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Deus
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De acordo com o essencialismo, as leis naturais, tal como a lei de que a água
é H2O, são metafisicamente necessárias; elas vigoram em todos os mundos
possíveis, de modo que Deus não poderia ter criado um universo em que
elas são violadas.
Dado isto, e dado seu desejo de que o universo fosse animado, ele então
seria obrigado a intervir para assegurar que o universo fosse animado. Isto
não seria um sinal de ineficiência ou incompetência, já que este seria o
único modo possível pelo qual se poderia garantir que o universo fosse
animado.
(L) [ ] (N(F,G))
Mas (L) não implica que F ou G são exemplificados. O fato de que água é
H2O em todos os mundos possíveis em que há água não implica que exista
água em todos os mundos.
Se Deus existe e almeja que exista um universo animado, ele teria criado
um destes universos (ou um universo animado sem princípio).
Esta resposta à objeção essencialista pode ser rejeitada com base em que
o essencialismo e a teoria FHP conjugados implicam que os únicos universos
metafisicamente possíveis são universos FHP.
Mas este não é o caso das leis naturais. Como Putman assinala, ‘podemos
nos imaginar perfeitamente bem tendo experiências que nos convenceriam
(e que tornariam racional acreditar que) água não é H2O.
Nesse sentido, é concebível que água não seja H2O [25]. Mas neste caso, a
conceptibilidade de ser um caso diferente é um guia anulado para a
contingência, pois considerações de como a referência de ‘água’ é
estabelecida, em conjunção com observações científicas, mostram que
‘água’ é necessariamente ‘H2O’.
(2) Isto (amostra líquida) possui a estrutura química H2O, tal que ser H2O é
a propriedade causalmente responsável pelas propriedades observáveis de
ser incolor, inodora, insípida, etc.
Portanto,
(5) Esta instância de um universo tem uma estrutura FHP, tal que ser um
universo FHP é a propriedade causalmente responsável pelas propriedades
observáveis de aglomerados se afastando, radiação de fundo, etc.
Portanto,
Aquilo que tem esta estrutura não é um universo, já que ‘universo’ refere-
se rigidamente a alguma coisa com uma estrutura FHP. Mas podemos
chamá-lo de ‘universo1’, assim como podemos chamar XYZ de ‘água1’.
Notas.