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Orientação Científica:
Professor Doutor António Miguel Neves da Silva Santos Leite
Professora Doutora Ana Marta das Neves Santos Feliciano
Júri:
Presidente: Professor doutor Francisco Carlos Almeida do Nascimento e Oliveira
Vogal: Professor doutor Ricardo Jorge Fernandes da Silva Pinto
Vogal e orientador: Professor Doutor António Miguel Neves da Silva Santos Leite
Documento definitivo
Lisboa, FaULisboa, Março de 2019
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Reabilitação da Quinta da Marquesa em Carnide como Lugar intergeracional
Orientação Científica:
Professor Doutor António Miguel Neves da Silva Santos Leite
Professora Doutora Ana Marta das Neves Santos Feliciano
Júri:
Presidente: Professor doutor Francisco Carlos Almeida do Nascimento e Oliveira
Vogal: Professor doutor Ricardo Jorge Fernandes da Silva Pinto
Vogal e orientador: Professor Doutor António Miguel Neves da Silva Santos Leite
Documento definitivo
Lisboa, FaULisboa, Março de 2019
Documento redigido segundo o novo acordo ortográfico
| IV
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Reabilitação da Quinta da Marquesa em Carnide como lugar intergeracional
V|
TÍTULO | Arquitetura de proximidade entre gerações
| VI
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Reabilitação da Quinta da Marquesa em Carnide como lugar intergeracional
RESUMO
VII |
TITLE | Architecture for proximity between generations
| VIII
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Reabilitação da Quinta da Marquesa em Carnide como lugar intergeracional
ABSTRACT
Keywords
IX |
|X
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Reabilitação da Quinta da Marquesa em Carnide como lugar intergeracional
AGRADECIMENTOS
A realização deste trabalho representa uma etapa a chegar ao fim. Uma etapa
desafiante que apenas foi possivel pelo apoio constante daqueles que me
acompanharam no caminho.
XI |
| XII
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Reabilitação da Quinta da Marquesa em Carnide como lugar intergeracional
| ÍNDICE
RESUMO VII
ABSTRACT IX
AGRADECIMENTOS XI
| ÍNDICE DE FIGURAS XV
| ÍNDICE DE QUADROS XXV
1 INTRODUÇÃO 1
XIII |
2.6 | RELAÇÃO MORFOLÓGICA E TIPOLÓGICA DA ARQUITETURA INTERGERACIONAL 59
2.6.1 | CASOS DE ESTUDO 61
2.7 | SÍNTESE - UM LUGAR PARA TODAS AS GERAÇÕES 75
3 O LUGAR 79
4 A PROPOSTA 103
6 BIBLIOGRAFIA 149
7 APÊNDICES 159
8 ANEXOS 225
| XIV
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Reabilitação da Quinta da Marquesa em Carnide como lugar intergeracional
| ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 3. Arquitetura que permite aos idosos uma uma vivência íntima e digna | De Dre hoven,
Hertzberger - p.18
Fonte: https://i.pinimg.com/originals/30/34/70/303470a40def32d266b39f27b014cd54.jpg
Figura 4. Creche de 1980 | Evidência para uma vivência e aprendizagem coletiva - p.21
Fonte: PROST, Antoine – “Fronteiras e espaços do privado”; in AA.VV. “História da vida
privada, 5: Da Primeira Guerra a nossos dias”; organização Antoine Prost, Gérard Vincent;
tradução Denise Bottmann; Dorothée de Bruchard, posfácio. — São Paulo: Companhia das
Letras, 2009, Volume 5; pág.83.
Figura 5. Vivência e interação social entre idosos quando as atividades e os espaços e são
convidativos para tal | Lar de idosos De Overloop, Hertzberger, 1984, Holanda - p.25
https://analisecriticaarquitetura.wordpress.com/2015/06/26/arquitetura-coletiva-para-
especificos-gero-habitacao/
(adaptada pela autora)
Figura 7. (à direita) Apropriação do mesmo espaço para o convívio pontual | Lar de idosos De
Overloop, Hertzberger, 1984, Holanda - p.28
https://analisecriticaarquitetura.files.wordpress.com/2015/06/b-new-doc-2_9-2.jpg
XV |
Figura 9. (em baixo) Planta esquemática do falanstério de Fourier - p.30
Fonte: http://www.historia.uff.br/nec/sites/default/files/Fourier.pdf
Figura 11. (à esquerda) Planta de localização do bloco social habitacional Kensal house |
Projeto de Maxwell Fry e Elizabeth Denby | Londres, 1936 - p.34
Fonte: http://www.hiddenarchitecture.net/2017/09/gender-resistance-kensal-house.html
Figura 19. (em baixo, à direita) Planta orgânica do infantário Steiner Nant-Y-Cwm | baseado
na tipologia do método Waldorf | País de Gales, 1979 - p.36
Fonte: BIGODE, Luísa – “Espaços para a infância” – O projecto centrado na criança”; Lisboa:
IST, 2013; Tese de Mestrado, pág.29.
Figura 21. (em cima, à direita) Sala de aula do Jardim-Escola João de Deus na Avenida Álvares
Cabral | Lisboa, 1917 - p.37
Fonte: http://restosdecoleccao.blogspot.com/2014/09/jardins-escolas-joao-de-deus.html
Figura 22. (em baixo, à direita) Sala polivalente do Jardim-Escola João de Deus na Avenida
Álvares Cabral | Lisboa, 1917 - p.37
Fonte: http://restosdecoleccao.blogspot.com/2014/09/jardins-escolas-joao-de-deus.html
Figura 23. (em cima) Planta do hospital Laboisière | Paris, 1839 - p.41
Fonte: QUEVEDO, Ana –– “Residências para idosos: critérios de projeto”; Porto Alegre:
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, 2002;
Programa de pesquisa e pós-graduação em arquitetura; pág.41.
| XVI
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Reabilitação da Quinta da Marquesa em Carnide como lugar intergeracional
Figura 24. Sanatório de Waiblingen | Projetado por Richard Dõcker | 1926 - p.41
https://journals.openedition.org/insitu/11102
Figura 25. (à esquerda) Fachada principal do lar para idosas de childs & Smith | Evanston,
Ilinóis, 1954 - p.42
Fonte: QUEVEDO, Ana –– “Residências para idosos: critérios de projeto”; Porto Alegre:
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, 2002;
Programa de pesquisa e pós-graduação em arquitetura; pág.45.
Figura 26. (à direita) Planta tipo do lar para idosas de childs & Smith | Ilinóis, 1954 - p.42
Fonte: QUEVEDO, Ana –– “Residências para idosos: critérios de projeto”; Porto Alegre:
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, 2002;
Programa de pesquisa e pós-graduação em arquitetura; pág.46.
Figura 27. Fachada principal do lar Don Orione | Boston, Massachussets, 1954 - p.43
Fonte: QUEVEDO, Ana –– “Residências para idosos: critérios de projeto”; Porto Alegre:
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, 2002;
Programa de pesquisa e pós-graduação em arquitetura; pág.47.
Figura 28. Planta do 2ºandar do lar Don Orione | Massachussets, 1954 - p.43
Fonte: QUEVEDO, Ana –– “Residências para idosos: critérios de projeto”; Porto Alegre:
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, 2002;
Programa de pesquisa e pós-graduação em arquitetura; pág.48.
Figura 29. (em baixo) Ambiente interior do quarto duplo do lar Don Orione | Massachussets,
1954 - p.43
Fonte: QUEVEDO, Ana –– “Residências para idosos: critérios de projeto”; Porto Alegre:
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, 2002;
Programa de pesquisa e pós-graduação em arquitetura; pág.49.
Figura 30. (em cima, à esquerda) Ambiente interior das residências das casas Needham de
Wiliam Hoskins Brown Associates | Divisória parcial da habitação | Nedham, Massachusetts,
1962 - p.44
Figura 31. (em cima, à direita) Plantas tipo das residências duplas das casas Needham |
Massachusetts, 1962 - p.44
Figura 32. (em baixo à esquerda) Fachada externa do conjunto das casas Needham |
Massachusetts, 1962 - p.44
Fonte: QUEVEDO, Ana –– “Residências para idosos: critérios de projeto”; Porto Alegre:
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, 2002;
Programa de pesquisa e pós-graduação em arquitetura; pág.54.
Figura 33. (em baixo à direita) Ambiente do pátio interno da peninsula volunteers de Skidmore,
Owings e Merrill | Vista da galeria exterior interna | Menlo Park, Califórnia, 1962 - p.44
Fonte: QUEVEDO, Ana –– “Residências para idosos: critérios de projeto”; Porto Alegre:
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, 2002;
Programa de pesquisa e pós-graduação em arquitetura; pág.56.
Figura 34. (à esquerda) Vista da fachada Este das residências para idosos e centro
comunitário | Projeto de usos mistos projetado por Walter Thiem | Alemanha, 1975 - p.45
Fonte: QUEVEDO, Ana –– “Residências para idosos: critérios de projeto”; Porto Alegre:
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, 2002;
Programa de pesquisa e pós-graduação em arquitetura; pág.59.
Figura 35. (à direita) Planta do piso térreo das residências para idosos, centro comunitário e
igreja de Walter Thiem | Alemanha, 1975 - p.45
Fonte: QUEVEDO, Ana –– “Residências para idosos: critérios de projeto”; Porto Alegre:
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, 2002;
Programa de pesquisa e pós-graduação em arquitetura; pág.58.
XVII |
Figura 36. (em baixo) Plantas dos tipos de unidades da peninsula volunteers | Califórnia, 1962
- p.45
Fonte: QUEVEDO, Ana –– “Residências para idosos: critérios de projeto”; Porto Alegre:
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, 2002;
Programa de pesquisa e pós-graduação em arquitetura; pág.57.
Figura 37. Ligação Intergeracional entre as gerações mais afastadas da sociedade - p.50
Fonte: https://www.algarveprimeiro.com/d/municipio-de-lagos-quer-reforcar-relacao-entre-
avos-e-netos/17760-1
Figura 39. Compreensão das gerações através da realização de atividades intemporais - p.53
https://noticias.bol.uol.com.br/fotos/entretenimento/2015/06/19/para-ensinar-criancas-a-
respeitarem-idosos-creche-funciona-dentro-de-asilo.htm
(adaptada pela autora)
Figura 40. Aproximação entre as gerações por um simples contar de uma história - p.54
http://www.50emais.com.br/preconceito-ve-no-envelhecer-um-defeito-que-precisa-de-
conserto/
(adaptada pela autora)
Figura 41. (em cima à esquerda) Implantação das Escolas Apollo | Esquiço do arquiteto |
1983 - p.63
Fonte: http://3.bp.blogspot.com/_96mg-
x8WUig/StxXBTZnWwI/AAAAAAAAAMc/kHGzZGjC9AA/s1600/apollo+9.JPG
Figura 42. (em cima à direita) “Hall-anfiteatro” | Átrio central do piso térreo - p.63
Fonte: http://4.bp.blogspot.com/_96mg-
x8WUig/StxbMBOpmHI/AAAAAAAAAO0/dh7t9NlyI4Y/s1600/Apollo+Schools+-
+Montessori+School+and+Willemspark+School+Amsterdam,+The+Netherlands+4.JP
G
Figura 43. (em baixo à esquerda) Espaço envolvente do átrio central do piso térreo - p.63
Fonte: https://www.flickr.com/photos/krokorr/5473821621/
Figura 45. Planta do piso térreo | Relação das salas de aula com as zonas de estudo
intermédias e o “Hall-anfiteatro” - p.63
Fonte: http://4.bp.blogspot.com/_96mg-
x8WUig/StxYq5d69RI/AAAAAAAAANk/RAUQeqzMG8g/s1600/apollo+5.JPG
Figura 47. Ambiente interior diurno das escolas Apollo | Hall-anfiteatro - p.65
Fonte: http://4.bp.blogspot.com/_96mg-
x8WUig/Stxbg06KFPI/AAAAAAAAAO8/JNRtkeqvo1I/s1600/Apollo+Schools+-
+Montessori+School+and+Willemspark+School,+Amsterdam,+The+Netherlands.JPG
Figura 48. Crianças a usofruir do espaço comum | Escada com 2 níveis de degraus - p.65
Fonte: http://4.bp.blogspot.com/_96mg-
x8WUig/StxYRoNr5lI/AAAAAAAAANM/yEzTHLuhtiI/s1600/Apollo+Schools+-
| XVIII
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Reabilitação da Quinta da Marquesa em Carnide como lugar intergeracional
+Montessori+School+and+Willemspark+School,+Amsterdam,+The+Netherlands+2.J
PG
Figura 49. Planta do piso térreo | Relação dos vários blocos na envolvente - p.66
Fonte: http://hicarquitectura.com/2017/03/herman-hertzberger-housing-for-old-and-disabled-
people/
Figura 50. (em cima, à esquerda) ‘pátio’ | Relação espacial entre os setores - p.67
Fonte: http://hicarquitectura.com/2017/03/herman-hertzberger-housing-for-old-and-disabled-
people/
Figura 51. (em cima, à direita) Ambiente da relação interior-Exterior do ‘pátio’ com o edificado
- p.67
Fonte: http://hicarquitectura.com/2017/03/herman-hertzberger-housing-for-old-and-disabled-
people/
Figura 52. (ao meio, à esquerda) Zona central comum | Polivalência e adaptação dos espaços
- p.67
Fonte: http://hicarquitectura.com/2017/03/herman-hertzberger-housing-for-old-and-disabled-
people/
Figura 53. (ao meio, à direita) Ambiente interior de transição entre espaços | Adaptação ao
espaço por parte do morador - p.67
Fonte: http://hicarquitectura.com/2017/03/herman-hertzberger-housing-for-old-and-disabled-
people/
Figura 54. (em baixo, à esquerda) Ambiente interior de transição para a intimidade do quarto
(‘alpendre’) | Adaptação ao espaço por parte do morador - p.67
Fonte: http://hicarquitectura.com/2017/03/herman-hertzberger-housing-for-old-and-disabled-
people/
Figura 55. (em baixo, à direita) ‘Meias-portas’ | Ambiente interior de transição entre o convívio
e a intimidade - p.67
Fonte: https://analisecriticaarquitetura.files.wordpress.com/2015/06/drie-1.jpg
Figura 56. (em cima, à esquerda) Fachada Sudoeste da residência | evidência do ambiente
ajardinado e da variação de materialidades - p.69
Fonte: http://www.proap.pt/pt-pt/projecto/assisted-living-residences-of-parede/
Figura 57. (em cima, à direita) Jardim de inverno | ambiente interior proporcionado pela
claraboia e as galerias dos vários pisos - p.69
Fonte: https://www.fvarq.com/residencia-parede
Figura 58. (em baixo, à esquerda) Jardim de inverno | Pormenor da divisão de espaços com
uma característica translúcida - p.69
Fonte: https://www.fvarq.com/residencia-parede
Figura 59. (em baixo, à direita) Fachada Oeste da residência | Relação de complementariedade
entre materialidades tão distintas - p.69
Fonte: https://www.fvarq.com/residencia-parede
Figura 60. (em cima, à esquerda) Planta de implantação do centro paroquial e comunitário |
Relação de frontalidade entre os elementos do complexo - p.71
Fonte: http://www.snpcultura.org/obs_13_igreja_santo_antonio_portalegre.html
(adaptada pela autora)
XIX |
Figura 61. (em cima, à direita) Adro do centro paroquial e comunitário | evidência da
simplicidade e dos planos brancos e relação de próximidade tando da cidade como dos
elementos constituintes - p.71
Fonte: http://www.snpcultura.org/obs_13_igreja_santo_antonio_portalegre.html
Figura 62. (em baixo, à esquerda) Ambiente interior da igreja | Relação do edificado com o
material natural existente (rocha) - p.71
Fonte: http://www.snpcultura.org/obs_13_igreja_santo_antonio_portalegre.html
Figura 63. (em baixo, à direita) Adro do centro paroquial e comunitário | Influência da luz no
edificado - p.71
Fonte: http://interioresminimalistas.com/2012/03/21/arquitectura-religiosa-y-minimalismo-
blancos-por-joao-luis-carrilho-da-graca/
Figura 64. Implantação do centro paroquial e comunitário Senhora da Boa Nova - p.73
Fonte: https://www.joaomorgado.com/pt/reportagens/igreja-nossa-senhora-da-boa-nova
Figura 66. (em cima, à direita) Fachada do centro comunitário | Crianças a brincar no recreio
exterior que corresponde à ‘praça’ - p.73
Fonte: https://www.joaomorgado.com/pt/reportagens/igreja-nossa-senhora-da-boa-nova
Figura 67. (em baixo, à esquerda) Praça de envolvência dos três elementos do edificado |
Qualidade das relações interior/exterior - p.73
Fonte: https://www.joaomorgado.com/pt/reportagens/igreja-nossa-senhora-da-boa-nova
Figura 68. (em baixo, à direita) Relação entre o centro paroquial e o edifício da escola primária
- p.73
Fonte: https://www.joaomorgado.com/pt/reportagens/igreja-nossa-senhora-da-boa-nova
Figura 69. Coreto do Alto do Poço (Coreto de Carnide) | 1929 Error! Bookmark not defined.
- p.80
Fonte: http://lisboadeantigamente.blogspot.com/2018/03/coreto-do-alto-do-poco-coreto-de-
carnide.html
Figura 70. Coreto do Alto do Poço (Coreto de Carnide) | 1961 Error! Bookmark not defined.
- p.80
Fonte: http://lisboadeantigamente.blogspot.com/2018/03/coreto-do-alto-do-poco-coreto-de-
carnide.html
Figura 72. Plantas de Júlio A. V. da Silva Pinto, 1908 | Antigo núcleo urbano e quintas - p.88
Fonte: Arquivo Municipal de Lisboa (AML), https://ecarnide.hypotheses.org/carnide-em-lisboa
(adaptada pela autora)
Figura 74. Mapa de usos relevantes para a temática proposta em Carnide - p.90
(elaborado pela autora)
Figura 75. (à esquerda) Ambiência de uma rua do núcleo urbano antigo de Carnide - p.92
Fonte: https://ecarnide.hypotheses.org/carnide-em-lisboa
| XX
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Reabilitação da Quinta da Marquesa em Carnide como lugar intergeracional
Figura 78. (em cima) Evidência do caminho preexistente como ligação longitudinal do terreno
| Plantas de Júlio A. V. da Silva Pinto, 1908 - p.98
Fonte: Arquivo Municipal de Lisboa (AML), https://ecarnide.hypotheses.org/carnide-em-lisboa
(adaptada pela autora)
Figura 79. (em baixo) Vista aérea atual da Quinta da Marquesa - p.98
Fonte: https://www.google.pt/maps
(adaptada pela autora)
Figura 81. (em baixo) Evolução morfológica da Casa senhorial da Quinta - p.100
(Registo gráfico da autora)
Figura 82. (à esquerda) Quinta da Marquesa de Dentro e parte do seu terreno | Fotografia
aérea - p.100
Fonte: https://www.bing.com/maps/aerial
Figura 84. Situação atual da Fachada da Casa Senhorial da Quinta da Marquesa - p.101
(Fotografias da autora)
Figura 87. Alçado Principal incluindo a intervenção nova proposta e as gerações a que se
destina | Rua do Norte - p.104
(Registo gráfico da autora)
Figura 88. Esquema das relações entre as gerações para criar um lugar intergeracional - p.106
(elaborado pela autora)
XXI |
Figura 93. (à direita) Caminho pré-existente em direção ao portão secundário - p.110
(Fotografia da autora)
Figura 94. Variedade dos percursos propostos | Relação com as zonas verdes e com a água
- p.111
(Registo gráfico da autora)
Figura 100. Praças e largos exteriores propostos que criam relação com a comunidade - p.116
(Registo gráfico da autora)
Figura 101. Relação harmoniosa entre o conjunto de núcleos e a praça central - p.118
(desenho elaborado pela autora)
Figura 103. Planta esquemática do piso inferior do núcleo pré-existente | Zonas de estar, salas
polivalentes, galerias e café - p.121
(Registo gráfico da autora)
Figura 104. Planta esquemática do piso superior do núcleo pré-existente | Zonas de estar,
salas polivalentes, galerias e zona administrativa - p.121
(Registo gráfico da autora)
Figura 106. Fachada exterior do Hospital do Mar | Pinearq, 2015, Boubadela - p.122
Fonte: https://www.hospitaldomar.pt/lisboa/pt/
Figura 107. Corte transversal esquemático da relação entre os dois corpos principais |
Evidência para os Pés-direitos totais nas zonas de circulação com a entrada de luz zenital nos
pisos superiores; e para os variados níveis de entrada - p.123
(Registo gráfico da autora)
Figura 108. (à esquerda) Imagem do projeto | Vista para a galeria de circulação interior do
nível inferior parcialmente enterrado do núcleo escolar - p.123
(Registo gráfico da autora)
Figura 109. (à direita) Imagem do projeto | Vista para a galeria de circulação interior do nível
térreo do núcleo habitacional - p.123
(Registo gráfico da autora)
| XXII
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Reabilitação da Quinta da Marquesa em Carnide como lugar intergeracional
Figura 111. Planta esquemática da entrada principal no nível intermédio do núcleo escolar |
Receção e átrio de entrada com uma relação direta para a zona de refeições para as crianças
da creche - p.124
(Registo gráfico da autora)
Figura 112. (à esquerda) Planta esquemática parcial do nível inferior parcialmente enterrado
do núcleo escolar | Salas do Jardim de infância - p.124
(Registo gráfico da autora)
Figura 113. (à direita) Planta esquemática parcial do nível intermédio do núcleo escolar | Salas
do ensino básico - p.124
(Registo gráfico da autora)
Figura 114. Planta esquemática parcial do nível inferior do núcleo escolar | Refeitório aliado a
um átrio de saída para o exterior - p.125
(Registo gráfico da autora)
Figura 115. (à direita) Planta esquemática parcial do nível inferior do núcleo escolar | Anfiteatro
exterior de acesso ao ginásio das crianças com duplo pé direito - p.125
(Registo gráfico da autora)
Figura 116. (à esquerda) Corte transversal temático do volume a Oeste do núcleo escolar |
Sala do jardim de infância no nível inferior e sala da creche no nível intermédio - p.125
(Registo gráfico da autora)
Figura 117. (à direita) Corte transversal temático do volume a Este do núcleo escolar | Salas
do ensino básico com as zonas de transição - p.125
(Registo gráfico da autora)
Figura 118. Galeria de recreio interior com uma zona de transição das crianças no jardim de
infância com cacifos e outros recantos para estar - p.126
(desenho elaborado pela autora)
Figura 119. Arcada exterior da escola João de Deus | Alvaro Siza Vieira, 1991, Penafiel - p.127
Fonte: https://www.flickr.com/photos/josecarlosmelodias/5926477354
Figura 120. Galeria exterior do nível inferior | Relação com as salas do jardim de infância -
p.127
(desenho elaborado pela autora)
Figura 121. Galeria exterior do nível intermédio | Relação com as salas do ensino básico -
p.127
(desenho elaborado pela autora)
Figura 123. Entrada principal do núcleo habitacional | Largo da Residência com vista para o
Jardim interior - p.128
(desenho elaborado pela autora)
XXIII |
Figura 125. Entrada principal do núcleo habitacional | Vista da galeria interior para o jardim
iterior - p.129
(desenho elaborado pela autora)
Figura 126. (em cima, à esquerda) Imagem do projeto | Vista da entrada com acesso direto à
praça intergeracional exterior - p.130
(Registo gráfico da autora)
Figura 127. (em cima, à direita) Imagem do projeto | Vista da entrada para o largo da
residência com a comunidade - p.130
(Registo gráfico da autora)
Figura 128. (em baixo, à esquerda) Imagem do projeto | enquadramento da zona de refeições
com a galeria interior - p.130
(Registo gráfico da autora)
Figura 129. (em baixo, à direita) Imagem do projeto | Vista da galeria para a entrada
relacionada com o jardim interior - p.130
(Registo gráfico da autora)
Figura 130. (à esquerda) Planta esquemática parcial do nível inferior do núcleo habitacional |
Átrio de entrada da residência como distribuidor dos restantes espaços - p.131
(Registo gráfico da autora)
Figura 131. (à direita) Planta esquemática parcial do nível inferior do núcleo habitacional |
Relação dos quartos com acesso direto ao exterior - p.131
(Registo gráfico da autora)
Figura 132. Quarto do lar de Peter Rosegger com recantos que permitem a apropriação pessoal
do espaço | Dietger Wissounig Architekten, 2014, Áustria - p.131
Fonte: https://analisecriticaarquitetura.wordpress.com/2015/06/26/arquitetura-coletiva-para-
especificos-gero-habitacao/
Figura 133. Planta esquemática parcial do nível intermédio do núcleo habitacional | Relação
dos quartos com a sala de estar no cruzmento dos dois volumes | evidência para a variedade
de zonas de estadia e descanso acessiveis ao longo da galeria interior - p.132
(Registo gráfico da autora)
Figura 134. Corte transversal esquemático do núcleo habitacional | Relação dos quartos com
a galeria interior através das zonas de transição - p.132
(Registo gráfico da autora)
Figura 135. ‘meia-porta’ na zona de transição entre a galeria e o quarto do lar De Overloop |
Hertzberger, 1984, Holanda - p.132
Fonte: https://analisecriticaarquitetura.wordpress.com/2015/06/26/arquitetura-coletiva-para-
especificos-gero-habitacao/
Figura 136. Galeria interior de circulação do nível superior do núcleo habitacional | Evidência
para os vários espaços de estadia aliados às zonas resguardadas de transição para os quartos
(desenho elaborado pela autora) - p.133
Figura 137. Galeria interior de circulação do nível inferior do núcleo habitacional | Variação
dos planos das fachadas para a criação de espaços exteriores e interiores que se relacionam
em termos de vistas - p.133
(desenho elaborado pela autora)
| XXIV
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Reabilitação da Quinta da Marquesa em Carnide como lugar intergeracional
Figura 141. Vista para para a praça intergeracional exterior a partir do nível superior do espaço
Multiusos - p.135
(desenho elaborado pela autora)
Figura 146. Vista para para a praça intergeracional exterior a partir da zona da piscina no nível
inferior - p.138
(desenho elaborado pela autora)
Figura 148. Corte transversal parcial do terreno | Relevância do anfiteatro exterior como
elemento de ligação dos espaços - p.139
(Registo gráfico da autora)
| ÍNDICE DE QUADROS
Quadro 1. Censos de Carnide (2001) | evidência da elevada pupulação adulta e idosa face à
infantil e juvenil - p.89
(elaborado pela autora, baseado em dados estatísticos da Freguesia)
https://www.jf-
carnide.pt/xms/files/FREGUESIA/A_FREGUESIA/ESTATISTICAS/Censos_Carnide_2001.pdf
XXV |
| XXVI
1 INTRODUÇÃO
1|
INTRODUÇÃO
|2
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Reabilitação da Quinta da Marquesa em Carnide como lugar intergeracional
1
AA.VV. – “Dinâmicas Demográficas e Envelhecimento Da População Portuguesa (1950-2011):
Evolução e Perspectivas”; Direção Mário Leston Bandeira; Lisboa: Fundação Francisco Manuel dos
Santos, 2014; pág.17.
3|
INTRODUÇÃO
Tema e problemática
Uma zona que é familiar e com a qual tenho contacto diariamente, em que
está presente toda esta diversidade económica, tipológica e social, é a Freguesia
de Carnide, que por todos os seus avanços e recuos ao longo do tempo se tornou
numa zona confusa e com elevadas discrepâncias quer nos tipos de edifícios quer
nas pessoas que lá habitam.
|4
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Reabilitação da Quinta da Marquesa em Carnide como lugar intergeracional
5|
INTRODUÇÃO
Objetivos e questões de trabalho
Com isto surgem questões tais como: Será que é possível fazer com que
estas realidades sejam compatíveis? Como podemos construir uma relação de
solidariedade entre gerações com ideias tão diferentes? E em relação ao projeto,
como podemos articular as necessidades básicas de cada geração, sendo
gerações tão distintas e afastadas pelo tempo?
Por fim, vai ser importante criar e redesenhar espaços exteriores que
consigam estabelecer relações entre os vários equipamentos propostos e a
envolvente e que enfatizem o propósito intergeracional do lugar.
|6
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Reabilitação da Quinta da Marquesa em Carnide como lugar intergeracional
1.3 | METODOLOGIA
7|
INTRODUÇÃO
Metodologia e Estrutura
1.4 | ESTRUTURA
Numa segunda fase são expostas as ideias acerca das gerações infantil e
sénior, e das instituições às quais estão associadas, numa visão histórica e
temporal em separado e em conjunto, para melhor compreender qual a melhor
abordagem para o projeto.
|8
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Reabilitação da Quinta da Marquesa em Carnide como lugar intergeracional
complementada com casos de estudo que ajudam a uma melhor perceção das
caracteristicas espaciais dos programas específicos propostos.
Por último, ainda nesta componente, é realizada uma síntese que servirá
de ponto de partida para a componente prática a seguir desenvolvida.
9|
| 10
2 ARQUITETURA DE PROXIMIDADE
ENTRE GERAÇÕES
Octavio Paz
11 |
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
| 12
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Reabilitação da Quinta da Marquesa em Carnide como lugar intergeracional
2
AA.VV. – “Dinâmicas Demográficas e Envelhecimento Da População Portuguesa (1950-2011):
Evolução e Perspectivas”; Direção Mário Leston Bandeira; Lisboa: Fundação Francisco Manuel dos
Santos, 2014; pág.17.
3
AA.VV. – “Dinâmicas Demográficas e Envelhecimento Da População Portuguesa (1950-2011):
Evolução e Perspectivas”; Direção Mário Leston Bandeira; Lisboa: Fundação Francisco Manuel dos
Santos, 2014; pág.50.
13 |
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Contexto sociodemográfico em Portugal
4
AA.VV. – “Dinâmicas Demográficas e Envelhecimento Da População Portuguesa (1950-2011):
Evolução e Perspectivas”; Direção Mário Leston Bandeira; Lisboa: Fundação Francisco Manuel dos
Santos, 2014; pág.18.
5
Maria João Valente Rosa – “O Envelhecimento da Sociedade Portuguesa”; Coleção “Ensaios da
Fundação Francisco Manuel dos Santos”; Lisboa: Fundação Francisco Manuel dos Santos, 2012; pág.27.
6
AA.VV. – “Dinâmicas Demográficas e Envelhecimento Da População Portuguesa (1950-2011):
Evolução e Perspectivas”; Direção Mário Leston Bandeira; Lisboa: Fundação Francisco Manuel dos
Santos, 2014; pág.426.
| 14
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Reabilitação da Quinta da Marquesa em Carnide como lugar intergeracional
7
Maria Clotilde Barbosa Nunes Maia de Carvalho – “Relações Intergeracionais Alternativa para minimizar
a exclusão social do idoso”; REVISTA PORTAL de Divulgação, n.28. Ano III. Dez. 2012; Pág.84.
8
Jorge Matias - Extratos de: “Sociedade Solidária”; A. Bruto da Costa – 1995; pág.1.
15 |
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Arquitetura para uma sociedade mais solidária
Por outro lado, o valor social atribuído à idade não vai desaparecer, sendo
jovens, adultos/ativos, ou idosos, pois apesar de sermos a mesma pessoa, temos
uma participação social diversa consoante a etapa que estamos a viver. O
problema, é que esse valor generalizado do conhecimento não liga às reais
capacidades dos indivíduos. Por essa razão, o mais importante não é arranjar
formas de combater o envelhecimento demográfico, mas sim tentar minimizar as
dificuldades inerentes que isso traz, procurando maneiras que possam potenciar
9
Maria João Valente Rosa – “O Envelhecimento da Sociedade Portuguesa”; Coleção “Ensaios da
Fundação Francisco Manuel dos Santos”; Lisboa: Fundação Francisco Manuel dos Santos, 2012; pág.14.
10
Jorge Matias - Extratos de: “Sociedade Solidária”; A. Bruto da Costa – 1995; pág.1.
11
Vera Pacheco de Miranda de Sanches Osório – “Um Habitar entre gerações; A Reabilitação da Quinta
de Santa Theresa como Lugar Intergeracional”; Lisboa: Faculdade de Arquitetura, março de 2016;
Dissertação/projeto de Mestrado; pág.12.
12
Jorge Matias - “Reinventar a Solidariedade”; vd. Público, 2016; pág.1.
| 16
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Reabilitação da Quinta da Marquesa em Carnide como lugar intergeracional
13
Maria João Valente Rosa – “O Envelhecimento da Sociedade Portuguesa”; Coleção “Ensaios da
Fundação Francisco Manuel dos Santos”; Lisboa: Fundação Francisco Manuel dos Santos, 2012;
pág.14-15.
14
Político Alemão e membro do Parlamento Europeu no período de 2009 a 2014.
15
ATUALIDADE, Parlamento Europeu – “2012: Ano Europeu do Envelhecimento Activo e da Solidariedade
entre Gerações. Disponível em: http://www.europarl.europa.eu/news/pt/headlines/eu-
affairs/20120106STO34946/2012-ano-europeu-do-envelhecimento-activo-e-da-solidariedade-entre-
geracoes [consultado a 20-09-2018].
17 |
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Arquitetura para uma sociedade mais solidária
16
Herman Hertzberger nasceu a 6 de julho de 1932 em Amesterdão, e é considerado um arquiteto
holandês contemporâneo de destaque. É também professor emérito e foi o último arquiteto holandês a
receber a medalha real de ouro.
17
Herman Hertzberger – “Social Architecture”; DRIE, sfuduthdesign.ca; 2015. Disponível em:
https://vimeo.com/133877065?ref=em-share [consultado a 23-07-2018]. Tradução livre. Citação
original: “Some call me social architect (…) but I’m just after dignity of people (…). The dimensions
should be based on the life, and those dimensions are completely gone in architecture, many
architecture manipulations today are not making or giving people more dignity (…). Architects
should make people better, with the scale of where they are and what they are doing, so that they
come to the best appearance and spiritual feeling.”.
| 18
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Reabilitação da Quinta da Marquesa em Carnide como lugar intergeracional
18
"VIVÊNCIA", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-
2013, https://dicionario.priberam.org/VIV%C3%8ANCIA [consultado a 21-09-2018].
1. Processo ou manifestação de estar vivo. = VIDA
2. Experiência ou modo de vida.
19 |
AS GERAÇÕES NA SOCIEDADE E NA FAMILIA
A geração infantil
passam mais tempo nas suas casas e que as crianças, de um modo geral,
passam mais tempo na escola.
A par do sítio onde passam mais tempo, a casa faz parte da sua rotina e
consequentemente influencia a sua vida. Antigamente a noção de habitação não
implicava nenhum grau de parentesco, era o sítio onde habitava um agregado de
pessoas que partilhavam as atividades domésticas e que tinham possivelmente
um trabalho comum. Para além disso a funcionalidade dos diferentes espaços da
casa não era delineada, existindo ocasionalmente uma coincidência de usos. Só
a partir do séc.XIX é que surge uma transição para a privacidade, como uma
inovação na organização social, por parte da burguesia.19
19
António Santos Leite – “A Casa Romântica: Uma Matriz para a Contemporaneidade”; Lisboa:
Caleidoscópio, 2015; pág.46.
| 20
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Reabilitação da Quinta da Marquesa em Carnide como lugar intergeracional
Por essa razão, para esta geração mais nova, a adaptação ao espaço
habitacional é fundamental nas suas vivências, por ser um espaço de interação
familiar e conseguir fornecer um sentimento de pertença, conforto e segurança.
21 |
AS GERAÇÕES NA SOCIEDADE E NA FAMÍLIA
A geração infantil – A vivência por parte das crianças
migratórios que iam acontecendo, a relação dos pais com os filhos vai sendo cada
vez mais escassa, o que proporciona uma reaproximação dos avós face às
crianças e ao espaço familiar, algo que se tinha perdido com a privatização do lar,
e que passa a ser imprescindível na base famíliar.20
Mais tarde, com o acentuar das divisões privadas dentro de casa e com
as inovações tecnológicas, as crianças mudam de entretenimentos e começam a
passar mais tempo em casa, nos sítios privados a elas destinados, o que faz com
que, não só a ‘rua’ perca a definição de ‘recreio’ que tinha até então, como deixa
de existir a socialização com as outras crianças fora do tempo escolar.
Hoje, crianças e jovens vivem perante uma incerteza social marcada pela
transitoriedade, que é frágil e se transforma com facilidade, levando a uma
instabilidade que afeta tanto as relações pessoais como o trabalho futuro.21 Assim,
para um adequado desenvolvimento da criança é fundamental que esta, entre os
2 e os 7 anos, tenha um contato ativo com alguém adulto que transmita os
ensinamentos essenciais.22
20
Vera Pacheco de Miranda de Sanches Osório – “Um Habitar entre gerações; A Reabilitação da Quinta
de Santa Theresa como Lugar Intergeracional”; Lisboa: Faculdade de Arquitetura, março de 2016;
Dissertação/projeto de Mestrado; pág.23.
21
AA.VV. – “Dinâmicas Demográficas e Envelhecimento Da População Portuguesa (1950-2011):
Evolução e Perspectivas”; Direção Mário Leston Bandeira; Lisboa: Fundação Francisco Manuel dos
Santos, 2014; pág.172.
22
Cristina Maria Nunes de Oliveira – “Relações intergeracionais: um estudo na área de Lisboa”; Lisboa:
Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, 2011; Dissertação de Mestrado; pág. 9.
23
“Arquitectura Viva - Primera infância – Doce escuelas en España, dos en Italia e dos en Japón”; In Rv.
nº126, 2009; pág.3. Tradução livre. Citação original: “Si nuestra sociedad ha de regenerarse, debe
comenzar por la primera infancia.”.
| 22
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Reabilitação da Quinta da Marquesa em Carnide como lugar intergeracional
Por outro lado, mesmo neste tempo, em certos assuntos mais perto do
final da vida, a velhice era também tomada como um fardo ou até repudiada,
associada à falta de capacidade motora, levando já ao abandono dos idosos.
Situação que se intensificou entre o séc.XVIII e XIX com a revolução industrial,
pela quantidade de novos trabalhos que exigiam um esforço físico superior ao
‘normal’, para os quais os idosos já não estavam aptos, apesar de serem ainda
ativos e saudaveis, sendo substituídos pelas gerações mais jovens.
24
Maria João Valente Rosa – “O Envelhecimento da Sociedade Portuguesa”; Coleção “Ensaios da
Fundação Francisco Manuel dos Santos”; Lisboa: Fundação Francisco Manuel dos Santos, 2012; pág.20.
23 |
AS GERAÇÕES NA SOCIEDADE E NA FAMLIA
A geração sénior – A vivência por parte dos idosos
Além disso, foi ocorrendo uma certa “(…) inadaptação do idoso aos
padrões ideais estabelecidos pela sociedade (…)”26, pela sua maneira de ser e de
pensar desatualizada que os foi afastando cada vez mais. Todavia, apesar dos
costumes já não serem os mesmos e de existir ainda esta duplicidade de
perspetivas de antigamente em relação à velhice, a capacidade dos idosos está a
transformar-se a par do seu pensamento cada vez mais acessível.27
25
Maria João Valente Rosa – “O Envelhecimento da Sociedade Portuguesa”; Coleção “Ensaios da
Fundação Francisco Manuel dos Santos”; Lisboa: Fundação Francisco Manuel dos Santos, 2012; pág.21.
26
Natália Maria Moura Medeiros – “Co.Habite; Uma experiência de habitação para a terceira idade”;
Fortaleza, Brasil, Universidade Federal do CEARÁ; Centro de tecnologia; Curso de arquitetura e
urbanismo; 2017; Trabalho Final de Graduação; pág.20.
27
Maria João Valente Rosa – “O Envelhecimento da Sociedade Portuguesa”; Coleção “Ensaios da
Fundação Francisco Manuel dos Santos”; Lisboa: Fundação Francisco Manuel dos Santos, 2012; pág.21.
28
Maria João Valente Rosa – “O Envelhecimento da Sociedade Portuguesa”; Coleção “Ensaios da
Fundação Francisco Manuel dos Santos”; Lisboa: Fundação Francisco Manuel dos Santos, 2012; pág.20.
29
AA.VV. – “Dinâmicas Demográficas e Envelhecimento Da População Portuguesa (1950-2011):
Evolução e Perspectivas”; Direção Mário Leston Bandeira; Lisboa: Fundação Francisco Manuel dos
Santos, 2014; pág.420 e 421.
30
Maria João Valente Rosa – “O Envelhecimento da Sociedade Portuguesa”; Coleção “Ensaios da
Fundação Francisco Manuel dos Santos”; Lisboa: Fundação Francisco Manuel dos Santos, 2012; pág.22.
| 24
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Reabilitação da Quinta da Marquesa em Carnide como lugar intergeracional
Deste modo, as pessoas idosas não devem ser vistas como inativas, mais
pobres ou menos instruídas que o resto da população, até porque isso não ajuda
à sua autonomia, que é um dos pontos essenciais para um envelhecimento
saudável, sendo uma das suas necessidades básicas, que influenciam aspetos
que necessitam para assumir o controlo da sua vida, como a sua integridade,
dignidade e independência31. O envelhecimento ativo subentende a interação
social, que os torna mais comunicativos e abertos (Fig.5), pressupondo de uma
cultura da idade que defende o direito ao trabalho qualquer que ele seja.”32, e
incentivando a que os idosos façam exercícios “(…) de uma qualquer atividade,
profissional ou outra (de utilidade social ou não).”33.
Com isto, está implícito que a idade não pode nem deve ser um fator que
determine se o idoso pode ou não desempenhar algum tipo de atividade, porque
cada idoso é diferente e a idade já não define a capacidade.
31
Natália Maria Moura Medeiros – “Co.Habite; Uma experiência de habitação para a terceira idade”;
Fortaleza, Brasil, Universidade Federal do CEARÁ; Centro de tecnologia; Curso de arquitetura e
urbanismo; 2017; Trabalho Final de Graduação; pág.24.
32
AA.VV. – “Dinâmicas Demográficas e Envelhecimento Da População Portuguesa (1950-2011):
Evolução e Perspectivas”; Direção Mário Leston Bandeira; Lisboa: Fundação Francisco Manuel dos
Santos, 2014; pág.426.
33
Maria João Valente Rosa – “O Envelhecimento da Sociedade Portuguesa”; Coleção “Ensaios da
Fundação Francisco Manuel dos Santos”; Lisboa: Fundação Francisco Manuel dos Santos, 2012; pág.60.
25 |
AS GERAÇÕES NA SOCIEDADE E NA FAMLIA
A geração sénior – A vivência por parte dos idosos
34
AA.VV. – “Dinâmicas Demográficas e Envelhecimento Da População Portuguesa (1950-2011):
Evolução e Perspectivas”; Direção Mário Leston Bandeira; Lisboa: Fundação Francisco Manuel dos
Santos, 2014; pág.106.
35
AA.VV. – “Dinâmicas Demográficas e Envelhecimento Da População Portuguesa (1950-2011):
Evolução e Perspectivas”; Direção Mário Leston Bandeira; Lisboa: Fundação Francisco Manuel dos
Santos, 2014; pág.107.
36
Maria João Valente Rosa – “O Envelhecimento da Sociedade Portuguesa”; Coleção “Ensaios da
Fundação Francisco Manuel dos Santos”; Lisboa: Fundação Francisco Manuel dos Santos, 2012; pág.22.
| 26
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Reabilitação da Quinta da Marquesa em Carnide como lugar intergeracional
37
Martin Heidegger (1889 – 1976) foi um filósofo, escritor, professor universitário e reitor alemão, que
foi "amplamente reconhecido como um dos filósofos mais originais e importantes do século 20”.
38
Martin Heidegger – “Construir, Habitar, Pensar”; in AA.VV. “Ensaios e Conferências”; Trad. Maria Sá
Cavalcante Schuback; Petrópoles, 2002; pág.128.
39
Martin Heidegger – “Construir, Habitar, Pensar”; in AA.VV. “Ensaios e Conferências”; Trad. Maria Sá
Cavalcante Schuback; Petrópoles, 2002; pág.139.
27 |
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
A instituição – Uma vivência coletiva
um espaço público pode ser habitado, se tiver presente uma ideia de hábito e
repetição que fornece a alguém uma determinada vivência (Fig.6 e 7).
O homem, desde que existe o conceito de ‘familia’ que sabe habitar num
espaço em conjunto, numa habitação, mas habitar num espaço com outros sem
pertencerem ao seu seio familiar já é um pouco diferente, como acontece numa
instituição.
Figura 6. (à esquerda)
Apropriação de um espaço
semi-público exterior para a
realização de uma atividade
pessoal | Lar de idosos De
Overloop, Hertzberger, 1984,
Holanda
40
Ver Capítulo 2.3. “As gerações na sociedade e na família”; pág.19.
41
Marc Augé – “Não-lugares: Introdução a uma antropologia da supermodernidade”; Tradução de Maria
Lúcia Pereira; Brasil: Campinas, SP; Papirus, 1994 – (Coleção Travessia do século).
42
Vera Pacheco de Miranda de Sanches Osório – “Um Habitar entre gerações; A Reabilitação da Quinta
de Santa Theresa como Lugar Intergeracional”; Lisboa: Faculdade de Arquitetura, março de 2016;
Dissertação/projeto de Mestrado; pág.13.
| 28
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Reabilitação da Quinta da Marquesa em Carnide como lugar intergeracional
idoso, ainda que mais perto do fim da vida tendo em conta que as suas ‘casas’
são a sua prioridade.
43
Antoine Prost – “Fronteiras e espaços do privado”; in AA.VV. “História da vida privada, 5: Da Primeira
Guerra a nossos dias”; organização Antoine Prost, Gérard Vincent; tradução Denise Bottmann; Dorothée
de Bruchard, posfácio. — São Paulo: Companhia das Letras, 2009, Volume 5; pág.15.
44
Philippe Ariès – “Para uma história da vida privada”; in AA.VV. “História da Vida Privada: Do
Renascimento ao Século das Luzes”; Dir. de Philippe Ariès e Georges Duby; Trad. Fátima Martins; Porto:
Afrontamento, 1990, Volume 3; pág.8.
45
Philippe Ariès – “História Social da Criança e da Família”; Trad. Dora Flaksman; 2ª Edição. Rio de
Janeiro: Zahar, 1981; pág.274,
29 |
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
A instituição – Uma vivência coletiva
Figura 8. Perspetiva do
falanstério de Charles Fourier
46
Charles Fourier (1772 – 1837) foi um socialista francês da primeira parte do século XIX, considerado
um dos pais do cooperativismo e que se opunha à industrialização.
| 30
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Reabilitação da Quinta da Marquesa em Carnide como lugar intergeracional
fracasso foi inevitável devido ao seu rápido crescimento que cativou muitos que
não estavam preparados.47
47
Historia del mundo contemporáneo – “Falansterio”; Javier; Janeiro de 2016. Disponível em:
http://historietasdeayerydehoy.blogspot.com/2016/01/unidad-3-actividades-imagenes.html [consultado
a 25-09-2018].
48
Vera Pacheco de Miranda de Sanches Osório – “Um Habitar entre gerações; A Reabilitação da Quinta
de Santa Theresa como Lugar Intergeracional”; Lisboa: Faculdade de Arquitetura, março de 2016;
Dissertação/projeto de Mestrado; pág.22.
31 |
A INSTITUIÇÃO – UMA VIVÊNCIA COLETIVA
A instituição para a geração infantil – crescer em comunidade
49
Luis Fernández-Galiano é um arquiteto espanhol, professor universitário na Escola de Arquitetura da
Universidade Politécnica de Madri (ETSAM) e diretor da revista “Arquitetura Viva”.
50
“Arquitectura Viva - Primera infância – Doce escuelas en España, dos en Italia e dos en Japón”; In Rv.
nº126, 2009; pág.3. Tradução livre. Citação original: “Pocos años tan críticos como los primeros del
niño, y acaso pocas influencias tan decisivas como los espacios donde crece: ninguna arquitectura
tiene importancia mayor en nuestro desarrollo que la de las escuelas infantiles, donde nos hacemos
a la vez individuos autónomos y seres sociales, modelados por un entorno construido que nos habla
en silencio.”.
51
“Arquitectura Viva - Primera infância – Doce escuelas en España, dos en Italia e dos en Japón”; In Rv.
nº126, 2009; pág.3, “(…) matriz nutricia (…)”.
| 32
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Reabilitação da Quinta da Marquesa em Carnide como lugar intergeracional
52
“Arquitectura Viva - Primera infância – Doce escuelas en España, dos en Italia e dos en Japón”; In Rv.
nº126, 2009; pág.3,
53
Friedrich Fröbel (1782-1852) era um pedagogo e pedagogista alemão.
54
Pestalozzi (1746-1827) foi um educador suíço que que acreditava que os sentimentos podiam
despertar uma autonomia de instrução na criança,e que por isso era essencial uma educação integral,
que não se baseava apenas no conhecimento, dando valor à disciplina interior moral, o que proporcionou
à criança um afeto especial pela sala de aula, que não era conseguido noutras escolas da época.
55
Márcio Ferrari – “ Friedrich Froebel, o formador das crianças pequenas”; Nova escola, pensadores da
educação; Outubro de 2008; pág. 2.
56
Robert Owen (1771-1858) era um reformista social e foi um importante socialista utópico do Reino
Unido.
57
Luísa Bigode – “Espaços para a infância: o projeto centrado na criança”; Lisboa: IST, 2013; Tese de
mestrado; pág.17. Este instituto era destinado a crianças dos 18 meses aos 10 anos e todo o espaço
era projetado para as mesmas.
58
Ian Donnachie – “Education in Robert Owen’s New Society: The New Lanark Institute and Schools”; in
the encyclopedia of informal education; 2003. Disponível em: www.infed.org/thinkers/et-owen.htm.
33 |
A INSTITUIÇÃO – UMA VIVÊNCIA COLETIVA
A instituição para a geração infantil – crescer em comunidade
modernista projetada para trabalhadores com uma escola infantil, incluída na obra
numa disposição semi-circular em frente ao bloco habitacional, o que a faz manter
um contacto dinâmico, próximo e permanente com um ambiente familiar, e realçar
a importância que têm as crianças numa sociedade em mudança.59 Esta escola
infantil, que por sua vez, foi influênciada pela tipologia de escola infantil “Caryl
Peabody”60 projetada por Gropios61 que enfatizava a divisão das árias funcionais,
59
Mark Dudek – “Kindergarten Architecture: space for the imagination”; London: Spon Press, Second
edition; 2000; pág.36.
60
Projeto que, apesar de relevante na história tipológica escolar, nunca foi construído.
61
Walter Gropios (1883 – 1969) era um Arquiteto alemão, pioneiro da arquitetura moderna, que defendia
os princípios funcionalistas. Em 1919 fundou a escola Bauhaus, uma referência na arquitetura e no
design, e em 1937 foi ainda diretor do curso de arquitetua na Universidade de Harvard.
| 34
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Reabilitação da Quinta da Marquesa em Carnide como lugar intergeracional
62
Le Corbusier (1887-1965) era um arquiteto e artista suíço considerado um dos arquitetos mais
influentes do séc.XX.
63
Luísa Bigode – “Espaços para a infância: o projeto centrado na criança”; Lisboa: IST, 2013; Tese de
mestrado; pág.27.
64
Maria Montessori (1870-1952) era uma médica e pedagoga italiana que através da observação das
crianças, desenvolveu um método que se baseava na atividade e no estímulo das mesmas, criando a
sua primeira escola em itália, a “Casa dei Bambini” (Casa das Crianças), com a tipologia que se espalhou
pelo mundo.
65
Rudolf Steiner (1861-1925) era um fisosofo austríaco, que foi um dos pedagogos pioneiros do início
do sécXX.
66
Luísa Bigode – “Espaços para a infância: o projeto centrado na criança”; Lisboa: IST, 2013; Tese de
mestrado; pág.21.
35 |
A INSTITUIÇÃO – UMA VIVÊNCIA COLETIVA
A instituição para a geração infantil – crescer em comunidade
67
Método que o poeta e pedagogo João de Deus Ramos (1830-1896) desenvolveu pelo problema da
analfabetização do país, que consistia num ensino de leitura que este designou por “Cartilha Maternal”,
por ser um ensino destinado a ser feito pelas mães.
68
Hoje em dia considerada uma IPSS.
69
Restos de Colecção - “Jardins-escolas João de Deus”; Setembro de 2014. Disponivel em:
http://restosdecoleccao.blogspot.com/2014/09/jardins-escolas-joao-de-deus.html [consultado a 24-
11-2018].
| 36
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Reabilitação da Quinta da Marquesa em Carnide como lugar intergeracional
Hoje não se sabe se algum dos métodos acima referidos é o mais correto,
mas independentemente do tipo de ensino, sabe-se que tal como um edifício pode
transmitir sensações diferentes consoante a sua funcionalidade, uma boa escola
deve reforçar e proporcionar a alegria de viver, através de espaços criativos de
aprendizagem que tenham versatilidade para proporcionar à criança uma
‘perceção que complementa o sonho’.
37 |
A INSTITUIÇÃO – UMA VIVÊNCIA COLETIVA
A instituição para a geração infantil – crescer em comunidade
Afirmando assim, que num plano urbano prévio, é aconselhado a que lhes
agreguem, sempre que possível, equipamentos sociais partilhados com as
comunidades locais, desde jardins e parques a outros centros escolares ou de
terceira idade73.
70
Vera Pacheco de Miranda de Sanches Osório – “Um Habitar entre gerações; A Reabilitação da Quinta
de Santa Theresa como Lugar Intergeracional”; Lisboa: Faculdade de Arquitetura, março de 2016;
Dissertação/projeto de Mestrado; pág.36.
71
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO – Programa nacional para o reordenamento da rede escolar do ensino
básico e da educação pré-escolar I e II.
72
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO – “I- Pressupostos de enquadramento do programa nacional para o
reordenamento da rede escolar do ensino básico e da educação pré-escolar”; pág.2.
73
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO – “I- Pressupostos de enquadramento do programa nacional para o
reordenamento da rede escolar do ensino básico e da educação pré-escolar”; pág.2.
74
Vera Pacheco de Miranda de Sanches Osório – “Um Habitar entre gerações; A Reabilitação da Quinta
de Santa Theresa como Lugar Intergeracional”; Lisboa: Faculdade de Arquitetura, março de 2016;
Dissertação/projeto de Mestrado; pág.37.
| 38
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Reabilitação da Quinta da Marquesa em Carnide como lugar intergeracional
75
Michelle Perrot – “Maneiras de habitar”; in AA.VV. “História da Vida Privada: Da Revolução à Grande
Guerra”; Dir. Michelle Perrot; Trad. Armando Luís de Carvalho; Porto: Afrontamento, 1990, Volume 4;
pág.323.
76
Em português: Envelhecer em casa.
77
Ignacio Martin; Gonçalo Santinha; Susana Rito; Rosa Almeida – “Habitação para pessoas idosas:
problemas e desafios em contexto português”; in “Sociologia, Revista da Faculdade de Letras da
Universidade do Porto” (tema: Envelhecimento demográfico); 2012; pág.181. Disponível em:
http://ler.letras.up.pt/uploads/ficheiros/10586.pdf [Consultado a 22-09-2018].
78
Ignacio Martin; Gonçalo Santinha; Susana Rito; Rosa Almeida – “Habitação para pessoas idosas:
problemas e desafios em contexto português”; in “Sociologia, Revista da Faculdade de Letras da
Universidade do Porto” (tema: Envelhecimento demográfico); 2012; pág.179. Disponível em:
http://ler.letras.up.pt/uploads/ficheiros/10586.pdf [Consultado a 22-09-2018].
39 |
A INSTITUIÇÃO – UMA VIVÊNCIA COLETIVA
A instituição para a geração sénior – envelhecer em comunidade
79
Em português: Viver com assistência.
80
Alberto Montoya – “Habitar na Velhice - Evolução dos dispositivos arquitectónicos”; Porto: FAUP,
2010; pág.1.
81
Alberto Montoya – “Habitar na Velhice - Evolução dos dispositivos arquitectónicos”; Porto: FAUP,
2010; pág.2.
82
Alberto Montoya – “Habitar na Velhice - Evolução dos dispositivos arquitectónicos”; Porto: FAUP,
2010; pág.2.
83
Ana María Fenegra Quevedo – “Residências para idosos: critérios de projeto”; Porto Alegre:
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, 2002; Programa de
pesquisa e pós-graduação em arquitetura; pág.34.
84
Ana María Fenegra Quevedo – “Residências para idosos: critérios de projeto”; Porto Alegre:
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, 2002; Programa de
pesquisa e pós-graduação em arquitetura; pág.29.
| 40
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Reabilitação da Quinta da Marquesa em Carnide como lugar intergeracional
85
Ana María Fenegra Quevedo – “Residências para idosos: critérios de projeto”; Porto Alegre:
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, 2002; Programa de
pesquisa e pós-graduação em arquitetura; pág.39 e 40.
86
Ana María Fenegra Quevedo – “Residências para idosos: critérios de projeto”; Porto Alegre:
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, 2002; Programa de
pesquisa e pós-graduação em arquitetura; pág.40 e 41.
41 |
A INSTITUIÇÃO – UMA VIVÊNCIA COLETIVA
A instituição para a geração sénior – envelhecer em comunidade
Como é o caso do lar de idosas Childs & Smith (Fig.25 e 26), que já se
encontrava em envolvente urbana e proporcionava atividades sociais,
demonstrando a intenção da inclusão da comunidade na vida dos idosos, e dividia
os vários serviços por pisos, incluindo dormitórios, áreas recreativas, de terâpia e
tratamento, e os serviços comuns, mantendo sempre as areas de maior
permanência a sul; e do Retiro Don Orione (Fig 27 a 29), com as mesmas
características funcionais e uma composição mais longitudinal.88
87
Ana María Fenegra Quevedo – “Residências para idosos: critérios de projeto”; Porto Alegre:
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, 2002; Programa de
pesquisa e pós-graduação em arquitetura; pág.42.
88
Ana María Fenegra Quevedo – “Residências para idosos: critérios de projeto”; Porto Alegre:
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, 2002; Programa de
pesquisa e pós-graduação em arquitetura; pág.45 a 49.
89
Ana María Fenegra Quevedo – “Residências para idosos: critérios de projeto”; Porto Alegre:
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, 2002; Programa de
pesquisa e pós-graduação em arquitetura; pág.52.
| 42
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Reabilitação da Quinta da Marquesa em Carnide como lugar intergeracional
Figura 29. (em baixo) permanente até pequenas unidades habitacionais que se adaptavam à mobilidade
Ambiente interior do quarto
duplo do lar Don Orione | do utente e já justificavam o idoso independente e ‘ativo’, tendo sempre por base
Massachussets, 1954
uma valência género hoteleira.90
90
Ana María Fenegra Quevedo – “Residências para idosos: critérios de projeto”; Porto Alegre:
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, 2002; Programa de
pesquisa e pós-graduação em arquitetura; pág.53.
91
Ana María Fenegra Quevedo – “Residências para idosos: critérios de projeto”; Porto Alegre:
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, 2002; Programa de
pesquisa e pós-graduação em arquitetura; pág.54 a 56.
43 |
A INSTITUIÇÃO – UMA VIVÊNCIA COLETIVA
A instituição para a geração sénior – envelhecer em comunidade
Em suma, podemos dizer que tal como nas instituições para a geração
mais nova, a dualidade de qualidades é evidente, neste caso a residêncial e a
hospitalar, e que os espaços destinados aos idosos foram mudando consoante
os ideais da sociedade no que toca ao entendimento do conceito de velhice e da
perceção de terceira ou quarta idade94, passando de asilos e hospitais públicos,
para unidades acessíveis perto de comunidades até unidades assistidas com um
92
Walter Thiem (1938-2017) foi um arquiteto alemão veterano do exército dos EUA, que trabalhou
grande parte da sua vida na Corp of Engineers.
93
Ana María Fenegra Quevedo – “Residências para idosos: critérios de projeto”; Porto Alegre:
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, 2002; Programa de
pesquisa e pós-graduação em arquitetura; pág.58 a 60.
94
A terceira e quarta idade caracterizam a idade biológica e social de um idoso, considerando as
mudanças físicas que levam às alterações bio-psicológicas do mesmo, sendo que a quarta idade é a
que evidência as transformações mais elevadas.
| 44
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Reabilitação da Quinta da Marquesa em Carnide como lugar intergeracional
95
Apesar de no meio rural ser frequente haver população da geração mais velha.
96
Hoje existem poucos apoios para a geração mais idosa que não pára de crescer, e este défice de
serviços tende a agravar-se, para além de que estes equipamentos séniores costumavam ser construidos
em terrenos mais baratos longe das cidades, e por isso longe da sociedade, não se promovem as trocas
sociais, o que leva ao aumento do abismo entre a geração sénior e o resto da população.
45 |
A INSTITUIÇÃO – UMA VIVÊNCIA COLETIVA
A instituição para a geração sénior – envelhecer em comunidade
97
AA.VV. – “Dinâmicas Demográficas e Envelhecimento Da População Portuguesa (1950-2011):
Evolução e Perspectivas”; Direção Mário Leston Bandeira; Lisboa: Fundação Francisco Manuel dos
Santos, 2014; pág.432.
98
AA.VV. – “Dinâmicas Demográficas e Envelhecimento Da População Portuguesa (1950-2011):
Evolução e Perspectivas”; Direção Mário Leston Bandeira; Lisboa: Fundação Francisco Manuel dos
Santos, 2014; pág.121.
99
Direção Geral de Acão Social (DGAS); “Guia Prático; Como criar um Lar para Idosos”; Propriedade da
Associação Nacional de Jovens Empresários; Da autoria de Suzana Alípio (Academia dos
Empreendedores) AIP; pág.1.
100
Ver Capitulo 2.3.2 - “GERAÇÃO SÉNIOR - A VIVÊNCIA POR PARTE DOS IDOSOS”; pág.23.
101
Direcção-Geral da Acção Social (Condições de implantação, localização, instalação e funcionamento)
Lisboa, Dezembro de 1996; Núcleo de Documentação Técnica e Divulgação; Da autoria de Catarina de
Jesus Bonfim, Manuel Martins Garrido, Maria Eugénia Saraiva e Sofia Mercês Veiga; pág.7.
| 46
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Reabilitação da Quinta da Marquesa em Carnide como lugar intergeracional
Um lar não deve ser considerado um asilo, mas um novo espaço para
habitar que promove tanto espaços intimos e como de atividades, que ajudam à
integração de cada idoso no que o rodeia, ponderando a diferença de capacidades
que cada um tem de realizar certas atividades.
102
Direção Geral de Acão Social (DGAS); “Guia Prático; Como criar um Lar para Idosos”; Propriedade
da Associação Nacional de Jovens Empresários; Da autoria de Suzana Alípio (Academia dos
Empreendedores) AIP; pág.1.
103
Patrícia Guimarães Cabrita Matias- “Soluções residenciais para idosos em Portugal no séc.XXI,
Design de Ambientes e Privacidade”; Lisboa, Agosto de 2016; Doutoramento em Design; pág.V.
104
Victor Regnier – “Design for Assisted Living, Guidelines for Housing the Physically and Mentally Frail”;
Nova Iorque; John Wiley & Sons, 2002; pág.256.
47 |
A INSTITUIÇÃO – UMA VIVÊNCIA COLETIVA
A instituição para a geração sénior – envelhecer em comunidade
105
Patrícia Guimarães Cabrita Matias- “Soluções residenciais para idosos em Portugal no séc.XXI,
Design de Ambientes e Privacidade”; Lisboa, Agosto de 2016; Doutoramento em Design; pág.V.
106
Patrícia Guimarães Cabrita Matias- “Soluções residenciais para idosos em Portugal no séc.XXI,
Design de Ambientes e Privacidade”; Lisboa, Agosto de 2016; Doutoramento em Design; pág.V.
| 48
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Reabilitação da Quinta da Marquesa em Carnide como lugar intergeracional
107
Dirceu Nogueira Magalhães; Serafim Fortes Paz – “Intergeracionalidade e cidadania”; Artigo; 2000;
pág.153.
108
Maria João Valente Rosa – “O Envelhecimento da Sociedade Portuguesa”; Coleção “Ensaios da
Fundação Francisco Manuel dos Santos”; Lisboa: Fundação Francisco Manuel dos Santos, 2012.
49 |
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Uma instituição de proximidade entre gerações
isso relevante que se envolva a geração ativa da sociedade como ‘elo intermédio’
de ligação.
Uma institução que suporte este conceito pode ser então um conjunto de
espaços que consigam agregar atividades das várias gerações para
aproveitamento de todos.
2.5.1 | A INTERGERACIONALIDADE
109
“Intergeracional”, in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, Disponível
em: http://www.priberam.pt/DLPO/intergeracional [consultado a 13-11-2017].
110
Ver capítulo 2.2 – “ARQUITETURA PARA UMA SOCIEDADE MAIS SOLIDÁRIA”; pág.15.
| 50
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Reabilitação da Quinta da Marquesa em Carnide como lugar intergeracional
Esta relação entre netos e avós ja sofreu muitas alterações, começou por
ser valorizada, quando os idosos representavam o nome de família, até à 2ª guerra
mundial, em que, com os pais na guerra, os avós passam a ser apenas uma
necessidade de apoio como alternativa, até aos anos 60, em que a mudança do
FAMÍLIA
conceito de família torna os avós como personalidades quase nulas na vida dos
GRAU DE RELAÇÃO
netos. A partir dos anos 90, com o começo do aumento da longevidade dos
idosos, as familias vêm-se no dever de apoiar os membros familiares mais velhos,
promovendo o alargamento dos agregados familiares.113
CRIANÇAS IDOSOS
GRAU DE DISTANCIAMENTO
Hoje, o esquecimento das relações familiares das crianças com os seus
Figura 38. Esquema das avós é acentuado, uma convivência que devia fazer parte da sua natureza vai-se
relações entre gerações na
família perdendo, e as crianças crescem sem o interesse por esta geração, perdendo-se
os possíveis ensinamentos através de vivências, experiências e partilhas (Fig.38).
111
Maria Clotilde Barbosa Nunes Maia de Carvalho – “Relações Intergeracionais Alternativa para
minimizar a exclusão social do idoso”; REVISTA PORTAL de Divulgação, n.28. Ano III. Dez. 2012; pág.86.
112
Cristina Maria Nunes de Oliveira – “Relações intergeracionais: um estudo na área de Lisboa”; Lisboa:
Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, 2011; Dissertação de Mestrado; pág. 4.
113
Stella António – “Avós e Netos: Relações intergeracionais. A Matriliniaridade dos Afectos”; Lisboa:
Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, 2010; pág.22 e 23.
114
Vera Pacheco de Miranda de Sanches Osório – “Um Habitar entre gerações; A Reabilitação da Quinta
de Santa Theresa como Lugar Intergeracional”; Lisboa: Faculdade de Arquitetura, março de 2016;
Dissertação/projeto de Mestrado; pág.48.
51 |
UMA INSTITUIÇÃO DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
A intergeracionalidade
115
Laurinda Alves - “Entre Gerações”; Lisboa: Gulbenkian, Março de 2012.
116
Cristina Maria Nunes de Oliveira – “Relações intergeracionais: um estudo na área de Lisboa”; Lisboa:
Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, 2011; Dissertação de Mestrado; pág. 4.
117
Todd D. Nelson - “Ageism: Stereotyping and Prejudice against Older Persons”; MIT Press, A Bradford
Book, 2002.
118
Maria João Valente Rosa – “O Envelhecimento da Sociedade Portuguesa”; Coleção “Ensaios da
Fundação Francisco Manuel dos Santos”; Lisboa: Fundação Francisco Manuel dos Santos, 2012; pág.56.
| 52
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Reabilitação da Quinta da Marquesa em Carnide como lugar intergeracional
119
Ver capítulo 2.3.2 – “GERAÇÃO SÉNIOR - A VIVÊNCIA POR PARTE DOS IDOSOS”; pág.23.
120
Vera Pacheco de Miranda de Sanches Osório – “Um Habitar entre gerações; A Reabilitação da Quinta
de Santa Theresa como Lugar Intergeracional”; Lisboa: Faculdade de Arquitetura, março de 2016;
Dissertação/projeto de Mestrado; pág.50.
121
Willem Van Vliet – “Creating Livable Cities for All Ages: Intergenerational Strategies and Initiatives”. in
“UN-Habitat’s Global Dialogue on Harmonious Cities for All Age Groups at the World Urban Forum IV”;
[Em linha]. Nanjing, 2008; pág.14 a 17. Disponível em:
http://www.colorado.edu/cye/sites/default/files/attached-files/CYE-WP1-
2009%20website%20verson.pdf ; [consultado a 21-10-2018].
53 |
UMA INSTITUIÇÃO DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
As relações intergeracionais – Problemáticas e benefícios
122
Natália Maria Moura Medeiros – “Co.Habite; Uma experiência de habitação para a terceira idade”;
Fortaleza, Brasil, Universidade Federal do CEARÁ; Centro de tecnologia; Curso de arquitetura e
urbanismo; 2017; Trabalho Final de Graduação; pág.23.
123
Natália Maria Moura Medeiros – “Co.Habite; Uma experiência de habitação para a terceira idade”;
Fortaleza, Brasil, Universidade Federal do CEARÁ; Centro de tecnologia; Curso de arquitetura e
urbanismo; 2017; Trabalho Final de Graduação; pág.24.
124
Fundação Calouste Gulbenkian – “A necessidade” [Em linha]. Disponível em:
http://intergenerationall.org/main-page/about/the-need/?lang=pt [consultado a 21-12-2018].
125
Maria João Valente Rosa – “O Envelhecimento da Sociedade Portuguesa”; Coleção “Ensaios da
Fundação Francisco Manuel dos Santos”; Lisboa: Fundação Francisco Manuel dos Santos, 2012; pág.56.
| 54
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Reabilitação da Quinta da Marquesa em Carnide como lugar intergeracional
A conexão de programas que dão apoio a cada uma das gerações pode ser
um ponto de partida para a sua interação pontual. Deste modo, as gerações neste
tipo de iniciativas devem complementar-se de alguma forma, nem que seja por
serem opostos, tornando a ‘coexistência’ em ‘coeducação’. Em que o contato
entre gerações é de transmissão mútua e educativo para ambas, podendo
modificar a percepção, normalmente negativa, de cada uma.127
126
Willem Van Vliet – “Creating Livable Cities for All Ages: Intergenerational Strategies and Initiatives”. in
“UN-Habitat’s Global Dialogue on Harmonious Cities for All Age Groups at the World Urban Forum IV”;
[Em linha]. Nanjing, 2008; pág.19 e 20. Disponível em:
http://www.colorado.edu/cye/sites/default/files/attached-files/CYE-WP1-
2009%20website%20verson.pdf ; [consultado a 21-10-2018].
127
Maria Clotilde Barbosa Nunes Maia de Carvalho – “Relações Intergeracionais Alternativa para
minimizar a exclusão social do idoso”; in REVISTA PORTAL de Divulgação, n.28. Ano III. Dez. 2012; pág.
85.
55 |
UMA INSTITUIÇÃO DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
“Esse espaço é o lugar do conhecimento mútuo: cada qual é conhecido num certo
número de particularidades de sua vida privada por pessoas que não são parentes
(…) e que no entanto não são estranhas (…). A proximidade espacial cria um
conhecimento mútuo pelo menos aproximativo (…)”128
128
Antoine Prost – “Fronteiras e espaços do privado”; in AA.VV. “História da vida privada, 5: Da Primeira
Guerra a nossos dias”; organização Antoine Prost, Gérard Vincent; tradução Denise Bottmann; Dorothée
de Bruchard, posfácio. — São Paulo: Companhia das Letras, 2009, Volume 5; pág.116.
129
Vera Pacheco de Miranda de Sanches Osório – “Um Habitar entre gerações; A Reabilitação da Quinta
de Santa Theresa como Lugar Intergeracional””; Lisboa: Faculdade de Arquiteura, março de 2016;
Dissertação/projeto de Mestrado; pág.52.
130
Vera Pacheco de Miranda de Sanches Osório – “Um Habitar entre gerações; A Reabilitação da Quinta
de Santa Theresa como Lugar Intergeracional””; Lisboa: Faculdade de Arquiteura, março de 2016;
Dissertação/projeto de Mestrado; pág.1.
| 56
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Reabilitação da Quinta da Marquesa em Carnide como lugar intergeracional
para formar esta ideia de lugar intergeracional, apesar de ser um sítio com um uso
misto, deve ter-se em consideração as necessidades distintas de cada grupo para
o equipamento.
131
Vera Pacheco de Miranda de Sanches Osório – “Um Habitar entre gerações; A Reabilitação da Quinta
de Santa Theresa como Lugar Intergeracional””; Lisboa: Faculdade de Arquiteura, março de 2016;
Dissertação/projeto de Mestrado; pág.52 e 53.
132
Victor Regnier – “Design for Assisted Living, Guidelines for Housing the Physically and Mentally Frail”;
Nova Iorque; John Wiley & Sons, 2002;pág.6.
133
Vera Pacheco de Miranda de Sanches Osório – “Um Habitar entre gerações; A Reabilitação da Quinta
de Santa Theresa como Lugar Intergeracional””; Lisboa: Faculdade de Arquiteura, março de 2016;
Dissertação/projeto de Mestrado; pág.53.
57 |
UMA INSTITUIÇÃO DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
A instituição intergeracional – Viver em comunidade e relação de vizinhança
| 58
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Reabilitação da Quinta da Marquesa em Carnide como lugar intergeracional
134
Vera Pacheco de Miranda de Sanches Osório – “Um Habitar entre gerações; A Reabilitação da Quinta
de Santa Theresa como Lugar Intergeracional””; Lisboa: Faculdade de Arquiteura, março de 2016;
Dissertação/projeto de Mestrado; pág.53.
135
Carlos Elson Cunha– “A lição magistral de Arquitetura, de Herman Hertzberger”; SlideShare; Janeiro
de 2012; pág.45.
136
Herman Hertzberger – “Social Architecture”; DRIE, sfuduthdesign.ca; 2015. Disponível em:
https://vimeo.com/133877065?ref=em-share [consultado a 23-07-2018]. Tradução livre. Citação
original: “I make things so that people are or can make contact with each oder, (…) they don’t need
to meet each oder all the time, It’s important just to always have a sort of view of wat’s going on
around, like a physical network.”.
59 |
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Relação morfológica e tipológica da arquitetura intergeracional
juntar locais onde os indivíduos possam conversar perto de objetos pessoais, não
tão longe dos seus quartos, da sua ‘casa’, a convivência torna-se mais intima e
familiar, e por isso mais simples e fácil.137
137
Victor Regnier – “Design for Assisted Living, Guidelines for Housing the Physically and Mentally Frail”;
Nova Iorque; John Wiley & Sons, 2002;pág.81 e 256.
138
Vera Pacheco de Miranda de Sanches Osório – “Um Habitar entre gerações; A Reabilitação da Quinta
de Santa Theresa como Lugar Intergeracional””; Lisboa: Faculdade de Arquiteura, março de 2016;
Dissertação/projeto de Mestrado; pág.54.
| 60
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Reabilitação da Quinta da Marquesa em Carnide como lugar intergeracional
61 |
RELAÇÃO MORFOLÓGICA E TIPOLÓGICA DA ARQUITETURA INTERGERACIONAL
Casos de estudo
| ESCOLAS APOLLO
139
Polyanna Alves Gonçalves – “HERMAN HERTZBERGER – EDIFÍCIOS ESCOLARES”; Teoria e crítica da
Arquitetura; Outubro de 2009
140
Polyanna Alves Gonçalves – “HERMAN HERTZBERGER – EDIFÍCIOS ESCOLARES”; Teoria e crítica da
Arquitetura; Outubro de 2009
| 62
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Reabilitação da Quinta da Marquesa em Carnide como lugar intergeracional
63 |
CASOS DE ESTUDO
Escolas Apollo
141
Carlos Elson Cunha – “A lição magistral de Arquitetura, de Herman Hertzberger”; SlideShare; Janeiro
de 2012; pág.21.
142
Carlos Elson Cunha – “A lição magistral de Arquitetura, de Herman Hertzberger”; SlideShare; Janeiro
de 2012; pág.17.
143
Polyanna Alves Gonçalves – “HERMAN HERTZBERGER – EDIFÍCIOS ESCOLARES”; Teoria e crítica da
Arquitetura; Outubro de 2009
144
Herman Hertzberger – “Lições de Arquitetura”; São Paulo; Livraria Martins Fontes; 1999; pág.31.
| 64
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Reabilitação da Quinta da Marquesa em Carnide como lugar intergeracional
claraboias que oferecem uma forte iluminação natural e visibilidade máxima, torna
também os espaços comuns mais iluminados e por isso mais chamativos.145
145
Polyanna Alves Gonçalves – “HERMAN HERTZBERGER – EDIFÍCIOS ESCOLARES”; Teoria e crítica da
Arquitetura; Outubro de 2009
146
Carlos Elson Cunha – “A lição magistral de Arquitetura, de Herman Hertzberger”; SlideShare; Janeiro
de 2012; pág.39.
65 |
RELAÇÃO MORFOLÓGICA E TIPOLÓGICA DA ARQUITETURA INTERGERACIONAL
Casos de estudo
| DE DRIE HOVEN
147
“Arquitetura coletiva para a terceira idade:gero-habitação” – “De Drie Hoven (Holanda, 1974) de H.
Hertzberger”; in Análise Crítica da Arquitetura: Um olhar crítico do fenômeno arquiteônico; Junho de
2015; Disponível em: https://analisecriticaarquitetura.wordpress.com/2015/06/26/arquitetura-coletiva-
para-especificos-gero-habitacao/ [consultado a 27-12-2018].
| 66
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Reabilitação da Quinta da Marquesa em Carnide como lugar intergeracional
148
Ver capítulo: 2.4.2 - A INSTITUIÇÃO PARA A GERAÇÃO SÉNIOR – ENVELHECER EM COMUNIDADE;
pág.39.
149
Herman Hertzberger – “Lições de Arquitetura”; São Paulo; Livraria Martins Fontes; 1999; pág.35 e
40.
67 |
RELAÇÃO MORFOLÓGICA E TIPOLÓGICA DA ARQUITETURA INTERGERACIONAL
Casos de estudo
150
“Residências assistidas” – “Domus Vida Estoril”; in JOSÉ DE MELLO: Residências e serviços;
Disponivel em: http://www.jmellors.pt/residencias-assistidas/domus-vida-estoril/caracterizacao
[consultado a 17-07-2018].
| 68
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Reabilitação da Quinta da Marquesa em Carnide como lugar intergeracional
151
“RESIDÊNCIAS ASSISTIDAS DA PAREDE” – “Unidades de Residências Assistidas”; in PROAP;
Disponível em: http://www.proap.pt/pt-pt/projecto/assisted-living-residences-of-parede/ [consultado a
17-07-2018].
69 |
RELAÇÃO MORFOLÓGICA E TIPOLÓGICA DA ARQUITETURA INTERGERACIONAL
Casos de estudo
152
José Luís Carrilho da Graça – “João Luís Carrilho da Graça, Igreja de Stº António e Centro Paroquial,
Portalegre”; in Rv. “arq|a Arquitectura e Arte – Silêncios Espaciais”, nº 65, Janeiro de 2009; pág. 22.
153
João Alves da Cunha– “Arquitectura: Igreja de Santo António, Portalegre”; in secretariado nacional da
pastoral da cultura; Abril de 2010; Disponível em:
https://www.snpcultura.org/obs_13_igreja_santo_antonio_portalegre.html [consultado a 18-07-2018].
| 70
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Reabilitação da Quinta da Marquesa em Carnide como lugar intergeracional
71 |
RELAÇÃO MORFOLÓGICA E TIPOLÓGICA DA ARQUITETURA INTERGERACIONAL
Casos de estudo
| 72
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Reabilitação da Quinta da Marquesa em Carnide como lugar intergeracional
Por fim, esta obra, ainda que formalmente distinta, utiliza conceitos
arquitetónicos que evidenciam a sua harmonia, como a homogeneidade da cor e
materialidade, e a ambiência de relação interior/exterior icorporada em todos os
edifícios, fazendo dos percursos ligações naturais do conjunto.
Legenda:
1 - Centro paroquial;
2 - Centro comunitário;
3 – escola primária
1 3
73 |
SÍNTESE
| 74
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Reabilitação da Quinta da Marquesa em Carnide como lugar intergeracional
75 |
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Síntese – Um lugar para todas as gerações
Por outro lado, os espaços destinados aos idosos, não tiveram uma
sequência regular, sendo primeiramente espaços tranquilos proporcionados por
estabelecimentos religiosos, contudo foi maioritariamente em espaços
hospitalares que estes encontraram os cuidados que realmente precisavam,
servindo-se de ‘abrigos’ como enfermarias e asilos, que por tratarem dos doentes
se encontravam distanciados da população, levando ao afastamento progressivo
da geração idosa face à comunidade. As residências ou lares foram surgindo
então no âmbito de assistir os idosos mais perto da urbanização, da comunidade
e de outros serviços essenciais. Posto isto, ambos os espaços, isto é, escolas e
residências, caracterizam-se por um relacionamento livre com a natureza, onde
esta é considerada a força dinamizadora da vida diária das gerações em causa.
| 76
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Reabilitação da Quinta da Marquesa em Carnide como lugar intergeracional
Chega-se à conclusão que uma das vertentes mais influentes para esta
interação entre gerações é a possibilidade de observação de comportamentos e
modos de estar, pois o convivio entre gerações é muitas vezes conflituoso, pelas
opiniões diferestes relativas à realidade contemporânea, mas se essas diferenças
forem trabalhadas o convivio pode ser solidário e cooperativo.154 Trazendo às
gerações melhores capacidades de socializar, aos idosos pela alegria fornecida
pelas crianças e a estas uma sabedoria inteletual e experiêncial pelos idosos. Dito
isto, os espaços destinados às duas gerações não precisam nem devem ser
apenas um edifício, pois a sua interação permanente pode ser prejudicial, contudo
podem sim ser uma harmonia de edificações que se relacionem entre si e
permitam a individualidade de cada uma e ao mesmo tempo a aproximação entre
as duas, por um encontro e observação.
154
Maria Clotilde Barbosa Nunes Maia de Carvalho – “Relações Intergeracionais Alternativa para
minimizar a exclusão social do idoso”; in REVISTA PORTAL de Divulgação, n.28. Ano III. Dez. 2012;
pág.84.
77 |
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Síntese – Um lugar para todas as gerações
| 78
3 O LUGAR
79 |
O LUGAR
| 80
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Reabilitação da Quinta da Marquesa em Carnide como lugar intergeracional
Dito isto, um lugar é como uma “fusão de tempos”156, que pela ‘sua vida’,
reconhece o passado, está em conformidade com o presente e considera um
futuro, possuindo várias ‘camadas’ temporais que o definem.
Em projetar algo num lugar esta ainda intrínseca uma ligação entre a
paisagem e a arquitetura, esta que funciona como uma requalificação do lugar e
155
Amílcar de Gil e Pires –“ O lugar da quinta de recreio na periferia de Lisboa”; in Revista “Tritão”, nº1;
Lisboa, Dezembro de 2012; pág.4. Disponível em: http://revistatritao.cm-
sintra.pt/images/revista1/amilcarpires/tritao_Amilcar-Pires.pdf [consultado a 07-12-2018].
156
Vera Pacheco de Miranda de Sanches Osório – “Um Habitar entre gerações; A Reabilitação da Quinta
de Santa Theresa como Lugar Intergeracional””; Lisboa: Faculdade de Arquiteura, março de 2016;
Dissertação/projeto de Mestrado; pág.73.
157
Amílcar de Gil e Pires –“ O lugar da quinta de recreio na periferia de Lisboa”; in Revista “Tritão”, nº1;
Lisboa, Dezembro de 2012; pág.3. Disponível em: http://revistatritao.cm-
sintra.pt/images/revista1/amilcarpires/tritao_Amilcar-Pires.pdf [consultado a 07-12-2018].
81 |
O LUGAR
A essência de um lugar
158
Álvaro Siza Vierira - “Textos 01 – Álvaro Siza”; Coleção Arquitectura; Porto: Livraria Civilização
Editora; pág.37.
| 82
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Reabilitação da Quinta da Marquesa em Carnide como lugar intergeracional
159
Françoise Choay – “Alegoria do património”; Lisboa: Edições 70; Janeiro de 2015; pág.149.
160
CASASSAPO - “Existem cerca de 1 milhão de edifícios para reabilitar no país”; In Jornal Económico;
Novembro de 2016.
83 |
O LUGAR
Memória e património – A reabilitação
161
Françoise Choay – “Alegoria do património”; Lisboa: Edições 70; Janeiro de 2015; pág.16.
162
Françoise Choay – “Alegoria do património”; Lisboa: Edições 70; Janeiro de 2015; pág.25.
163
PATRIMÓNIO CULTURAL (Direção Geral do Património Cultural) – “Paisagens culturais e jardins
históricos”; Disponível em: http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-
imovel/patrimonio-arquitetonico/ [consultado a 30-05-2018].
164
Françoise Choay – “Alegoria do património”; Lisboa: Edições 70; Janeiro de 2015; pág.120.
| 84
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Reabilitação da Quinta da Marquesa em Carnide como lugar intergeracional
165
PATRIMÓNIO CULTURAL (Direção Geral do Património Cultural) – “Património arquitetónico,
preocupações e potencialidades”; Disponível em:
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/patrimonio-arquitetonico/
[consultado a 30-05-2018].
85 |
O LUGAR
166
Junta de Freguesia de Carnide – “Identificação e peril histórico – Da ruralidade à urbanidade”; in
CARN!DE - A Freguesia: História e Curiosidades; Lisboa, 2012. Disponível em: http://www.jf-
carnide.pt/freguesia/a-freguesia/historia-e-curiosidades/[consultado a 13-11-2017];
87 |
O LUGAR
Caracterização da Freguesia de Carnide no contexto da cidade
167
Junta de Freguesia de Carnide – “Identificação e peril histórico – Da ruralidade à urbanidade”; in
CARN!DE - A Freguesia: História e Curiosidades; Lisboa, 2012. Disponível em: http://www.jf-
carnide.pt/freguesia/a-freguesia/historia-e-curiosidades/ [consultado a 13-11-2017];
168
Junta de Freguesia de Carnide – “Identificação e peril histórico – Da ruralidade à urbanidade”; in
CARN!DE - A Freguesia: História e Curiosidades; Lisboa, 2012. Disponível em: http://www.jf-
carnide.pt/freguesia/a-freguesia/historia-e-curiosidades/ [consultado a 13-11-2017];
169
Atualmente corresponde ao núcleo histórico do Colégio mílitar que é considerado património.
170
PORTUGAL EM PORMENOR! - “Carnide”; in Memória Portuguesa; Lisboa, Janeiro de 2010.
Disponível em: http://www.memoriaportuguesa.pt/carnide-lisboa [consultado a 03-12-2018].
| 88
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Reabilitação da Quinta da Marquesa em Carnide como lugar intergeracional
Quadro 1. Censos de
Carnide (2001) | evidência
da elevada pupulação adulta
e idosa face à infantil e
juvenil
Com todas estas diferenças e apesar das mesmas, Carnide pode ser
considerada um ’bairro’, no sentido de que é uma zona familiar e tranquila com a
abundância de vizinhos próximos e uma experiência social dinâmica nos
ambientes exteriores, possuindo vários tipos de comércios locais e tendo
Figura 73. Bloco
habitacional de Carnide | presentes várias gerações a usufruir simultaneamente do território. Reunindo
Promontório Arquitectos,
2002 algumas valências sociais tanto nas vertentes infantil e juvenil, como é o caso do
infantário “A casa amarela”, do “Externato da Luz”, da “Escola básica Luz-
Carnide” e do colégio mílitar, como na vertente sénior, como a “Casa do artista”,
o “Espassus 3G – Academia sénior de Carnide”, o Lar de Idosos “Associação das
171
CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA – Site da CML; juntas de freguesia. Disponível em: http://www.cm-
lisboa.pt/municipio/juntas-de-freguesia/freguesia-de-carnide [consultado a 10-05-2018].
172
Ver capítulo 2.1 – “CONTEXTO SOCIODEMOGRÁFICO EM PORTUGAL”; pág.13.
89 |
O LUGAR
Caracterização da Freguesia de Carnide no contexto da cidade
3
12
20
9
17 14 19 11
1
7
21
18 13
8 10
5 22
23
2 16 4
15
0 50 100 200
| 90
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Reabilitação da Quinta da Marquesa em Carnide como lugar intergeracional
Figura 74. Mapa de usos e a Confraria de S. Vicente de Paulo, proprietária do edifício complementar do
relevantes para a temática
proposta em Carnide convento de Santa Teresa de Jesus de Carnide173, que por sua vez é composto
por um lar de idosas e um Jardim-de-infância, considerando-se assim um lugar
Legenda:
intergeracional, que contudo, não foi planeado nem pensado corretamente para
Equipamentos escolares:
1-Infantário “A casa tal temática. Dito isto, apesar de existir já uma diversidade de equipamentos a
amarela”
2-Escola básica Luz-
Carnide
relação entre estes que é necessária para a mentalidade da população ainda não
3-Externato da Luz
4-Colégio Militar é muito frequente (Fig74).
5-Universidade Europeia
Por fim, apesar de uma presença vasta da natureza e de vestigios da
Equipamentos séniores:
6-“Casas da Cidade”-
Residências sénior
antiga ruralidade, é uma localidade com poucas zonas naturais e de lazer
7-Lar de Idosos –
“Associação das destinadas à comunidade. Ainda assim, o largo que envolve o coreto do Alto do
antigas alunas do
Instituto de Odivelas poço é considerado uma das centralidades históricas do lugar, sendo um espaço
8-“Espassus 3G”-
Academia sénior de socialmente dinâmico, maioritariamente pedonal, com alguns restaurantes e
Carnide
9-Confraria de S.Vicente esplanadas e com facilidade de mutação, onde se realizam algumas festas e
Paulo
encontros com atividades temáticas organizadas pela comunidade, que visam à
Equipamentos de Cariz
religioso:
10-Igreja da Nossa
agregação da mesma (Fig. 69 e 70).
Senhora da Luz
11-Seminário da Luz
12-Convento de São João
da Cruz
13-Igreja de São Lourenço
14-Convento de Santa
Teresa de Jesus de
Carnide 3.3.1 | A AUTENTICIDADE DO LUGAR DE CARNIDE – QUINTAS DE
Equipamentos significativos: RECREIO
15-Hospital da Luz Lisboa
16-Junta de Freguesia de
Carnide
17-Metropolitano de
Lisboa
18-Casa do Artista
Carnide possui uma identidade muito própria, revelando a sua riqueza nos
19-Teatro da Luz
20-Teatro de Carnide variados contrastes entre o urbano e o rural (Fig. 75), e o velho e o novo, estes
Largos: que criam os ambientes concretos especiais da zona marcados por sucessivas
21-Jardim da luz
22-Coreto de Carnide sedimentações culturais e históricas que definem as suas vivências sociais e o
23-Chafariz do Malvar
seu património, património este que se encontra disperso pela zona antiga, que
corresponde às antigas quintas e casas senhoriais que transmitem parte da
Lugar de intervenção da
proposta essência do local, dispostas ao longo de caminhos estreitos e azinhadas (fig.76),
cercadas por muros imponentes e portões enigmáticos que deixam contemplar a
‘arquitetura escondida’.
173
Convento situado na Rua do Norte, também conhecido por Convento de Santa Teresa de Jesus da
Ordem das Carmelitas Descalças e de Santo Alberto e considerado património local.
91 |
CARACTERIZAÇÃO DA FREGUESIA DE CARNIDE NO CONTEXTO DA CIDADE
A autenticidade do lugar de Carnide – Quintas de Recreio
174
Amílcar de Gil e Pires –“ O lugar da quinta de recreio na periferia de Lisboa”; in Revista “Tritão”, nº1;
Lisboa, Dezembro de 2012; pág.4. Disponível em: http://revistatritao.cm-
sintra.pt/images/revista1/amilcarpires/tritao_Amilcar-Pires.pdf [consultado a 07-12-2018].
175
Ana Marta Feliciano; António Santos Leite –“ A Casa Senhorial como Matriz da Territorialidade: A
Região de Torres Vedras entre o Tempo Medieval e o Final do Antigo Regime”; Lisboa: Caleidoscópio,
Novembro de 2015; pág.109.
176
Amílcar de Gil e Pires –“ O lugar da quinta de recreio na periferia de Lisboa”; in Revista “Tritão”, nº1;
Lisboa, Dezembro de 2012; pág.5. Disponível em: http://revistatritao.cm-
sintra.pt/images/revista1/amilcarpires/tritao_Amilcar-Pires.pdf [consultado a 07-12-2018].
| 92
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Reabilitação da Quinta da Marquesa em Carnide como lugar intergeracional
177
Amílcar de Gil e Pires –“ O lugar da quinta de recreio na periferia de Lisboa”; in Revista “Tritão”, nº1;
Lisboa, Dezembro de 2012; pág.15. Disponível em: http://revistatritao.cm-
sintra.pt/images/revista1/amilcarpires/tritao_Amilcar-Pires.pdf [consultado a 07-12-2018].
178
Amílcar de Gil e Pires –“ O lugar da quinta de recreio na periferia de Lisboa”; in Revista “Tritão”, nº1;
Lisboa, Dezembro de 2012; pág.21. Disponível em: http://revistatritao.cm-
sintra.pt/images/revista1/amilcarpires/tritao_Amilcar-Pires.pdf [consultado a 07-12-2018].
179
Amílcar de Gil e Pires –“ O lugar da quinta de recreio na periferia de Lisboa”; in Revista “Tritão”, nº1;
Lisboa, Dezembro de 2012; pág.18. Disponível em: http://revistatritao.cm-
sintra.pt/images/revista1/amilcarpires/tritao_Amilcar-Pires.pdf [consultado a 07-12-2018].
180
Junta de Freguesia de Carnide – “Identificação e peril histórico – Da ruralidade à urbanidade”; in
CARN!DE - A Freguesia: História e Curiosidades; Lisboa, 2012. Disponível em: http://www.jf-
carnide.pt/freguesia/a-freguesia/historia-e-curiosidades/ [consultado a 13-11-2017];
93 |
O LUGAR
Caracterização da Freguesia de Carnide no contexto da cidade
Estas casas ao longo dos tempos sempre foram mais do que simples
casas de habitação. Devido ao seu extenso território rural e agrícola e aos seus
senhores, sempre assumiram formas e modelos de uma elevada importância
territorial que podiam considerar-se como “palácios urbanos”, no sentido em que
eram casas vastas e sumptuosas inseridas na cidade, com terrenos que
permitiam a solares nobres e rurais.183
181
Hélder Carita; António Homem Cardoso - "A casa senhorial em Portugal"; Lisboa: Leya, dezembro de
2015; Pág.8.
182
Hélder Carita; António Homem Cardoso - "A casa senhorial em Portugal"; Lisboa: Leya, dezembro de
2015; Pág.10.
183
Hélder Carita; António Homem Cardoso - "A casa senhorial em Portugal"; Lisboa: Leya, dezembro de
2015; Pág.11.
| 94
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Reabilitação da Quinta da Marquesa em Carnide como lugar intergeracional
184
Ana Marta Feliciano; António Santos Leite –“ A Casa Senhorial como Matriz da Territorialidade: A
Região de Torres Vedras entre o Tempo Medieval e o Final do Antigo Regime”; Lisboa: Caleidoscópio,
Novembro de 2015; pág.182.
185
Ana Marta Feliciano; António Santos Leite –“ A Casa Senhorial como Matriz da Territorialidade: A
Região de Torres Vedras entre o Tempo Medieval e o Final do Antigo Regime”; Lisboa: Caleidoscópio,
Novembro de 2015; pág.13.
186
Ana Marta Feliciano; António Santos Leite –“ A Casa Senhorial como Matriz da Territorialidade: A
Região de Torres Vedras entre o Tempo Medieval e o Final do Antigo Regime”; Lisboa: Caleidoscópio,
Novembro de 2015; pág.11.
95 |
CARACTERIZAÇÃO DA FREGUESIA DE CARNIDE NO CONTEXTO DA CIDADE
A Casa Senhorial em estudo
Quinta dos Quinta da Quinta das Quinta dos Condes Quinta da Luz
azuleijos Marquesa pimenteiras de Carnide
| 96
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Reabilitação da Quinta da Marquesa em Carnide como lugar intergeracional
187
Colégio Menino Jesus - “O colégio está Implantado”; in ASA (Associação socorro e amparo) ;
Dezembro de 2009.
188
Colégio Menino Jesus - “O colégio está Implantado”; in ASA (Associação socorro e amparo) ;
Dezembro de 2009.
97 |
O LUGAR
A Quinta da Marquesa – análise e enquadramento
A Quinta é então de cariz urbana constituída por um terreno com uma área
de implantação de 20,515m2, à qual pertenciam o ‘palácio’ e os jardins nobres
juntamente com uma grande área de terrenos agrículas.
ainda estão presentes tanto no exterior, como é o exemplo do portão do pátio entre Figura 79. (em baixo) Vista
pilastras com um frontão, como no interior com lambris de azulejos setecentistas, aérea atual da Quinta da
Marquesa
estuques pintados ao estilo romântico, quer sobre os lambris quer em faixas nas
sancas, e tetos em tela pintada, a maior parte em mau estado de conservação.190
189
Uma casa mais pequena que teria pertencido aos caseiros ou a trabalhadores da Quinta.
190
Ver anexo IV – “Levantamento do interior da Casa Senhorial”; pág.234.
191
Esta denomina-se por “Colégio do Menino Jesus – A. S. A.” que funciona como creche e jardim-de-
infância. Este colégio faz parte de uma IPSS - a Associação Socorro e Amparo (A. S. A.) - que visa ao
apoio das camadas mais jovens da população através da educação pré-escolar, tendo como objetivo
primordial, o de inserir as crianças na sociedade como seres autónomos, livres e solidários, compondo
ao todo onze salas para diferentes idades, compreendidas desde meses até 5 anos de idade.
| 98
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Reabilitação da Quinta da Marquesa em Carnide como lugar intergeracional
3 2 1 4
0 10 20 40
Figura 80. Enquadramento da imponente com uma fachada mais assimétrica, que funciona como vivenda
Quinta da Marquesa
privada (Fig.84).
Legenda:
Deste modo, o volume principal é acessivel por uma pequena escadaria
Delimitação atual da Quinta
Indicação das entradas apresentando-se numa cota mais elevada, evidêncianda no exterior por uma barra
Caminho pré-existente
Tanques horizontal associada às cantarias das janelas (Fig. 83) e desenvolvendo-se
Percurso de agua
1 – ‘Pátio abrigado’/terreiro; segundo um eixo central que faz a distribuição para os restantes espaços. No piso
2 – Volume principal da Casa
Senhorial;
3 – Volume secundário da Casa
térreo desenvolviam-se os serviços principais, como cozinhas e arrumos e no
Senhorial
4 – ‘Casa de fora’. piso superior os espaços mais intimos e privados destinados apenas aos
familiares com vistas para todas as envolventes afirmando o ‘poder’ da família.
Por outro lado, o elemento secundário (Fig. 80, 84 e 85) tem uma ligação
interior para o principal e desenvolve-se em torno de um pequeno pátio acessível
99 |
O LUGAR
A Quinta da Marquesa – análise e enquadramento
por todos os compartimentos presentes no piso térreo. Este elemento possui Figura 81. (em baixo)
Evolução morfológica da
ainda acessos diretos para a rua, para um terreiro secundário e para o resto do Casa Senhorial da Quinta
terreno, para além de ter um segundo piso em duas das arestas, dispondo no
entanto de pés-direitos consideravelmente menores que o elemento principal.
2011- 2018
Ainda no contexto do edificado, a ‘casa de fora’ diante da entrada principal
da Casa Senhorial, funciona como anexo delimitador do ‘terreiro’, com uma
volumetria menor mas com igual relevância para a presença da memória do local 1940 - 1950
(Fig. 82).
Por fim, constata-se que a Quinta sofreu alterações até 2011 data em que
a escola fez as suas últimas intervenções. Assim, apesar de algumas ostentações
| 100
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Reabilitação da Quinta da Marquesa em Carnide como lugar intergeracional
Volume secundário – Atualmente uma ivência privada Volume intermédio de ligação Volume principal – atualmente uma escola
Legenda:
0 5 10 20
101 |
| 102
4 A PROPOSTA
Vera Damásio
103 |
A PROPOSTA
| 104
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Reabilitação da Quinta da Marquesa em Carnide como lugar intergeracional
192
Maria João Valente Rosa – “O Envelhecimento da Sociedade Portuguesa”; Coleção “Ensaios da
Fundação Francisco Manuel dos Santos”; Lisboa: Fundação Francisco Manuel dos Santos, 2012; pág.49.
193
Ver sub-capítulo “3.2.Memória e património – A reabilitação”; pág.83.
105 |
A PROPOSTA
| 106
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Reabilitação da Quinta da Marquesa em Carnide como lugar intergeracional
4.1 | PROGRAMA
“Oferecer incentivos que despertem associações nos usuários que, por sua vez,
conduzam a ajustamentos específicos adequados a situações específicas”194
194
Herman Hertzberger – “Lições de Arquitetura”; São Paulo; Livraria Martins Fontes; 1999; pág.169.
107 |
A PROPOSTA
O programa
no conjunto.
+ + + =
| 108
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Reabilitação da Quinta da Marquesa em Carnide como lugar intergeracional
4.2.1 | OS PERCURSOS
109 |
LINHAS CONCEPTUAIS DA PROPOSTA
Os percursos
| A ÁGUA
| 110
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Reabilitação da Quinta da Marquesa em Carnide como lugar intergeracional
Estas peças territoriais remetem então para uma infraestrutura antiga que
alimentava todo o espaço natural do terreno levando à reminiscência da época.
Assim sendo, pela vontade de revitalizar a memória do local, a requalificação
destes elementos não só vai permitir à proposta uma essência de antigamente,
como vai ajudar a delimitar zonas ajardinadas e criar espaços pontuais dinâmicos
de permanência quando complementados com os novos espelhos de água
propostos (Fig 95).
| AS ZONAS VERDES
111 |
LINHAS CONCEPTUAIS DA PROPOSTA
Os percursos
Legenda:
Zonas verdes
Curso de agua proposto
| 112
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Reabilitação da Quinta da Marquesa em Carnide como lugar intergeracional
| A FORMA
A forma do edificado foi assim pensada para uma ideia de ‘ver e ser visto’
quer de cada geração entre si, quer das duas gerações.
Para além das relações visuais, os próprios edifícios novos vão funcionar
como ‘muros de divisão’ entre espaços semipúblicos, identificados pelos lugares
distributivos exteriores e de acessos tanto para veículos como para habitantes, e
espaços semiprivados, como por exemplo a praça intergeracional de intuito
Figura 97. Relação de pedonal como área de lazer tanto para as gerações propostas como para a
frontalidade entre os vários
núcleos comunidade presente pontualmente (Fig 98).
113 |
LINHAS CONCEPTUAIS DA PROPOSTA
As relações visuais
| 114
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Reabilitação da Quinta da Marquesa em Carnide como lugar intergeracional
115 |
INTERVENÇÃO URBANA
Intenções no exterior da Quinta
Largo da Residência
Largo do Beco
| 116
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Reabilitação da Quinta da Marquesa em Carnide como lugar intergeracional
passagem dos tempos, contudo têm predominante a côr amarela quando não
revestida a azuleijos. Deste modo, os restantes núcleos irão ter uma tonalidade
neutra para se complementarem com o preexistente, que é ao mesmo tempo
neutra com planos simples fazendo dos habitantes os principais elementos do
conjunto.195
Para além destes, um lugar coletivo que visa a proximidade entre gerações
tem implícita a presença de elementos que relacionem as vidas distintas. O
edificado segue então algumas “(...) linhas estruturantes do edificado antigo.”197
numa intenção de percurso evidenciando e encaminhando as pessoas para a
praça urbana central bem como promovendo a divição entre esta e as zonas de
entrada e acessos exteriores do terreno (Fig.101). Este tipo de elemento é
importante nestas temáticas pois oferece a oportunidade a que todos se
encontrem no dia-a-dia ou em momentos específicos,198 ajudando a estimula-los
a fazerem coisas juntos simplesmente por se cruzarem mais regularmente.
195
Ver capítulo 2.6.1 – “CASOS DE ESTUDO”,”Igreja de Santo António e Centro Paroquial”; pág.70.
196
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO – “II- Alguns referenciais técnicos para a
construção/ampliação/requalificação de escolas na perspectiva do centro escolar”; pág.6.
197
Vera Pacheco de Miranda de Sanches Osório – “Um Habitar entre gerações; A Reabilitação da Quinta
de Santa Theresa como Lugar Intergeracional”; Lisboa: Faculdade de Arquitetura, março de 2016;
Dissertação/projeto de Mestrado; pág.107.
198
Polyanna Alves Gonçalves – “HERMAN HERTZBERGER – EDIFÍCIOS ESCOLARES”; Teoria e crítica da
Arquitetura; Outubro de 2009.
117 |
INTERVENÇÃO URBANA
Intenções no interiorda Quinta
| 118
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Reabilitação da Quinta da Marquesa em Carnide como lugar intergeracional
199
Acompanhar este capítulo com o apêndice VI – “peças desenhadas provisórias”, pág.184.
200
Herman Hertzberger – “Lições de Arquitetura”; São Paulo; Livraria Martins Fontes; 1999; pàg.177.
201
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO – “II- Alguns referenciais técnicos para a
construção/ampliação/requalificação de escolas na perspectiva do centro escolar”; pág.7.
119 |
A PROPOSTA
Intervenção arquitetónica
Sendo o espaço mais antigo e por isso mais ligado à população local, o
núcleo preexistente vai ser destinado ao usufruto de todos e funcionar como
entrada principal do complexo para a comunidade de Carnide, considerada um
elemento de ligação fundamental para as relações positivas de proximidade entre
as gerações.
| 120
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Reabilitação da Quinta da Marquesa em Carnide como lugar intergeracional
121 |
A PROPOSTA
Intervenção arquitetónica
A par dos materiais, os dois corpos mais longos do novo edificado que
se desenvolvem horizontalmente no terreno diante um do outro, encontram-se
perpendiculares à pendente, interligando assim diferentes cotas e proporcionando
vários níveis de entradas (Fig 107). Neste contexto, dispõe das mesmas cotas e
malha estrutural, tornando a sua relação evidente, contudo a sua organização
dentro de cada proprama tem algumas variações consoante as cotas do terreno e
| 122
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Reabilitação da Quinta da Marquesa em Carnide como lugar intergeracional
123 |
INTERVENÇÃO NOVA
Núcleo escolar – Escola primária
| 124
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Reabilitação da Quinta da Marquesa em Carnide como lugar intergeracional
Zonas de transição
125 |
INTERVENÇÃO NOVA
Núcleo escolar – Escola primária
| 126
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Reabilitação da Quinta da Marquesa em Carnide como lugar intergeracional
127 |
INTERVENÇÃO NOVA
Núcleo escolar – Escola primária
cacifos e zonas intermédias de trabalho que permitem à criança uma zona mais
resguardada com a possibilidade de apropriação de um espaço mais intimo de
recreio (Fig.112, 113, 116 e 117), como acontece nas Escolas Apollo.202
202
Ver capítulo 2.6.1 – “CASOS DE ESTUDO”,”Escolas Apollo”; pág.62.
| 128
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Reabilitação da Quinta da Marquesa em Carnide como lugar intergeracional
129 |
INTERVENÇÃO NOVA
Núcleo habitacional – Residência sénior
de permanência a Sul, quer intimos que correspondem aos quartos, quer sociais
que correspondem as salas comuns. Deste modo a entrada para a residência é
feita também na ‘dobra’ pelo piso térreo à cota 100.05 orientada a Sul, com uma
visão direta para a praça intergeracional central (Fig.126, 127 e 130). Neste piso,
com acesso ao exterior a todo o comprimento, desenvolvem-se os serviços gerais
já evidenciados, a par de quatro quartos com uma característica mais
independentes relativamente aos restantes que se desenvolvem nos pisos
superiores, possuindo acessos facilitados aos serviços gerais do piso e um
acesso direto ao exterior através de um telheiro apropriado segundo as vontades
do habitante (Fig.131).
| 130
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Reabilitação da Quinta da Marquesa em Carnide como lugar intergeracional
Figura 130. (à esquerda) qualquer uma destas consegue ser espaçosa o suficiente e garantir a privacidade
lanta esquemática parcial
do nível inferior do núcleo também um sentimento de pertença aos habitantes regulares do espaço dando-
habitacional | Átrio de
entrada da residência como lhes uma ideia mais aproximada de ‘casa’, pela facilidade de apropriação através
distribuidor dos restantes
espaços dos recantos como no lar de idosos de Peter Rosegger (Fig.132) e pela
Figura 131. (à direita) possibilidade de poderem receber visitas dentro do seu espaço residêncial.
Planta esquemática parcial
do nível inferior do núcleo
habitacional | Relação dos Em termos de ambiências, a madeira vai ser uma das materialidades
quartos com acesso direto
ao exterior
interiores principais do edificado, transmitindo bem estar e ajudando à divisão dos
espaços através das suas mudanças de direção. Aliados às materialidades, os
espaços promovem possibilidades para uma interação tanto ativa como passiva,
relacionando os espaços privados e coletivos203 conciliando-os e mantendo-os
perto de maneira a que os idosos tenham maior controlo e autonomia de onde
estão e de onde passam o seu tempo, com vários lugares de descanso e estadia
com vista para o exterior e com uma certa familiaridade enquanto conversam e
Figura 132. Quarto do lar de observam o ambiente lá fora (Fig.133). Neste enquadramento, a galeria interior
Peter Rosegger com
recantos que permitem a também proporciona espaços de estadia com acesso a varandas direcionadas
apropriação pessoal do
espaço | Dietger para a praça central, intercalando-se com as aberturas das lajes que levam de
Wissounig Architekten,
2014, Áustria novo à intergeracionalidade (Fig.98).
203
Referido no Capítulo “2.4.2. A instituição para a geração sénior”; pág.39.
131 |
INTERVENÇÃO NOVA
Núcleo habitacional – Residência sénior
Espaços de estadia
e descanso
Zonas de transição
para os quartos
edificado são recuadas criando zonas de transição ao longo da galeria como nos
espaços escolares, neste caso entre a zona coletiva da galeria e a zona privada
da habitação, onde estão presentes as caixas de correio de cada habitação além
de prateleiras com objetos familiares à vista que proporcionam um sentimento de
pertença ao espaço (Fig.134 e 136). A par de todas as características que visam
a uma ambiência caseira, nesta pequena zona de transição, as portas duplas dos
quartos caracterizam-se também como ‘meias-portas’ como acontece no lar De
Drie Hoven204 e no lar Overloop (Fig.135) proporcionando ao convivio entre os
204
Ver capítulo 2.6.1 – “CASOS DE ESTUDO”,”De Drie Hoven”; pág.66.
| 132
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Reabilitação da Quinta da Marquesa em Carnide como lugar intergeracional
133 |
INTERVENÇÃO NOVA
Núcleo habitacional – Residência sénior
Por último, este núcleo, por ser destinado a idosos com menos
modalidade que necessitam de um determinado conforto para o seu bem-estar,
possui ligações facilitadas com a ‘casa de fora’ do núcleo pré-existente como
mais um lugar de estadia e com o complexo despotivo, que por sua vez apoia os
idosos regularmente com atividades específicas.
| ESPAÇO MULTIUSOS
| 134
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Reabilitação da Quinta da Marquesa em Carnide como lugar intergeracional
135 |
INTERVENÇÃO NOVA
Núcleos intergeracionais
| COMPLEXO DESPORTIVO
| 136
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Reabilitação da Quinta da Marquesa em Carnide como lugar intergeracional
137 |
NÚCLEOS INTERGERACIONAIS
Complexo desportivo
4.4.4 | A PRAÇA
| 138
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Reabilitação da Quinta da Marquesa em Carnide como lugar intergeracional
Parque infantil
Campo de jogos
Rampa de ligação
Anfiteatro exterior
Hortas
Caixa de areia
Jardim formal
139 |
INTERVENÇÃO NOVA
A praça
| 140
141 |
| 142
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
143 |
CONSIDERAÇÕES FINAIS
| 144
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Reabilitação da Quinta da Marquesa em Carnide como lugar intergeracional
A par disso, este tipo de programa deve ter uma relação intrínseca com o
‘Lugar’, no sentido em que este tem uma identidade própria que fornece uma
ligação positiva com a comunidade. Assim, a articulação entre os elementos
construidos do lugar e do programa deve ser também harmoniosa distinguindo as
suas identidades mas mantendo a ideia de conjunto.
145 |
CONSIDERAÇÕES FINAIS
| 146
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Reabilitação da Quinta da Marquesa em Carnide como lugar intergeracional
147 |
| 148
6 BIBLIOGRAFIA
149 |
BIBLIOGRAFIA
| 150
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Reabilitação da Quinta da Marquesa em Carnide como lugar intergeracional
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Reabilitação da Quinta da Marquesa em Carnide como lugar intergeracional
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153 |
BIBLIOGRAFIA
6.2 | REGULAMENTOS
| 154
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Reabilitação da Quinta da Marquesa em Carnide como lugar intergeracional
6.3 | WEBGRAFIA
“Arquitetura coletiva para a terceira idade: gero-habitação” – “De Drie Hoven (Holanda, 1974)
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ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Reabilitação da Quinta da Marquesa em Carnide como lugar intergeracional
MATIAS, Jorge - Extratos de: “Sociedade Solidária”; A. Bruto da Costa – 1995. Disponívem
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http://sites.ecclesia.pt/caritas.pt/cr/index.php?option=com_content&view=article&id=165:
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157 |
| 158
7 APÊNDICES
159 |
APÊNDICES
Fotografias da autora
| 160
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Reabilitação da Quinta da Marquesa em Carnide como lugar intergeracional
161 |
APÊNDICES
Apêmdice I – Levantamento fotográfico do local de intervenção
| 162
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Reabilitação da Quinta da Marquesa em Carnide como lugar intergeracional
163 |
APÊNDICES
Apêmdice I – Levantamento fotográfico do local de intervenção
| 164
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Reabilitação da Quinta da Marquesa em Carnide como lugar intergeracional
165 |
APÊNDICES
Apêmdice I – Levantamento fotográfico do local de intervenção
| 166
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Reabilitação da Quinta da Marquesa em Carnide como lugar intergeracional
167 |
APÊNDICES
| 168
A
B
E
D
C C
A
B
E
D
A
B
E
D
C C
104.45 105.05
A
B
E
D
A
B
E
D
105.05
C C
104.45 105.05
A
B
E
D
A
B
E
D
102.3
102.45
105.05
C C
102.3
104.45 105.05
102.62
A
B
E
D
A
B
E
D
100.10
99.52
100.00
99.52
99.22
100.05
99.52
100.35
99.50
C C
100.60
100.05 99.22
99.89
99.59
99.62
100.35
99.50
100.60
99.50
99.20
99.22
100.35
99.55
99.80
A
B
E
D
105.8
103.5
113.3
108.8
107.5
106.7
105.8 106.0
99.22 99.50
99.22
Corte C-C'
Alçado Nascente
Alçado Sul da 'Casa de Fora' Alçado Sul da Casa Principal (Corte A-A')
99.4
Corte E-E'
173 |
APÊNDICES
| 174
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Reabilitação da Quinta da Marquesa em Carnide como lugar intergeracional
175 |
APÊNDICES
Apêndice III – Processo de maquetas
Maquete 2. Primeiras
abordagens projetuais |
Esc.1:500
| 176
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Reabilitação da Quinta da Marquesa em Carnide como lugar intergeracional
177 |
APÊNDICES
Apêndice III – Processo de maquetas
| 178
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Reabilitação da Quinta da Marquesa em Carnide como lugar intergeracional
179 |
APÊNDICES
Apêndice III – Processo de maquetas
| 180
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Reabilitação da Quinta da Marquesa em Carnide como lugar intergeracional
181 |
APÊNDICES
| 182
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Reabilitação da Quinta da Marquesa em Carnide como lugar intergeracional
183 |
APÊNDICES
Apêndice IV – Processo de desenho
| 184
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Reabilitação da Quinta da Marquesa em Carnide como lugar intergeracional
185 |
APÊNDICES
| 186
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Reabilitação da Quinta da Marquesa em Carnide como lugar intergeracional
Maquete 1. Enquadramento da
Freguesia de Carnide na
cidade de Lisboa |
Esc.1:40000
187 |
APÊNDICES
Apêndice V – Maquetas finais
Maquete 2. Relação
volumétrica dos núcleos
propostos com a envolvente |
Esc.1:500
| 188
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Reabilitação da Quinta da Marquesa em Carnide como lugar intergeracional
189 |
APÊNDICES
Apêndice V – Maquetas finais
| 190
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Reabilitação da Quinta da Marquesa em Carnide como lugar intergeracional
191 |
APÊNDICES
Apêndice V – Maquetas finais
| 192
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Reabilitação da Quinta da Marquesa em Carnide como lugar intergeracional
193 |
APÊNDICES
| 194
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Reabilitação da Quinta da Marquesa em Carnide como lugar intergeracional
223 |
| 224
8 ANEXOS
225 |
ANEXOS
| 226
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Reabilitação da Quinta da Marquesa em Carnide como lugar intergeracional
Imagem 1 | Cartografia Antiga do Silva Pinto, datada de 1904 a 1911 - Lx_Silva Pinto_5Q
Imagem 1 | Cartografia Antiga do Silva Pinto, datada de 1904 a 1911 - Lx_Silva Pinto_5Q
Imagem 1 | Cartografia Antiga do Silva Pinto, datada de 1904 a 1911 - Lx_Silva Pinto_5Q
Imagem 1 | Cartografia Antiga do Silva Pinto, datada de 1904 a 1911 - Lx_Silva Pinto_5Q
Imagem 1 | Cartografia Antiga do Silva Pinto, datada de 1904 a 1911 - Lx_Silva Pinto_5Q
227 |
| 228
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Reabilitação da Quinta da Marquesa em Carnide como lugar intergeracional
229 |
Imagem 1 | Cartografia Antiga do
Imagem
Silva Pinto,1datada
| Cartografia
de 1904Antiga
a 1911do Silva Pinto, datada de 1904 a 1911 - Lx_Silva Pinto_5Q
- Lx_Silva Pinto_5Q
ANEXOS
| 230
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Reabilitação da Quinta da Marquesa em Carnide como lugar intergeracional
Planta atual de parte da Casa senhorial da Quinta da Marquesa em Carnide – Planta de cobertura
231 |
ANEXOS
Dados das pré-existências da Quinta da Marquesa
Corte A-B; Corte C-D; alçado Sul de parte da Casa senhorial da Quinta da Marquesa em Carnide
Alçados Norte, Nascente e Poente de parte da Casa senhorial da Quinta da Marquesa em Carnide
| 232
ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Reabilitação da Quinta da Marquesa em Carnide como lugar intergeracional
233 |
ANEXOS
(Fonte: http://colegiodomeninojesus.blogspot.com/)
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ARQUITETURA DE PROXIMIDADE ENTRE GERAÇÕES
Reabilitação da Quinta da Marquesa em Carnide como lugar intergeracional
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