Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
James Thrower
Breve História do Ateísmo Ocidental edições 70
2
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
À MINHA MÃE E
À MEMÓRIA DE MEU PAI
3
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
SUMÁRIO
AGRADECIMENTOS .................................................................................... 5
INTRODUÇÃO ............................................................................................. 6
PRIMEIRA PARTE
O ATEÍSMO NA ANTIGUIDADE CLÁSSICA.................................................. 11
Capítulo I: Período Pré-Socrático ......................................................... 12
Capítulo II: PERÍODO SOCRÁTICO ......................................................... 33
Capítulo III: PERÍODO HELENÍSTICO...................................................... 47
Capítulo IV: PERÍODO ROMANO ........................................................... 58
Capítulo V: CONCLUSÃO....................................................................... 66
SEGUNDA PARTE
O ATEÍSMO OCIDENTAL ATÉ AO SÉC XVII ................................................. 71
Capítulo VI: A IDADE MÉDIA ................................................................. 72
Os sécs. XII e XIII ........................................................................... 72
O séc. XIV ..................................................................................... 80
Capítulo VII: O RENASCIMENTO E O DESENVOLVIMENTO DA CIÊNCIA 88
O Renascimento Clássico .............................................................. 92
O desenvolvimento da ciência e a filosofia mecanicisto-materialista
.................................................................................................... 99
TERCEIRA PARTE
O ATEÍSMO MODERNO .......................................................................... 117
Capítulo VIII: O ILUMINISMO .............................................................. 118
Capítulo IX: DO SÉC. XIX ATÉ AOS NOSSOS DIAS................................ 146
Existencialismo ateu ................................................................... 155
Ciência e Religião ....................................................................... 156
O Positivismo e Empirismo Lógicos ............................................. 165
CONCLUSÃO ....................................................................................... 170
4
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
AGRADECIMENTOS
Gostaria de agradecer à Universidade do Gana e, muito es-
pecialmente ao antigo Director do meu Departamento, Professor
Christian Baeta, terem-me concedido autorização para não fre-
quentar as aulas durante um período lectivo em 1968, a fim de
poder começar a trabalhar no presente livro. Aos Srs. Andrew
Walls, do Departamento de Estudos Religiosos, e Nigel Dower, do
Departamento de Lógica e Filosofia Moral, e ainda ao Dr. George
Molland do Departamento de História e Filosofia da Ciência - cole-
gas da Universidade de Aberdeen - agradeço a amabilidade de
terem lido as provas, e a Miss Amelia Davidson de Robert Gordo-
n's College, Aberdeen, a preparação do índice Remissivo. Gostaria
ainda de agredecer a todos aqueles cuja colaboração tornou pos-
sível a feitura deste livro e que, creio, ter referido devidamente no
texto e respectivas Notas, bem como aos próprios atheoi. Não
fosse a dívida maior reconhecida na dedicatória deste pequeno
trabalho, teria sido sem dúvida a estes últimos que a obra teria
sido dedicada.
5
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
INTRODUÇÃO
Até há bem pouco tempo, era prática corrente entre os teó-
logos apologéticos iniciarem a discussão das provas a favor da
concepção religiosa e, sobretudo, teísta do mundo, invocando
aquilo a que se chama o argumentum e consensum gentium, ou
seja, o argumento do consenso universal. Trata-se de um argu-
mento extremamente antigo. Já no séc. III d. C. Lactâncio recorreu
a ele ao falar da "noção que tem em sua defesa o testemunho de
povos e nações que não divergem neste aspecto particular" 1. Cer-
ca de seis séculos antes, Platão invocara também aquilo que ele
considerava o facto de "toda a humanidade, incluindo gregos e
não gregos, acreditar na existência de deuses" 2.
1
Lactancio, Institutorum. Lib. I. De Falsa Religione § 2.
2
Platão. Leis, 886a.
3
J. Baillie, Our Knowledge of God p. 6.
6
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
4
C. S. Lewis, De Descriptione Temporum. Reeditado na sua obra They Asked for a
Paper.
5
They Asked for a Paper p. 20.
7
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
6
V. A. Demant, Religion and The Decline of Capitalism p. 111.
8
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
7
Encyclopaedia of Religion and Ethics (Ed. Hastings) Vol. I. Artigo, "Ateísmo" p.
174. 16
9
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
10
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
Primeira Parte
O ATEÍSMO NA ANTIGUIDADE CLÁSSICA
11
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
12
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
8
In From Religion to Philosophy, onde Cornford analisa a origem da filosofia
milésia a partir da religião tradicional.
13
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
9
W. R. C. Guthrie, History of Greek Philosophy. Vol. I, p. 30.
14
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
10
Ibid., p. 26.
15
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
par às atribulações que sobre ele pesam, mas parece-me que ain-
da o farei sofrer muito'".
11
Odisseia. V. 282.
16
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
12
Guthrie, op. cit., p. 27.
13
Aristóteles, Metafísica. A. 983, p. 20.
14
Citado com autorização de Guthrie, op. cit., p. 23
17
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
18
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
15
Ibid., p. 29.
19
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
16
Burnet, op. cit., p. 14.
17
Conferências Gifford: Ciclos de conferências sobre Teologia Natural nas Univer-
sidades de Edimburgo, Glasgow. Aberdeen e St. Andrews. cujo nome se deve a
Lord Gifford, juiz e filantropo escocês. (N. do T.)
20
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
18
W. Jaeger, The Theology of the Early Greek Philosophers. Ver pp. V, 7-8 e 19-
20. 25
21
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
19
Guthrie, op. cit., pp. 67-78. Porém, cf. p. 4, onde Guthrie admite que os filóso-
fos jónios "não excluíam de forma alguma a possibilidade de intervenção divina"
acrescentando, "mas chegaram a uma concepção do divino muito diferente da da
sociedade grega contemporânea".
20
Introduction to Ancient Philosophy, p. 3. 13 Jaeger, op. cit., p. 204
22
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
21
Ibid., p. 36.
22
Deus e a Filosofia. (N. do T.) 27
23
É. Gilson. God and Philosophie. tro. 4-5.
23
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
24
R. G. Collingwood, The Idea of Nature, p. 3. Para uma análise dos jónios, cf. pp.
29-48. 28
24
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
25
A. N. Whitehead, Adventures of Ideas, p. 19. 18 F. Max-Muller, Natural Reli-
gion, p. 228.
25
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
26
O Ateísmo na Antiguidade Pagã. (N. do T.) 19 Op. cit., p. 13.
26
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
27
Frag. 14.
28
Frag. 15.
29
Frag. 16.
30
Frag. 11.
31
Frag. 23.
27
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
32
Frag. 24.
33
Frag. 25 e 26
34
Frag 34
28
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
35
Op. Cit, P. 13
36
citado in Jaeger, op. cit., p. 90.
29
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
37
Bidé é a favor da primeira hipótese e Diels da segunda.
38
Jaeger, op. cit., p. 130ff. Guthrie, op. cit., p. 123ff. Vol. II. 32
30
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
corpos celestes eram objectos naturais. Para ele o sol não passava
duma pedra incandescente que brilhava no céu. Mas embora
Anaxágoras tenha, afinal, prosseguido e consolidado aquela inter-
pretação da natureza e dos processos naturais que os jónios ti-
nham iniciado mais de um séculos antes, deu um grande passo em
frente ao identificar o primeiro princípio com a Mente. Porém,
como Sócrates afirma na pequena biografia que encontramos no
Fédon em que nos fala da esperança com que se voltara para a
hipótese apresentada por Anaxágoras por ver nela a solução dos
seus próprios problemas, este pouco uso fez dela mais tarde ao
descrever a sua concepção do mundo. Mas tal como Armstrong
aponta, Sócrates não acusa Anaxágoras de limitar a acção da sua
Inteligência a um início do movimento no espaço e, em seguida de
explicar toda a acção no mundo como sendo resultado de causas
mecânicas, embora seja, frequentemente, esta a interpretação
dada à crítica de Sócrates. Aquilo que leva Sócrates a criticar
Anaxágoras é o facto deste não ter feito qualquer tentativa para
explicar o fim ou objectivo da acção dessa Inteligência, ou a forma
como ordenou todas as coisas da melhor maneira 39. Não há dúvi-
da que Anaxágoras sustentava que o mundo era fruto de uma
Mente ordenadora; o que não disse foi quais eram, efectivamen-
te, os objectivos dessa Mente. Todavia, ao introduzir a noção de
uma Mente ordenadora como causa do mundo, quer tenha ou
não identificado essa Mente com a divindade, Anaxágoras forne-
ceu elementos que Platão e os seus sucessores não deixariam de
desenvolver num sentido teísta.
39
Op. cit., p. 17.
31
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
40
Frag. B 5.
32
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
33
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
41
Op. cit, p. 48.
42
Sófocles, O Rei Édipo, 865.
34
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
Sócr.: Qual Zeus! Não digas disparates. Não existe Zeus ne-
nhum.
35
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
Sócr.: Pois bem, são elas que a fazem ao rolar pelo ar.
43
Aristófanes, As Nuvens, 358.
36
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
44
Fédon, 96 ff. Citações extraídas de Cinco Diálogos de Platão p. 185 ff, Every-
man Library Edition, edit. por A. D. Lindsay.
37
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
45
Cf. o ensaio sobre a escola hipocrática na sua obra Principium Sapientiae.
38
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
46
Hipócrates. Sobre a Doença Sagrada. Cap. 21.
47
Op. cit., p. 28.
39
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
48
Op. cit, p. 23.
40
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
"No que diz respeito aos deuses não posso ter a certeza de que
existem ou de que não existem, nem do seu aspecto, pois há mui-
tas coisas que nos impedem de o saber com segurança: a obscuri-
dade do assunto e a curta duração da vida humana" 49. Segundo
Drachmann, Protágoras foi o primeiro pensador a admitir que a
questão estava em aberto e que o seu esclarecimento poderia
levar a uma resposta negativa.
49
Frag. 4.
41
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
50
República, Lv. II 359-60.
42
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
51
Op. cit., p. 180.
52
Cornford, Before and After Socrates, p. 27. 13 Jaeger, op. cit, p. 181.
53
Jaeger, op. cit, p. 181.
43
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
54
Cf. Stob iv. 5, 46 (Demócrito 264).
44
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
45
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
46
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
47
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
55
Cf. por exemplo H. J. Blackham na obra recentemente publicada, Humanism, p.
107 ff. 48
48
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
56
Lucrécio, De Rerum Natura. Trad. de R. E. Lathan, ed. Penguin Classics, p. 29.
49
49
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
50
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
51
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
57
Cf. Cícero, Sobre a Natureza dos Deuses, III. Sexto Empírico, Contra os Matemá-
ticos, IX 51
52
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
nêiades defendia que se a crença nos deuses era universal por que
haveria ela de se apoiar em argumentos e correr o risco de assim
dar a entender tratar-se de matéria susceptível de ser discutida.
Conquanto ele próprio pusesse em questão a universalidade da
crença, mesmo que ela fosse aceite, o que é que isso provava,
perguntava ele. A esta pergunta respondia dizendo que apenas
provava o facto sociológico ou antropológico de que os homens
acreditavam na existência de deuses; seria necessário apresentar
outros argumentos para provar que os deuses existem de facto.
Um ponto simples mas extremamente importante e lógico. Argu-
mentava ainda que as questões relativas à verdade não podiam
ser decididas por plebiscito, contando as pessoas que tinham o
mesmo ponto de vista. É um tanto estranho, dizia ele, que os es-
tóicos, que na sua grande maioria consideravam os homens em
geral pouco mais do que idiotas, deixem ao seu critério uma ques-
tão tão importante.
53
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
54
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
58
R. D. Hicks, Stoic and Epicurean, p. 330. 53 53
55
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
59
Op. cit, p. 337.
56
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
a sua teoria de que os deuses não passavam afinal dos heróis mais
antigos da tradição popular grega não é inteiramente original, pois
de acordo com essa mesma tradição, os deuses tinham tido uma
existência no tempo e levado uma vida que não era muito diferen-
te da dos heróis do passado numa determinada região do mundo.
Já Hecateu também sustentara que todos os homens perfeitos se
tornavam deuses. A doutrina de Evémero, porém, caiu em terreno
fértil, e estava destinada a subsistir durante muito tempo. No
mundo romano do séc. II d. C, ao escrever a sua história, Diódoro
considerou o Evemerismo a melhor explicação científica da reli-
gião, e houve muitos outros, nomeadamente Thomas Carlyle, que
seguiram esta linha de pensamento no século passado.
57
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
58
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
60
O Conflito de Religiões nos princípios do Império Romano. (N. do T.) 55
61
Cícero, Ad Fam. 14.4 Citado in Latin Literature in Translation, p. 223, por Kevin
Guinagh e Alfred P. Dorjahn.
62
Op. cit., p. 116.
59
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
60
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
63
Citado por Drachmann, op. cit., p. 118; cf. Plínio, História Natural, II. 57
64
Op. cif., p. 65.
65
Ibid., p.
61
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
66
Ibid., p. 198.
62
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
67
Glover, ibid., p. 209, cf. Luciano, I Caromen, 24.
68
Zeus Refutado e Duas Vezes Acusado. (N. do T.)
69
Mas cf. Edwyn Bcvan, Stoics and Ceptics, p. 158, para uma opinião muito mais
favorável sobre a importância de Luciano.
63
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
70
Robert Flint, Agnosticism, p. 95.
71
Cf. G. T. Buckley, Atheism in Eglish Renaissance. Cap. XI 11 Ad Math. IX. 49.
72
Op. cit, Liv. 14.
64
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
vina aduzidas pelo estóico com argumentos que vai buscar a Car-
nêiades.
65
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
Capítulo V: CONCLUSÃO
66
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
73
Rudolf Bultmann, Jesus and Mythology, p. 16. 62
67
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
68
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
pois este ressurgirá também no séc. XIX e será utilizado como ar-
gumento na eterna controvérsia da crença e da descrença.
69
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
74
Hastings (ed.), Encyclopaedia of Religion and Ethics, Vol. I, p. 187. 64
70
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
Segunda Parte
O ATEÍSMO OCIDENTAL ATÉ AO SÉC XVII
71
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
72
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
75
David Knowles, Evolution of Medieval Thought, p. 83. 67
73
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
76
Op. cit., p. 192.
74
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
77
Em árabe, Ibm Sina e Ibm Rushd
78
Designada "doutrina da dupla verdade" por alguns estudiosos.
75
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
79
Gordon Leff, Medieaval Thought, p. 157.
80
Fiederich Heer, The Medieaval World, 263.
76
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
81
Op, cit., p. 262.
77
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
82
Op. cit, p. 128.
78
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
79
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
O séc. XIV
Passemos então para o séc. XIV - "O Século Céptico" como
Leff lhe chama - em que as concepções seculares do mundo se
foram enraizando, abrindo, assim, caminho ao desenvolvimento
da ciência naturalista que iria ter lugar nos sécs. XVI, XVII e sobre-
tudo no séc. XVIII.
80
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
tintas, elas não podiam esclarecer-se uma à outra" 83. Tal como
Leff sublinha, isto só podia conduzir a maneiras de pensar diver-
gentes. Por um lado, a um empirismo autosuficiente cuja pedra-
de-toque eram os factos, para além dos quais se entrava no domí-
nio da incerteza e da conjectura; por outro, à noção de que as
questões da fé não estavam sujeitas à razão, posições que só po-
dia levar aqueles que defendiam acima de tudo a razão a encara-
rem a fé com cepticismo. À luz da razão, as leis da revelação care-
ciam de validade. Por seu turno, também a fé se foi tornando cada
vez mais independente, apoiando-se na revelação e na autoridade
e abdicando gradualmente do pensamento racional. Também aqui
vemos em muitos dos principais pensadores, o cepticismo e a au-
toridade unirem-se para defender a ortodoxia tradicional.
83
Op. cit., p. 258.
84
Cf. Copleston, History of Phylosophy, Vol. 3, I Parte, p. 21. 74
81
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
85
Compare com a definição de revelação in Catholic Encyclopaedia, em que é
definida como "comunicação de uma verdade por Deus a uma criatura racional
por meios que ultrapassam o âmbito normal da natureza". O Concílio do Vatica-
no de 1870 definia a fé como sendo "uma virtude sobrenatural pela qual, inspira-
82
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
dos e assistidos pela graça de Deus, acreditamos que as coisas que Este revelou
são verdadeiras". Os conceitos de fé e de revelação de Scotus são muito seme-
lhantes a estes, se não mesmo idênticos.
83
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
86
Leff, op. cit., p. 272.
84
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
87
Para uma análise mais profunda desta distinção cf. Josef Pieper Leisure, the
Basis of Culture, p. 33.
88
Leff, op. cit., p. 279.
85
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
89
Op. cit, p. 23.
86
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
90
Por Hastings Rashdall. Ver o seu trabalho Nicolau de Autrecourt a Medieaval
Thought P. A. S. 1906-7.
87
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
88
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
91
Charles Homer Haskins, The Renaissance of the Twelfth Century.
92
Wilhelm Windelband, History of Philosophy, Vol. II, p. 348. 80
89
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
93
P. O. Kristeller, Renaissance Thought, p. 71. 4 Ibid., pp. 71-72.
90
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
94
Ibid., p. 72.
95
J. Bronowski e Mazlish, The Western Intellectual Tradition, p. 23. 81
96
Op. cit., p. 351.
91
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
O Renascimento Clássico
Se bem que a opinião de Kristeller, segundo a qual durante a
primeira fase humanista do Renascimento raramente se encon-
tram posições inequivocamente ateístas, corresponda dum modo
geral à realidade - pelo menos no que se refere a Itália - é efecti-
vamente neste período que se prepara o terreno para a concep-
ção mais secular dos séculos seguintes.
92
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
97
George T. Buckley, Atheism in English Renaissance, p. 3. 9 Ibid., p. 23.
93
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
98
O grande impacto da consciência comparativa de outras culturas e religiões
far-se-ia sentir sentir intensamente nos finais do séc. XVII. Cf. P. Hazzard, The
European Mind 1680-1715, Cap. I.
99
Op. cit., p. 4.
94
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
100
Op. cit, p. 362.
95
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
101
Sir Philip Sidney, Arcádia, L. III, Cap. IV.
102
Cf. Buckley, op. cit., Capítulos III e IV.
96
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
103
Op. cit, p. 31.
104
Citado por Buckley, op. cit., p. 41.
97
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
105
L V, Secção II, citado por Buckley, p. 44.
106
Op. cit, p. 60.
98
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
107
Citado por Bukley, op. dt., pp. 59-60. 87
99
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
100
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
108
Buckley, op. cit., p. 79.
109
Basil Willey, The Seventeenth Century Background, p. 10.
101
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
102
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
110
Carta a Mladc, Professor da Sorbonne. "Onde se prova à luz de vários argu-
mentos extraídos da Filosofia e da Teologia que os; cometas de modo nenhum
pressagiam desgraças". Citado por Hazzard, | op. cit, p. 186 f.
111
Ibid., p. 188.
103
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
112
Op. cit., p. 12.
104
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
113
Op. cit, p. 13.
105
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
114
Op. cit., p. 13.
106
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
115
Paul Hazzard, op. cit., p. 160.
116
Basil Willey, op. cit., Cap. 5
117
Para um estudo mais profundo deste tema na filosofia da religião contempo-
rânea cf. o ensaio de Alasdair MacIntyre "O Estatuto Lógico da Fé Religiosa" in
Metaphysical Beliefs, Ed. MacIntyre.
107
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
118
C. A. Coulson, Science and Christian Belief, pp. 32-33. Depois de ter escrito
esta passagem chamaram a minha atenção para o facto de poder dar origem a
108
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
109
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
120
Hobbes, Leviathan, Cap. 46.
110
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
121
Op. cit., Cap. 12.
111
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
as defende 122. Esta opinião é reforçada pelo que Hobbes diz sobre
a crença religiosa noutras partes da sua obra. A religião é para ele
quase inteiramente uma questão de fé, sendo, contudo, bem útil
e necessária como instrumento de ordem social. Hobbes defende,
porém, que Deus era a causa do mundo e apresenta no Leviathan
uma versão bastante generalizada da Prova Cosmológica. Para
além de se afirmar que Deus existe, nada se pode dizer sobre a
Sua natureza com base na razão natural. Os superlativos que os
homens têm utilizado para descrever a natureza de Deus - altíssi-
mo, sagrado, sumamente bom, etc.- são simples manifestações da
sua admiração por Ele. Fora isso, só nos resta descrevê-lo negati-
vamente através de adjectivos como infinito e incompreensível e
aceitar a revelação tal como foi interpretada pelo soberano. A
veneração que temos para com as escrituras como veículo da pa-
lavra de Deus é, em última análise, outro aspecto do dever geral
de obedecer à autoridade devidamente constituída 123.
122
R. S. Peters, Hobbes, p. 244. 36 Leviathan, pp. 95-96.
123
Cf. Willey, op. cit., p. 109. 38 Leviathan, Cap. 32.
112
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
113
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
124
Spinoza Ethics, Pt. I, Prop. IV. 40 Stuart Hampshire, Spinoza, p. 44.
114
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
115
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
125
Op. cit., p. 169.
126
Paul Hazzard, op. cit., p. 9.
116
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
Terceira Parte
O ATEÍSMO MODERNO
117
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
118
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
127
Op. cit., p. 135.
119
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
128
O Pensamento Europeu no Séc. XVIII. (N. do T.) 2 Cf. especialmente, p. 45 ff.
120
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
129
D. Cairns, Unbelief in the Eighteenth Century, Cap. II sobre o séc. XVII, p. 42.
105
130
Hazzard, European Thought in the Eighteenth Century, p. 8. 5 B. Willey, The
Eighteenth Century Background, p. 47.
121
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
122
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
outro - o séc. XVIII rejeitou esta dicotomia. Uma religião que não
pudesse ser] comprovada pela razão não era religião mas apenas
superstição. Neste aspecto os livres-pensadores e, na maioria dos
casos, os teólogos, estavam de acordo.
131
O Cristianismo não contém Mistérios e O Cristianismo é tão antigo como a
Criação. (N. do T.)
123
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
124
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
132
Norman Hampson, Pelican History of European Thought, Vol. 4, The Englight-
enment, p. 75.
125
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
Segundo Hampson, teria sido isto que, por algum tempo, fez
passar para segundo plano alguns dos discípulos mais materialis-
tas de Descartes, nomeadamente Hobbes e, de tal maneira que
"os cientistas pareciam ter relegado o ateísmo para o sótão da
especulação clássica então ultrapassada" 134. O ateísmo viria no
entanto a ressurgir, e a partir de meados do século haveria de
desenvolver-se e florescer de um modo que não tinha preceden-
tes. Falemos, portanto, daqueles cujo pensamento seguiu uma
linha inteiramente secular e que contribuíram para a evolução e
133
Cf. supra, p. 94.
134
Op. cit., p. 84.
126
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
135
Op. cit., p. 85.
127
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
128
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
129
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
uma causa constante. Kant viria mais tarde a dar uma forma defi-
nitiva às afirmações de Holbach ao dizer que a estrutura metafísi-
ca dos nossos espíritos não nos permite ordenar o mundo de ou-
tra forma que não seja aquela como o fazemos. Mas voltemos a
Diderot que tinha a reputação de ser um deísta no campo e um
ateu em Paris.
136
Hazzard, European Thought in the Eighteenth Century, 407-408. 112
130
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
137
Burton, Life of Hume, Vol. II, p. 220.
138
Pelo menos na primeira parte de The System of Nature. Para o fim encontra-
mos a conclusão lírica que tanto marcou Shelley e que mostra que este não se
libertara inteiramente do sentimento religioso.
131
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
139
I. T. Ramsey, Religious Language, p .38.
132
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
140
D'Holbach, Good Sense (1772), Caps. CLXVII e CLXVIII. Citado por Margaret
Knight, Humanist Anthology, p. 46.
141
Talvez valha a pena referir que Patrick Nowell-Smith explica os crimes cometi-
dos em nome da religião da seguinte maneira: "E, na prática, o objectivista (em
ética) está, como seria de esperar, numa posição muito pior no que respeita à
resolução dos conflitos morais. Atribui, necessariamente, a recusa da verdade por
parte dos seus adversários a uma perversidade intencional; sustenta que, apesar
dessa recusa, os seus adversários não podem deixar de ver constantemente a
verdade pelo que precisam não de que se argumente com eles mas de ser casti-
gados... a teoria objectivista, longe de minimizar o emprego da força para resol-
ver discussões sobre moral, pode ser e tem sido frequentemente utilizada para o
justificar. Não é por acaso que as perseguições religiosas são monopólio dos
defensores da teoria objectivista." Ethics, pp. 4647.
133
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
142
Cf. A. J. Ayer, Language, Truth and Logic, p. 31, e Gilbert Ryle (Ed.) The Revolu-
tion in Philosophy, Passim.
134
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
143
N. Kemp Smith, Introdução à sua edição de Dialogues Concerning Natural
Religion de Hume. 18 Citado por D. Cairns, Unbelief in the Eighteenth Century, p.
91.
135
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
136
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
144
Cf. por exemplo a formulação do P.e Copleston em termos de "explicação"
apresentada na sua exegese das cinco vias de S. Tomás. Copleston, Aquinas, pp.
110.
137
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
138
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
145
Willey, The Eighteenth Century Background, p. 126. 118
146
Hume, Enquiry Concerning Human Understanding, Sec. X, Pt. 11, ed. Selby-
Bigge, Sec. 100.
139
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
140
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
141
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
142
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
143
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
144
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
145
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
146
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
147
Rudolf Otto, Informação à edição de Harper Torch Books da obra de Schlei-
ermacher On Religion - Speeches to its Cultured Despisers; pp. VII-VIII.
147
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
148
Feuerbach, The Philosophy of the Future, p. 28.
148
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
149
Marx, Theses on Feuerbach, IV.
150
Feuerbach, Essence of Christianity, p. 26.
149
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
151
Karl Marx, Contribution to the Critique of HegeVs Philisophy of Right. K. Marx
and F. Engels, On Religion (Foreign Languages Pu-blishing House, Moscovo), pp.
4143.
150
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
151
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
152
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
152
F. Nietzsche, The Gay Science, p. 125.
153
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
153
Ibid.
154
J. Bronowski, Unbelief and Science' in Ideas and Belliefs of the Victorians.
154
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
Existencialismo ateu
É óbvio que nem todos os existencialistas são ateus. Muitos
deles, como, por exemplo, Marcel, que era católico, e Buber que
era judeu, são teístas. Quanto a Jaspers e Heidegger, julgo que se
considerariam agnósticos reverentes. Porém, no movimento asso-
ciado ao nome de Jean-Paul Sartre (1905-1980), que para muitos
se identifica com o existencialismo, o ateísmo é aceite como um
facto irrefutável. É até a sua primeira premissa. "Se Deus morreu,
então tudo é permitido. É este", diz Sartre, "o ponto de partida do
existencialismo" 156. E o seu principal objectivo é determinar as
consequências que uma posição ateísta coerente poderá ter para
a moral. Para Sartre, como para a maioria dos existencialistas, o
problema de Deus é real e não, como para tantos filósofos anglo-
saxónicos actuais, um pseudo-problema. Segundo ele, levantar o
problema de Deus é levantar o problema do sentido da vida hu-
155
Ibid.
156
J. P. Sartre, Existentialism and Humanism, p. I.
155
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
Ciência e Religião
Voltando ao séc. XIX, uma das grandes causas de descrença
que não podemos deixar de realçar, foi a crítica científica. Para
fazer uma análise rigorosa da questão no que toca ao século pas-
sado seria necessário outro livro. O máximo que aqui podemos
fazer é apontar alguns dos aspectos mais importantes, particular-
mente aqueles que constituem uma prova da tendência crescente
para interpretar a religião em termos naturalistas. Devemos tam-
bém observar, que a crítica mecanicisto- materialista anterior pas-
157
Sartre não apresenta realmente uma prova de que Deus não existe. Cf. Being
and Nothingness trad. Hazel E. Barnes; Introd. trad. pp. XXIX ff.
156
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
158
Segundo Ernest Jones, Freud era um ateísta natural. Diz ele: "Cresceu sem
qualquer crença em Deus ou na Imortalidade e não parece ter sentido a sua fal-
ta". Sigmund Freud, Vol. I, p. 22.
159
G. S. Spinks, Psychology and Religion, p. 75.
157
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
160
S. Preud, The Future of an Ilusion, p. 55.
161
S. Freud, An Autobiographical Study, p. 109.
158
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
159
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
160
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
162
Darwin a Asa Gray. Citado por John Green, Darwin and the Modern World
View, p. 44.
163
Noël Annan, Strands of Unbelief in Ideas and Beliefs of the Victorians, p. 151.
161
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
164
A palavra foi criada por Huxley para definir a sua posição na Sociedade Meta-
física fundada em 1869 com o objectivo de promover uma discussão séria e res-
peitável da controvérsia da ciência e da religião.
165
Noël Annan, op. cit. p. 154.
166
Margaret Knight, Humanist Anthology, p. XIII. 137
162
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
167
Mill, Antobiography; Essential Works de Tohn Stuart Mill, Edit. Bantam
Classsics. p. 34.
163
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
168
Mill, Three Essays, essay "On Nature"; Essential Works de John Stuart Mill,
Edit. Bantam Classics, p. 386.
169
Cf. as observações que fez no debate com Fr. Copleston; transcritas no seu
livro Why I am not a Christian. Edição portuguesa, Boa-Leitura, Lisboa.
164
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
170
Publicado in Russell, Mysticism and Logic.
165
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
171
J. J. C. Smart. "The Existence of God" in New Essays in Philisophical Theology,
Ed. A. N. C. Flew and A. MacIntyre.
172
J. Mcquarrie in Expository Times, Vol. LXVIII, No 12, Set. 1957, p. 365.
166
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
167
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
173
A. J. Ayer, Language, Truth and Logic, pp. 115-116.
174
R. B. Braithwaite, An Empiricist’s View of the Nature of Religious Belief, P. Van
Buren, The Secular Meaning of the Gospel.
168
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
175
Cf. R. M. Hare, "Theology and Falsification" Sect. B in New Essays in Philosoph-
ical Theology, Edit. A. G. Flew and A. MacIntyre.
169
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
CONCLUSÃO
170
JAMES THROWER | BREVE HISTÓRIA DO ATEÍSMO OCIDENTAL
Ayer mostra num artigo recente sob esse título 176, um tema de
controvérsia.
176
A. J. Ayer, "Man as a Subject for Science" in Philosophy, Politics and Society,
Ed. Peter Lasslett and W. G. Runciman.
177
O Centro de Investigação de Experiência Religiosa, departamento experimen-
tal recentemente criado em Oxford sob a direcção de Sir Alisdair Hardy, aponta-
nos o caminho, embora ainda seja cedo para saber se os resultados desta inicia-
tiva irão provar alguma coisa.
171