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ANSIEDADE: BREVE HISTÓRICO DESDE A


ANTIGUIDADE ATÉ OS DIAS ATUAIS
*Leslie Andrea Abreu de Freitas

Resumo

A temática da ansiedade tem sido um dos assuntos mais discutidos nos últimos tempos. Sendo
foco de artigos em revistas, periódicos, livros, trabalhos acadêmicos e outras literaturas, o
termo ansiedade tem alcançado prestígio e tornando-se uma das grandes vilãs do mundo
moderno. Mesmo sendo essencial para a sobrevivência, será visto aqui que a ansiedade
conquistou a fama de atrapalhar relações interpessoais, o desempenho profissional e a
capacidade de resolver conflitos externos e internos de maneira satisfatória. Os transtornos
de ansiedade estão entre as principais causas de consultas médicas em todo o mundo. É a
partir de vários fatores que hoje é possível pensar na ansiedade e seus transtornos
decorrentes como o mal do século, visto que causa um grande sofrimento psicológico às
pessoas afetadas. A partir disto, este trabalho tem por finalidade abordar alguns aspectos
históricos deste termo tão difundido nos dias atuais, como também alguns conceitos e
reflexos desde a infância até a vida adulta.

Palavras-chave: Ansiedade. Transtorno de ansiedade. Medo.

Introdução

Segundo um artigo divulgado no jornal “Empresas & Negócios” (2011), dos pacientes
atendidos no Pronto-Socorro especializado de São Paulo, 25% deles têm diagnóstico de
depressão ou de transtorno de ansiedade, o que consta que é um número muito elevado, o que
nos fazer pensar que em todo o Brasil a ansiedade é algo muito comum entre as pessoas.

A ansiedade pode ser considerada normal e essencial para a sobrevivência, funcionando


como um agente propulsor e estimulante na luta pela vida, ou ainda pode-se dizer que está
relacionada a uma situação de leve tensão emocional. Estes estágios de tensão é o que
mantém o indivíduo apto a agir e reagir diante de circunstâncias impostas pela vida. Por outro
lado a ansiedade pode ultrapassar os limites da normalidade tornando-se uma patologia.

De acordo com estudos realizados por Lopes (2007), a ansiedade produz uma
estrangulação íntima, pois a palavra em sua origem traz a ideia de estrangulamento, que seria
como ficar sufocado. É como cortar o oxigênio de uma pessoa e tirar dela a capacidade de
respirar. A ansiedade rouba a energia da pessoa levando-a a sofrer por antecipação, ou seja, a
ansiedade esgota as forças antes do problema antes mesmo dele chegar. E quando o problema
chega, a pessoa já está fragilizada.
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Já Warren Wiersbe (2006), diz que a ansiedade significa ser puxado em diferentes
direções, produzindo uma fragmentação existencial na pessoa, ficando como que rasgada ao
meio.

Aspectos históricos da ansiedade

A palavra ansiedade tem sua origem no latim clássico com o verbo angere, o qual
significa no sentido literal apertar, comprimir, estrangular, esganar, sufocar.

Embora a ansiedade pareça ser um assunto relacionado à modernidade, ela é comum e


mais antigo do que se possa imaginar.

Há quem diga que na antiguidade não havia estress, que as doenças ligadas à emoção
eram raras e que quando havia disturbios emocionais, estes eram tratados pela Medicina
egipcia e grega como possessão demoníaca.
O que difere a ansiedade moderna da antiguidade são os fatores que desencadeiam a
doença, fatores que podem ser externos ou internos. Nossos antepassados viviam debaixo de
extrema opressão (fatores externos), devido às guerras constantes por disputa de terras e
poder, epidemias, fome, miséria e catástrofes. As epidemias, por exemplo, foram motivos de
muita preocupaçao, pois as doenças se espalhavam rapidamente dizimando populaçoes
inteiras, mudando o curso da história. Essas epidemias eram chamadas de pestes. Na Idade
média, a peste bubônica foi a causa do extermínio de muitas pessoas da população européia,
ficando conhecida como peste negra. A fome causada pela seca, pelas pragas que devastavam
plantações inteiras, pelos ataques de povos inimigos que destruíam ou saqueavam as colheitas
e que, muitas vezes também destruíam os povoados e incendiavam as cidades, são fatores que
podem ser classificados como externos.
Na era cristã, um proeminente apóstolo e escritor do cristianismo primitivo, cujas obras
compõem parte no NT, em uma de suas cartas endereçadas aos cristãos em Corinto, relata os
perigos que estava enfrentando naqueles dias. É interessante perceber a natureza das
preocupações expressas pelo apóstolo Paulo, das quais podemos notar nitidamente que sua
origem era com o sofrimento pela inflluência de fatores externos e posteriormente suas lutas
internas. Vejamos alguns trechos encontrados nesta carta do NT das Escrituras Sagradas:
“Porque não queremos, irmãos, que ignoreis a tribulação que nos Sobreveio na Ásia, pois que
fomos sobremaneira agravados mais do que podíamos suportar, de modo tal que até da vida
desesperamos.”(1995, p.276).
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A seguir, o escritor aponta alguns fatores externos, os quais ele mesmo descreve como
“lutas por fora” ou ainda “coisas exteriores”.

“[...] em viagens muitas vezes, em perigos de rios, em perigos de salteadores, em


perigos dos da minha nação, em perigos dos gentios, em perigos na cidade, em perigos
no deserto, em perigos no mar, em perigos entre os falsos irmãos. Em trabalhos e
fadiga, em vigílias, muitas vezes, em fome e sede, em jejum, muitas vezes, em frio e
nudez. Além das coisas exteriores, me oprime cada dia o cuidado de todas as igrejas.
(1995, p.287, grifo do autor)

Além das lutas por fora, o escritor refere-se também a temores (phobias) por dentro, isso
revela um estado emocional bastante abalado. Tudo indica que o apóstolo foi acometido de
um profundo estado de ansiedade e depressão em sua viagem para a Ásia: “Porque, mesmo
quando chegamos à Macedônia, a nossa carne não teve repouso algum; antes, em tudo fomos
atribulados: por fora combates, temores por dentro.” (1995, p.282, grifo do autor).
Interessante notar, que o mesmo escritor, agora endereçando sua carta a outro grupo de
pessoas habitantes de uma colônia romana chamada Filipos, os orienta quanto à ansiedade,
dizendo: “[...] não estejais ansiosos por coisa alguma [...]” (p.309). E logo apresenta uma
receita de como livrar-se desse mal, ensinando como poderiam substituir seus pensamentos a
fim de alcançarem a paz. Isso nos leva a perceber que ele acreditava que a ansiedade estava
diretamente ligada com a forma a qual as pessoas gerenciam seus pensamentos:

“E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os


vossos sentimentos em Cristo Jesus. Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro,
tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo
o que é de boa fama, se há alguma virtude e se há algum louvor, nisso
pensai.”(p.309, grifo do autor).

No início do século XIX, o termo “ataques de ansiedade”, assim denominado devido


aos quadros clínicos apresentados pelo medo do campo de batalha, Jacob Mendes da Costa
passou a denominá-lo de “síndrome do coração irritável”, isso devido ao cargo de chefe em
um pavilhão médico no período da Guerra Civil Americana (1861 – 1865), (PEREIRA,
1997). Seis anos depois, após a análise de 300 ex-combatentes, descreveu a síndrome
caracterizada por sintomas como palpitações, tonturas, entre outros. Na ausência de um fator
determinante o descreveu como “irritable heart”, pois não encontrou nada que sustentasse a
hipótese de haver algum tipo de lesão cardíaca.
Com isso chegou à conclusão que se tratava de uma disfunção do sistema nernoso
simpático, devido à intensidade dos esforços, as quais esses soldados eram submetidos
tornando o coração fisiologicamente irritável. O psiquiatra Aubrey Lewis, identificou
posteriormente sintomas semelhantes em soldados que haviam participado da Primeira Guerra
Mundial e assim denominou este quadro de “Síndrome do esforço”. (STONE, 1997).
Visto que a ansiedade é um problema antigo, o termo raras vezes foi empregado como
um conceito psiquiátrico, e só foi descrito da maneira como conhecemos hoje, pela primeira
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vez no século XIX, onde Sigmund Freud, a partir dos quadros patológicos definiu como
“estados ansiosos”. Somente a partir do século XX é que o termo “ansiedade” passou a ser
disseminado e a ganhar proeminência na Psiquiatria.
Para Freud (1969), a ansiedade funciona como um alerta das ameaças contra o ego, e
assim, definiu três tipos de ansiedade: A ansiedade objetiva , a ansiedade neurótica e a
ansiedade moral. Sendo as duas últimas derivadas da ansiedade objetiva.
A ansiedade objetiva surge do medo dos perigos reais, caracterizando um conflito
entre o ego e a realidade. A ansiedade neurótica está relacionada com o medo da punição
devido a algum comportamento indiscriminado dominado pelo id, ou seja, é um conflito entre
o id e o ego. E por fim, a ansiedade moral, a qual surge a partir do medo da consciência
quando ocorre a expressão de um impulso do id contrário aos valores morais, levando o
indivíduo a sentir culpa ou vergonha. É um conflito entre o id e o superego.
A ansiedade causa tensão excessiva a ponto de o indivíduo fazer qualquer coisa para
diminuir o sofrimento psíquico. Com isso, segundo Freud, o ego desenvolve um sistema de
proteção chamado “mecanismos de defesa”, que consistem nas negações inconscientes ou
distorções da realidade. Esses mecanismos de defesa nada mais são que estratégias
irracionais, inconscientes e elaboradas para defender o ego.
O termo conhecido hoje como Transtorno de Pânico era antigamente conhecido por
neurastenia cardiocirculatória, cujos sintomas Freud também descreveu e classificou como
neurose ansiosa.

ANSIEDADE NOS DIAS ATUAIS

Enquanto que na antigudade nossos antepassados preocupavam-se em garantir sua


sobrevivencia, nos dias atuais somos sobrecarregados por uma gama imensa de informaçoes
que desencadeia intenso gasto de energia decorrente do trabalho intelectual excessivo, ou seja,
nossa ansiedade é gerada por nós mesmos (fatores internos). A maior parte dos fatores que
causam hoje preocupação, são bem menos palpáveis, como sentimentos decorrentes da quebra
de relacionamentos, preocupação com o futuro e principalmente o excesso de informação e a
necessidade de obter mais informações, através do uso de celulares, computadores, tvs,
jornais e outros, saturando a mente dos seres humanos. Há jovens e adultos que não
conseguem ficarar desconectados da internet, aflição que aparece quando o computador trava.
Outros fatores que geram ansiedade estam ligados ao tempo, onde é necessário gerenciar as
atividades e as pressões diárias, irritabilidade ao enfrentar filas, congestionamento de
veículos, metas a serem alcançadas no trabalho e vida pessoal, tudo isso causa desconforto e
desiquilibrio mental.
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De acordo com o médico psiquiatra Augusto Cury (2014), hoje, uma criança de sete
anos provavelmentre tem mais informações do que tinha um imperador no auge da Roma
antiga e do que tinham Pitágoras, Sócrates, Platão, Aristóteles e outros pensadores da Grécia
Antiga.
Há várias teorias sobre a ansiedade, porém, todos os estudiosos estão em concordância
de que a ansiedade é uma emoção. Sendo o medo, integrante das cinco emoções básicas, ou
seja, aquelas que se desenvolvem nos primeiros seis meses de vida após o nascimento, ao lado
da tristeza, felicidade, raiva e nojo, as palavras medo e ansiedade podem ser usadas como
sinônimos.
As emoções foram objeto de estudo do naturalista britânico Charles Darwin, o qual em
seu famoso livro intitulado “A expressão das emoções no homem e nos animais” (1872)
descreve as emoções como comportamentos expressivos inatos e não adquiridos como:
mudanças fisiológicas, expressões faciais e atitudes automáticas e inconscientes.

DEFINIÇÃO DE ANSIEDADE SEGUNDO O DSM

De acordo com o Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais (2002), a


ansiedade é:
A antecipação apreensiva de um futuro perigo ou infortúnio, acompanhada de uma
sensação de disforia ou de sintomas somáticos de tensão. O foco de perigo antevisto pode ser
interno ou externo.
Esta definição afirma que a ansiedade é uma emoção, embora o DSM use o termo
sensação. A disforia refere-se a uma sensação desagradável acompanhada de disturbios
fiisiológicos, daí o termo “somaticos”. A somatização nada mais é que sintomas físicos que a
medicina não consegue explicar a origem e nem constituição de um quadro clínico espécífico,
porém a psicologia compreende como um problema de origem emocional.
A ansiedade pode parecer menos consistente do que o medo, pois este costuma ter um
objeto claro, como por exemplo, ficar paralisado diante de um animal peçonhento. Tão logo
desapareça o perigo, o medo também desaparecerá. Quando se trata da ansiedade, as coisas
parecem ser mais vagas, não se sabe exatamente a origem das várias sensações que permeiam
a mente do indivíduo, de onde vem a ameaça, e com isso não se sabe lidar com ela.
De acordo com estudos realizados pelos irmãos Freeman (2014), todo o caso de
ansiedade que se desvia do que chamamos de “normal”, deve ser avaliado por profissionais de
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saúde mental, os quais irão associar as experiências das pessoas com um dos seis tipos de
transtorno de ansiedade: fobias, fobia social, síndrome do pânico, transtorno de ansiedade
generalizada, transtorno obcessivo-compulsivo, transtorno de estresse pós-traumático.

ANSIEDADE: INATA OU ADQUIRIDA

A ansiedade pode ter causas familiares, ou seja, uma pessoa propensa à ansiedade
grave provavelmente tem pais ou avós com o mesmo problema. Pode ser herdada
geneticamente ou pode ser aprendida pelo convívio com parentes mais próximos.

De acordo com a perspectiva genética todas as pessoas sentem-se ansiosas de tempos


em tempos, isso faz parte da existência. Porém, o que determina a personalidade são a
intensidade, a frequência e a duração dessas crises. A predisposição à ansiedade é chamada de
“neuroticismo”.

Os genes desempenham um papel de grande importância para o desenvolvimento da


ansiedade, mas o meio contribui de maneira ainda mais significativa. Os fatores de risco
ambientais, ou seja, do meio, são: traumas e outros acontecimentos perturbadores, estilo de
criação dos pais, estilo de apego e aprendizado.

ANSIEDADE INFANTIL

Segundo Asbahr (2004), a ansiedade é um quadro muito comum na infância. A


ansiedade é importante para a cognição e desempenho, pois está associada a efeitos sobre o
desempenho das tarefas cognitivas (Eysenck ate al., 2007).

Crianças também normalmente apresentam fobias específicas, ou seja, o medo de


determinados objetos, animais ou situações, como por exemplo, o medo do escuro.

Já na fase acadêmica, outras são as situações como troca de escola ou professor,


relacionamento com os colegas de classe e desempenho escolar.

A ameaça à saúde mental, com a qual a criança ansiosa convive, desencadeia uma
resposta de fuga dos fatores estressantes. Com isso, ela passa a não querer mais entrar na
escola, não apresentar trabalhos ou ler em voz alta para os colegas da sala e ter medo de
avaliações. Nestes momentos, a criança fica sob controle de suas reações fisiológicas e pode
sentir dor de cabeça, sudorese, dores abdominais, taquicardia e até mesmo vômitos.

A ansiedade generalizada também faz parte do mundo infantil. Manifesta-se quando a


criança demonstra aflição com qualquer situação nova que tem de enfrentar e fica repetindo
muitas vezes a mesma pergunta para se sentir aliviada.

Quando a criança evita interagir com outras crianças, não gosta de participar dos
trabalhos em equipe, não consegue responder à perguntas em sala de aula, normalmente é
descrita como tímida, quando na realidade ela pode estar sendo acometida por ansiedade
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social ou fobia social. Este tipo de ansiedade se dá ao medo e a apreensão em situações onde é
necessário que a criança venha a interagir com outras pessoas ou se tornar o foco das
atenções.

O transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) é percebido em crianças quando elas fazem


coisas de maneira ritualista, preocupando-se de forma exagerada e continuamente com sujeira,
germes, organização de seus pertences segundo um padrão muito específico.

Infelizmente, crianças e adolescentes também podem apresentar síndrome do pânico, o


que vem a ser uma súbita precipitação de medo acompanhada de sensações físicas como
diarreia, náuseas, vômitos, dores abdominais, dores de cabeça, dificuldade de atenção,
palpitações e até agressividade.

Outro tipo de transtorno que aflige as crianças é o chamado transtorno do estresse ou


pós-traumático. Isso pode ocorrer quando são submetidas às situações ou eventos nas quais a
criança se sentiu extremamente amedrontada, como é o caso de acidentes de trânsito, assalto,
desastres naturais, agressões sexuais. Esse tipo de ansiedade pode apresentar-se com maior
intensidade nas primeiras semanas, após o evento traumático. Com o tempo mais reações vão
desaparecendo aos poucos, mas quando isso não ocorre, a criança poderá apresentar sérios
problemas, os quais, provavelmente irão interferir no seu cotidiano.

A ansiedade infantil como já vimos anteriormente, pode ser hereditária, pode sofrer
interferência do meio em que vive através do exemplo da família e também de fatores
estressores.

Crianças ansiosas veem o mundo como um lugar de perigo e sentem-se


constantemente ameaçadas em situações inocentes. Não basta, porém, estudarmos apenas a
origem da ansiedade nas crianças. É preciso ajudá-las de maneira a ensiná-las a dominar a
ansiedade sem ter que mudar a causa. É necessário observar os fatores (um evento estressante)
que contribuem para desencadear a ansiedade. Também podem receber acompanhamento
psicológico e uso de certos fitoterápicos. Deve-se evitar o uso de medicamentos controlados.

CONCLUSÃO

Considerando todos os aspectos relacionados à ansiedade, pode-se concluir que não


existe uma resposta única que determine sua origem tanto na vida individual, como sua
origem através dos tempos, pois ela atravessa gerações, culturas, povos, raças e alcança toda a
população mundial, não fazendo distinção entre sexo e faixa etária. As vezes confundida com
simples agitação, excesso de preocupação, temperamento ou personalidade, pode causar
danos para a vida pessoal, afetando tanto o bem estar do próprio indivíduo, como também das
pessoas que convivem com o mesmo.
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Sabemos que a ansiedade considerada normal é tão benéfica quanto qualquer outra
emoção. Por outro lado, quando levamos em conta a duração e a intensidade dessas sensações,
pode ser extremamente prejudicial e tornar-se um quadro patológico, normalmente
acompanhado por sintomas psicossomáticos, diminuindo progresivamente a qualidade de vida
do indivíduo. Inata ou adquirida, deve ser tratada desde as primeiras manifestações na
infância.
Hoje, a inteligência emocional é um assunto que tem se difundido na área educacional,
por isso, vários projetos podem ser desenvolvidos nas escolas com a finalidade de trabalhar as
emoções nas crianças, principalmente a capacidade de perceber suas próprias emoções e a
autorregulação, através de atividades específicas para desenvolver a atenção e o esforço de
controle.

REFERÊNCIAS:

RICARDO, Celso. Crises de depressão e ansiedade lideram emergência psiquiátrica: Crises


de depressão e ansiedade lideram o atendimento de emergências pisiquiátricas no maior
pronto-socorro especializado da capital paulista. Empresas & Negócios. São Paulo, p. 2-2. 07
dez. 2011. Disponível em: <http://issuu.com/atendimento-villa/docs/jornal_ed_2057/2>.
Acesso em: 02 mar. 2015.

PEREIRA, M.E.C. Mudanças nos conceitos de ansiedade. In: HETEM, L.A.B.; GRAEFF,
F.G. (Editores). Ansiedade e transtornos de Ansiedade. Rio de Janeiro: Editora Científica
Nacional, 1997.

STONE, M. H. Healing the mind: A history of Psychiatri from antiquity to the presente.
Nova Iorque: Norton, 1997.

Darwin, C (1872). A expressão das emoções no homem e nos animais. Trad. Leon de Souza
Lobo Garcia. São Paulo: Companhia de Bolso, 2009.

American P sychiatric Association. Manual diagnostic e estatístico de transtornos mentais.


Texto revisado. Trad. Claudia Dornelles. 4ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2002.

Ansiedade: o que é, os principais transtornos e como tratar; Daniel Freeman, Jason Freeman:
tradução Janaína Marcoantonio. – 1. Ed – Porto Alegre, RS: L&PM, 2014.

Asbahr FR. Anxiety disorders in childhood and adolescence : clinical, and neurobiological
aspects. Jornal de Pediatria. 2004; 80 (2): S28-34.
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CURY, Augusto. Ansiedade: como enfrentar o mal do século: a Síndrome do Pensamento


Acelerado: como e por que a humanidade adoeceu coletivamente, das crianças aos
adultos. São Paulo: Saraiva, 2014.

Lopes, Hernandes Dias. Filipenses: a alegria triunfante no meio das provas; São Paulo:
Hagnos, 2007.

Wierbe, Warren W. Comentário bíblico expositivo. Vol.6, 2006

Freud, Sigmund (1969), Standard Edition das Obras Psicológicas Completas de Sigmund
Freud. Editora Imago, Rio de Janeiro.

A Biblia Sagrada, Traduzida em português por João Ferreira de Almeida. Revista e Corrigida.
Ed de 1995. São Paulo: Sociedade Bíblica do Brasil, 1995.

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