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MEDO DO COLAPSO

D. W. Winnicott

Nota preliminar

Creio que as minhas experiências clínicas me trouxeram recentemente a um novo


entendimento do que significa um medo do colapso.
Tenho como propósito expor o mais claramente possível este entendimento, que é
novo para mim e que também o poderá ser para outros que trabalham em psicoterapia.
Naturalmente, se o que digo tem alguma verdade, já terá sido tratado pelos poetas do
mundo. Os lampejos de compreensão que a poesia traz, contudo, não nos absolvem da
árdua tarefa de nos afastarmos passo a passo da ignorância em direcção ao nosso
objectivo. Sou da opinião que um estudo desta área limitada leva a uma reformulação
de vários outros problemas que nos desorientam quando não conseguimos actuar
clinicamente com a eficácia desejada. No final indicarei que extensões desta teoria
proponho para discussão.

Variações individuais

O medo do colapso é uma característica significativa em alguns dos nossos pacientes,


mas não em outros. A partir desta observação, se estiver correcta, pode concluir-se que
o medo do colapso se relaciona com a experiência passada do indivíduo e com
contingências ambientais. Simultaneamente, deve supor-se um denominador comum
do mesmo medo, indicando a existência de fenómenos universais; são estes, pois, que
tornam possível a qualquer pessoa saber empaticamente o que sente um dos nossos

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pacientes quando exibe este medo de um modo agudo. (Com efeito, o mesmo pode ser
dito de cada detalhe da loucura de uma pessoa louca. Todos o conhecemos, embora
esse detalhe particular possa não nos incomodar.)

Aparecimento do sintoma

Nem todos os nossos pacientes que têm este medo o acusam no começo do
tratamento. Alguns queixam-se; mas outros têm as suas defesas tão bem organizadas
que só após ter havido um progresso considerável no tratamento é que o medo do
colapso passa para primeiro plano enquanto factor dominante.
Por exemplo, um paciente pode ter várias fobias e uma organização complexa para
lidar com essas fobias, de modo que a dependência não surge de imediato na
transferência. Mas com o passar do tempo a dependência torna-se uma característica
principal. Então, os erros e as falhas do analista tornam-se causas directas de fobias
localizadas e por isso do despontar do medo do colapso.

Significado de “colapso”

Usei propositadamente o termo “colapso” [breakdown] porque é bastante vago e


porque pode significar várias coisas. Em geral, dentro deste contexto, pode ser
compreendido como a falência de uma organização de defesa. Mas imediatamente nos
questionamos: uma defesa contra o quê? E isto leva-nos para o significado mais
profundo do termo, uma vez que precisamos de utilizar a palavra “colapso” para
descrever o impensável estado que subjaz à organização de defesa.
Como veremos, embora na área da psiconeurose seja útil pensar que é a ansiedade
de castração que subjaz às defesas, nos fenómenos mais psicóticos que examinamos o
que está em causa é um colapso do estabelecimento da unidade do eu [self]. O ego
organiza defesas contra o colapso da organização do ego, é a organização do ego que é

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ameaçada. Mas o ego não pode organizar nada contra a falência do ambiente facilitador
enquanto a dependência for um facto da vida.
Por outras palavras, estamos a examinar uma inversão do processo de maturação do
indivíduo. Isto exige que reformule brevemente as primeiras etapas do crescimento
emocional.

Crescimento emocional, primeiras etapas

O indivíduo herda um processo de maturação. Este sustenta o indivíduo enquanto


existir um ambiente facilitador e apenas na medida em que isso existir. O próprio
ambiente facilitador é um fenómeno complexo e por si só requer um estudo especial; a
sua característica essencial é que tem uma espécie de crescimento próprio, adaptando-
se às variadas necessidades do indivíduo em crescimento.
O indivíduo passa de uma dependência absoluta para uma relativa independência,
rumo à independência. Na saúde, este processo decorre a um ritmo que não ultrapassa
o desenvolvimento da complexidade dos mecanismos mentais, ligado ao
desenvolvimento neuropsicológico.
O ambiente facilitador pode ser descrito como sustentação [holding] que evolui para
manuseamento [handling], ao qual se acrescenta a apresentação do objecto.
Num tal ambiente facilitador o indivíduo adquire um desenvolvimento que pode ser
classificado como integrador, ao qual é acrescentada a morada [indwelling] (ou colusão
psicossomática) e depois a relação com o objecto.
Isto é uma simplificação grosseiramente exagerada, mas deverá bastar neste
contexto.
Veremos como, numa tal descrição, o avanço no desenvolvimento corresponde
estreitamente à ameaça de um movimento retrógrado (e das defesas contra essa
ameaça) na doença esquizofrénica.

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Dependência Absoluta

Deve ser recordado que no período de dependência absoluta, em que a mãe cumpre
uma função de ego auxiliar, o bebé ainda não separou o “distinto de mim” daquilo que
faz parte de “mim” – tal não pode acontecer sem o estabelecimento do “mim” [me].

Agonias Primitivas

A partir deste esquema é possível enumerar as agonias primitivas (nesta situação,


“ansiedade” não é uma palavra suficientemente forte).
Aqui estão algumas:

(1) Retorno a um estado não-integrado. (Defesa: desintegração.)


(2) Cair para sempre. (Defesa: auto-sustentação.)
(3) Perda da colusão psicossomática, falência da morada. (Defesa:
despersonalização.)
(4) Perda do sentido de realidade. (Defesa: exploração do narcisismo primário, etc.)
(5) Perda da capacidade de se relacionar com objectos. (Defesa: estados autistas,
relação exclusiva com os fenómenos do eu.)

E assim sucessivamente.

A doença psicótica como defesa

É minha intenção mostrar que aquilo que vemos na clínica é sempre uma organização
de defesa, mesmo no autismo da esquizofrenia infantil. A agonia subjacente é
impensável.
É errado pensar na doença psicótica como um colapso, esta é uma organização de
defesa relativa a uma agonia primitiva e usualmente é eficaz (excepto quando o

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ambiente facilitador não tenha sido deficiente, mas intolerável, que é talvez o pior que
pode acontecer a um bebé humano).

Enunciação do tema principal

Posso agora enunciar o meu argumento principal, que se revela bastante simples.
Proponho que o medo clínico do colapso é o medo de um colapso que já foi
experienciado. É o medo da agonia original que gerou a organização de defesa que o
paciente exibe como sintoma de uma doença.
Esta ideia pode ou não ter utilidade imediata para o clínico. Não podemos apressar
os nossos pacientes. Todavia, podemos atrasar o seu progresso por desconhecimento
genuíno; qualquer pequeno fragmento da nossa compreensão pode ajudar-nos a
acompanhar as suas necessidades.
Segundo a minha experiência, há momentos em que um paciente precisa que se lhe
diga que o colapso, cujo medo lhe destrói a vida, já aconteceu. É um facto que se carrega
de um lado para o outro, escondido no inconsciente. Aqui, o inconsciente não é
exactamente o inconsciente reprimido da psiconeurose, nem o inconsciente da
formulação freudiana sobre a parte da psique que é muito próxima do funcionamento
neurofisiológico. Tão-pouco é o inconsciente de Jung, que eu designaria assim: todas as
coisas que decorrem em caves subterrâneas, ou (por outras palavras) a mitologia do
mundo, em que há colusão entre as realidades psíquicas internas do indivíduo e da mãe.
Neste contexto particular, o inconsciente significa que a integração do ego não é capaz
de abarcar algo. O ego é demasiado imaturo para acolher todos os fenómenos na área
da omnipotência pessoal.
Então, devemos questionar-nos: porque continua o paciente a preocupar-se com
algo que pertence ao passado? A resposta deve ser que a experiência original da agonia
primitiva não consegue converter-se em algo passado enquanto o ego não a recolher
dentro da sua experiência presente e do seu controlo omnipotente actual (assumindo
que a mãe/analista cumpra a sua função auxiliar de suporte do ego).

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Por outras palavras, o paciente deve continuar a procurar o detalhe passado que
ainda não foi experienciado. Esta busca toma a forma de uma procura desse detalhe no
futuro.
A menos que o terapeuta consiga trabalhar eficazmente a partir da asserção que esse
detalhe é já um facto, o paciente continuará a temer encontrar aquilo que procura
compulsivamente no futuro.
Por outro lado, se o paciente estiver pronto para algum tipo de aceitação desta
estranha espécie de verdade – que aquilo que ainda não foi experienciado, todavia já
aconteceu no passado –, então abre-se um caminho para a agonia ser experienciada na
transferência, como reacção face às falhas e erros do analista. Estes últimos podem ser
tratados com o paciente em doses que não são excessivas, e o paciente pode dar conta
de cada falha técnica do analista como contratransferência. Por outras palavras, o
paciente recolhe gradualmente a falência original do ambiente facilitador dentro da
área da sua omnipotência e da experiência de omnipotência que pertence ao estado de
dependência (facto da transferência).
Tudo isto é muito difícil, leva tempo e é doloroso, mas de modo algum é fútil. O que
é fútil é a alternativa, que iremos agora examinar.

Futilidade na análise

Devo tomar por garantida a compreensão e aceitação da análise da psiconeurose. Na


base deste pressuposto, afirmo que, nos casos que discuto, o analista começa bem, a
análise avança com ritmo; o que acontece, porém, é que o analista e o paciente estão
agradavelmente a coludir numa análise psiconeurótica, quando na verdade a doença é
psicótica.
Uma e outra vez, o casal analítico apraz-se com o que fizeram juntos. Foi válido, foi
inteligente, foi acolhedor graças à colusão. Mas cada suposto avanço termina em
destruição. O paciente interrompe e declara: e então? De facto, o avanço não foi um
avanço; foi um novo exemplo do analista a alinhar no jogo em que o paciente adia o
assunto principal. E quem pode culpar o paciente ou o analista? (Excepto, claro, que

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possa haver um analista que enlaça o peixe psicótico numa linha psiconeurótica muito
longa, e espera assim evitar que o peixe seja pescado por algum truque do destino, como
a morte de algum dos dois ou a falta de suporte financeiro.)
Devemos assumir que tanto o paciente como o analista desejam verdadeiramente
terminar a análise, mas infelizmente não há desfecho se não se tocar no fundo da
sarjeta, se a coisa temida não for experienciada. E, de facto, uma saída para o paciente
é ter um colapso (físico ou mental), o que pode funcionar muito bem. Contudo, a solução
não é boa o suficiente se não incluir uma descoberta e uma compreensão analíticas da
parte do paciente e, com efeito, muitos dos pacientes a que me refiro são pessoas
valiosas que não podem arriscar colapsar a ponto de serem levadas para um hospital
psiquiátrico.
O objectivo deste artigo é chamar a atenção para a possibilidade de o colapso já ter
acontecido, algures no começo da vida do indivíduo. O paciente precisa de o “recordar”,
mas não é possível recordar algo que ainda não aconteceu, e essa coisa do passado ainda
não aconteceu porque o paciente não estava lá para que lhe acontecesse. Neste caso, a
única maneira de “recordar” é o paciente experienciar essa coisa passada pela primeira
vez no presente, isto é, na transferência. Então, essa coisa passada e futura torna-se um
assunto do aqui e agora, e é experienciada pelo paciente pela primeira vez. Tal é o
equivalente a recordar, e este desfecho equivale ao levantamento da repressão que
decorre na análise de um paciente psiconeurótico (análise freudiana clássica).

Outras aplicações desta teoria

Medo da morte

São necessárias poucas modificações para transferir a tese geral do medo do colapso
para um medo específico da morte. Este medo é talvez mais comum e está absorvido
nos ensinamentos religiosos sobre uma vida no além, como se para negar o facto da
morte.

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Quando o medo da morte é um sintoma significativo, a promessa de uma vida no
além deixa de fornecer alívio e o motivo para tal é que o paciente sente uma compulsão
para procurar a morte. Mais uma vez, procura-se a morte que já aconteceu, mas que
não foi experienciada.
Quando Keats estava “meio apaixonado com a morte tranquila”1 estava, de acordo
com a ideia que avanço aqui, desejoso pela tranquilidade que viria se conseguisse
“recordar” ter morrido; mas para recordar ele deve experienciar a morte agora.
A maioria das minhas ideias é inspirada pelos meus pacientes, a quem reconheço a
minha dívida. É a um destes que eu devo a frase “morte fenoménica”. O que aconteceu
no passado foi a morte como fenómeno, mas não como uma espécie de facto que se
observa. Muitos homens e mulheres passam a sua vida a indagar se encontrariam uma
solução no suicídio, isto é, entregando o corpo à morte que já aconteceu nas suas
psiques. Contudo, o suicídio não é uma resposta, mas um gesto desesperado.
Compreendo agora pela primeira vez o que queria dizer a minha paciente esquizofrénica
(que de facto se matou) quando me disse: “Tudo o que eu lhe peço é que me ajude a
cometer suicídio pela razão certa em vez da razão errada.” Não o consegui e ela matou-
se por desespero de não encontrar a solução. O seu propósito (como agora
compreendo) era conseguir que eu enunciasse que ela tinha morrido na primeira
infância. Acredito que a partir dessa base, eu e ela teríamos conseguido que ela adiasse
a morte do corpo até que a idade avançada desempenhasse o seu papel.
A morte, concebida como algo que já aconteceu ao paciente, mas que o paciente não
era maduro o suficiente para experienciar, tem o significado de uma aniquilação. É assim
que se desenvolve um padrão em que a continuidade do ser foi interrompida pelas
reacções infantis do paciente a um choque, que por sua vez resultou da falência do
ambiente facilitador face ao embate de certos factos ambientais. (No caso desta
paciente, os problemas começaram muito cedo, pois houve um despertar prematuro da
consciência [awareness], desencadeado por um pânico materno anterior ao
nascimento, e acrescido a isto o parto foi complicado por uma placenta prévia não
diagnosticada.)

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«I have been half in love with easeful Death» (Ode to a Nightingale, 1819). NdT

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Vazio

Mais uma vez, são os meus pacientes que me mostram que o conceito de vazio pode
ser visto através da mesma lente.
Em alguns pacientes é necessário experienciar o vazio, e esse vazio pertence ao
passado, ao período anterior ao grau de maturidade que tornaria possível experienciar
o vazio.
Para compreender isto é necessário pensar, não num trauma, mas que nada
aconteceu quando algo proveitoso poderia ter acontecido.
É mais fácil para um paciente recordar um trauma do que recordar algo que não
aconteceu quando poderia ter acontecido. Na altura, o paciente não sabia o que poderia
ter acontecido e por isso não podia experienciar nada excepto notar que algo poderia
ter acontecido.

Exemplo

Uma fase no tratamento de uma paciente ilustra isto bem. Essa jovem mulher
deitava-se inutilmente no sofá, e tudo o que conseguia fazer era dizer: “Nada está a
acontecer nesta análise!”
Na etapa que descrevo, a paciente já tinha fornecido suficiente material de forma
indirecta para que eu pudesse saber que provavelmente ela estava a sentir alguma
coisa. Pude dizer-lhe que ela tinha estado a sentir sentimentos e que os tinha
experienciado desvanecerem-se gradualmente de acordo com o seu padrão, um padrão
que a fazia desesperar. Esses sentimentos eram sexuais e femininos. Não eram
clinicamente notórios.
Aqui estava eu na transferência (quase) a ser a causa, actual, do esmorecimento da
sua sexualidade feminina; quando isto foi adequadamente enunciado tivemos um
exemplo no presente daquilo que já lhe tinha acontecido inúmeras vezes. No seu caso
(simplificando em favor da descrição) havia um pai que a princípio quase não estava
presente, e quando aparecia, era ela uma menina pequena, não queria saber do eu
feminino da sua filha e não tinha nenhum estímulo masculino para lhe dar.

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Ora, o vazio é um pré-requisito para a avidez se saciar. Vazio primário significa
simplesmente: antes de começar a encher. Para que este estado seja significativo é
necessária uma maturidade considerável.
No tratamento, o vazio é um estado que o paciente tenta experienciar, um estado
passado que não pode ser recordado a menos que seja experienciado pela primeira vez
no presente.
Na prática, a dificuldade é que o paciente teme a atrocidade do vazio, e em defesa
organiza um vazio controlado não comendo ou não aprendendo, ou então vai encher-
se à bruta com uma avidez que é compulsiva e que o faz sentir-se louco. Quando o
paciente consegue alcançar o próprio vazio e tolerar esse estado graças à dependência
do ego auxiliar do analista, então a assimilação pode começar a ser uma experiência
prazerosa; aqui pode começar um modo de comer que já não é uma função dissociada
(ou separada), que faz parte da personalidade; é também desta forma que alguns dos
nossos pacientes que não conseguiam aprender começam a aprender com prazer.
A base de toda a aprendizagem (tal como da alimentação) é o vazio. Mas se o vazio
não foi experienciado como tal no começo, então torna-se um estado que é temido, mas
compulsivamente procurado.

Não-existência

A busca pela não-existência pessoal pode ser examinada do mesmo modo.


Descobriremos, neste caso, que a não-existência faz parte de uma defesa. A existência
pessoal está representada pelos elementos projectivos e a pessoa tenta projectar tudo
o que poderia ser pessoal. Pode tratar-se de uma defesa relativamente sofisticada, cujo
objectivo é evitar a responsabilidade (na posição depressiva) ou a persecução (naquilo
que eu chamaria a etapa da auto-afirmação, ou seja, a etapa do Eu sou, com a implicação
inerente Eu repudio tudo o que seja distinto de mim). Será conveniente usar como
ilustração o jogo infantil do “Eu sou o rei do castelo – Tu és o patife imundo”.
Nas religiões, esta ideia pode surgir no conceito de unidade com Deus ou com o
Universo. É possível ver esta defesa ser negada nos escritos e ensinamentos
existencialistas, em que se torna o existir num culto, numa tentativa de contrariar a
tendência pessoal para a não-existência, que faz parte de uma defesa organizada.

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Haverá um elemento positivo em tudo isto, ou seja, um elemento que não é uma
defesa. Pode ser dito que apenas a partir da não-existência pode a existência começar.
É surpreendente quão cedo (antes mesmo do nascimento, certamente durante o parto)
pode ser mobilizada a consciência [awareness] de um ego prematuro. Mas o indivíduo
não consegue desenvolver-se a partir de uma raiz do ego se esta estiver divorciada da
experiência psicossomática e do narcisismo primário. É justamente aí que começa a
intelectualização das funções do ego. Pode ainda ser referido que tudo isto decorre a
uma grande distância no tempo face ao estabelecimento de qualquer coisa que valha a
pena chamar de eu [self].

Sumário

Tentei mostrar que o medo do colapso pode ser um medo de um evento passado que
ainda não foi experienciado. A necessidade de o experienciar é equivalente à
necessidade de recordar nos termos da análise de psiconeuróticos.
Esta ideia pode ser aplicada a outros medos relacionados, e eu mencionei o medo da
morte e a procura do vazio.

Originalmente publicado em
International Review of Psychoanalysis (1974) 1, 103

Tradução de Sara Belo


Universidade de Lisboa, Faculdade de Belas-Artes,
Centro de Investigação e de Estudos em Belas Artes (CIEBA)
2019

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