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Resumo
Este estudo está amparado na área da psicologia; para sua construção foi utilizado o
método de pesquisa bibliográfica, baseada na leitura de livros e artigos, através de
material impresso e recurso eletrônico. O objetivo é explorar a Teoria Cognitivo
Comportamental quanto a seu referencial teórico e métodos para o desenvolvimento
de mentes mais saudáveis. De forma a avaliar se mentes mais saudáveis podem ser
desenvolvidas por meio das técnicas cognitivo comportamental aplicadas ao manejo
de pensamentos automáticos. Se faz relevante, por permear a área da saúde mental
de forma geral, e por sua validação de que a TCC é um modelo de intervenção,
focado no modo de pensar das pessoas, baseada na primícia de que pensamentos
realistas, e evidentes referentes a realidade vivenciada, geram emoções e
comportamentos mais saudáveis. Nesta perspectiva verifica-se que a TCC se
evidencia e é eficaz na utilização de técnicas para manejo dos pensamentos
automáticos. Que por vez tem a função de promover as pessoas a disfrutar de
momentos mais saudáveis, e manutenção do bem estar. Conclui-se que a TCC
apresenta repertório teórico, métodos e técnicas, para intervenção e prevenção, ou
outra demanda que leve o indivíduo a procurar pela psicoterapia.
1.Introdução
No Brasil os transtornos mentais e demais quadros de saúde psíquica, tem
representado grande proporção das causas de adoecimento e incapacidade na
população, ultrapassando os quadros de doenças cardiovasculares e câncer. Desde
os anos 60, o país tem se caracterizado pela predominância de doenças não-
transmissíveis, em substituição aos adoecimentos e mortes relacionadas às doenças
transmissíveis, o que caracteriza grande proporção de adoecimentos psíquicos.
(FAGUNDES; CAMPOS; FORTES, 2019)
Estes três fatores são ligados um ao outro, de forma que cada um tem impacto
sobre o outro, no entanto, o foco deste estudo será limitado a ideia de que os
pensamentos impactam emoções e comportamentos.
Este estudo tem por objetivo o levantamento da literatura, referente saúde mental,
teoria cognitivo comportamental, pensamentos automáticos; e consequentemente a
análise da relação entre ambos quanto ao viés da construção e promoção de
mentes de saudáveis. A exposição do presente estudo será conduzida pela
conceituação de cada umas destas esferas, de forma a compreender se o manejo
de pensamentos automáticos, um dos métodos da TCC, é eficaz para a promoção
do bem estar emocional, individual.
2. Desenvolvimento
O adoecimento pode envolver as estancias física, mental e emocional, e embora o
comprometimento físico seja mais visível, o adoecimento da psiquê vem sendo
reconhecido e compreendido, ao passo que desajustes emocionais leves e
transtornos mentais graves vem ocorrendo em grande proporção na população
geral. No entanto, uma parcela da sociedade apresenta ainda o movimento de tratar
essa demanda como um tabu, e a falta de conhecimento se torna um impulsionador
ao comportamento de invalidação do próprio sofrimento e, ou, do sofrimento do
outro.
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Alusivo ao modelo cognitivo, Beck (2014) explica que este modelo propõe que o
pensamento disfuncional, é comum a todos os transtornos psicológicos; e que ao
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A Terapia Cognitivo Comportamental, tem por base a ideia de que pessoas com
estresse têm repetidamente pensamentos distorcidos e/ou disfuncional; o que por
consequência gera impacto negativo no estado de humor, no comportamento e, em
sua fisiologia. (PEREIRA, 2006)
Cognição
Os autores (FREEMAN; DEWOLF, 2006) explicam o conceito de Cognição, na
definição destes Cognição significa Pensamento, e assim complementam que o
pensamento é a porta de entrada para as emoções, e as emoções são a porta de
entrada os comportamentos. Para estes autores cada pensamento produz uma
emoção diferente, o que o indivíduo pensa acerca de determinado evento é que vai
determinar o tipo de sentimento e a ação. Acrescentam ainda, que não faz diferença
se o evento ocorrido que precede as ideias de raiva, vergonha, desilusão ou tristeza
foi vivenciada de forma breve ou a maior tempo, a questão exposta por eles
defendida é que são os pensamentos imediatos que vão determinar como a pessoa
irá se sentir, e o sentimento, vai direcionar o comportamento.
Para identificar pensamentos automáticos: 1)Faça esta pergunta quando você notar
uma alteração no (ou intensificação do) afeto do paciente durante uma sessão.
2)Faça o paciente descrever uma situação problemática ou um momento durante o
qual ele vivenciou uma alteração no afeto e faça a pergunta acima. 3) Se
necessário, faça o paciente usar imagens mentais para descrever em detalhes a
situação ou o momento específico (como se estivesse acontecendo agora) e depois
faça a pergunta acima. 4)Se necessário ou indicado, faça o paciente dramatizar uma
interação específica com você e depois faça a pergunta acima. (BECK, 2014)
Este autor ainda descreve outras perguntas para evocar pensamentos automáticos:
1)Em que você acha que estava pensando? 2)Você acha que poderia ter pensado
sobre ______ ou ______? (O terapeuta apresenta duas possibilidades plausíveis.)
3) Você estava imaginando alguma coisa que poderia acontecer ou lembrando de
alguma coisa que aconteceu? 4)O que essa situação significou para você? (Ou
sobre você.) 5) Você estava pensando? (aqui o terapeuta apresenta um pensamento
oposto à resposta esperada.) (BECK, 2014)
Muitos dos pensamentos não contribuem para o bem estar; estes podem levar a
diversos sentimentos desagradáveis como ansiedade e preocupação, e
consequentemente gerar pensamentos negativos e pessimistas referente realidade.
Aprender a identificar e a substituir esses pensamentos é fundamental para a
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E concluindo (WRIGHT; BASCO; THASE, 2008) descrevem que além dos métodos
cognitivos apresenta a “Parada de Pensamentos”, uma técnica comportamental, é
diferente das intervenções cognitivas, por não envolver a análise dos pensamentos.
O objetivo da técnica comportamental é interromper o processo de pensar
disfuncional e substituir por pensamentos mais adaptativos. No entanto, a parada de
pensamentos é um exemplo de técnica comportamental, se a mesma não for útil
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Observa-se que embora este nível de Cognição esteja classificado pelo primeiro
nível, a teoria não aponta como um processo fácil de identificação; esses
pensamentos ocorrem no nível da consciência, mas não ocorrem de forma
consciente; são pensamentos que surgem de forma breve, e automática, na mente,
sem nenhum tipo de intenção para que ocorram. Geralmente estes pensamentos
são disfuncionais, e por isso a Teoria Cognitivo Comportamental deposita atenção
ao tratamento destes pensamentos.
Conclui-se que a TCC apresenta de forma autêntica, em sua base teórica, conceitos,
métodos e técnicas cognitivas e comportamentais, voltadas para o tratamento de
quadros leves a graves, e prevenção, bem como para o processo de
autoconhecimento, ou outra demanda que leve o indivíduo a procurar pela
psicoterapia.
Este estudo se torna relevante, por permear a área da saúde mental de forma geral,
e por sua construção da ideia de que, a TCC é um modelo de intervenção em
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4. Referências
ACHOR, Shawn. O Jeito Harvard de Ser Feliz. São Paulo: Saraiva, 2012.