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TRANSFERÊNCIA SEXUAL
NA RELAÇÃO PSICANALÍTICA
UNINOVE
São Paulo
2020
UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO
TRANSFERÊNCIA SEXUAL
NA RELAÇÃO PSICANALÍTICA
UNINOVE
São Paulo
2020
Agradecimentos
Hoje concretizamos mais uma pequena etapa de um belo caminho que pretendemos
percorrer, mas foi preciso muito esforço, determinação, paciência, perseverança,
ousadia e maleabilidade para chegar até aqui, e nada disso nós conseguiríamos sozinhos.
Neste espaço dedicamos nossa eterna gratidão a todos aqueles que colaboraram para que
nossos objetivos pudessem ser conquistados.
Agradecemos primeiramente a Deus pelo dom da vida, pelo seu amor infinito, sem Ele
nada somos. Aos nossos familiares, que são nossos maiores exemplos e aos nossos
amigos por todo amor, paciência e compreensão que tem nos dedicado. Somos gratos
por todo incentivo e orientação, pelas orações em nosso favor, pela preocupação para
que estivéssemos sempre andando pelo caminho correto.
Somos gratos também aos nossos colegas de classe, com quem aprendemos a conviver e
construir laços de carinho. Agradecemos por todos os momentos em que fomos
estudiosos, brincalhões e cúmplices, porque em vocês encontramos verdadeiros irmãos.
Obrigada pela paciência, pelo sorriso, pelo abraço, pela mão que sempre se estendia
quando nós precisávamos.
Emfim, nosso muito obrigado a todos que, mesmo não estando citados aqui,
contribuíram para a conclusão deste projeto.
Resumo
O resumo deve ser redigido pelo próprio aluno, ressaltando justificativa, objetivos e
métodos do trabalho desenvolvido. Deve ter no máximo 250 palavras.
Palavras-Chave
Sumário
Introdução
Durante este estágio básico foram discutidos cerca de 13 temas, que citaremos
brevemente a seguir. Aprendemos sobre a Transferência, que trata-se de um fenômeno
psicanalítico desenvolvido na relação entre paciente e terapeuta e é executado pelo
inconsciente. Durante a transferência ocorre um deslocamento de sentimentos que antes
eram atribuídos a infância, pessoas ou acontecimentos do passado e no presente passam
a ser concentrados na figura do analista, onde o paciente passa a enxergar algum vínculo
que o remete a essas lembranças, fazendo com que se aproxime do analista de forma
mais terna e afetuosa ou até de forma ríspida ou mesmo sexual. O modo como esse
fenômeno ocorre dependerá do tipo de transferência despertada no inconsciente do
paciente, como veremos mais detalhadamente nos próximos tópicos. Aprender a lidar
com a transferência e trabalhar a partir dela é uma das tarefas mais importantes durante
a prática da análise. Segundo Freud, a transferência na psicanálise é essencial para o
processo de tratamento e cura do paciente.
Após adquirir conhecimentos sobre o que é a transferência, aprendemos sobre a
Transferência por retorno (psicótico), que
Transferência
Transferência por retorno (psicótico)
Transferência erótica ou sexual
Interpretação
Contratransferência
Entrevistas iniciais
Abstinência e neutralidade
Enquadre e contrato
Associação livre e atenção flutuante
Limites da técnica psicanalítica no contemporâneo
Esclarecer o ponto de vista sob o qual o tema será apresentado. Destacar a finalidade
(objetivos) e justificativas do trabalho;
Você pode mencionar os autores de referência no texto corrido, não fazer citações
literais (diretas). Ex. “Os autores utilizados para sustentação teórica desse trabalho, tais
como Dejours, Antunes, Sato e Spink oferecem subsídios para reflexões sobre o mundo
do trabalho e sua atual configuração” (lembre-se de que todos os autores mencionados
deverão constar na bibliografia).
Objetivo
Justificativa
Método
Discussão
Considerações Finais
Finalize o trabalho oferecendo ao leitor considerações sobre o trabalho realizado; • Não
obrigatório citar autores;
Não necessariamente precisa ser conclusivo nas considerações finais. Você pode manter
ou abrir novas perguntas para futuros trabalhos;
Faça dois parágrafos finais relatando: a importância desse trabalho para a prática
psicológica e o que esse trabalho agregou para seu conhecimento.
Referências Bibliográficas
FREUD, Sigmund. Estudos sobre a histeria – Breuer e Freud. Edição Standard das
Obras Completas de Sigmund Freud (Vol. II). Rio de Janeiro: Imago. 1969.
FREUD, Sigmund. Observações sobre o amor transferencial. Vol. XII, Imago, 1914
Anexos
Um paciente que iniciou o tratamento, contou ao psicólogo que durante sua infância
seus pais o agrediam física e verbalmente e com 10 anos o abandonaram e ele foi morar
na rua, onde viveu boa parte da sua adolescência até conseguir um emprego. Esse
paciente disse ao psicólogo que não sabia nem porque havia começado a terapia pois
ninguém no mundo é digno de confiança, ele se mostrava sempre fechado e receoso
durante a sessão, ele desconfia do profissionalismo e do comprometimento do analista e
está sempre levantando argumentos a respeito da eficácia do processo terapêutico como
um todo. Durante toda a sessão ele mantém uma distância cautelosa e algumas vezes
acaba afirmando claramente que não acredita no trabalho do terapeuta, criando uma
barreira e dificultando assim a aproximação entre ambos.
- E a seguir demos um exemplo de transferência erótica:
Um paciente deu início a terapia com uma psicóloga com quem logo simpatizou,
porém ele apresentava dificuldades em falar de si, contou que era divorciado, que se
sentia sozinho e afirmava constantemente que não conseguia se relacionar com
ninguém, pois as mulheres que conhecia, logo se afastavam e isso o frustrava muito.
Depois de dois meses na terapia, esse paciente foi mostrando mais afeto e um apego
exagerado pela terapeuta, enviando mensagens, ligando pra ela todos os dias, sempre
elogiando sua aparência física, inteligência e até soltando algumas cantadas, como: -ah
se eu tivesse uma chance de te conhecer melhor fora do consultório, quem sabe um dia
podemos sair pra um barzinho e tomar um bom vinho? Até que um dia esse paciente
chegou na consulta e ao entrar na sala da terapeuta imediatamente a abraçou acariciando
seus cabelos, tentando também beijá-la, e afirmou que ninguém tão linda e sexy nunca o
tratou com tanta atenção e que estava se apaixonando por ela.
Uma das partes do texto de Freud que chamou nossa atenção é a anedota que ele
conta sobre o pastor (terapeuta) corretor de seguros, doente preste a morrer (paciente)
onde o doente está à beira da morte a sua família chama um pastor para convertê-lo, e o
pastor entra no quarto e fica por muitas horas enquanto a família aguarda do lado de
fora já com esperança da conversão do doente, mas o pastor sai do quarto com um
seguro que tinha comprado do corretor moribundo. Essa situação se compara ao
fracasso do terapeuta diante da condição de amor transferencial, quando o mesmo cede
ao desejo da paciente ele falha na sua missão como terapeuta.
BIBLIOGRAFIA
FREUD, Sigmund. Estudos sobre a histeria – Breuer e Freud. Edição Standard das
Obras Completas de Sigmund Freud (Vol. II). Rio de Janeiro: Imago. 1969.
FREUD, Sigmund. Fragmento da análise de um caso de histeria. Edição Standard
Brasileira das Obras Completas de Sigmund Freud, vol. VII. Rio de Janeiro: Imago,
1996.
FREUD, Sigmund. Observações sobre o amor transferencial. Vol. XII, Imago, 1914
A neutralidade a qual Freud propõe seria que o analista adote uma postura que se
assemelhe a um cirurgião, trabalhando minuciosamente, pondo de lado seus
sentimentos. Como vemos no seriado “sessão de terapia” a cena que Théo não responde
quando Júlia declara que o ama. Vemos também outra cena do episódio, onde Théo fala
para Júlia que nunca faria amor com ela, então visto isso, podemos dizer que ele está
usando abstinência, logo após Júlia muda rapidamente de assunto e eles dão
continuidade a sessão. Acreditamos que se Théo tivesse correspondido transferência de
Júlia a sessão de terapia realizada não teria sucesso naquele dia. A cena onde Júlia conta
sobre o caso que teve no bar na noite anterior, ao fazer ao fazê-lo Júlia insinua-se,
olhando de forma sedutora perguntando a ele se tudo que ela estava falando não era
forte demais. Théo age normalmente dando continuidade ao atendimento.
Um paciente que se consulta a alguns meses com o analista e durante esse
período conta ao Psicólogo sobre sua infância, onde sofreu, passou por lares adotivos e
até roubava comida para sobreviver, esses acontecimentos lhe causaram uma sensação
de vazio e solidão muito grandes, a ponto de dizer que ali era o único local onde nunca
iria deixar de ir pois havia ganho um novo pai (se referindo ao Psicólogo) pra quem por
várias vezes ligava ou enviava mensagens contando como estava sendo seu dia. O
Psicólogo sentia muita simpatia e afeto pelo rapaz, que o fazia lembrar do filho que
estava distante, tanto que em alguns momentos até choraram juntos e se abraçaram
durante as sessões. Percebendo a vulnerabilidade que estava vivendo (a
contratransferência), o Psicólogo decidiu abordar o rapaz de forma mais neutra acerca
dos motivos que o faziam sentir aquela carência, usando a si mesmo e as sessões de
terapia como exemplo, perguntando ao paciente como ele se sentia ao ir ao consultório
sabendo que sua vida poderia mudar após o término da terapia, lembrando de que a
relação entre eles era profissional. A princípio o rapaz se chateou muito ao pensar nisso,
mas logo começou a se questionar sobre suas atitudes de apego extremo nos últimos
meses e ao longo de sua vida, tanto com seu Psicólogo quanto com todos que
demonstravam algum interesse por ele, e com essa visão pode dar um novo segmento a
terapia, conciliando a contratransferência com a interpretação do paciente.
Na situação que criamos acima, o Psicólogo usou a contratransferência a favor
do processo de terapia, mesmo diante do impacto emocional causado pelo paciente.
Conforme aprendemos até aqui, sabemos que o analista deve perceber e lidar com a
contratransferência sem orientar o paciente de forma emocional ou direta, sem
influenciar na sua maneira de agir, mas fazendo com que ele reflita por si só a partir de
suas próprias atitudes e sentimentos.
BIBLIOGRAFIA
BIBLIOGRAFIA