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Romantismo

O que é?
O Romantismo é a arte do sonho e fantasia. Valoriza as forças criativas do indivíduo e da
imaginação popular. Opõe-se à arte equilibrada dos clássicos e baseia-se na inspiração fugaz dos
momentos fortes da vida subjetiva: na fé, no sonho, na paixão, na intuição, na saudade, no
sentimento da natureza e na força das lendas nacionais.
O Romantismo manifestou-se em diversos campos: literatura, pintura, escultura, arquitetura e
música.

Inicialmente apenas uma atitude, um estado de espírito, o romantismo toma mais tarde a forma
de um movimento, e o espírito romântico passa a designar toda uma visão de mundo centrada no
indivíduo.
Foi um movimento artístico, cultural, político e filosófico, surgiu no século XVIII na Europa, no
contexto da revolução industrial e do iluminismo. Ele durou até meados do século XIX. Ele
privilegia as emoções, a subjetividade e o individualismo.
Contexto Histórico
O romantismo surgiu na Europa, onde seria futuramente a Alemanha e a Inglaterra em uma época
em que o ambiente intelectual era de grande rebeldia.
O romantismo manifestou-se de forma bastante variada nas diferentes artes e marcaria,
sobretudo, a literatura e a música.
O romance pode ser considerado o sucessor da epopeia.

Alguns autores neoclássicos já nutriam um sentimento mais tarde dito romântico antes de sue
nascimento de fato, sendo assim chamados pré-românticos.
Nos autores pré-românticos encaixam-se Francisco Goya e Bocage.

Destacam-se entre as primeiras obras do início da revolução romântica na Europa os livros Manon
Lescut, do árabe Prévost em 1731, e a História de Tom Joses, de Henry Fielding em 1749.

NA ALEMANHA
O romantismo, tinha fundamental importância na unificação germânica com o movimento Sturn
und Drang.
Nas escolas literárias, as bases do sentimentalismo romântico e do escapismo pelo suicídio foram
estabelecidas pelo romance “Os Sofrimentos do jovem Werther”, de Goethe, publicado na
Alemanha em 1774.

NA INGLATERRA
O Romantismo se manifesta nos primeiros anos do século XIX, com destaque para a poesia
ultrarromântica de Lord Byron e para o romance histórico “Ivanhoé”, de Walter Scott.

Características
Sentimentalismo - supervalorização das emoções pessoais, com destaque para a melancolia.
Subjetivismo – oposto ao objetivismo, há valorização das sensações do ser humano e da liberdade
de pensamento.
Egocentrismo – foco no indivíduo, que passa a ser o centro das atenções.
Escapismo – desejo de evasão para escapar da realidade como ela se apresenta, criando um
mundo idealizado.
Idealizações – idealização da sociedade, do amor e da mulher, buscando uma realidade diferente.
Individualismo – os românticos libertam-se da necessidade de seguir formas reais de intuito
humano, abrindo a manifestação da individualidade, muitas vezes definida por sentimentos e
emoções.
Indianismo – medievalismo “adaptado” ao Brasil, resgata o ideal do “bom selvagem”.
Oposição ao modelo clássico – valorização da arte popular e folclórica, oposta à arte erudita da
antiguidade clássica.
Nacionalismo – forte exaltação da natureza e da pátria, com temas relacionados com a
grandiosidade da natureza e o sentimento de pertença.
Natureza interagindo com o eu lírico – expressa aquilo que o eu lírico está sentindo no momento
narrado.
Retorno ao passado – a Idade Média passa a ser a referência para os artistas, que apreciavam as
tradições e a fé humana.
Grotesco e sublime – fusão do belo e feio, diferente do arcadismo, que visa a idealização do
personagem principal, tornando-o a imagem da perfeição.
Medievalismo – interesse pela origem do seu povo, de su língua e de seu próprio país, poemas
que retratavam grandes guerras e batalhas.
Byronismo – inspirado na vida e na obra de Lord Byron, estilo de vida boémio, voltado para vícios,
bebida e tabaco.

Artistas Românticos
Os autores românticos voltaram-se cada vez mais para si mesmos, retratando o drama humano,
amores trágicos, ideais utópicos e desejos de escapismo. Se o século XVIII foi marcado pela
objetividade, pelo iluminismo e pela razão, o início do século XIX seria marcado pelo lirismo, pela
subjetividade, pela emoção e pelo eu.

Segundo Jacques Barzun, existiram três gerações de artistas românticos. A primeira emergiu entre
1790-1800, a segunda na década de 1820, e a terceira mais tarde nesse mesmo século.

1ª Geração - as características centrais do romantismo viriam a ser o lirismo, o subjetivismo, o


sonho de um lado, o exagero, a busca pelo exótico e pelo inóspito de outro, o nacionalismo,
presente da coletânea de textos e documentos de caráter funcional. A mulher era uma musa, ela
era amada e desejada mas não era tocada.

2ª Geração - posteriormente também seriam notados o pessimismo e um certo gosto pela morte,
religiosidade e naturalismo. A mulher era alcançada mas a felicidade não era atingida.

3ª Geração - seria a fase de transição para outra corrente literária, o realismo, a qual denuncia os
vícios e males da sociedade, mesmo que o faça de forma enfatizada e irónica com o intuito de pôr
a descoberto realidades desconhecidas que revelam fragilidades. A mulher era idealizada e
acessível.

Romantismo na Literatura
O romantismo surge na literatura quando os escritores trocam o mecenato aristocrático pelo
editor, precisando assim cativar um público leitor. Esse público estará entre os pequenos
burgueses, que não estavam ligados aos valores literários clássicos e, por isso, apreciariam mais a
emoção do que a sutileza das formas do período anterior.
Tendo o liberalismo como referência ideológica, o romantismo renega as formas rígidas da
literatura, como versos de métrica exata. O romance se torna o gênero narrativo preferencial, em
oposição à epopeia. É a superação da retórica, tão valorizada pelos clássicos.

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
Na literatura, as principais características do romantismo são:

• Oposição ao modelo clássico;


• Estrutura do texto em prosa, longo;
• Desenvolvimento de um núcleo central;
• Narrativa ampla refletindo uma sequência de tempo;
• O indivíduo passa a ser o centro das atenções;
• Surgimento de um público consumidor (folhetim);
• Uso de versos livres e versos brancos;
• Exaltação do nacionalismo, da natureza e da pátria;
• Idealização da sociedade, do amor e da mulher;
• Criação de um herói nacional;
• Sentimentalismo e supervalorização das emoções pessoais;
• Subjetivismo e egocentrismo;
• Saudades da infância;
• Fuga da realidade.

Os autores ingleses mais conhecidos do pré-romantismo "extra-oficial" são:


• William Blake (cujo misticismo latente em The Marriage of Heaven and Hell - O Casamento
do Céu e Inferno, 1793 atravessará o romantismo até o simbolismo);
• Edward Young (cujos Night Thoughts - Pensamentos Noturnos, 1742, re-editados por Blake
em 1795, influenciarão o ultrarromantismo);
• James Thomson;
• William Cowper;
• Robert Burns;
• Goethe (Die Leiden des Jungen Werther - Os Sofrimentos do Jovem Werther, 1774);
• Schiller (An die Freude - "Ode à Alegria", 1785);
• Herder (Auszug aus einem Briefwechsel über Ossian und die Lieder alter Völker - "Extrato
da correspondência sobre Ossian e as canções dos povos antigos", 1773)

O romantismo "oficial" é reconhecido nas figuras de:


• Coleridge e Wordsworth (Lyrical Ballads - Baladas Líricas, 1798), fundadores;
• Lord Byron (Childe Harold's Pilgrimage, Peregrinação de Childe Harold, 1818);
• Shelley (Hymn to Intellectual Beauty - Hino à Beleza Intelectual, 1817);
• Keats (Endymion, 1817), após o Romantismo de Jena.

Romantismo na Pintura
Enquadramos a pintura dentro período de 1820-1850 que traz influências da pintura pré-
romântica de finais do século XVIII, do Grupo Os Nazarenos, que era um grupo de pintores alemães
do tempo do neoclassicismo que formaram em Roma uma comunidade para estudar e pintar a
partir da arte italiana do Renascimento e dos pré-rafaelitas, que era um grupo de pintores que
surgiu na Inglaterra cerca de 1848 e que procurava inspiração nos pintores italianos anteriores à
Rafael. Foi este grupo que trabalhou no período tardo-romântico e fez a transição para o Realismo
e para o Simbolismo.

Características de Pintura:

● Cultivo da emoção, da fantasia, do sonho, da originalidade, evasão para mundos exóticos


onde se podia fantasiar e imaginar;
● Exaltação da natureza;
● Gosto pela Idade Média (porque tinha sido o tempo de formação das nações);
● Defesa dos ideais nacionalistas (liberdade individual, liberdade do povo);
● Diversidade;
● Individualização;
● Integração pelo gosto do barroco;
● Corte com o academicismo neoclássico;
● Panteísmo (doutrina segundo a qual Deus não é um ser pessoal distinto do mundo, Deus e
o mundo seriam uma só substância);
● Divisão em 3 grupos:
● 1º Grupo – não são temas novos, mas são tratados com a mentalidade
romântica e os seus novos conceitos artísticos: históricos, literários, mitológicos, retrato
e autorretratos;
● 2º Grupo – são temas que representam a alma romântica, emocional e
apaixonada, idealista e simples;
● 3º Grupo – retrata a pintura de paisagem.

Características de Estilo:

• A cor prevalece sobre o desenho linear e são utilizadas cores variadas explorando
contrastes fortes e não harmoniosos;
• Os intensos efeitos de claro-escuro dão um lado mais artificial e dramático à luz;
• A luz focaliza-se sobre o ponto que se quer evidenciar na composição, acentuando a
expressividade e o sentimentalismo das cenas;
• Utilização do óleo e da aquarela;
• A composição utiliza estruturas agitadas, movimentadas, orientadas por linhas oblíquas,
diagonais e sinuosas que reforçam o sentido trágico, drmático e heroico dos temas
Um dos primeiros movimentos artísticos que surge em reação ao Neoclassicismo do século XVIII é
o Romantismo e historicamente situa-se entre 1820 e 1850. Os artistas românticos procuraram se
libertar das convenções acadêmicas em favor da livre expressão da personalidade do artista.

É o início da pintura moderna de paisagem, capaz de exprimir, melhor do que outro, certos
aspectos da sensibilidade do homem oitocentista.

No século XIX aparece um movimento de reação que procura os fundamentos da arte nas antigas
realidades nacionais. O gosto pela arqueologia torna-se extensivo à Idade Média e redescobre-se o
românico e o gótico, que os artistas tentam fazer reviver em suas obras.

O romantismo procura elementos rústicos e entrega-se às realizações espontâneas, o que dá


origem à incorporação, na nossa cultura, de vários conhecimentos acumulados pelos povos
primitivos ou que se desenvolveram longe da Europa civilizada. Isto leva ao estudo das artes
chinesa, japonesa, indiana e a africana.

Com o regresso à Idade Média, o romantismo recusa as regras impostas pelas academias
neoclássicas, pois estas eram inspiradas nos valores clássicos (ordem, proporção, simetria e
harmonia).

As primeiras manifestações românticas na pintura ocorreram quando Francisco Goya passou a


pintar depois de começar a perder a audição.
Francisco José de Goya y Lucientes (1746-1828) foi pintor e gravador espanhol. Conhecido
simplesmente como Francisco de Goya, sua arte retratava uma mitologia povoada por sonhos e
pesadelos, seres deformados, tons opressivos. Senhor absoluto da caricatura do seu tempo.
Trabalhou temas diversos: retratos de personalidades da corte espanhola e de pessoas do povo, os
horrores da guerra, a ação incompreensível de monstros, cenas históricas e as lutas pela liberdade.
Um quadro de temática neoclássica como Saturno Devorando um Filho, por exemplo, apresenta
uma série de emoções para o espectador que o fazem se sentir inseguro e angustiado. Goya cria
um jogo de luz-e-sombra, linhas de composição diagonais e pinceladas "grosseiras" de forma a
acentuar a situação dramática representada. Apesar de Goya ter sido um acadêmico, o
romantismo somente chegaria à Academia mais tarde.

Saturno devorando um filho goya


O francês Eugène Delacroix é considerado um pintor romântico por excelência.
Eugène Delacroix (1798-1863) é considerado o mais importante representante do romantismo
francês. Suas obras apresentam forte comprometimento político e o valor da pintura é assegurada
pelo uso das cores, das luzes e das sombras, dando-nos a sensação de grande movimentação.
Representava assuntos abstratos personificando-os (alegorias)
Sua tela A Liberdade Guiando o Povo reúne o vigor e o ideal românticos em uma obra que
estrutura-se em um turbilhão de formas. O tema são os revolucionários de 1830 guiados pelo
espírito da Liberdade (retratados aqui por uma mulher carregando a bandeira da França). O artista
coloca-se metaforicamente como um revolucionário ao se retratar em um personagem da turba,
apesar de olhar com uma certa reserva para os acontecimentos (refletindo a influência burguesa
no romantismo). Esta é provavelmente a obra romântica mais conhecida.

La liberté guidant le peuple

delacroix

Exaltavam-se as sensações extremas, os paraísos artificiais, a natureza em seu aspecto mais bruto.
Lançar-se em "aventuras" ao embarcar em navios com destino aos polos, por exemplo, tornou-se
uma forma de inspiração para alguns artistas. O pintor inglês William Turner refletiu este espírito
em obras como Mar em tempestade onde o retrato de um fenômeno da Natureza é usado como
forma de atingir os sentimentos supracitados.

Géricault é outro dos grandes nomes do romantismo na pintura. A sua obra A Jangada da Medusa,
pintada por volta de 1819, com a mistura entre os elementos barrocos, o naturalismo e o
dramatismo pessoal das personagens, é uma das mais célebres pinturas do movimento romântico
la balsa de la Medua

Caspar David Friedrich (1774-1840) pintor alemão, observou e desenhou a natureza, para depois
pintar seus quadros no ateliê, porém não se limitou a representa-las, ele dá-lhe um significado
suplementar, expresso através de símbolos, como a figura de costas, as nuvens, a neblina, o
horizonte. O homem de costas é como se fosse um emblema da experiência romântica da
natureza: sozinho nas alturas, olha para um ponto inatingível e o que vê é, ao mesmo tempo, algo
de exterior e a projeção do seu Eu.

Joseph Mallord William Turner (1775-1851) foi pintor inglês, considerado por alguns um dos
precursores da modernidade na pintura, em função dos seus estudos sobre cor e luz. Turner
representou grandes movimentos da natureza, mas por meio do estudo da luz que a natureza reflete,
procurou descrever uma certa atmosfera da paisagem. Uma das primeiras vezes que a arte registra a
presença da máquina, uma locomotiva, foi na sua pintura Chuva, Vapor e Velocidade. Parece ser a
tomada de consciência do artista de que a máquina invadiu o espaço natural e começou a fazer parte
do universo da pintura.

John Constable (1776-1837) ao contrário de Turner, a natureza retratada por esse pintor inglês é
serena e profundamente ligada aos lugares onde o artista nasceu, cresceu e trabalhou ao lado do pai.
Muitos elementos de suas paisagens, moinhos de vento, barbaças carregadas de cereais, faziam
parte da vida cotidiana do artista quando jovem. Através de uma gama de cores conseguida por
meio da observação e do contato direto com a natureza, o artista obteve efeitos de admirável
vivacidade.

William Blake (1757-1827) inglês que viveu num período significativo da história, marcado pelo
iluminismo e pela Revolução Industrial na Inglaterra. Poeta, pintor e gravador, ilustra os seus
próprios livros e trena traduzir em imagens a grande força visionária da sua inspiração poética e
linguística, contribuindo para a renovação da sensibilidade que é típica do romantismo.

Jean-Louis André Théodore Géricault (1791- 1824) pintor francês que nos seus primeiros quadros
demonstrou grande admiração pelos cânones neoclássicos. Depois de prestar o serviço militar,
Géricault viajou para Itália, onde estudou profundamente as obras de Rafael e Michelangelo. Na
colta, e, 1817, iniciou o que seria sua obra-prima, A Balsa da Medusa. Embora o tema do naufrágio
seja coerente com o desespero romântico, o quadro faz uma crítica à culpa do governo pelo
acidente. Sua obsessão chegou a leva-lo a falar com sobreviventes nos hospitais e inclusive a fazer
esboços dos mortos no necrotério. A doença, a loucura e o desespero são uma constante nos seus
quadros. Morreu, vítima de um acidente.
Romantismo na Escultura
A escultura no romantismo era um estilo artístico único que aderia às características do
movimento romântico da época, que contrariava os ideais classicistas e neoclassicistas de outros
estilos artísticos.

Esse movimento artístico procurou recriar novamente a arte que ocorreu na Idade Média e é visto
como uma reação do campo artístico à Revolução Industrial e ao Iluminismo . A escultura
romancista poderia se referir ao mundo humano e ao mundo natural.

A temática em geral era natureza, animais e plantas, temas heroicos e cenas de fantasia e da
imaginação.

CARACTERÍSTICAS:
• Natureza e emoção;
• Ideias puras;
• Voz artística;
• Indiferença em relação a outras correntes-

OBRAS E AUTORES DESTACADOS

FRANÇOIS RUDE

Rude é um escultor francês, nascido em Dijon em 4 de janeiro de


1784. Estudou na escola de arte de sua cidade natal, até trabalhar
sob as ordens do arquiteto Charles Straeten após a segunda
intervenção Bourbon na França.

Seus romances mais importantes foram: o pescador napolitano


brincando com uma tartaruga e La Marseillaise , uma obra
localizada no Arco do Triunfo em Paris, considerado um dos mais
importantes do romantismo.

Faleceu em 1855.
ANTOINE-LOUIS BARYE

Barye, nasceu em 1796 e faleceu em 1875, foi um famoso escultor


francês que se destacou por seu trabalho no desenvolvimento de
obras esculturais de animais. Ele é considerado o pai da escola de
animallier , que abrange todos os artistas que se dedicaram à
escultura de animais. Ele foi influenciado pelas pinturas de Géricault,
um dos mais importantes pintores romanos da França.

Entre suas obras escultóricas mais importantes estão: Agarrando um


cervo e Jaguar Devorando uma lebre , ambos pertencentes à escola
animallier de romance da França.

DAVID D’ANGERS

Pierre-Jean David era o nome original de David d’Angers, que se


apelidou de maneira a se distinguir de seu professor, Jacques-Louis
David. Ele foi um dos mais importantes medalhistas e escultores
franceses do período do romance.

Ele fez um grande número de esculturas para vários túmulos na


França. Além disso, ele esculpiu Rouget de Lisle, o encarregado de
escrever La Marseillaise , o hino da França.

Entre as contribuições mais significativas que d’Angers fez para a


escultura do romantismo estão o Monumento ao General Gobert e
o frontão esculpido do Parthenon na França, que possui um grande número de esculturas
representando vários heróis liberais da França.
ANTOINE-AUGUSTION PRÉAULT

Préault foi um escultor do movimento romance nascido em 1809, que


lhe permitiu receber aulas de arte do próprio David d’Angers. Embora
Préault tenha criado um grande número de obras relevantes, seu estudo
foi atacado em meados do século XIX e muitas de suas peças foram
destruídas como resultado.
No entanto, suas esculturas representavam perfeitamente o pensamento
de romance da época. Muitos artistas depois dele, e até críticos da
época, consideram uma grande influência para o movimento do romance
na França.

Uma de suas obras mais importantes, que permanece em boas condições hoje, é o Silêncio . Este é
um trabalho funerário localizado no cemitério Pere Lachaise em Paris.
Romantismo na Arquitetura
Os arquitetos românticos preferem:

● Irregularidades nas estruturas espaciais e volumétricas;


● Preferência pelas geometrias mais complexas e pelas formas curvas;
● Efeitos de luz;
● Movimentos dos planos;
● Pitoresco de decoração (tudo o quer pode ser pintado ou representado em imagem).

EXEMPLOS DE ARQUITETURA ROMÂNTICA

Construções Neogóticas
O estilo gótico incorporava valores conservadores.

O novo edifício do parlamento inglês, que tomou lugar do antigo Palácio de


Westminster, destruído por um incêndio em 1834, é um testemunho de
revivalismo gótico e do entusiasmo dos ingleses por este estilo.

Em Paris temos a Igreja de Santa Clotilde que na sua construção foram


utilizados materiais modernos, exemplo disso é a abóboda central
construída com vigas de ferro e aço. A restauração da igreja de Notre-Dame
de Paris, por Viollet-le-Duc, também utilizou elementos de construção
modernos.

O Castelo de Neuschwanstein, na Baviera, foi inspirado na obra do


grande amigo e protegido de Luís II da Baviera, o compositor Richard
Wagner. Foi desenhado por desenhista de cenários teatrais e não por
um arquiteto. Recorreu às estruturas moderna como por exemplo:
engenhos a vapor elétricos, ventilação moderna e canalizações de
aquecimento. A decoração de algumas salas é inspirada nas obras de
Wagner, uma delas reproduz uma gruta com muitas estalagmites e, no
reinado de Luís II, tinha uma cascata.
Nos Estados Unidos destacamos a Catedral de Saint Patrick com características neogóticas como as
altas torres pontiagudas e a decoração de vitrais e esculturas. Foi construída entre 1858 e 1878 e
projetada pelo arquiteto James Renwick, Jr.

Construções Neorromânticas

Um bom exemplo de construção Neorromânica são as muralhas da


cidadela de Carcassone, que teve a ocupação dos Celtas, Galo-romanos e
Visigodos. No final do século XIX, foi redescoberta por turistas ingleses, já
em ruínas, foi, então, encomendado o restauro do arquiteto Viollet-le-Duc.

Construções Neobarrocas

A Ópera de Paris tem seu edifício sobrecarregado e de uma vulgaridade


luxuosa. Reflete o gosto da classe criada pela Revolução Industrial, novos
ricos que se viam a si próprios como herdeiros da velha aristocracia e assim
achavam os estilos pré-revolucionários mais atraentes que o Clássico ou o
Gótico.

Construções Neomedievais

O Castelo de Pierrefonds é original do século XII, no século XVII foi sitiado e invadido pelas tropas
de Richelieu e chegou ao século XIX em ruínas.Em virtude da redescoberta da arquitetura da Idade
Média, em 1857, o Imperador Napoleão III contrata o arquiteto Eugéne Viollet-le-Duc para a
restauração do edifício.
Os arquitetos depararam-se com uma diversidade formal que lhes permitia construir estruturas
mais elaboradas e com efeitos visuais completamente novos que originam uma nova tendência: o
Exotismo.
Construções Neoárabes

O Pavilhão Real, em Brighton na Inglaterra, apresenta cúpulas em forma de


cebola, derivam da arquitetura mongol, é uma metáfora exótica que
representa o Império Britânico. Chaminés disfarçadas de minaretes e
grades trabalhadas em formato de ferradura.

Outras construções neoárabes na Inglaterra são: a Casa Sezincote, em Gloucestershiree o Pagode


Chinês dos Jardins de Kew.

Casa sezincote

Em Portugal a arquitetura romântica chegou por um estrangeiro casado


com a Rainha de Portugal, D. Maria II, Fernando de Saxe-Coburgo-Gotha,
um príncipe alemão amigo do Barão de Eschwege, um arquiteto que
trabalhava há muito para a família real e que o ajudou na primeira grande
obra desse estilo: o Palácio da Pena.

O Palácio do Buçaco é um revivalismo de duas construções portuguesas


que simbolizam o Manuelino: a Torre de Belém e o Mosteiro dos
Jerónimos. O corpo central é uma réplica da Torre de Belém e a arcada do
claustro é uma réplica do Mosteiro dos Jerónimos. No decurso do palácio
existem ainda várias alusões decorativas ao Convento de Cristo em Tomar.

Estação do Rossio, em Lisboa também representa o estilo neomanuelino


O Palácio da Regaleira é considerada uma construção eclética, pois utiliza
revivalismos góticos, manuelinos, renascentistas e românicos.

O Santuário de Santa Luzia que revive os estilos românico, bizantino e


gótico.
Romantismo na Música
As primeiras evidências do romantismo na música aparecem com Beethoven. Suas sinfonias, a
partir da terceira, revelam uma música com temática profundamente pessoal e interiorizada, assim
como algumas de suas sonatas para piano também, entre as quais é possível citar a Sonata
Patética.

Outros compositores como Chopin, Tchaikovski, Felix Mendelssohn, Liszt, Grieg e Brahms levaram
ainda mais adiante o ideal romântico de Beethoven, deixando o rigor formal do classicismo para
escreverem músicas mais de acordo com suas emoções.

Na ópera, os compositores mais notáveis foram Verdi e Wagner. O primeiro procurou escrever
óperas, em sua maioria, com conteúdo épico ou patriótico — entre as quais as óperas Nabucco,
Les vêpres siciliennes, I Lombardi nella Prima Crociata — embora tenha escrito também algumas
óperas baseadas em histórias de amor como La Traviata; O segundo enfocava histórias mitológicas
germânicas, caso da tetralogia do Anel do Nibelungo e outras óperas como Tristão e Isolda e O
Holandês Voador, ou sagas medievais como Tannhäuser, Lohengrin e Parsifal. Mais tarde na Itália o
romantismo na ópera se desenvolveu ainda mais com Puccini.

Romantismo em Portugal
Os primeiros anos do Romantismo português coincidem com as lutas civis entre liberais e
conservadores. A renúncia de Dom Pedro ao trono brasileiro e sua luta pelo trono de Portugal ao
lado dos liberais, veio intensificar esses conflitos.

O romantismo literário em Portugal tem como marco inicial a publicação, em 1825, do poema
Camões, escrito por Almeida Garrett. A obra foi produzida durante seu exílio em Paris.

Em Portugal, o movimento romântico esteve dividido em 2 fases:

● Primeira geração romântica: fase nacionalista


● Segunda geração romântica: fase de maturidade

Autores e obras do romantismo em Portugal

● Almeida Garret (1799-1854). Obras: Camões (1825), Viagens na minha terra (1846) e
Folhas Caídas (1853).
● Alexandre Herculano (1810-1877). Obras: A Harpa do Crente (1838), Eurico, o Presbítero
(1844) e Poesias (1850).
● Antônio Feliciano de Castilho (1800-1875). Obras: Amor e melancolia (1828), A noite do
Castelo (1836) e Escavações poéticas (1844).
● Camilo Castelo Branco (1825-1890). Obras: Amor de perdição (1862), Coração, Cabeça e
Estômago (1862) e Amor de Salvação (1864).
● Júlio Dinis (1839-1871). Obras: As Pupilas do Senhor Reitor (1866), Uma Família Inglesa
(1868) e A Morgadinha dos Canaviais (1868).
● Soares de Passos (1826-1860). Única obra publicada: Poesias (1856).
● João de Deus (1830-1896). Obras: Ramo de Flores (1869) e Despedidas de Verão (1880).

Romantismo no Brasil
No Brasil, o movimento romântico começa em meados do século XIX, anos depois da
independência do país (1822) com a publicação da obra Suspiros poéticos e saudades, de
Gonçalves de Magalhães, em 1836.

Principais escritores românticos brasileiros


● Gonçalves Dias: principal poeta romântico e uns dos melhores da língua portuguesa,
nacionalista, autor da famosa "Canção do Exílio", da nem tão famosa "I-Juca-Pirama" e de
muitos outros poemas.
● Álvares de Azevedo: o maior romântico da Segunda Geração Romântica; autor de "Lira dos
Vinte Anos"', "Noite na Taverna" e "Macário".
● Castro Alves: grande representante da Geração Condoeira, escreveu, principalmente, poesias
abolicionistas como "O Navio Negreiro".
● Joaquim Manuel de Macedo, romancista urbano escreveu "A Moreninha" e também "O
Moço Loiro".
● José de Alencar, principal romancista romântico. Romances urbanos: "Lucíola"; "A
Viuvinha"; "Cinco Minutos"; "Senhora". Romances regionalistas: "O Gaúcho", "O
Sertanejo", "O Tronco do Ipê". Romances históricos: "A Guerra dos Mascates"; "As Minas
de Prata". Romances indianistas: "O Guarani", "Iracema" e o "Ubirajara".

No país, o movimento foi dividido em três fases, ou gerações:

● Primeira geração romântica (1836 a 1852): geração nacionalista-indianista.


● Segunda geração romântica (1853 a 1869): geração ultrarromântica.
● Terceira geração romântica (1870 a 1880): geração condoreira.

Autores e obras da primeira fase do romantismo no Brasil

● Gonçalves de Magalhães (1811-1882) - Obras: Suspiros poéticos e saudades (1836), A


Confederação de Tamoios (1857) e Os Indígenas do Brasil perante a História (1860).
● Gonçalves Dias (1823-1864) - Obras: Canção do exílio (1843), I-Juca- Pirama (1851) e Os
Timbiras (1857).
● José de Alencar (1829-1877) - Obras: O Guarani (1857), Iracema (1865) e Ubirajara (1874).
● Álvares de Azevedo (1831-1852) - Obras: Lira dos Vinte anos (1853), Noite na taverna
(1855) e Macário (1855).
● Casimiro de Abreu (1839-1860) - Obra: publicou somente um livro de poesias As
primaveras (1859).
● Fagundes Varela (1841-1875) - Obras: Noturnas (1861), Cântico do Calvário (1863) e
Cantos e fantasias (1865).
● Castro Alves (1847-1871) - Obras: O Navio Negreiro (1869) e Espumas flutuantes (1870).
● Tobias Barreto (1839-1889) - Obras: Amar (1866), A Escravidão (1868) e Dias e noites
(1893).
● Sousândrade (1833-1902) - Obras: Harpas Selvagens (1857) e O Guesa (1858 e 1888).

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