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- Contribuições à
Psicanálise
Klein e a observação de crianças: método intuitivo.
Busca compreender a vida instintiva a partir das fantasias inconscientes (que derivam
de experiências emocionais e organizam as experiências emocionais/percepções).
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Seio que frustra, não atende ou atende de modo insatisfatório:
experiências de frustração, desconfiança, medo e pavor
a base da personalidade
(Introdução de Hanna Segal, 1987, em “Melanie Klein - Amor, Culpa e Reparação, 1996).
EXPERIÊNCIAS E MECANISMOS INTERNOS
Introjeção (seio para “dentro” do bebê) e projeção (expansão das experiências para “fora”)
Introjeção do seio mau: impulsos destrutivos atacam o bebê de fora e de dentro – ameaça de
aniquilação e persecutoriedade
Idealização: reiteração de experiências de frustração pode levar à idealização como forma de preservação da
vida (contra ansiedades persecutórias)
Inveja: ataques ao objeto (destruir, despedaçar e incorporar o bom; objeto mau para dentro)
Culpa: com a diminuição das experiências de frustração, há sentimento de culpa por ter atacado o objeto e
tentativa de reparar os danos causados (base para integração do objeto)
Introjeção do seio bom: experiências de prazer, gratificação e bondade (em relação a si mesmo e ao
mundo externo)
Identificação projetiva: colocar dentro e não sobre!
“De certa forma, poderíamos dizer que quem projeta, infecta o outro com uma nova
identidade” (Barros & Barros, 2018, p. 19).
“como uma pessoa através de palavras, ou mesmo sem as utilizar, leva o outro a sentir
determinados sentimentos, altera sua percepção, induz papéis e assim convida os
membros da dupla que interage a se comportar de acordo com um padrão que não é o
seu, ou melhor dizendo que é e não é o seu padrão. A identificação projetiva afirma e
nega o sujeito concomitantemente” (Barros & Barros, 2018, p. 20).
Exemplo na arte: sua expressão busca mais que descrever ou representar emoções,
busca transmiti-las.
1º Posição esquizoparanoide:
https://www.youtube.com/watch?v=fIlWwiG2wBQ
2 Posições: momentos de desintegração e integração necessários para o fortalecimento do ego.
Ego mais integrado, capaz de lidar com ansiedade persecutória.
Importância de experiências boas, de amor e satisfação: predomínio de objetos bons (externos e
internos)
Analista: objeto bom, capaz de organizar, integrar, dar coesão às experiências do paciente.
● Posição esquizoparanóide - ansiedade persecutória.
Livra-se da ansiedade por meio da cisão, projeção, negação das emoções.
As experiências ficam descontextualizadas, os afetos desconectados e a capacidade de
simbolizar é impossibilitada.
Fixação da doença paranóide.
● Posição depressiva - ansiedade depressiva.
Integração das experiências emocionais.
Culpa por agressividade à pessoa amada, medo da perda do objeto, tendência ao amor e à
reparação.
Criação de símbolos / pensamento.
Momentos de regressão e progressão: 2 posições em dinâmica constante.
Para Klein, os sofrimentos não ocorrem apenas por traumas e repressões.
A dor só diminui quando se permite sentir com vivacidade e nitidez seus meandros.
Quando a dor é “acolhida, vivida e pensada” (p. 43), ela pode inspirar.
Capacidade de reparação.
Necessária ser vivida tantas vezes quanto a vida exigir (que se depare com perdas).
“Mas todas as perdas são também novas oportunidades, e a análise kleiniana está
voltada para nos libertar de uma forma de dor que bloqueia o acesso às novas
oportunidades de vida” (Cintra, 2018, p. 44).
Conhecimento profundo da mente em seus aspectos mais intoleráveis, de mal-estar:
(Introdução de Hanna Segal, 1987, em “Melanie Klein - Amor, Culpa e Reparação, 1996).
1ªs relações: objetos parciais (princ., seio)
Cisão: seio bom x seio mau (bondoso, generoso, amado X frustrador, hostil, odiado)
(conhecimento de mundo).
Pulsão epistemofílica: ligada a desejos libidinais e agressivos - os quais geram
ansiedade e esta pode levar à inibição do desejo de conhecer.
Triangulação precoce
Assim, na incipiente percepção da mãe em sua totalidade (objeto total), surge
também a percepção do pai como o primeiro estranho.
O bebê, diante da frustração “provocada” pela mãe, busca outro objeto de satisfação
(o pai) - outros investimentos libidinais.
Para Klein, o bebê sai das angústias persecutórias (ansiedades arcaicas) / posição
esquizoparanoide - estágios iniciais do conflito edipiano.
A resolução edípica passa pelas posições esquizoparanoide e depressiva:
➢ Integrar os objetos
➢ Discriminando-os
➢ Unindo-os
➢ Separando-se deles (posição fálica)
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-432X2007000200005
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Capítulo 3 (As Sete Escolas de Psicanálise)