma; ainda que haja notadamente erros comuns praticados por
profissionais, pois desprezam questões extremamente importantes como a relação
paciente terapeuta, ausência de importância da expressão dos sentimentos maneira usual
na comunicação, entre outros.

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