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FÁBIO LUZ
ALUNOS (A):
ALANNA FERREIRA
EVELY VICTORIA
NAYRA MARIA
RAQUEL SILVA
REMILLY AGUIAR.
TEMA: REALISMO
QUATRO-BOCAS/TOMÉ-AÇU/PA/BR
JUNHO DE 2023
Realismo
O realismo foi um movimento literário e artístico que teve início em meados do século
XIX, na França. Como o próprio nome sugere, essa manifestação cultural significou
um olhar mais realista e objetivo sobre a existência e as relações humanas, surgindo
como oposição ao romantismo e sua visão idealizada da vida.
Oposição ao romantismo;
Objetividade, trazendo cenas e situações de forma direta;
Caráter descritivo;
Análise de traços de personalidade e da psique das personagens;
Tom crítico sobre as instituições e a sociedade, sobretudo a elite;
Exibição de falhas de caráter, derrotas pessoais e comportamentos duvidosos;
Interesse em incitar questionamentos no público;
Valorização da coletividade;
Valorização de conhecimentos científicos propostos em teorias como o
darwinismo, socialismo utópico e científico, positivismo, evolucionismo;
Enfoque em temas contemporâneos e cotidianos;
Na literatura desenvolveu-se mais intensamente na prosa e no conto;
Caráter de denúncia social.
As características citadas contemplam principalmente a escola literária realista.
Entretanto, a mesma atmosfera objetiva e crítica foi retratada nas outras
linguagens da arte, como na pintura realista.
O contexto histórico e social no período do realismo foi bastante conturbado. Foi uma
época de grandes transformações que revolucionaram a forma das pessoas se
relacionarem e entenderem a realidade ao seu redor.
É ainda nesse contexto que surgem teorias científicas que objetivavam interpretar e
explicar o mundo, como o Evolucionismo de Darwin e o Positivismo de Auguste
Comte. Assim, os pensadores da época, artistas e escritores, são influenciados pelos
acontecimentos ao redor e pelos anseios da sociedade.
O movimento realista reflete seu tempo, na busca por uma linguagem mais clara e
verossímil, ao passo que questiona os princípios e padrões burgueses. Vale destacar
que a vertente surge também como um contraponto ao romantismo, movimento
vigente que trazia o individualismo e a idealização da realidade como características
marcantes.
Realismo literário
Na França, além de Flaubert, teve destaque Emile Zola, com a obra Les Rougon-
Macquart (1871). Essa nova forma de enxergar e retratar a realidade disseminou-se
por outros países.
Em Portugal, Eça de Queiroz destaca-se como escritor realista, com O Primo Basílio
(1878) e O crime do Padre Amaro (1875).
Em solo britânico, temos a escritora Mary Ann Evans, que sob o pseudônimo de
George Eliot, escreveu algumas obras realistas, como Middlemarch (1871). Há ainda
Henry James, autor de Retrato de uma Senhora (1881).
Realismo no Brasil
No Brasil, o realismo surge durante do Segundo Reinado de Dom Pedro II como uma
maneira de criticar a sociedade burguesa e a monarquia, expondo contradições e
desigualdades sociais. Isso porque, foi o período em que ocorre a abolição da
escravatura, a chegada de imigrantes e diversos avanços tecnológicos. Assim, é na
figura de Machado de Assis que o movimento ganha seu maior representante
nacional. A publicação de Memórias Póstumas de Brás Cubas, em 1881, foi o marco
do movimento no país, sendo considerado o primeiro romance realista brasileiro.
Autores e obras realistas brasileiras
Além de romancista, Machado de Assis também foi crítico literário, jornalista, poeta,
cronista e um dos fundadores da Academia brasileira de Letras. Teve uma carreira
fértil na literatura, produzindo diversas obras importantes, com destaque para
Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881), Quincas Borba (1891), Dom Casmurro
(1899), Esaú e Jacó (1904) e Memorial de Aires (1908).
Raul D’Ávila Pompeia foi escritor, jornalista e professor. Publicou em 1880 a obra Uma
tragédia no Amazonas, seu primeiro romance. Mas foi com O ateneu, em 1888, que o
autor ganha destaque no realismo.
Visconde de Taunay, cujo nome de batismo era Alfredo Maria Adriano d'Escragnolle
Taunay, foi um escritor, militar e político brasileiro. Filho de família aristocrata, era
defensor da monarquia e teve o título de Visconde concedido por D. Pedro II, em 1889.
Gustav Coubert (1819-1877) foi um dos artistas que utilizou a pintura como forma de
expressar suas ideias e concepções realistas. O francês abordava em suas telas
cenas de trabalho, buscando a denúncia social.
Outro pintor francês de destaque na arte realista foi Jean-François Millet (1814-1875),
que também se valia do universo do trabalho, principalmente do campo, como
inspiração para sua pintura. Millet carregava em suas telas uma atmosfera poética
que dava voz aos camponeses.
No Brasil, o artista do realismo que ganhou mais destaque foi Almeida Junior,
responsável por telas importantes como caipira picando fumo (1893), O Violeiro (1899)
e Saudade (1899).