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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA


CONSELHO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO
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COORDENAÇÃO DO CURSO DE HISTÓRIA


DISCIPLINA: PRÁTICA DE ENSINO II: METODOLOGIA DO ENSINO DE
HISTÓRIA
PROFESSORA MSC: LAIANA PEREIRA DOS SANTOS
ACADÊMICO: THALISON DIOADA SOARES COSTA

ATIVIDADE PRÁTICA 2 – Parte I e II

Parte I

Faça uma breve pesquisa e relate sobre a atual situação de acessibilidade para
surdos no cenário dos museus brasileiros.

O censo de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),


existem cerca de 10 milhões de pessoas surdas no Brasil, compreendendo
cerca de 5% da população, sendo 2,7% de pessoas que não escutam nada. A
população do Brasil podemos caracterizá-la como segregacionista, até hoje a
maioria da população tem esse pensamento de segregar diferentes grupos de
pessoas.
Os surdos são um dos grupos segregados tanto na sociedade e como um todo
(instituição, escola, trabalho etc.) e no meio dos museus espalhados pelo brasil
não é diferente, alguns tem a acessibilidade ideal e outros nem tanto. Isso
acontece por conta que no século XX, os museus já estavam se tornando
populares e era voltada apenas para a maioria dos grupos humanos (não
deficientes) e atualmente alguns grupos estão sendo incorporados nos
museus, porém, os museus ainda têm muita dificuldade não só na parte
arquitetônica, mas também no acesso das informações da instituição e dos
acervos.
No Brasil existem normas para os museus e espaços culturais em geral, devem
apresentar acessibilidade para as pessoas surdas e qualquer tipo de pessoa
com deficiências.

“a) livres de barreiras que impeçam o acesso aos


equipamentos ou tornem o caminho inseguro ou
perigoso”; b) atendimento especializado em LIBRAS
e por meio de articulador orofacial, devidamente
sinalizado e divulgado em todo material promocional;
c) planos ou mapas táteis ou maquetes com a
descrição de seus espaços; d) gravações com a
descrição dos ambientes, dos percursos e roteiros
dos pontos de interesse e das obras; e) exemplares
de libretos e programas, de eventos e exposições,
em braile e em tipos ampliados; f) etiquetas e textos
com versões em braile e em tipos ampliados, fixados
de forma a poderem ser lidos tanto por pessoas que
estejam em pé, como por pessoas sentadas; g)
serviço especializado de acompanhante para servir
de guia a pessoas com deficiência visual e surdo-
cegos devidamente divulgado, em meio sonoro ou
tátil e sinalizado; h) outras formas de interação e
conhecimento das obras de arte expostas, tais como
réplicas em escala reduzida ou a descrição dos
trabalhos em locução.” (Normas Brasileiras, 2008,
p.9)

Com todas essas normas presentes nos museus Brasileiros, o brasileiro ainda
tem uma ideia de que apenas colocar uma legenda em português é suficiente
para as pessoas surdas, ou seja, o brasileiro tenta de qualquer forma ajeitar as
coisas com gambiarras (não que seja algo errado), mas nem tudo é resolvido
com uma gambiarra, elas precisam mais do que apenas frases em baixo da
obra de arte. Mesmo com legislação e do compromisso dos museus com a
acessibilidade, existem muito problemas em relação a eles, principalmente
questão de tampar o buraco com uma fita e achar que estar tudo resolvido, as
pessoas com deficiência auditiva precisam de todas as normas cumpridas.
REFERÊNCIAS

CHALHUB, T.; BENCHIMOL, A.; ROCHA, L. Acessibilidade e Inclusão: A


Informação em Museus para Surdos. ENANCIB. 2015.

IBGE. Censo Demográfico 2021 – Características Gerais da População,


Religião e Pessoas com Deficiências. Rio de Janeiro. 2021

SARRAF, V.P. Reabilitação do Museu: Políticas de Inclusão Cultural por


Meio da Acessibilidade. Dissertação de Mestrado – USP. 2008.
Parte II

Visita às exposições virtuais do Arquivo Nacional Torre do Tombo. No link


abaixo você será encaminhado (a) a um rico acervo. Selecione a temática da
exposição que mais lhe interessar. Depois faça um breve texto (mínimo 20
linhas; máximo: 30 linhas) relatando como foi essa visita de campo virtual.

Astronomia

A visita virtual do Arquivo Nacional Torre do Tombo foi bastante interessante,


principalmente quando vi uma temática que gosto bastante: A astronomia, é um
objeto de estudo muito interessante e bem complexo (são duas que eu gosto
muito).
A primeira exposição foi uma observação de Galileu, através de um telescópio,
ele apresentou pela primeira vez um desenho da constelação do Cruzeiro do
Sul, hoje também chamada de Crux, é a menor de todas as constelações e foi
a mais importante para o povo do hemisfério sul. Esse desenho estava
presente na Carta de Mestre João, cosmógrafo do rei D. Manuel, esse desenho
teve grande importância pelos exploradores portugueses, onde era usada
como ponto de referência para a navegação. Outro manuscrito que foi
apresentado é o livro da Marinharia, é o livro mais antigo de navegação
conhecido atualmente, ele tem um vasto conteúdo de como eles se localizavam
e sabiam para qual direção era para ir, era utilizados tábuas de declinações
solares, dados sobre os mares, basicamente as noções elementares da
cosmografia, onde é muito bem explicado neste livro. Também na exposição
apresenta uma Galatas de curiosidades matemáticas, onde existem milhares
de ilustrações, com tabelas, desenhos, mapas e instrumentos de medidas,
essa obra sendo feita pelo André de Avelar, onde sua obra abrange varias
temas: Astronomia, astrologia, medicina, matemática e geometria. Toda essa
questão do conhecimento cientifico que Galileu trouxe para os portugueses, a
exposição trouxe um Tratado da Esfera, onde mostra que teve a companhia de
Jesus, no desenvolvimento cientifico em Portugal no século XVI E XVII.
O campo virtual lhe traz vários links de textos e imagens que são bem
interresantes, eu pude ver de perto a carta do Mestre João, vendo cada
detalhe, a forma da escrita e foi uma experiencia muito boa, consegui
entender um pouco mais sobre como era utilizados os astros na localização
dos exploradores portugueses.
REFERÊNCIAS

ARQUIVO NACIONAL DA TORRE DO TOMBO. DGLAF. [S.l.]. GDLAF, 2022.


Disponível em: https://antt.dglab.gov.pt/exposicoes-virtuais-2/astronomia/#. Acesso em:
9 fev. 2022.

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