MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA

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COORDENAÇÃO DO CURSO DE HISTÓRIA

DISCIPLINA: INTRODUÇÃO A ARQUEOLOGIA
PROFESSOR: FRANCISCO DE PAULA BRITO
ACADÊMICO (A): THALISON DIOADA SOARES COSTA

Atividade 4:

1. A partir do texto de VIANA, BUCO, SANTOS e SOUZA in Dicionário do

patrimônio cultural do IPHAN, comente e conceitue as Artes Rupestres.

A arte rupestre ou registro rupestre são conjuntos de imagens produzidas em

rochas envoltos (caverna e grutas) ou no ar livre (paredões e lajedos). A arte
rupestre teve sua primeira produção pelos seres humanos da Pré-história, e até
mesmo imagens produzidas recentemente, para alguns especialistas, também
é arte rupestre.
A arte rupestre tem dois métodos que são utilizados para sua compreensão: o
gravado, que compreendemos com diferentes formas de remover ou abrir
alguma superfície de rochas; e o pintado, que representa técnicas de colorir a
superfície com cores distintas, podendo ser seca ou pastosa, e era inseridos na
superfície por pinceis, dedos, sopros ou carimbos.
Vários estudos acreditam-se que a arte rupestre teria surgido por volta dos
anos 40.000 e 11.000, antes do presente, no paleolítico superior, onde os
grupos de humanos já dominavam o fogo e já tinha uma qualificação
tecnológica para produção de instrumentos de pedra lascada.
A caverna de Chauvet, no sudeste da França, é um local que tem as artes
rupestre mais antigas do mundo, com cerca de 32.000 mil anos AP (CLOTTES
et al.,1995; SANCHIDRIÁN, 2005). Mas também temos locais com datas de
arte rupestre bem antigas, como os sítios Auditorium e Daraki-Chattan,
localizado na Índia (BEDNARIK, 2003; KUMAR, PRAJAPATI, 2010; KUMAR,
2010), e o sitio La Ferrassie, localizado na França (BEDNARIK, 2003, 2005;
PEYRONY, 1934; KUCKENBURG, 1997), porém a uma grande discussão por
partes dos especialistas de qual é o mais antigo.
Os sítios de arte rupestre no Brasil foram encontrados pelos missionários e
aventureiros que chegaram na época do “descobrimento” do Brasil, onde eles
começaram a explorar o território em busca de antigas civilizações. No século
XIX, foi criado um objeto de estudo das comissões cientificas para organizar as
pesquisas feitas nas “riquezas do país” em áreas como a zoologia, mineralogia,
botânica e etnografia.
Com grandes descobertas de locais onde a arte rupestre estava inserida,
começou a surgir as primeiras teorias de surgimento dessa arte, e atribuíam
aos povos mediterrâneos com analogia do velho mundo. E no século XX, foi
consolidado por diferentes estudos que a autoria da arte rupestre foi feita por
grupos locais. Os estudos sistemáticos da arte rupestre no Brasil ganharam
muita força no século XX, precisamente, no ano de 1970 com o
acompanhamento da arqueologia profissional no país. A escola francesa teve
uma forte influência na sistemática na execução da arte rupestre, era feita
levantamentos por fotografia/ou decalque e análises morfológicas do corpus
gráfico. E com os dados referentes dos estudos nas escavações, foi possível
estabelecer as cronologias.
A cronologia da arte rupestre brasileira ainda se ressente do baixo número de
datações, que pode ser explicado pelas características intrínsecas da matéria
de estudo, ou ainda, pela ausência de camadas arqueológicas, sobretudo em
sítios localizados nas margens de rios ou assentes sobre base rochosa.
A arte rupestre está presente em todos os continentes, exceto na Antártida, por
conta do clima e a inexistência de seres humanos nesses locais muito frio, e no
Brasil distribui-se por todos os estados da Federação, principalmente no Mato
grosso. Para ter acesso a informações sobre os sítios da arte rupestre no
Brasil, consultar o Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos (CNSA) do
IPHAN (IPHAN, 2017b). Os sítios de arte rupestre, assim como os sítios
arqueológicos de outras categorias, integram o patrimônio cultural do país, nos
termos do artigo 216 da Constituição de 1988 (BRASIL, 1988)
 REFERÊNCIAS

VIANA, Verônica; BUCO, Cristiane; SANTOS, Thalison dos; SOUSA, Luci

Danielli. Arte rupestre. In: GRIECO, Bettina; TEIXEIRA, Luciano; THOMPSON,
Analucia (Orgs.). Dicionário IPHAN de Patrimônio Cultural. 2. ed. rev. ampl.
Rio de Janeiro, Brasília: IPHAN/DAF/Copedoc, 2016. (verbete). ISBN 978-85-
7334-299-4