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Trabalho de artes
Bananal 2023
Romantismo: Características
LITERATURA
Romantismo: Características e Contexto Histórico
Daniela Diana Daniela Diana Professora licenciada em Letras
O romantismo é um movimento artístico e cultural que privilegia as emoções, a
subjetividade e o individualismo.
Rapidamente, esse estilo chegou a outros países inspirando diversos campos da arte:
literatura, pintura, escultura, arquitetura e música.
No Brasil, o movimento romântico começa em meados do século XIX, anos depois da
independência do país (1822) com a publicação da obra Suspiros poéticos e saudades,
de Gonçalves de Magalhães, em 1836.
Contexto histórico
Como escola literária, as bases do sentimentalismo romântico e do escapismo pelo
suicídio foram estabelecidas pelo romance “Os sofrimentos do jovem Werther”, de
Goethe, publicado na Alemanha em 1774.
Na Inglaterra, o Romantismo se manifesta nos primeiros anos do século XIX, com
destaque para a poesia ultrarromântica de Lord Byron e para o romance histórico
Ivanhoé, de Walter Scott.
O romance, contudo, já era utilizado no Império Romano, cuja palavra romano era
aplicada para designar as línguas usadas pelos povos sob o seu domínio. Tais idiomas
eram, na verdade, uma forma popular do latim.
As composições de cunho popular e folclórico escritas em latim vulgar, em prosa ou em
verso e que relatavam fantasias e aventuras, também eram chamadas de romance.
E foi no século XVIII, que tomou o sentido atual, após passar pelas formas de “romance
de cavalaria, romance sentimental, romance pastoral”, na Europa. O romance pode ser
considerado o sucessor da epopeia.
Principais características
Na literatura, as principais características do romantismo são:
A arte, que antes era de caráter nobre e erudita, passa a valorizar o folclórico e o
nacional. Ela extrapola as barreiras impostas pela Corte e começa a ganhar a atenção
do povo.
A arte romântica, ao romper as muralhas da Corte e ganhar as ruas, liberta-se das
exigências dos nobres que pagavam sua produção e passa a ter um público anônimo. É
o surgimento do público consumidor, impulsionado no Brasil pelo folhetim, uma
literatura mais acessível.
Na prosa, o aspecto formal do Classicismo é deixado de lado. O mesmo ocorre com a
poesia, com os versos livres, sem métrica e sem estrofação. A poesia também é
caracterizada pelo verso branco, sem rima.
Características: Realismo
Realismo
O realismo foi uma tendência artística de expressões em diversas áreas, incluindo a
literatura, que se valeu da arte de uma representação objetiva dos fatos do cotidiano.
Gustave Flaubert, responsável pela autoria da obra inaugural do realismo.
Gustave Flaubert foi o responsável pela autoria da obra inaugural do realismo.
O realismo, movimento estético predominante no mundo ocidental no último quartel
do século XIX, surgiu como uma onda de oposição à subjetividade e ao individualismo
da tendência artística anterior, o romantismo. Com a intenção de fazer da arte uma
representação fidedigna e verossímil da realidade, escritores, pintores, escultores,
músicos e dramaturgos privilegiaram a objetividade em suas obras, atentos à
veracidade das situações cotidianas.
Características do realismo
Valorização da objetividade e dos fatos.
Impessoalidade, apagamento das ideias do autor.
Descrições de tipos sociais ou situações típicas.
Fim das idealizações: retratos de adultério, miséria e fracasso social.
Prevalência das formas do romance e do conto.
Frequentes críticas às hipocrisias da moralidade da nova classe dominante, a
burguesia.
Aceitação da realidade tal como ela é, em oposição aos anseios de liberdade dos
românticos.
Esteticismo: linguagem culta e estilizada, escrita com proporção e elegância.
Tentativa de explicar o real, recorrendo muitas vezes à ciência ou ao determinismo.
Abordagem psicológica das personagens como composição da realidade que veem.
Leia também: Segunda fase do modernismo brasileiro: a retomada do realismo
Contexto histórico do realismo
Madame Bovary, romance de Gustave Flaubert, publicado em 1857, é considerado pela
crítica literária a obra inaugural do movimento realista. Nesse ano, morria Auguste
Comte, fundador da filosofia positivista, a essa altura bastante popular na Europa.
O impressionismo foi uma tendência artística francesa com ênfase na pintura que
ocorreu no momento da chamada “Belle Époque” (1871-1914).
Essa vertente teve um papel muito importante para a renovação da arte do século XX,
sendo a grande propulsora das chamadas vanguardas europeias.
Esse movimento foi um divisor de águas para a pintura. Seus artistas não se prendiam
aos ensinamentos do realismo acadêmico.
Esse novo estilo artístico concorria com produções acadêmicas. Para isso, havia locais
fora dos circuitos tradicionais da arte, como era o caso dos Salons, onde os pintores
impressionistas realizavam exposições exibindo suas telas.
Vale citar que as orientações estéticas impressionistas estão presentes nas produções
gráficas, na propaganda e noutras formas de comunicação de massa. Até os dias atuais
elas seguem influenciando novas estéticas.
Características do Impressionismo
Registro das tonalidades das cores que a luz do sol produz em determinados
momentos;
Figuras sem contornos nítidos;
Sombras luminosas e coloridas;
Misturas das tintas diretamente na tela, com pequenas pinceladas.
Os pintores impressionistas buscaram reproduzir as sombras de modo luminoso e
colorido. O ponto de partida era a composição de efeitos visuais para a fixação do
instante, tal qual a impressão visual que nos causam.
Ademais, procuravam uma expressão artística que estivesse focada nas impressões da
realidade em detrimento da razão e da emoção.
Como perceberam a fonte das cores nos raios solares, buscaram captar a mudança no
ângulo dos mesmos e na implicação disso na alteração de cores. Procuravam também
realizar as misturas cromáticas na própria tela, fixando as tintas em pequenas manchas
de cor.
Isso porque a luz para os impressionistas construía a forma, captava a mesma paisagem
nos diversos momentos do dia e nas várias estações do ano.
Mulheres Impressionistas
Apesar de pouco se falar sobre as mulheres na história da arte, algumas estavam
também expressando-se artisticamente. No impressionismo, houve a presença
feminina não apenas como modelos, mas também como pintoras. Podemos citar
alguns nomes, como:
Literatura Impressionista
A literatura impressionista focou na descrição de impressões e aspectos psicológicos
das personagens. Assim, se acrescenta detalhes para constituir as impressões
sensoriais de um incidente ou cena.
A literatura impressionista tem como características a valorização das emoções e
sensações, a importância da memória, com a busca por um tempo que não existe mais
e o enfoque em sentimentos individuais.
Impressionismo e Fotografia
O advento da fotografia permitiu aos pintores se libertarem da função figurativa da
imagem.
Características: simbolismo
As características do simbolismo envolvem sobretudo, os aspectos místicos, espirituais,
intuitivos e transcendentais da literatura simbolista.
Assim, o simbolismo vem negar a lógica e a razão que, anteriormente foi bem
explorada por artistas realistas, naturalistas e parnasianos.
Principais características
Oposição ao racionalismo, materialismo e cientificismo
Negação dos valores do realismo e naturalismo
Misticismo, religiosidade e sublimação
Mistério, fantasia e sensualismo
Subjetivismo e individualismo
Linguagem fluida e musical
Aproximação da poesia e da música
Universo onírico e transcendental
Valorização da espiritualidade humana
Exploração do consciente e inconsciente
Combinações sonoras e sensoriais
Uso de figuras de linguagem
Origem do Simbolismo
Vale lembrar que o Simbolismo foi um movimento artístico que surgiu na França em
fins do século XIX, sendo manifestado nas artes plásticas, no teatro e na literatura.
No entanto, essa mudança foi, em grande parte, negativa para os escritores simbolistas
que priorizavam sobretudo, a exploração dos aspectos humanos. Foi, portanto, em
meio à crise espiritual do final do século que surge o simbolismo.
Nas artes plásticas, os artistas simbolistas mais proeminentes foram os franceses Paul
Gauguin (1848-1903), Gustave Moreau (1826-1898) e Bertrand-Jean Redon (1840-
1916).