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Resumo: módulo 9

A psicoterapia é um valioso recurso para lidar com as dificuldades da


existência em todas as formas que o sofrimento humano pode assumir. É, ainda, um
espaço favorável ao crescimento pessoal, possibilita a intimidade do sujeito consigo
mesmo.
Os problemas vinculares são fonte de incontáveis sofrimentos e muitas
doenças. A Psicoterapia ocupa um lugar fundamental na área da saúde, por trazer
uma visão integrada do homem, na produção de sua própria existência, cumprindo
a ajuda na orientação e condução da vida, em situações de desestruturação e crises.
Todos os últimos avanços na área da Psicologia e Psicoterapia têm permitido
alcançar resultados cada vez maiores e mais significativos. No geral, os prazos de
tratamento são relativos aos objetivos almejados. Atualmente é possível atingir
resultados significativos em períodos de 3 meses a 12 meses. Há muitos processos
terapêuticos profundos que se encerram satisfatoriamente em prazos inferiores a 3
anos. Existem casos que demandam um trabalho terapêutico mais demorado,
geralmente, com problemática psicopatológica mais severa. Estes trabalhos podem
demandar anos, compensados por ajudas significativas como retorno.
Algumas pessoas encontram na terapia um lugar fundamental de
acompanhamento de seu processo de vida, onde são dinamizadas transformações
mais profundas, ao longo de vários anos. São situações em que o processo
terapêutico não tem um prazo definido e segue em comum acordo entre o
profissional e o cliente.
Pesquisas indicam que a psicoterapia diminui os índices de consumo de
medicamentos e de internações hospitalares. As pessoas obtêm resultados bem
significativos com a ajuda psicológica, compensando totalmente os investimentos
realizados.
A psicoterapia é um processo com resultados evidentes em diversas
situações: tratamento de vários transtornos psicológicos; resolução de conflitos
pessoais, interpessoais; desenvolvimento da capacidade de autogerenciamento, da
capacidade de lidar com os efeitos do estresse; aquisição de autoconhecimento,
aprendizado, reflexão e descoberta de novos modos pessoais de conduzir a própria
vida; fortalecimento psicológico para lidar com todos os tipos de doenças;
amadurecimento pessoal.
Não é possível se falar em "doenças orgânicas" sem uma consideração pela
dimensão psicológica e emocional, sendo evidente a natureza psicossomática da
existência humana. Os aspectos psicológicos fazem parte de muitas doenças e
possuem um papel fundamental na recuperação e na disposição de suportar
situações, por vezes, irreversíveis. A psicoterapia oferece recursos importantes para
uma compreensão mais ampla do processo de adoecimento, assim como estratégias
para uma vida mais íntegra.
Existem muitas escolas teóricas na Psicologia: psicanálise, fenomenológico-
existencial, cognitivo-comportamental, entre outras, com vários ramos e derivações.
Em geral, as teorias psicológicas apresentam quatro elementos básicos: a) o que é
a mente humana e como ela funciona; b) do desenvolvimento psicológico; c)
psicopatológica; e d) do processo terapêutico. Alguns tipos de psicoterapia:
Individual para crianças, adolescentes, adultos e idosos; de Grupo; de Casal; de
Família; Institucional e de Atendimento em situações de Emergência e Crise.
Os problemas vinculares afetam a capacidade que as pessoas têm de amar,
trabalhar e viver. Os vínculos de ajuda têm um poder curativo e a relação terapêutica
é de ajuda, de compreensão e apoio porque a psicoterapia proporciona a reflexão
sobre a própria vida, permitindo mudanças e percepção do sentido da vida.
A relação entre anatomia e subjetividade é um tema básico da Psicologia
Formativa de Stanley Keleman. Na concepção kelemaniana a vida é um processo
constante de construção de formas somáticas, desde o processo embriológico na
formação do ser humano até o final da vida. Para ele o psiquismo é uma função do
corpo, que sente, pensa, imagina e sonha. Nesta concepção, a anatomia e o
psiquismo estão entrelaçados. O autor propõe uma anatomia emocional, cognitiva,
existencial e o psiquismo está estruturado a partir da organização morfológica do
corpo todo e não apenas restrito ao cérebro ou a algum espírito imaterial. O corpo
cria imagens e símbolos de si e do mundo e, assim, se torna capaz de dialogar
consigo mesmo, permite ativar um processo de autogerenciamento e com os outros.
Keleman ainda indica a Metodologia dos Cinco Passos, processo onde
pretende-se influenciar as atitudes, comportamentos e estados internos através da
ação modulatória sobre a organização das formas somáticas. A clínica formativa
realiza uma cartografia das formas somáticas de uma pessoa para compreender e
atuar. Cartografar o território clínico permite encontrar algumas coordenadas para
navegar com mais segurança em direção a processos mais consistentes de vida. No
processo clínico formativo, assim como no trabalho diário de cada um consigo
mesmo, opera-se um manejo constante com as formas somáticas utilizando-se a
Metodologia dos Cinco Passos.
Um atendimento pode acontecer por meio de diferentes métodos, sendo
características comuns o emprego da comunicação verbal e não-verbal, ainda a
atenção à relação entre analisando e psicoterapeuta.
O tratamento psicanalítico tem um lugar que é encontrado dentro da Situação
Analítica. O processo é, então, o conjunto de fases sucessivas dentro da situação
como um todo.
O tratamento psiquiátrico para as neuroses é apenas sintomático. É como tirar
a febre de alguém com infecção.
O Par Analítico não engloba aspectos transferenciais, porém inclina ao
aparecimento dessa. E se não ocorrer a transferência, o trabalho será inútil, não
haverá cura. Assim, para entender o mesmo, há que considerar se um determinado
paciente vai responder melhor a um analista do que a outro,
Do ponto de vista metodológico, o ambiente não faz parte do processo.
Entretanto, se ele é necessário para tal, não se deve ignorar a sua importância,
porque a disponibilidade de objetos, cores interferem nas sensações das pessoas.
O Contrato Psicanalítico poderá ser democrático, autoritário e o demagógico.
Importante frisar que a cada obrigação do analisado corresponde simetricamente
uma do analista.
O divã é um instrumento de trabalho do psicanalista. Entretanto, não se impõe
ao paciente como algo obrigatório, com pena de o Contrato tornar-se autoritário.
Deve-se esclarecer ao analisando quanto a utilidade, o emprego histórico do divã.
O termo econômico em psicanálise possui o significado de uma carga de
valores que domina uma relação, porque a importância do dinheiro difere dos demais
atendimentos na área da saúde. E, tanto assim, que não se utiliza o termo consulta
e sim, sessão.
Existem psicoterapias rápidas, inclusive com fundamentação psicanalítica,
porém a psicanálise não se preocupa com o fator tempo. O próprio processo
psicanalítico está sujeito a uma dinâmica individual, indicando diferentes tempos.
Outro fator importante é a Postura do Psicanalista, esse deve ser uma figura
natural, que inspire confiança e não provoque especulação, além das
fenomenológicas naturais.
A Livre Associação é parte fundamental do Processo Psicanalítico, porque
sem essa não existe Psicanálise, porém monólogo ou diálogo. O Processo
Psicanalítico não consiste em um paciente falando o que consegue lembrar ou
simplesmente ocupando os ouvidos do analista. Na Livre Associação fala-se do que
vem naturalmente à cabeça e não daquilo que o analisando busca em seu material
mnético. Lembrando que todo material recalcado ao inconsciente está ali como que
colado, arraigado.
Aliança Terapêutica é uma espécie de transferência racional, caracterizada
especialmente por não ter o aspecto de neurose, o que se denomina de neurose de
transferência. A diferença está na intensidade, racionalidade, consciência de que os
afetos que surgem não são frutos de paixão, mas do relacionamento. Por outro lado,
a transferência se cobre da irracionalidade, envolvimento afetivo que não permite ao
analisando diferenciar os níveis de sentimentos. Por sua vez, a contra-transferência
pode ser consequência de carências, de problemas não resolvidos do Psicanalista
ou da situação psicanalítica em si.
O objetivo da resistência, manter a neurose e a razão dessa expressão
inconsciente, reside no mal-estar a qual a revelação da neurose pode ocasionar. O
paciente, também, inconscientemente prefere o desprazer de manutenção do
recalque, com o qual está habituado.
A angústia da separação é um fenômeno percebido, em alguns casos, desde
as entrevistas, onde o analisando apresenta uma sensação de abandono, quando o
seu tempo vai terminando, como se estivesse para perder algo muito caro.

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