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ROTEIRO SIMPLIFICADO

RELATÓRIO DE ESTÁGIO EM TERAPIA COGNITIVO-


COMPORTAMENTAL
INTRODUÇÃO

A terapia cognitivo-comportamental ou TCC é uma abordagem psicoterápica


baseada no conceito de behaviorismo radical combinado com a teoria cognitiva. A TCC
entende que os humanos interpretam os eventos como a maneira como eles nos afetam,
não os eventos em si. Ou seja: é assim que todos olham, sentem e pensam sobre
situações que causam desconforto, dor, desconforto, tristeza ou qualquer outro
sentimento negativo. Essa terapia foi criada no início dos anos 1960 pelo neurologista e
psiquiatra americano Aaron Beck. Ele inicialmente propôs um "modelo cognitivo de
depressão" que desde então evoluiu para a compreensão e tratamento de outros
distúrbios. A terapia cognitiva de Beck é atualmente considerada a abordagem cognitiva
primária.
Como mencionado anteriormente, os primeiros trabalhos de Beck se
concentravam na depressão. De acordo com a Abordagem Cognitiva de Beck, os
pensamentos e avaliações negativas comuns às pessoas com depressão não são
apenas um sintoma, mas um fator que sustenta essa psicopatologia. Alguns autores
tiveram um impacto mais explícito na consolidação da abertura da ciência
comportamental aos fatores cognitivos. Assim, Bandura (1979) é um escritor que
desempenha um papel fundamental. Este autor desenvolveu trabalhos sobre
"aprendizagem observacional", em que uma pessoa aprende efetivamente observando o
comportamento de outra pessoa e o desempenho subsequente.Para os autores, os
modelos de autorregulação (ou autoeficácia) são relevantes para esse tipo de
aprendizagem, uma vez que as mudanças voluntárias de comportamento são sempre
mediadas pelas percepções dos sujeitos sobre seu desempenho (a capacidade de
adquirir determinado comportamento).
A história da terapia cognitiva inicia-se em 1956 quando Aaron Beck realizou um
trabalho de pesquisa com o intuito de verificar os pressupostos psicanalíticos acerca da
depressão. Para Freud (1917), pessoas deprimidas apresentavam uma “hostilidade
retrofletida” ou seja, uma espécie de masoquismo ou necessidade de sofrer. Os estudos
de Beck o levaram a deparar-se com resultados de outra natureza: alguns pacientes
apresentaram melhoras em resposta a algumas experiências bem sucedidas e não
resistiram a estas mudanças, contrariando o esperado (Beck & Alford,2000). Isto fez com
que Beck e demais pesquisadores iniciassem uma seqüência de novos e diversos
estudos sobre a depressão que passou a ser vista como um transtorno cuja principal
característica seria uma tendência negativa onde a pessoa deprimida apresenta, muito
freqüentemente, expectativas negativas com relação ao resultado de seus
comportamentos e uma visão também negativa de si mesma, do contexto em que está
inserida e de seus objetivos (Beck, Rush, Shaw & Emery, 1979). Com isso, outros
estudos foram desenvolvidos para testar estratégias para alterar essa tendência negativa
presente na depressão, bem como estender a testagem desse novo modelo para outros
transtornos. Beck e Alford (2000) definem a cognição como "a função que envolve o
raciocínio sobre nossa experiência e a ocorrência e controle de eventos futuros" ou "... o
processo de identificar e prever relações complexas entre eventos para facilitar a
adaptação às mudanças nas circunstâncias". A teoria cognitiva tem dez axiomas formais
como pontos de apoio para outras proposições teóricas.
Sabendo que o objetivo principal da terapia cognitivo-comportamental é alterar os
sistemas de significado dos pacientes para alterar suas emoções e comportamentos
relacionados à situação, o primeiro passo na terapia é entender esses sistemas.
paciente. A partir disso, alguns padrões estão sendo identificados. São esses padrões
que determinam as crenças e percepções de cada experiência de vida. Diante de
padrões de pensamento desadaptativos ou disfuncionais, os terapeutas têm a
responsabilidade de ajudar os pacientes a encontrar novas possibilidades que lhes
permitam se adaptar melhor à sua realidade social. Isso é feito definindo prioridades e
metas para que, com o tempo, o paciente ganhe autonomia e possa lidar com as
questões por conta própria. Esta é a reestruturação cognitiva e comportamental que dá
nome à abordagem. Na Terapia Cognitivo Comportamental, a relação entre paciente e
terapeuta deve ser de colaboração mútua. A eficácia do tratamento se dá, em grande
parte, pela qualidade desta relação. É o bom vínculo que impulsiona o paciente a
manifestar melhor os seus próprios sentimentos durante a sessão.

A terapia cognitivo-comportamental (TCC) visa alterar os sistemas de significado


dos pacientes para mudar as emoções e comportamentos que prejudicam suas vidas de
alguma forma. Apropriado para todas as idades, incluindo crianças e idosos, com
métodos objetivos, instrutivos e eficazes. Um dos fatores que contribuem para isso é sua
estrutura clara. A estrutura de reuniões da TCC orienta o trabalho do psicólogo, promove
a compreensão do paciente sobre o tratamento e contribui para um processo mais
positivo. Tal como acontece com todas as formas de psicoterapia, a terapia cognitivo-
comportamental começa com um registro médico completo e um exame do estado
mental do paciente. Essa conceituação cognitiva, também conhecida como formulação
de caso, enquadramento cognitivo de caso ou conceituação de caso, serve como um
mapa para orientar os pacientes. trabalho a ser feito. A terapia cognitivo-comportamental
geralmente é aplicada em uma forma de curto prazo. O tratamento para depressão ou
ansiedade não complicada geralmente dura de 5 a 20 sessões. No entanto, pode
demorar mais se houver comorbidades ou se o paciente apresentar sintomas crônicos
ou for resistente ao tratamento. Durante a primeira reunião de TCC, é importante discutir
o diagnóstico com o indivíduo, determinar os objetivos do tratamento e começar a se
concentrar em questões específicas.
A terapia cognitivo-comportamental pode ajudar as pessoas a identificar
situações cotidianas ou mesmo suas histórias pregressas que dificultam sua
recuperação, principalmente a manutenção da saúde mental. Na terapia, os pacientes
aprendem a identificar situações e pessoas que desencadeiam emoções exaustivas e
improdutivas, como raiva, raiva ou estresse agudo ou crônico, e a desenvolver novos
pensamentos e comportamentos diante de coisas que desencadeiam sentimentos de
vulnerabilidade, medo e insegurança, aprenda a encontrar uma saída sem se sentir sem
esperança ou sofrer muito. A raiva e o estresse são muitas vezes causados por fatores
externos: trabalho, família ou conflito conjugal, mas também podem ser causados por
fatores internos, pensamentos e têm a ver com formas rígidas e perfeccionistas de lidar
com expectativas ilusórias ou não cumpridas.Se lembrarmos que o cérebro é capaz de
“refazer” ao praticar repetidamente novas formas de pensar e se comportar, entendemos
com muita clareza que a terapia cognitivo-comportamental é uma “ginástica cerebral”
que torna o cérebro “mais forte” e mais saudável”. que criam estresse, medo e
ansiedade. A psicoterapia cognitivo-comportamental tem demonstrado eficácia
inquestionável no desenvolvimento de habilidades específicas que não apenas
minimizam o comprometimento mental, mas também reduzem a chance de recaídas
futuras quando os pacientes se esforçam para seguir suas técnicas.
A terapia cognitivo-comportamental é uma abordagem considerada instrucional,
breve (em comparação com outros tipos de abordagens) e focada no problema atual do
paciente. Ou seja, traz resultados expressivos para as necessidades que os pacientes
buscam atender na terapia, em um tempo de tratamento geralmente menor do que
outras terapias convencionais. Com a TCC, alguns pensamentos são considerados
automáticos. Essas ideias são construídas ao longo de nossa existência, refletidas
diretamente na forma como encaramos os acontecimentos, sem sequer serem
analisadas internamente. Esses pensamentos podem ser positivos ou negativos,
dependendo de cada situação vivenciada. Ao longo da terapia, o psicólogo ajudará o
paciente a diferenciar esses pensamentos, elaborá-los para entendê-los com clareza e,
assim, ter autonomia para alterá-los, se necessário.
Pesquisa da clínica-escola mostrou que as características dos clientes foram
divididas em duas características: a primeira era crianças e adolescentes em idade
escolar, entre 6 e 15 anos, do sexo masculino e encaminhados por reprovação escolar.
O segundo tipo é caracterizado por mulheres adultas, jovens e solteiras que procuram
atendimento psicológico por dificuldades de relacionamento e emocionais. Uma
característica comum dessas instituições também é a alta taxa de desistência dos
pacientes do tratamento, variando de 30% a 60%. Salinas e Gorayeb (2002) revelaram a
necessidade de reduzir o tempo de espera desses pacientes, recomendando a triagem
imediata para acolher o paciente e responsabilizá-lo por suas necessidades. Os autores
também observaram que os motivos da evasão eram atribuíveis à própria organização
da instituição, como o tempo de espera para triagem e o tempo de espera entre a
triagem e o início do atendimento. Dentre os diversos referenciais teóricos existentes nas
clínicas de ensino de psicologia, a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) tem se
mostrado um modelo adequado de atenção devido à sua abordagem breve e instrucional
da terapia e ao número de técnicas e estratégias de intervenção disponíveis . A TCC
começou como um regime de tratamento para a depressão, mas a prática e as
pesquisas clínicas sobre a TCC mostram que, além de ser recomendada para o
tratamento de muitos transtornos psicológicos e psiquiátricos, essa modalidade de
tratamento atualmente abrange uma ampla gama de transtornos psiquiátricos.
De acordo com as definições tradicionais, a triagem psicológica visa coletar
dados, formular hipóteses diagnósticas e verificar quais os cuidados que a pessoa
necessita para encaminhá-la para um tratamento potencialmente adequado. Alguns
estudos propõem a triagem intervencionista, o que amplia a ideia da triagem tradicional.
A triagem interventiva envolve um processo dinâmico, um encontro entre duas pessoas
com papéis distintos e integradores. Nesta modalidade de intervenção: o encontro entre
terapeuta e cliente é muito valorizado, e o foco principal passa a ser o acolhimento e o
artesanato. Os prontuários podem ser entendidos como entrevistas semiestruturadas.
Portanto, a padronização visa coletar e explorar informações sobre as condições atuais e
passadas dos receptores de cuidados. A prática de registro médico de um psicólogo
ocorre principalmente em um ambiente clínico. Mas existem modelos de memória em
outros contextos, como: organização, forense, educação, reabilitação, etc. Por meio do
acolhimento, os estagiários de psicologia avaliam coletivamente indivíduos e/ou
familiares, qual a natureza da situação-problema vivenciada, “pensam juntos” sobre o
que está acontecendo, orientam, fornecem conhecimento, informam direitos humanos e
sociais, auxiliam na tomada de decisões e encontrar recurso. Também avaliam a
adequação para outras formas de cuidado mais adequadas, seja no campo da psicologia
e/ou não. O acolhimento acontece como um processo em que a pessoa tem direito a
dois a quatro encontros (retornando após o primeiro). Às vezes, outros membros da
família ou pessoas do seu círculo social são convidados a estar presentes. Entende-se
que há uma diferença importante entre ouvir e escutar. De acordo com Macedo e
Carrasco (2005), essa diferença, embora amplamente difundida em psicanálise,
transcende uma teoria. Enquanto ouvir é uma condição fisiológica ligada aos órgãos
sensoriais, escutar diz respeito a uma disponibilidade integral e não só sensorial àquele
que fala de sua dor, dor que traz consigo um significado próprio e singular. Um debruçar-
se sem saber a priori, sentido essencial da escuta clínica. A escuta não só é condição
para o que se faz em psicanálise, como muitas vezes é disso que o sujeito necessita em
primeira instância: uma escuta sensível e diferenciada, sem a qual nada pode ser feito.
Entre abordagens existentes na Psicologia, as técnicas de terapia cognitivo-
comportamental se destacam por apresentar ótimos resultados tanto na prática clínica
quanto em outras áreas de atuação. Sua base científica e suas estratégias de
intervenção direta sobre os problemas são aspectos muito atrativos tanto para o
profissional quanto para quem busca a terapia. Algumas das técnicas mais utilizadas
são:Psicoeducação, Registro de pensamentos disfuncionais, Questionamento socrático,
Técnicas de exposição, Dessensibilização sistemática, Técnicas de relaxamento,
Técnicas de habilidades sociais, Enfrentamento do estresse, Espectador ou observador
distante, Troca de papéis, Parada do pensamento e auto-instrução. A abordagem
cognitivo-comportamental acredita que as crenças e pensamentos disfuncionais são a
base das dificuldades e transtornos do paciente. Logo, as intervenções que o psicólogo
utiliza permitem superar esses problemas por meio da reestruturação da cognição e do
comportamento. Ao passar por essas técnicas, o paciente compreende a relação entre o
que ele acredita, sente e como se comporta. É possível identificar as crenças distorcidas
que sustentam seu sofrimento e, então, questionar esses pensamentos, fazendo com
que cedam espaço para cognições mais saudáveis. Com a mudança nas representações
mentais, as crenças se tornam mais flexíveis e realistas. Dessa forma, o paciente deixa
de ser controlado por pensamentos irracionais e conquista mais equilíbrio emocional.
Como resultado, ele integrará com mais saúde sua cognição, comportamento e
emoções. A abordagem cognitivo-comportamental acredita que as crenças e
pensamentos disfuncionais são a base das dificuldades e transtornos do paciente. Logo,
as intervenções que o psicólogo utiliza permitem superar esses problemas por meio da
reestruturação da cognição e do comportamento.
Ao passar por essas técnicas, o paciente compreende a relação entre o que ele
acredita, sente e como se comporta. É possível identificar as crenças distorcidas que
sustentam seu sofrimento e, então, questionar esses pensamentos, fazendo com que
cedam espaço para cognições mais saudáveis. Com a mudança nas representações
mentais, as crenças se tornam mais flexíveis e realistas. Dessa forma, o paciente deixa
de ser controlado por pensamentos irracionais e conquista mais equilíbrio emocional.
Como resultado, ele integrará com mais saúde sua cognição, comportamento e
emoções.

REFERÊNCIAS

BANDURA, A. 1979. Modificação do Comportamento. Rio de Janeiro:


Interamericana.

BECK, A. T. & ALFORD, B. A . 2000. O poder integrador da terapia cognitiva.


Porto Alegre: Artes Médicas.

BECK, A. T.; RUSH, A.J.; SHAW, B.F. & EMERY, G. 1979. Cognitive Therapy
of Depression. New York: Guilford Press.

MOURA, C.B.; MARINHO-CASANOVA, M.L.; MEURER, P.H.; CAMPANA, C.


2008. Caracterização da clientela pré-escolar de uma clínica-escola
brasileira a partir do Child Behaviour Check List (CBCL).
ROMARO, R.A.; CAPITÃO, C.G. 2003. Caracterização da clientela da clínica-
escola de psicologia da Universidade São Francisco.

SALINAS, P.; SANTOS, M.A. 2002. Serviço de triagem em clínica-escola de


Psicologia: A escuta analítica em contexto institucional. Psychê.

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