Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Este trabalho de conclusão de curso resume de forma pessoal o texto contido na aula
número oito do curso de extensão Arqueologia Amazônica modalidade EAD intitulado
“Geoglifos no Acre” de autoria da Dra. Denise Pahl Schaan, arqueóloga da Universidade
Federal do Pará que trata das misteriosas e enormes formas geométricas localizadas no solo
do estado do Acre, polemizando as teses a respeito de possíveis sociedades amazônicas
extintas possuidoras de tecnologia avançada.
2 METODOLOGIA
2
No Brasil, os geoglifos foram descobertos no final da década de 70 no estado do Acre
(na região do Vale do Acre, entre os rios Acre, Iquiri e Abunã, numa rota que vai de Rio
Branco a Xapuri) e registrados como parte do inventário do Programa Nacional de
Pesquisas Arqueológicas da Bacia Amazônica (PRONABA). Atualmente estão registrados
110 pontos de ocorrência de geoglifos, totalizando 138 figuras numa área de 270
quilômetros entre Xapuri e Boca do Acre no sul do estado do Amazonas, sendo
presumidamente 10% do total.
Estudos recentes apontam para a possibilidade de terem sido construídos por uma
civilização que teria vivido entre 800 e 2.000 anos atrás.
Pesquisas arqueológicas descobriram imensas trincheiras nos platôs que existem entre
os afluentes do alto Rio Purus. Os geoglifos dessa área formam desenhos urbanos, pois se
conectam com entradas e saídas estratégicas, de forma a perceber de longe a aproximação
pelas margens dos rios. Essa característica associada ao fato de que trincheiras são
geralmente indícios de estruturas defensivas, podem levar à conclusão de que fizeram parte
de uma fortificação ou templo, delimitando no solo, o sagrado do profano.
As estradas que interligam os geoglifos, compõe uma malha urbana de lugares e
caminhos, o que os caracteriza como parte de uma civilização complexamente organizada.
Os reais motivos das figuras podem aludir a cerimônias, festas, conflitos e encontros não
sendo raros a localização de sepultamentos e peças cerâmicas com figuras faciais
antropomórficas, os “vasos-caretas”.
4 CONCLUSÃO
3
Na mesma época, o famoso antropólogo J. Stewart elaborava um quadro teórico
segundo o qual os indígenas amazonenses estavam no estágio socioeconômico
‘marginal’, ou seja, da ‘floresta tropical’, não tendo possibilidade de ultrapassa-lo
em razão das pressões ecológicas negativas. (PROUS, 1992, p.427)
Tais valetas e muros estão alinhados aos geoglifos, caminhos e estradas, formando
um complexo e ainda misterioso conjunto que evidentemente não seria possível existir nas
concepções ortodoxas a respeito das civilizações amazônicas:
O tipo de sítio mais espetacular ainda é formado por anéis de terra de 80 a 100
metros de diâmetro, havendo por vezes, duas dessas estruturas vizinhas separadas
por algumas dezenas de metros.[...] Cerâmicas casualmente encontradas
permitem a identificação cultural. (PROUS, 1992, p.464)
4
menos entre 800 a.C. e 1600. [...] algo em torno de 2 mil a 5 mil habitantes, e isso
significa que a maior comunidade era do tamanho de algumas cidades medievais
européias. (GRANN, 2009, p. 331-333-334)
5 REFERÊNCIAS