O sítio arqueológico do Bisnau localiza-se em Formosa, Goiás e contém petróglifos produzidos por indígenas entre 4500-1100 anos atrás. Os petróglifos geométricos e abstratos parecem simbolizar ideias complexas e referem-se a locais naturais e astronômicos. Uma pesquisa identificou referências espaciais naturais representadas nos petróglifos.
Descrição original:
Título original
A cerca de 130 km de Brasília DF na região de Formosa GO após o distrito do Bezerra se encontra o Sitio Arqueológico do Bisnau
O sítio arqueológico do Bisnau localiza-se em Formosa, Goiás e contém petróglifos produzidos por indígenas entre 4500-1100 anos atrás. Os petróglifos geométricos e abstratos parecem simbolizar ideias complexas e referem-se a locais naturais e astronômicos. Uma pesquisa identificou referências espaciais naturais representadas nos petróglifos.
O sítio arqueológico do Bisnau localiza-se em Formosa, Goiás e contém petróglifos produzidos por indígenas entre 4500-1100 anos atrás. Os petróglifos geométricos e abstratos parecem simbolizar ideias complexas e referem-se a locais naturais e astronômicos. Uma pesquisa identificou referências espaciais naturais representadas nos petróglifos.
A cerca de 130 km de Brasília DF na região de Formosa GO após
o distrito do Bezerra se encontra o Sitio Arqueológico do Bisnau, é um
paredão de rocha clásticas de arenito de 2.600m² que contém petróglifos em baixo relevo. Os petróglifos localizado no sítio arqueológico do Bisnau foram produzidos por ameríndios pré-históricos, estritamente entre 4.500 e 1100 anos atrás.
Os petróglifos eram essencialmente figuras geométricas, e
abstratas. Essas pinturas rupestres parecem simbolizar ideias complexas e incógnitas para a mente da sociedade contemporânea, André Leroi Gourham (1987: 298) atribui a essas figuras rupestres não reconhecidas de “categoria geométrica pura”. Um grupo de pesquisadores da Universidade Nacional de Brasília (UNB) que tiveram seu artigo publicado em 2019 no anuário do Instituto de Geociências na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), realizaram uma pesquisa utilizando o software GEO PEC estabelecido pela norma Brasileira. usando a carta topográfica na escala de 1:100.000 nomenclatura SD-23-Y-C-II, bem como os vetores extraídos, foi possível sobrepor a geometria dos petróglifos com as feições vetoriais da carta topográfica.
Analisando a carta topográfica e os motivos geométricos dos
petróglifos, foi possível identificar algumas referências espaciais naturais que foram inscritas. Alguns motivos geométricos são coincidentes geograficamente com cavernas Escaroba, espiral, Moura e Andorinhas próximo ao morro do Bisnau, simbolizando representações de regiões ocupadas ou conquistadas, conforme comentários de Koch- Grunber (2010). A geometria inscrita na pedra do Bisnau coincidente à posição do Buraco das Araras, relaciona motivos astronômicos, como meteoritos e estrelas para formas geométricas semelhantes. Concluíram o artigo com o resultado de que essas figuras eram referentes a navegações. IG-UFRJ (2019: 34).
Além da pedra arqueológica, o local possuí diversas cachoeiras, isso
porque a localização do entorno do sítio arqueológico conta com bastante água. “O Goiás é o único estado brasileiro que contribuí com as suas águas para três importantes bacias hidrográficas do país: Amazônica, Paraná com grandes afluentes e São Francisco com pequenos cursos de água”. (Melo 1971: 660). O elemento água faz parta da gênese do município, pois tudo começa na proximidade da Lagoa Feia conhecida desde o século XVII. Ali na região boiadeiros e garimpeiros que viajavam pelos sertões rumo as minas do Guaiazes escolhiam o local como parada de repouso. A pedra do Bisnau outrora abrigou um caminho de passagem no centro-oeste do Brasil e testemunhou idas e vindas dos viajantes no século XIX. O primeiro registro de gravura do Bisnau aparece na ficha do IPHAN datada em 30 de dezembro de 1899, infelizmente não há mais detalhes sobre data e autoria. Nesse registro realizado no CUSA a pedra do Bisnau foi registrada sob a sigla oficial GO-PA- 001 em 1975, neste documento o sitio recebe o nome de “Petroglifos do Bisnau”, tendo declarada uma área de 3.500m², lê-se no documento que a única atividade desenvolvida no local foi o seu registro; sem escavações, ou outras atividades metodológicas como coleta de superfície ou levantamento de grafismo.
Mesmo o sitio arqueológico do Bisnau tendo sido declarado de alta
relevância, ele fica dentro de uma propriedade privada. Os moradores locais não são todos que tem conhecimento do sitio ou de sua importância, mas as figuras desperta a atenção de pesquisadores nacionais e estrangeiros.
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