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VEST

Marco @vestmapamental

L I TA
E RRATT E
URA
REALISMO
REALISMO NO BRASIL

O Realismo foi um movimento artístico do final do século XIX que se


contrapôs ao estilo anterior, o Romantismo. No Brasil, tal estilo teve
como marco inicial a publicação do romance Memórias póstumas de
Brás Cubas, de Machado de Assis.

Uma corrente literária que dialoga com o Realismo é o Naturalismo,


que retrata, em geral, a vida da população mais pobre. Em Portugal,
Antero de Quental e Eça de Queiroz foram os principais escritores
realistas. Na França, destacou-se Gustave Flaubert, que é
considerado o pai do Realismo europeu.

Características

O Realismo na literatura brasileira tem algumas características


fundamentais, entre as quais:

Objetividade: Ao contrário dos românticos, que exaltavam a


subjetividade como enfoque ideal para a literatura, os realistas
buscavam a maior objetividade possível, ou seja, enquanto os
escritores do romantismo representavam o mundo a partir de
pontos de vista ultrassentimentais ou muito pessoais, os autores
realistas procuravam retratar a realidade tal qual ela era, com a
menor influência pessoal possível.
Crítica social: Uma das marcas do Realismo é a representação das
hipocrisias sociais de modo escancarado. Aqui também o
movimento difere-se do Romantismo, que procurou exaltar o estilo
de vida burguês. O Realismo, em oposição, critica as contradições e
moralismos da elite burguesa.

Ironia como marca retórica: Especialmente na obra de Machado de


Assis, é possível perceber um claro traço de ironia nas descrições e
narrativas. Em geral, essa figura de retórica expõe críticas diversas ao
grupo social representado na narrativa.

Enfoque em descrições psicológicas: O Realismo brasileiro retratou


não só a parte externa da sociedade brasileira do final do século XIX,
mas também representou uma excepcional descrição dos valores e
pensamento das personagens narradas.

Influências

De modo genérico, é possível dizer que o Realismo foi influenciado


pelas novas teorias científicas que surgiam na época, a saber:

Positivismo, de Comte;

Comunismo, de Marx e Engels;

Evolucionismo, de Darwin;

Determinismo, de Taine.

Como o Realismo brasileiro é posterior ao europeu, também é


plausível afirmar que os autores do Realismo do velho continente
em muito influenciaram o movimento no Brasil. Dentre eles, vale
ressaltar Gustave Flaubert, pai do Realismo na literatura, e Honoré
de Balzac, ambos da França. Além desses, os escritores portugueses
Antero de Quental e Eça de Queiroz também em muito contribuíram
para a formação do Realismo no Brasil.
Realismo X Naturalismo

Uma corrente literária que dialoga com os valores do Realismo é o


Naturalismo. Assim como o primeiro, essa vertente busca enfocar a
realidade de modo objetivo. Entretanto, é notável que, nas narrativas
naturalistas, há uma representação das camadas mais pobres da
sociedade – os romances O mulato (que, inclusive, inaugura o
Naturalismo no Brasil) e O cortiço, de Aluísio Azevedo, por exemplo,
retratam uma população ainda escrava ou remanescente da
escravidão. Além disso, no Naturalismo, havia a presença mais clara
da influência das teorias científicas do século XIX.

Autores e obras

Machado de Assis foi o principal autor do Realismo brasileiro. Suas


principais obras são:

Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881)

Papéis Avulsos (1882)

Quincas Borba (1891)

Várias Histórias (1896)

Dom Casmurro (1899)

Esaú e Jacó (1904)

Relíquias da Casa Velha (1906)

Memorial de Aires (1908)

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