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RESENHA CRÍTICA DE ACORDO COM O ESTUDO DE JUDITH S.

BECK,
SOBRE A TERAPIA COGNITIVA COMPORTAMENTAL

Em poucas palavras, o modelo cognitivo propõe que o pensamento


disfuncional (que influencia o humor e o pensamento do paciente).

Quando as pessoas aprendem a avaliar seu pensamento de forma mais


realista e adaptativa, elas obtêm uma melhora em seu estado emocional e no
comportamento.

Por exemplo, se você estivesse muito deprimido e emitisse alguns cheques


sem fundos, poderia ter um pensamento automático, uma ideia que
simplesmente apareceria em sua mente: “Eu não faço nada direito”.

No primeiro capítulo, Introdução à Terapia Cognitivo-Comportamental, a autora


responde a cinco perguntas, quais sejam, o que é terapia cognitivo-
comportamental, como ela foi desenvolvida, o que as pesquisas dizem sobre
sua eficácia, quais os seus princípios básicos e como tornar um terapeuta
cognitivo-comportamental eficaz.

Se tratando da visão geral do tratamento é o título do Capítulo 2. O texto


apresenta informações sobre o desvendar a relação terapêutica, desenvolver a
confiança e rapport com o paciente desde o primeiro contato; o terapeuta age
como uma equipe e busca feedback por meio das reações emocionais do
paciente e, de forma verbal, no final de cada sessão.

Os princípios básicos para o tratamento do transtorno comportamental


cognitivo, está baseado em uma formulação em desenvolvimento contínuo dos
problemas dos pacientes e em uma conceituação individual de cada paciente
em termos cognitivos. Desde o início, identifica-se seu pensamento atual que
contribui para seus sentimentos de tristeza.

Exemplo da fala de um paciente com TCC: (“Eu sou um fracasso, eu não


consigo fazer nada direito, eu nunca vou ser feliz”) e seus comportamentos
problemáticos (isolando-se, passando muito tempo improdutivo em seu quarto,
evitando pedir ajuda).

Na discussão de um problema específico que o paciente colocar na pauta,


você vai coletar dados a respeito do problema, conceituar cognitivamente as
dificuldades do paciente (perguntando sobre seus pensamentos, emoções e
comportamentos específicos associados ao problema) e planejar
colaborativamente uma estratégia

A Conceituação cognitiva é o tema do próximo capítulo o 3, onde o modelo


cognitivo parte da hipótese de que as emoções, os comportamentos e a
fisiologia de uma pessoa são influenciados pela própria percepção dos
eventos; assim, a interpretação de uma situação pode levar a pensamentos
automáticos que geram uma reação. Já o quarto capítulo, Sessão de avaliação,
apresenta os objetivos e a estrutura de uma sessão de avaliação, ou seja,
como realizar uma avaliação e relatar o diagnóstico provisório, assim como os
objetivos iniciais do tratamento e as expectativas do paciente em relação ao
mesmo. Para tanto, usam-se desde relatórios médicos a informações de
parentes e amigos.

A estrutura das sessões terapêuticas é bem parecida para os vários


transtornos, mas as intervenções podem variar consideravelmente de paciente
para paciente. E no início dessas sessões, são restabelecidas a aliança
terapêutica, checar o humor, os sintomas e experiências do paciente durante a
semana que passou

Na maioria das vezes, a estratégia inclui a solução objetiva e direta do


problema, avaliação do pensamento negativo associado ao problema e/ou
mudança no comportamento. Para um observador não treinado, a terapia
cognitivo-comportamental às vezes dá a falsa impressão de ser muito simples.
Caso, desenvolvem o rapport, familiarizam e educam o paciente, identificam
problemas, coletam dados, testam hipóteses e fazem resumos periódicos.

Embora o objetivo final seja entrelaçar esses elementos e conduzir a terapia da


forma mais efetiva e eficiente possível, os iniciantes devem primeiro aprender a
habilidade de desenvolvimento da relação terapêutica, a habilidade de
conceituação e as técnicas da terapia cognitivo comportamental.

(Essas descrições presumem que o terapeuta já seja proficiente em


habilidades de aconselhamento básico: escuta, empatia, preocupação, respeito
e autenticidade, bem como compreensão adequada, reflexão e capacidade de
resumir.

Passa a identificar com maior facilidade os objetivos principais do tratamento e


torna-se mais hábil na conceituação dos pacientes, aprimorando sua
conceituação durante a própria sessão e usando a conceituação para tomar
decisões quanto às intervenções.

Quando necessário, varia a estrutura e as técnicas da terapia cognitivo-


comportamental básica, particularmente no caso de pacientes com transtornos
da personalidade e outros transtornos e problemas difíceis, mas no entanto se
você já pratica outra modalidade terapêutica, será importante tomar uma
decisão colaborativa com os pacientes para introduzir a abordagem da terapia
cognitivo-comportamental, descrevendo o que gostaria de fazer de maneira
diferente e apresentando justificativas para isso, significando que no início das
sessões vou pedir que você enumere os problemas para os quais deseja a
minha ajuda para resolver durante a sessão.

Por exemplo, você pode dizer que está tendo um problema com seu chefe ou
em sair da cama nos fins de semana, ou que se tem sentido muito ansioso em
relação às suas finanças.

A visão geral do tratamento se resume basicamente em 5 tópicos:

 Desenvolvimento da relação terapêutica.


 Planejamento do tratamento e estruturação das sessões.
 Identificação e resposta às cognições disfuncionais.
 Ênfase no positivo.
 Facilitação da mudança cognitiva e comportamental
Se tratando da conceituação e plano de tratamento, compartilhar
constantemente a sua conceituação com o paciente e vai lhe perguntar, se lhe
“soa verdadeiro”.
Solicitar o feedback do paciente fortalece a aliança e permite que você o
conceitue com mais precisão e conduza um tratamento efetivo. Esta
abordagem tem sido empregada em diversas práticas e modalidades de
intervenção coletiva e/ou individual e sua eficácia tem sido investigada e
comprovada por vários estudos, sendo ampliada sua aplicabilidade em
diversos contextos para as atividades de promoção de saúde nas áreas
clínicas, coletivas, escolares.

Dessa forma, a TCC apresenta vantagens no tratamento de vários transtornos


psicológicos, principalmente por ser indicada em casos de comorbidade, em
grupo e associada a tratamento farmacológico sendo uma das técnicas
utilizada pela Terapia Cognitivo-Comportamental a chamada Psicoeducação
que tem uma importante função de orientar o/a paciente em diversos aspectos,
seja a respeito das consequências de um comportamento, na construção de
crenças, valores, sentimentos e como estes repercutem em sua vida e na dos
outros.

Enfim, concluímos que, a Terapia Cognitivo Comportamental tanto individual,


trabalhando com os variados transtornos psicológicos como intervenções em
grupo, compartilhando experiências, diminuindo as crenças disfuncionais e
consequentemente melhorando a funcionalidade psicossocial nos domínios da
autonomia, lazer e relacionamentos interpessoais.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

1. Oliveira MS. Abordagens psicoterápicas. São Paulo: Casa do Psicólogo,


2002.

2. Beck JS. Terapia cognitivo-comportamental: teoria e prática. Porto


Alegre: Artmed, 2013.
3. Knapp P, Luz E, Baldisserotto. Terapia cognitiva no tratamento da
dependência química. In B Rangé (Org.). Psicoterapias cognitivo-
comportamentais: um diálogo com o psiquiatra. Porto Alegre: Artmed, 2001.

4. Santana SM, Silva NG, Gonçalves DM, Melo MCMD. Intervenções em


grupo na perspectiva cognitivo-comportamental: Experiências no contexto
da clínica-escola. Revista Brasileira de Terapias Cognitivas 2014, 10(1): 47-
53.

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