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Introdução (Manu)

Boa tarde, nos somos (falamos nosso nome) e somos da eletiva de neurociência e
comportamento. Hoje iremos apresentar um pouco sobre a psicopatia em criminosos e
como isso altera no funcionamento cerebral, adentrando no caso de um dos psicopatas
mais famosos, o Ted bundy.

O que têm em comum Hannibal Lecter, Richard Ramirez e alguns outros criminosos? São
psicopatas. E sim, o cérebro deles é diferente. Podem ser perigosos, são maus a
tomar decisões e podem ocupar lugares de liderança. O filme Hannibal retrata um
psicopata, enquanto na realidade Ted Bundy, licenciado em Direto e em Psicologia,
um assassino em série, foi o exemplo de que na sociedade os psicopatas estão entre
nós!
Os estudos sobre a personalidade tiveram início no século 18. Falava-se em
criminosos com um comportamento alterado e repetitivo que cometiam infrações e
ainda assim não apresentavam qualquer sinal de remorso.

Análise Ted (Vitória )


Como exemplo, em uma análise neurocomportamental,Ted bundy, apesar de ter sido
diagnosticado com diversos transtornos, como bipolaridade e transtorno de
personalidade narcisista,sempre foi visto por todos q conviviam com ele como um
homem normal,muito bonito,simpático e de um desempenho acadêmico brilhante.
Ted tinha uma ótima abilidade de persuasão e um controle emocional que
impressionava até especialistas experientes. Ele usava essas abilidades como tática
para se passar por alguém que precisava de ajuda e assim fisgava suas vítimas. A
motivação de seus assassinatos e a razão para o padrão das vítimas nunca ficou
claro suficiente.
Entrando no aspecto familiar,devido a rejeição de Ted nos primeiros anos de vida
por parte de sua mãe, ele vivia com os avós. Seu avô era um homem muito violento e
constantemente agredia sua avó. Tal situação vivenciada nos primeiros anos de vida
também foi um agravante para o desenvolvimento da sua psicopatia na adolescência.

Análise psicopatia no cérebro (Madu)


Visto isso, a psicopatia, é considerada uma categoria diagnóstica, e atinge cerca
de 1% da população. Apesar de ser inata, parece também existir uma correlação entre
eventos negativos na infância (0 aos 4 anos) e aspetos emocionais da psicopatia. Os
psicopatas, habitualmente do sexo masculino, são conhecidos pelo seu egoísmo,
indiferença afetiva e comportamento violento.
Eles apresentam 3 caraterísticas principais : o atrevimento, a desinibição e a
mesquinhez.
Como mencionado anteriormente, o cérebro do psicopata, não é como o cérebro de um
adulto normal, por isso agora iremos mergulhar em alguns estudos de neurociência
para entender um pouco melhor o cérebro desses indivíduos.

Um estudo realizado na Universidade de Winsconsin-Madison, nos EUA, avaliou com


fMRI o cérebro de psicopatas na prisão. A ressonância mostra que nos psicopatas se
verifica uma redução das conexões entre o córtex pré-frontal ventro-medial
(responsável pela empatia e culpa) e a amígdala (a parte do cérebro que medeia a
ansiedade e o medo) que fazem parte do sistema límbico. Neste estudo foi também
realizado um tipo especial de ressonância magnética. Esta ressonância por DTI
mostra uma redução da integridade na substância branca que conecta as duas áreas.
Assim, estas duas estruturas cerebrais, que regulam as emoções e o comportamento
social, parecem não comunicar como deveriam, podendo estes resultados ajudar a
explicar o comportamento impulsivo e insensível, exibido por alguns psicopatas.

Além disso, em outro estudo foi comprovado que psicopatas apresentam menor
substância cinzenta nas áreas importantes para o reconhecimento das emoções e
intenções dos outros, e que são ativadas quando as pessoas pensam sobre o
comportamento moral. Assim, a lesão nestas áreas, associa-se a falta de empatia,
baixa resposta ao medo e falta de emoções, como a culpa ou o embaraço, os deixando
mais propensos a cometerem crimes cruéis.

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