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TEORIA DA RESIDUALIDADE
Prof. Dr. Roberto Pontes
1. Sobre datas e a procedência de conceitos da TR
➔ Resíduo: Termo usado pela primeira vez em 1967(Prefácio);
Raymond Williams:
Mentalidade:
3- longas durações .
Arquétipo e Inconsciente coletivo (JUNG; p. 53-54)
a. Definição
O inconsciente coletivo é uma parte da psique que pode distinguir-se de um
inconsciente pessoal pelo fato de que não deve sua existência à experiência pessoal, não
sendo portanto uma aquisição pessoal. Enquanto o inconsciente pessoal é constituído
essencialmente de conteúdos que já foram conscientes e no entanto desapareceram da
consciência por terem sido esquecidos ou reprimidos, os conteúdos do inconsciente
coletivo nunca estiveram na consciência e portanto não foram adquiridos
individualmente, mas devem sua existência apenas à hereditariedade. Enquanto o
inconsciente pessoal consiste em sua maior parte de complexos, o conteúdo do
inconsciente coletivo é constituído essencialmente de arquétipos*.
O inconsciente coletivo não se desenvolve individualmente, mas é herdado. Ele
consiste de formas preexistentes, arquétipos, que só secundariamente podem
tomar-se conscientes, conferindo uma forma definida aos conteúdos da consciência.
(JUNG; p. 53-54)
O conceito de arquétipo, que constitui um correlato indispensável da idéia
do inconsciente coletivo, indica a existência de determinadas formas na
psique, que estão presentes em todo tempo e em todo lugar. A pesquisa
mitológica denomina-as "motivos" ou "temas"; na psicologia dos primitivos
elas correspondem ao conceito das représentations collectives de
LEVY-BRÜHL e no campo das religiões comparadas foram definidas como
"categorias da imaginação" por HUBERT e MAUSS. ADOLF BASTIAN
designou-as bem antes como "pensamentos elementares"ou "primordiais". A
partir dessas referências torna-se claro que a minha representação do
arquétipo - literalmente uma forma preexistente- não é exclusivamente um
conceito meu, mas também é reconhecido em outros campos da ciência.
Hibridação Cultural
2- Ocorrências posteriores que consolidaram a
sistematização da TR
● 2º Congresso Abralic “Literatura e Memória Cultural (1990)
Base teórica sobre memória coletiva: Maurice Halbwacs, Michael Pollack, Sérgio
Micelli e Renato Ortiz.
“(...) Nas quais o leitor pode ter uma ideia precisa da aplicação da
Teoria da Residualidade a uma obra literária sob um enfoque
estético”
3. Três importantes aplicações da Teoria em livros
residualistas
1. Do fragmento à Unidade: A lição de Gnose almadiana, Elizabeth Dias
Martins.
Análise residual necessária à compreensão de obras literárias.
“Resíduos indicativos de futuro”
2. Além da cruz e da espada: Acerca dos resíduos clássicos d’A Demanda do Santo
Graal, José William Craveiro Torres.
- Leitura Obrigatória:
- Residualidade e intertextualidade;
- Imaginário.
3. Dos mitos à picaresca: Uma caminhada residual pelo Auto da
Compadecida-Análise do Auto da Compadecida, de Ariana Suassuna, pela ótica da
Teoria da Residualidade, de Roberto Pontes. - Rubenita Alves Moreira
- Livro publicado na alemanha;
- Residualidade X periodização;
- Residualidade X intertextualidade;
- Residualidade X influência.
4. A lei da TR, a de Lavoisier, e um repasse pelos
conceitos operacionais
● Formulação axiomática: “Na cultura e na literatura nada há de original;
tudo é remanescência; logo, tudo é residual”;