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EVIDÊNCIAS ARQUEOLÓGICAS

De todas as áreas do conhecimento que estejam envolvidas com o estudo do


homem e sua origem, seja elas: História, Geografia, Filosofia, Artes, Biologia,
etc.; somente o estudo da arqueologia é a única que pode eventualmente dar o
marco temporal preciso da origem, por exemplo, da chegados dos primeiros
humanos nas Américas. Mesmo os estudos tendo outros indicadores, como a
diversidade linguísticas e molecular, elas podem ter uma base de quando
ocorreu o fenômeno, porém, essas estimativas são imprecisas. Em suma,
quando a gente se releve a origem do homem moderno nas américas,
dependemos completamente da arqueologia.
A uma discussão que se trata de quando chegou os primeiros Americanos ao
Novo Mundo, dividida em 2 concepção: Um lado os Clovista, de outro os pré-
Clovista. Para os Clovistas, os primeiros vestígios humanos (fatídicos) foram
datados há 11,4 mil anos, que seria a primeira manifestação de um ser humano
no continente da américa. Esses vestígios que foi encontrado, representaria que
os primeiros humanos da américa eram especializados na caça de grandes
animais mamíferos (atualmente extintos), sendo pela a indústria da pedra
lascadas, era uma base acanalada, ou seja, um bico de flauta para facilitar o
acabamento da madeira para ser utilizada na caça. Acredita-se por eles, que o
aparecimento dos homens na América surgiu pelo o Estreito de Bering, os níveis
do mar antigamente oscilavam bastante e pela ação de grandes glaciações
durante o Pleitoceno, onde teria formado caminhos de gelos progressivamente
entres os pólos, fazendo assim um corredor entre a Sibéria e o Alasca. A entrada
deles pelo o estreito de Bering, o deslocamento deles para o Sul teria se dado
também pela américa do norte por alguns corredores de gelos que foram
formados pela glaciação também. Esse modelo de chegada dos primeiros povos
da américa é muito defendia pelo norte-americanos, em razão que os Estados
Unidos têm um peso enorme intelectualmente na produção cientifica.
Nas industrias da Pedra Lascada ao no Equador vemos que é diferente visto do
que ocorre na América do Norte, a vestígios que os primeiros humanos eram
caçadores-coletores, usando amplo recursos vegetais que tinha na época e
caçando animais de pequenos e médio porte das espécies que caracterizavam
a fauna na região. Os Clovista eles recusavam examinar com seriedade a
possibilidade de que poderia existir evidencias humanas antes dos fatídicos
(11,4 mil anos atrás). Já os pré-Clovista acreditavam que existia evidencias
suficiente, para o dogma Clovista estava totalmente enterrado. Porém, esse
grupo dos pré-clovistas não formavam algo homogêneo. Para alguns autores a
ocupação se daria por volta de 13 ou 14 mil anos e para outros, a ocupação
poderia ter sido no mínimo de 30 a 40 mil anos.
Esse debate teve um grande impulso nos finais dos anos noventas (1997),
quando Tom Dillehay, da universidade do Kentuchuy, dos Estados Unidos,
publicou vários relatos de detalhes das escavações no sitio de Monte Verde, no
sul do Chile, que sem duvidas os homens estiveram presente naquela região
pelo menos 12,3 mil anos. E alguns especialistas continuavam a ser resistentes
em aceitar esses vestígios da presença do homem no Monte Verde em tempos
pré-clovistas, e certamente a posição dos pré-clovistas ficou solida a partir das
evidências de Tom.
Outra descoberta arqueológica que teve grandes arrepios nos Clovistas foi em
1996, numa revista feita por vários colaboradores e colocava uma ocupação na
floresta amazônica datada em 11,3 mil anos. As pesquisas no abrigo do Pedra
Pintada, no Pará, revelaram que os primeiros homens interagiram com a
paisagem muito similar dos restantes, eram caçadores-coletores. Recentemente
um grupo de jovens pesquisadores, reportou em Belém, datações de primeiros
homens cerca de 200km de Pedra Pintada, com cerca de 11,6 mil anos.
Como o homem pode ter chegado à América do Norte, se os humanos já estava
presente na Amazonia quase do mesmo tempo do aparecimento dos primeiros
povos da América do Norte? Então Roosevelt, escolheu um modelo (pré-clovista)
e oficializou nas esferas acadêmicas, que o homem deve ter chegado ao novo
mundo antes de 11,4 mil anos, mas não muito antes, estimativas de Roosevelt
para a entrada dos humanos no extremo norte da américa gira em torno de 13
mil anos.
• Brasil

A primeira escavação profissionalmente no Brasil que gerou evidencias de que


o homem poderia estar na américa antes de 11,4 anos foi em Lapa Vermelha,
em Minas Gerais. Foi uma missão franco-brasileira nos anos 1970 sob a
coordenação de Annete Laming-Emperaire, uma grande historiadora da época,
foi ela a responsável por ter encontrado os fosseis de Luzia, em 1975 no mesmo
local, suas escavações chegaram cerca de 14 metros abaixo da superfície. Esse
fóssil tem uma idade estipulada de 11.243 a 11.170 anos, e é considerado o mais
antigo da américa do sul.
Um sitio escavado na borda de carste de Lagoa Santa, especificamente na serra
do Cipó, no final dos anos 1970, teve evidencias carbônicas de uns 11,9 mil
anos. O abrigo de Santa do Riacho, foi utilizado pelos americanos como
cemitérios, e a partir de 9 mil anos, com os grandes sepultamentos e entre 8,5
mil e 8 mil anos, gerou uma camada de cinzas, carvões e algumas lascas
produzida pelo o material corante extraído pela hematita.
Outro sitio que foi estudado pela UFMG , foi a Lapa do Boquete, localizado em
Minas Gerais, no vale do rio Peruaçu, teve evidencias de pedras e artefatos com
datação de 12 mil anos, porém, muitos pesquisadores questionam essa datação,
mas vale ressaltar que também pode ter sido usado naturalmente pela ação das
forças da natureza antes de eles chegasse na região e apenas colheram tal
“instrumento”, por isso uma datação bem antiga.
Em suma, podemos afirmar que os conjuntos de datações obtidas na América
do Sul, podemos dizer que os humanos chegaram ao Novo mundo antes da
cultura de Clovis, no território que hoje chamamos de EUA, por volta de 11,4 mil
anos e não antes que isso. Se o homem americano (do Sul) por volta de 12 mil
anos, é bem que tenha chegado ao norte por volta de 13 ou 14 mil anos,
considerando a autonomia da expansão dos grupos de caçadores-coletores.

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