Psicoterapias à pessoa, na sua individualidade e

situação atual
O primeiro passo antes de iniciar um acompanhamento psicológico, prende-se com a
necessidade de identificar o tipo de terapia ideal para si, bem como um profissional
habilitado. Embora o setting* de diálogo seja semelhante em todos os tipos de
psicoterapia, a abordagem e o seu método é distinto em todas elas.

Além disso, como paciente, você precisa se identificar com o profissional e o método
utilizado. Caso contrário, não conseguirá se abrir ou dar continuidade ao tratamento da
forma correta.

Esta falta de conexão pode até afastar pessoas da terapia após uma primeira experiência.
Por isso, o ideal é conhecer cada tipo de psicoterapia antes de procurar um profissional.

Há a possibilidade de o próprio profissional guiar o paciente, para um tipo de terapia

que considere mais adequada para o seu caso.

*setting: ambiente preparado pelo profissional de saúde ou outro profissional.

Diferentes Psicoterapias /abordagens

O profissional de saúde tem ao seu dispor uma variedade de psicoterapias, que o mesmo
se especializou ou que lhe é mais habilitada, permitindo-lhe adequar à pessoa que
estiver à procura da sua ajuda.

Existem as seguintes psicoterapias:

Psicanálise - neste tipo de psicoterapia as sessões têm como intuito mergulhar

na raiz dos problemas e descobrir a sua essência, tratando-se assim de uma psicoterapia
que é habitualmente intensa, visto explorar o inconsciente do paciente.

Esta psicanálise é aconselhada a pessoas que procuram o seu autoconhecimento, assim

como para aquelas que pretendem trabalhar memórias reprimidas oriundas de traumas.

Terapia Jungiana - dinâmicas relacionadas à escrita e ao desenho são o

principal foco de trabalho. Os símbolos presentes nos trabalhos realizados são alvo
de uma análise com vista à identificação de traços da personalidade ou mesmo
crenças do paciente.

Esta abordagem é sugerida a pessoas que procuram o seu autoconhecimento, através de

métodos não tao convencionais, respeitando o tempo de evolução de cada pessoa.

Teoria Cognitivo comportamental – entende a forma como o ser humano

interpreta os acontecimentos, como aquilo que nos afeta, e não os acontecimentos em
si. Ou seja, é a forma como cada pessoa vê, sente e pensa com relação a uma situação
que causa desconforto, dor, incômodo, tristeza ou qualquer outra sensação negativa.

Esta abordagem é sugerida a pessoas que procuram o seu autoconhecimento, identificar

padrões de comportamento, pensamento, crenças e hábitos que estão na origem dos
problemas, indicando, a partir disso, técnicas para alterar essas perceções de forma
positiva.

Terapia Behaviorista – também chamado de Comportamentismo ou

Comportamentalismo, tem como objeto de estudo o comportamento. Esta teoria defende
que a psicologia humana ou animal pode ser objetivamente estudada por meio de
observação de suas ações, ou seja, observando o comportamento.

Os Behavioristas acreditam que todos os comportamentos são resultados de

experiência e condicionamentos. As figuras influentes do Behaviorismo incluem os
psicólogos John B. Watson e B.F. Skinner, que estão associados ao condicionamento
clássico e ao condicionamento operante, respetivamente.

Esta abordagem é sugerida a pessoas que procuram o seu autoconhecimento, o

profissional trabalha os medos e as queixas dos pacientes de forma mais direta, tendo
como objetivo retificar comportamentos considerados prejudiciais. O paciente efetua
diversos exercícios para enfrentar as suas limitações.

Humanismo ou “centrada na pessoa” - o indivíduo é visto como um ser

holístico. Ou seja, como um todo, o seu corpo, a mente, o espírito e as emoções. O ser
humano é considerado um ser único, com sua psique naturalmente saudável e como um
indivíduo bom. As pessoas são seres ativos e capazes de se desenvolverem, no processo
de autorrealização.

O humanismo propõe uma abordagem terapêutica não-diretiva e centrada na

pessoa. Parte-se do pressuposto que é o indivíduo que possui a responsabilidade pela
condução e pelo sucesso do tratamento. Nesta abordagem considera-se uma abordagem
otimista, pois enfatiza que todo indivíduo deve se transformar na melhor pessoa que
deseja e pode ser.

Terapia Gestalt – é uma abordagem psicoterapêutica centrada no cliente. Esta

abordagem ajuda os clientes a concentrarem-se no presente. Eles passam a entender o
que realmente está a acontecer nas suas vidas. Em vez de simplesmente falar sobre
situações passadas, os clientes são encorajados a experimentar conceitos atuais por meio
de reencenação (criar novos cenários e possibilidades)

Através do processo gestáltico, os clientes aprendem a tornar-se mais conscientes de

como os seus próprios padrões de pensamento. Passam, então, a conhecer
comportamentos negativos que possam bloquear a verdadeira autoconsciência e
tornando-os infelizes.

A perceção humana é fundada numa visão do objeto em si (acontecimento, pessoa,

sentimento) e dos valores específicos de cada um. A interpretação de uma situação
depende dos ideais e crenças desenvolvidos pelo paciente.

Neuropsicologia –é uma atividade complexa, que envolve a investigação das

funções cognitivas como memória, atenção, linguagem e função executiva.
Neste sentido, são realizadas entrevistas com pacientes e familiares, aplicados testes e
escalas. No final, é elaborado um relatório neuropsicológico do paciente.
O neuropsicólogo descreve as habilidades e dificuldades do paciente e, com
esses resultados, o médico define o diagnóstico. esta abordagem estuda as relações entre
o cérebro e o comportamento. O profissional de saúde procura prováveis lesões
cerebrais no paciente através de uma avaliação neuropsicológica.
Esta é feita após acidentes que resultaram em perturbações das áreas
cognitivas.