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O Imaginário: ensaio acerca das ciências e das filosofias da

imagem / Gilbert Durand


A Imaginação Simbólica
As Estruturas sociológicas do Imaginário
Campos do Imaginário.
Supremacia da imprensa e da comunicação escrita

"Civilização da imagem"
O PARADOXO DO IMAGINÁRIO NO OCIDENTE

1. Um iconoclasmo endêmico

As civilizações não-ocidentais

O ocidente - raciocínio socrático e batismo cristão


"Civilização da imagem"
O PARADOXO DO IMAGINÁRIO NO OCIDENTE

Página do Saltério Chludov criticando a iconoclastia. No fundo há uma


representação da crucificação de Jesus no Gólgota.
O PARADOXO DO IMAGINÁRIO NO OCIDENTE

"A imaginação é suspeita de ser "a amante do erro e da falsidade".


A imagem pode se desenvolver dentro de uma descrição infinita e uma
contemplação inesgotável"
O PARADOXO DO IMAGINÁRIO NO OCIDENTE

O iconoclasmo em quatro momentos:

- 1- Socratismo
- 2- A escolástica medieval
- 3- Física moderna por Galileu e Descarte
- 4- O empirismo factual. David Hume e Isaac Newton
O PARADOXO DO IMAGINÁRIO NO OCIDENTE

2. As resistências do imaginário

Platão sabe que muitas verdades escapam à


filtragem lógica do método

Graças a encarnação do Cristo contradizendo o


monoteísmo judeu estava criada umas das
primeiras reabilitações das imagens no ocidente
O PARADOXO DO IMAGINÁRIO NO OCIDENTE

3. O efeito perverso e a explosão do vídeo

• Problematiza a importância do vídeo e da exploração de


imagens no desenvolvimento cognitivo;
• Na civilização da imagem da imagem temos o fim da
galáxia de Gutenberg que deu lugar ao reino da
informação e da imagem visual;
• Coloca o problema da onipresença da imagem, presente
desde o berço até o túmulo e a influência exercida na vida
na vida social, promovendo uma espécie de manipulação
icônica através das mídias e propagandas;
O PARADOXO DO IMAGINÁRIO NO OCIDENTE

• O autor explana sobre a revolução do vídeo afirmando


que as imagens mediáticas acompanham o ser humano
desde o berço até o túmulo;
• Nesta revolução a afirmação do papel cognitivo ( que
produz consciência) da imagem explodirá, estando esta
imagem eternamente presente em nossa vida, ditando as
intenções de produtores anônimos ou ocultos;
As ciências do imaginário

• O imaginário no seio do reino triunfante do cientificismo


racionalista foram o Romantismo, o Simbolismo e o
Surrealismo;
• O cerne desses movimentos fazendo uma reavaliação
positiva do sonho, até mesmo da alucinação segundo
Henri foi a descoberta do inconsciente;
Contribuições de Freud
• Estudos clínicos de Freud revelam que qualquer
manifestação da imagem representa uma espécie de
intermediário entre um inconsciente não manifesto e uma
tomada de consciência ativa;
• Daí ela possui o status de um símbolo e constitui o modelo
de um pensamento indireto no qual um significante ativo
remete a um significado obscuro;
As psicologias das profundezas

• O autor destaca que é Jung(1932) quem normalizou o


papel da imagem e foi o primeiro a pluralizar o libido com
clareza;
• Para Jung, a imagem por sua própria construção, é um
modelo de autoconstrução( ou individualização) da
psique;
As confirmações anatonofisiológicas e etnológicas

• O estudo anatomofisiológico do sistema nervoso humano,


em particular do encéfalo, confirmou e especificou
algumas observações clínicas dos psicólogos;
• O estudo demonstrou a singularidade anatômica do
cérebro humano ;
• Todo pensamento humano é uma re-presentação, isto é,
passa por articulações simbólicas;
Afirmações conclusivas de Durand

• Afirma que todo imaginário humano articula-se por meio


de estruturas ao redor dos processos matriciais do
separar(heroico), incluir(místico) e
dramatizar(disseminador), ou pela distribuição das
imagens de uma narrativa ao longo do tempo.
AS SOCIOLOGIAS DO SELVAGEM E DO COMUM

• Teoria do Imaginário – Eurocentrismo –


Sociologia e História
• Século 19
• Positivismo
• Sociologia Uniderecional ( Auguste Comte)
• Historicismo Unidimensional ( Karl Marx)
AS SOCIOLOGIAS DO SELVAGEM E DO COMUM

Para Comte e Marx


• O imaginário e seus trabalhos situam-
se às margens da civilização tanto na
idade teológica do primitivismo humano,
quanto na superfície da significância
superestrutural.
AS SOCIOLOGIAS DO SELVAGEM E DO COMUM

Mito inelutável do Progresso ( Abade


Joachim de flore)

3 épocas consecutivas de Revelação:


- A primeira é a do Pai
- A segunda, do filho
- A última do Espírito Santo (Época da
Paz Universal)

Recusar o progresso de uma consciência


AS SOCIOLOGIAS DO SELVAGEM E DO COMUM

Nova esfera de influências científicas


- Pré-história ( Longa duração)

Surgimento do homo na África ( Há 2 milhões


de Anos)

Homo erectus – Homo Symbolicus


AS SOCIOLOGIAS DO SELVAGEM E DO COMUM

Mudança de valor das terminologias

• Pré-lógico, pré-mítico e pensamento


mítico
• Arquétipo, a outra lógica e participação

• Barbárie X Civilização
AS SOCIOLOGIAS DO SELVAGEM E DO COMUM

Levi Straus – Livro O pensamento Selvagem 1962

• “ Os homens sempre souberam pensar muito


bem”
• “Em cada homem subsiste um patrimônio
Selvagem infinitamente respeitável e precioso”

• Uma reviravolta de valores


AS SOCIOLOGIAS DO SELVAGEM E DO COMUM

Sociologia do imaginário

• Deliberada e complementar
• De forma exógena
• Evidências pelas pesquisas psicológica e
etológica
AS SOCIOLOGIAS DO SELVAGEM E DO COMUM

Roger Bastide (1898-1974)


• Pesquisa sociológica do pensamento
obscuro e confuso do sonho, dos
fantasmas das doenças mentais, dos
transes religiosos, do símbolo, dos mitos
e das utopias
• Sociologia do conhecimento
AS SOCIOLOGIAS DO SELVAGEM E DO COMUM

Sociologia do conhecimento pelo imaginário


1º - Insere as reservas do imaginário – mitos,
símbolos, os rituais das sociedades distantes (
Prospeção do longíquo,reabilitação do selvagem
e do primordial)
2º - Sociologia das histórias da vida ( prospecção
do mais próximo e do mais comum, reabilitando
o cotidiano dos desfavorecidos)
AS NOVAS CRÍTICAS DA MITOCRÍTICA À
MITOANÁLISE

Gaston Bachelard (1884-1962)

• Pioneiro desta nova crítica


• A imagem surge para iluminar a própria
imagem
• Determinismos transversal na história e na
biografia
• Convergem com a crítica psicanalista -
psicocrítica ( Charles Mauron)
• Não se rende ao estruturalismo
AS NOVAS CRÍTICAS DA MITOCRÍTICA À
MITOANÁLISE

Gaston Bachelard (1884-1962)

• Recai nos habituais caminhos do positivismo


mascarado pelas supostas ciências da
literatura (gramatologia, semiótica, fonologia,
entre outras)
• Esvazia a pluralidade antropológica – novo
monoteísmo
• Logica binária obcecada pelo silogismo
AS NOVAS CRÍTICAS DA MITOCRÍTICA À
MITOANÁLISE

Claude Levi Straus

• Restituir ao estruturalismo o que há de mais


fecundo na sua exploração do mito
• Mito – não é discurso para demonstrar, nem
narrativa para mostrar
• Servir-se das instâncias da persuasão
indicadas pelas variações simbólicas sobre um
tema
AS NOVAS CRÍTICAS DA MITOCRÍTICA À
MITOANÁLISE

Exemplo de pesquisa mitocrítica


• Laboratório pluridisciplinar de pesquisa do
imaginário literário
• Ampliação da mitocrítica para a mitoanálise

Grenoble
• Reconciliar um novo olhar histórico e
sociológico com o mito da mitoanálise
AS NOVAS CRÍTICAS DA MITOCRÍTICA À
MITOANÁLISE

Velha filosofia imaginária da alquimia


Intuição filosofal – ultrapassa os
conceitualismos filosóficos um imaginal que
sustenta as imagens
Ressurgimento de antigos mitos que atualizam a
mitoanálise ( história obcecada pelo único mito
do progresso)
A mudanças do imaginário –princípios dos
limites duplo

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