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IconografIa e PatrImônIo
O Catálogo da Exposição de História do Brasil
e a fisionomia da nação
Iconografia e Patrimônio
O Catálogo da Exposição de História do Brasil
e a fisionomia da nação
Presidente da República / Luiz Inácio Lula da Silva • Ministro da Cultura / Juca Ferreira
Presidente / Muniz Sodré de Araújo Cabral • Diretora Executiva / Célia Portella • Gerência
do Gabinete / Cilon Silvestre de Barros • Diretoria do Centro de Processamento Técnico / Liana
Gomes Amadeo • Diretoria do Centro de Referência e Difusão / Mônica Rizzo • Coordenação Geral
de Planejamento e Administração / Tânia Mara Barreto Pacheco • Coordenação Geral de Pesquisa
e Editoração / Oscar Manoel da Costa Gonçalves • Coordenação Geral do Sistema Nacional de
Bibliotecas Públicas / Ilce Gonçalves Cavalcanti
Apoio
Maria Inez Turazzi
Iconografia e Patrimônio
O Catálogo da Exposição de História do Brasil
e a fisionomia da nação
Rio de Janeiro
2009
Editor
Marcus Venicio Ribeiro
Revisão
Leonardo Fróes
Diagramação
Conceito Comunicação Integrada
Reprodução Fotográfica
Claudio Cavalcanti Xavier, Jaime Acioli e Leonardo da Costa
Ilustração da capa
Eugène CICÉRI e Philippe BENOIST (lith.).
Rio de Janeiro. As praias St. Luzia. A Glória.
1852-53.
Inclui bibliografia.
Em apêndice: Vistas e paisagens do Rio de Janeiro no Catálogo da exposição de história
do Brasil.
ISBN 978-85-333-0546-5
CDD 981
Prefácio
9
Introdução
17
Capítulo 1
Iconografia e patrimônio: plataformas de observação
29
Capítulo 2
Entre passado e futuro: o Catálogo e a Exposição de
História do Brasil na Biblioteca Nacional
85
Considerações finais
Uma coleção ‘sistemática’ de estampas
147
Apêndice
‘Vistas e paisagens’ do Rio de Janeiro no
Catálogo da Exposição de História do Brasil
173
Fontes e Bibliografia
229
Agradecimentos
242
Sobre a autora
243
InezTurazzi.indd 8 6/10/2009 19:24:00
Maria Inez Turazzi
Prefácio
N
ão saberia dizer exatamente quando, nem mesmo como,
menos ainda por quê. Em algum momento, durante ou após
a leitura do texto que ainda tenho em mãos, outras palavras
se apresentaram, insinuaram-se talvez, o verso de um poeta parecendo se
oferecer para sublinhar ainda mais o prazer de uma leitura. Mas não era
apenas isto. Eram palavras que pareciam insistir em me fazer compreender
que as exposições, mesmo aquelas classificadas como permanentes, são
elas também eternas, ainda que apenas enquanto durem.
Diga-se a favor de uma proposta de compreensão, intimamente
associada ao ato de sentir, que não consigo recusar, que ela me possibilita
ter lado a lado aquele que imagina algo a ser exposto, e efetivamente o
expõe, e um outro que, movido por expectativas particulares, se dispõe a ver.
No caso do texto que tudo isto suscita, pôr lado a lado o bibliotecário e o
visitante da Exposição de História do Brasil de 1881, realizada na Biblioteca
Nacional, a antiga, que ocupava um velho edifício, de dimensões acanhadas,
nas proximidades do Passeio Público. Mas não apenas ter lado a lado Ramiz
9
Galvão, o diretor que sabia que uma biblioteca nacional “não pode e não deve
ficar estacionária, a bem de nossos créditos de país adiantado”, e cada um
dos 7.601 visitantes que ali estiveram no mês seguinte ao da inauguração
da exposição no dia 2 de dezembro de 1881. Do Catálogo da Exposição de
História do Brasil, no qual a exposição se desdobrava e completava, publicado
em três volumes entre 1881 e 1883, os primeiros leitores foram outros tantos
visitantes que, também ao lado daquele que para sempre seria o diretor
exemplar, embora já não o fosse de direito, ampliariam aquele número inicial
de visitantes, por muitos avaliado como modesto, em um movimento que se
desdobraria na prática de outros leitores-visitantes, quer da edição princeps
do Catálogo, quer de suas duas reedições já no século passado. Quase 130
anos depois, as páginas deste Iconografia e patrimônio: o Catálogo da Exposição
de História do Brasil e a fisionomia da nação, de Maria Inez Turazzi, se oferecem
a outros leitores-visitantes, propondo novos roteiros e percursos que a cada
passo geram expectativas e logo se desdobram em desafios. Páginas que se
oferecem a você, leitor, mediando o encontro com o bibliotecário diligente;
páginas que se apresentam ao leitor-visitante como a possibilidade de ser
tanto o expectador de tudo aquilo que uma exposição e seu catálogo ainda
despertam, quanto o espectador que testemunha como as exposições são
eternas, ainda que apenas enquanto dure o prazer da leitura de um texto
luminoso. À(s) visita(s), então.
Pode-se ir à Biblioteca Nacional, a nova, em seu prédio grandioso
que nos faz esquecer, por vezes, que ela nem sempre ali esteve. E, a partir
quer das informações que a autora nos oferece quer dos referenciais teóricos
de que se serve, experimentar deslocamentos essenciais, que não apenas
nos convidam a dedicar atenção mais cuidadosa à “Seção Artística” do
Catálogo, em particular às centenas de “retratos”, “cenas”, “tipos”, “vistas”,
“paisagens” e “marinhas”, embora não apenas a elas, como também – e creio
10
11
12
13
14
15
momento, não poucos imaginaram poder não ser forçada, já não era possível
fazê-lo quando tantos deslocamentos revelavam, por certo, a crise dos
princípios e valores que sustentavam a ordem escravocrata. Assim, aquele
território passaria a ser representado como o território onde transcorrera
uma “história íntima”, no dizer de Capistrano de Abreu, um ano antes da
inauguração da Exposição da História do Brasil. Uma “história íntima”
complementada por outra, uma “história externa”, em tudo secundária.
Daquela “história”, no seu entender, cumpria “mostrar como aos poucos
se foi formando a população, devassando o interior, ligando entre si as
diferentes partes do território, fundando indústrias, adquirindo hábitos,
adaptando-se ao meio e constituindo por fim a nação”. E o historiador
cearense não hesitava em afirmar também: “esta história deve escrevê-la
um brasileiro, e só daqui a quarenta anos será possível”.
No ano seguinte, Ramiz Galvão oferecia ao espectador da Exposição
da História do Brasil a oportunidade de conhecer inúmeros elementos,
dentre os quais “estampas” memoráveis, que permitiriam a realização da
proposta daquele de quem sempre desfrutara a amizade e companhia;
imaginava – quem sabe? – despertar em um daqueles visitantes a expectativa
de uma autoria futura. Treze décadas depois, o texto inteligente de Maria
Inez Turazzi, com os desafios que a cada página se apresentam, é o convite a
outras visitas àquela exposição e a seu catálogo monumental, cujos roteiros
e sentidos caberá a você traçar. Não hesite, pois. E não duvide, também:
das visitas a uma exposição cujo caráter eterno decorre da sua leitura deste
Iconografia e Patrimônio, você sairá diferente!
Novembro 2008
16
Introdução
U
ma consulta de rotina, na biblioteca do Museu Imperial, ao
Catálogo da Exposição de História do Brasil (CEHB), lançado
pela Biblioteca Nacional, em 1881, acabou se transformando
no objeto de uma pesquisa mais ampla interligando as duas instituições e
seus acervos. Divulgar os resultados dessa pesquisa em um livro que vem
agora a público trazendo também o selo da Biblioteca Nacional e o apoio
do Museu Imperial não é mera coincidência. A sua concretização, além
de estreitar os vínculos entre duas importantes instituições culturais do
país, deve ser lida como uma demonstração do apreço, no passado e no
presente, à necessária e louvável soma de esforços em prol da constituição,
preservação e divulgação de nosso patrimônio documental.
Em 1999, uma doação feita pelo casal Maria Cecília e Paulo Geyer
ao Museu Imperial, amplamente noticiada pela imprensa de todo o país,
representou um dos mais importantes legados ao patrimônio nacional.
Essa doação engloba um dos maiores conjuntos, até então em mãos de
particulares, de óleos sobre tela, desenhos, gravuras, litogravuras, álbuns
e livros de viagem sobre o Brasil, produzidos por artistas estrangeiros e
17
viajantes de toda sorte que aqui estiveram entre os séculos XVI, XVII,
XVIII e, sobretudo, o XIX. Ela também inclui a própria residência do
casal, na cidade do Rio de Janeiro, localizada em terreno de mais de dez
mil metros quadrados, aos pés do Corcovado, com seus móveis, cristais,
tapetes, pratarias e outros objetos decorativos, tão formidáveis como toda
a brasiliana ali reunida.
Catalogar e estudar esse acervo, além de rara oportunidade
profissional, tem representado um grande desafio. Entre outros motivos,
porque essa tarefa abriu novos horizontes “visuais” para uma trajetória de
pesquisa centrada até então no estudo das imagens fotográficas do século
XIX, em uma perspectiva interdisciplinar e transnacional. Compõem
a coleção Geyer mil e duzentas obras iconográficas e cartográficas
(emolduradas ou avulsas), às quais se somam mais de duas mil publicações,
entre as quais se encontram álbuns ilustrados, relatos de viagens, relatórios
de expedições, catálogos de exposições, ensaios e biografias e outras obras
raras, em grande parte estrangeiras.
Articular a identificação e a preservação do patrimônio
iconográfico que compõe a coleção Geyer com a lenta construção da
idéia de patrimônio entre nós, notadamente em sua dimensão visiva,
permitiu-me explorar uma temática mais ampla no tratamento dessas
imagens, tendo como pano de fundo a sociedade brasileira dos oitocentos.
Em outras palavras, o estudo do acervo iconográfico da coleção Geyer
ofereceu-me a oportunidade para uma reflexão sobre as relações entre
a constituição de um patrimônio visivo que chegou aos nossos dias e a
emergência da noção de patrimônio em época anterior à implantação no
país das primeiras políticas públicas de proteção ao chamado “patrimônio
histórico e artístico nacional” (expressão que consagraria tais iniciativas,
já no século XX). Como bem definiu Dominique Poulot, “a história do
18
1. (...) l’histoire du patrimoine est largement l’histoire de la manière dont une société
contruit son patrimoine ». POULOT, Dominique. Une histoire du patrimoine en Occident.
Paris: Presses Universitaires de France, 2006, p. 4.
19
5. Cf. MOTTA, Marly da Silva. Rio de Janeiro: de cidade-capital a Estado da Guanabara. Rio
de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 2001. A autora analisa o modo como a cidade do
Rio de Janeiro funda sua identidade política sobre a tradição de ser “a síntese da nação”.
21
6. Esse estudo está sendo incorporado ao novo dossiê da candidatura do Rio de Janeiro, em
preparo pelo IPHAN, e o tema será mais amplamente desenvolvido em outra publicação,
dedicada ao Rio de Janeiro, prevista para 2009/2010.
7. Ver, na Bibliografia, artigos e livros que indicam esse percurso e de onde transcrevi
algumas breves passagens relacionadas com o estudo da coleção Geyer e a temática
específica deste livro.
8. Publicado sob o título “Imagens da nação: a Exposição de História do Brasil de 1881
e a construção do patrimônio iconográfico”. In: ANDERMANN, Jens; GONZÁLEZ,
Beatriz. Galerias del progreso: museos, exposiciones y cultura visual en America Latina. Rosário
(Argentina): Viterbo, 2006, p.117-150.
9. Ver em http://www.bbk.ac.uk/ibamuseum/
22
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. AMADEO, Maria Eliza de Souza. A Exposição de História do Brasil (1881). Rio de
Janeiro, 2007. Dissertação de mestrado em História pela UERJ. O estudo apresenta uma
breve síntese das exposições do século XIX e dois capítulos sobre “o que seria” e “o que
foi a exposição”, inserindo a sua realização na história da Biblioteca Nacional desde a
sua instalação no Brasil. A autora descreve em detalhes as salas da exposição, as figuras
homenageadas por seus organizadores e a proximidade entre o sistema classificatório do
Catálogo da Exposição de História do Brasil e a historiografia da época. Agradeço a Tânia
Maria Bessone pelo acesso ao trabalho.
23
24
25
26
27
28
Capítulo 1
I conografia e P atrimônio :
P lataformas de O bservação
A
s relações do presente com as imagens do passado, intimamente
ligadas às nossas concepções de tempo, memória e história, são
essenciais para a compreensão da forma como representamos esse
tempo pretérito, o lugar que a história ocupa em nosso presente e o modo
como são tratados os vestígios do passado. O conhecimento histórico, que
põe a si próprio em uma perspectiva cultural, ajuda-nos, por isso mesmo,
a pensar o papel da iconografia e de outras representações do passado na
cultura histórica oitocentista.1 A noção de patrimônio e as práticas ligadas
à sua valorização e preservação permitem “um olhar particular sobre a
história”, como nos lembra o historiador Henry Rousso, já que temos aí
um indicador privilegiado da relação que uma dada sociedade mantém
1. Georges Duby salienta que os historiadores estão cada vez mais interessados em estudar
como as coisas foram «percebidas» e porque foram «apresentadas» desta ou daquela
maneira em dado texto, de modo a «recuperar o olhar lançado pelas pessoas da época
sobre o acontecimento atual, ou sobre o acontecimento passado, sobre as estruturas atuais
ou passadas». In: DUBY, Georges; LARDREAU, Guy. Diálogos sobre a nova história. Lisboa:
Publicações Dom Quixote, 1989, p. 75-76.
29
com seu passado, relação esta que também se transforma com o tempo.2
É com este enfoque, isto é, como plataformas de observação das conexões
que estabelecemos com o nosso passado, que as noções de patrimônio e
iconografia estão sendo discutidas neste capítulo.
As palavras não caem do céu, elas nascem na hora certa. Nos últimos
anos, o estudo do vocabulário parece ser uma das vias mais adequadas
à renovação da história social e do estudo das mentalidades. A noção
de léxico como um conjunto estruturado é uma das aquisições da lexi-
cologia moderna. É evidente que os elementos do vocabulário, em uma
época determinada da vida em sociedade, formam um conjunto.5
6. KOSELLECK, Reinhart. Futuro passado: contribuição à semântica dos tempos históricos.
Rio de Janeiro: Contraponto; Editora da PUC-Rio, 2006, p. 104. Como assinala o professor
Marcelo Jasmin, que assina a apresentação da obra, essa edição “preenche uma das muitas
lacunas imperdoáveis de nosso mercado editorial” (p. 12).
32
definição dos patrimônios culturais, por exemplo, foi analisada por José
Reginaldo Gonçalves em sua crítica à concepção “aurática” dos chamados
“ideólogos do patrimônio” no que se refere à autenticidade dos bens
simbólicos da nação, “onde os aspectos da singularidade e permanência
são enfatizados em detrimento da reprodutibilidade e da transitoriedade”,
de modo que “a crença nacionalista na ‘realidade’ da nação é possibilitada
pela crença na autenticidade do patrimônio”.10 Néstor Canclini, contudo,
apontou outros aspectos dessa questão, afirmando que “à medida que
nosso estudo e promoção do patrimônio assumam os conflitos que o
acompanham, poder-se-á contribuir para a afirmação da nação, não como
algo abstrato, mas sim como aquilo que une e concentra num projeto
histórico solidário os grupos sociais preocupados com a forma como
habitam seu espaço e conquistam sua qualidade de vida”. 11
A literatura brasileira sobre questões patrimoniais (vide a
Bibliografia), por se ater principalmente à análise das disputas em torno
do conceito que se tornou hegemônico com a atuação do SPHAN, não
traz muitas referências sobre o aparecimento da noção de patrimônio
no Brasil já no século XIX, nem tampouco sobre a correlação entre esta
noção e outras expressões com sentido aproximado utilizadas na época
(“monumento histórico”, “riquezas nacionais”, “civilização material”
etc). No entanto, sem o conhecimento da etimologia da palavra
patrimônio e seu uso na língua portuguesa, sem a articulação dessa
idéia com o “espaço da experiência” e o “horizonte de expectativa” em
determinado contexto, sem o estudo de suas transformações na sociedade
10. �������������������������������������������������������������������������������
Cf. GONÇALVES, José Reginaldo dos Santos. “Autenticidade, memória e ideologias
nacionais: o problema dos patrimônios culturais”. Estudos Históricos. Rio de Janeiro, v. 1,
n. 2, 1988, p. 272.
11. �����������������������������������������������������������������������������������
CANCLINI, Néstor G. “O patrimônio cultural e a construção imaginária do nacional”.
Revista do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Rio de Janeiro, n. 23, 1994, p. 114.
34
12. ��������������������������������
FONSECA, Maria Cecília Londres. O patrimônio em processo; trajetória da política
federal de preservação no Brasil. Rio de Janeiro: UFRJ/ IPHAN, 1997, p. 29.
13. �������������������������������������������������������������������������
CHOAY, Françoise. “A propos de culte et de monuments”. In: ������������������
RIEGL, Aloïs. Le culte
moderne des monuments; son essence et sa genèse. Paris: Seuil, 1984.
35
14. �������������������������������������������������������������������������������������
FONSECA, Maria Cecília Londres. Op. cit., 1997, p. 85 e segs. “No Brasil, a temática
do patrimônio – expressa como preocupação com a salvação dos vestígios do passado
da Nação e, mais especificamente, com a proteção de monumentos e objetos de valor
histórico e artístico – começa a ser considerada politicamente relevante, implicando no
envolvimento do Estado, a partir da década de vinte deste século”.
15. �����������������������������
MAGALHÃES, Aline Montenegro. Colecionando relíquias...: um estudo sobre a
Inspetoria de Monumentos Nacionais – 1934 a 1937. Rio de Janeiro, 2004. Dissertação de
mestrado pelo IFCS / UFRJ.
36
16. ��������������������������������������������������������������������������������
MAGALHÃES, Aline Montenegro. “A curta trajetória de uma política de preservação
patrimonial; a Inspetoria de Monumentos Nacionais”. Anais do Museu Histórico Nacional,
v. 36, 2004, p. 16.
17. ���������������������������������������������������������������������������������
FONSECA, Maria Cecília Londres. “A invenção do patrimônio e a memória nacional”.
In: BOMENY, Helena (org.). Constelação Capanema: intelectuais e políticas. Rio de Janeiro:
Editora FGV, 2001, p. 93.
18. ���������������������������������������������������������������������������������
Cf. PINHO, José Wanderley de Araújo. “Proteção dos monumentos públicos e objetos
históricos”. Revista do Instituto Histórico e Geográfico da Bahia, v. 14, 1917, p. 191-198. O
apelo do historiador apresentado nesse texto é uma das mais antigas proposições no Brasil
para a criação de um organismo oficial de proteção ao patrimônio histórico.
37
19. ���������������������������������
ANDRADE, Rodrigo Melo Franco de. Rodrigo e o SPHAN; coletânea de textos sobre o
patrimônio cultural. Rio de Janeiro: Fundação Nacional Pró-Memória, 1987, p. 59. Sobre
a ancestralidade das preocupações com a preservação do patrimônio edificado no Brasil,
Rodrigo M. F. de Andrade menciona, por exemplo, a iniciativa do vice-rei D. Andre de
Mello e Castro, conde de Galveias, em carta enviada ao governador de Pernambuco, em
1742, a propósito do destino a ser dado às construções deixadas pelos holandeses.
20. ���������������������������������������
Ver, p. ex., SILVA, Antonio de Moraes. Diccionario da língua portuguesa. Lisboa:
Typ. Antonio José da Rocha, 1858. Sobre a “trajetória polissêmica” das palavras pátria
e patriota, ver MOREL, Marco. “Pátrias polissêmicas: república das letras e imprensa na
crise do Império português na América”. In: KURY, Lorelay (org.) Iluminismo e Império no
Brasil: O Patriota (1813-1814). Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2007.
38
21. ������������������
CHOAY, Françoise. A alegoria do patrimônio. São Paulo: Estação Liberdade; Unesp,
2001, p. 27-28.
22. ��������������������������
Apud ANDRIEUX�������������
, Jean-Yves. Patrimoine et histoire. Paris: Belin, 1997, p. 23 (“Le
patrimoine des dictionnaires”).
39
23. ���������������������������������������������������������������������������������
No Brasil, Rodrigo Melo Franco de Andrade e Mário de Andrade viram na fotografia
um instrumento imprescindível para o tombamento e a proteção do patrimônio histórico e
artístico nacional. O escritor Mário de Andrade, além de ter “fotado” (como ele costumava
dizer) e colecionado muitas fotografias ao longo de sua vida, foi quem instaurou no Serviço
do Patrimônio uma política de documentação fotográfica das manifestações culturais,
históricas e artísticas, populares e eruditas, edificadas e não edificadas que constituiriam
a identidade do Brasil e, por conseguinte, formariam através dessa iconografia uma visão
mais abrangente de seu patrimônio. Cf. Revista do Instituto Histórico e Artístico Nacional, nº
27, 1998, sobre fotografia.
40
Monumento
s.m. (do lat. monumentum). Obra, edifício erguido à memória de alguém
ou de algum sucesso, para conservar em o futuro. §Mausoléu, ou sepul-
tura nobre (...)
§ fig. As escrituras, que conservam a memória dos fatos.
25. �������������������
NUNES, José Horta. Dicionários no Brasil; análise e história do século XVI ao XIX. São
Paulo: Fapesp; Faperp, 2006, pp. 11 e segs.
26. �������������������������������������������������������������������������������������
Brasileiro, natural do Rio de Janeiro, Antonio de Moraes Silva produziu aquele que é
considerado o primeiro dicionário propriamente dito da língua portuguesa. Apud NUNES,
J. H. Op. cit., p. 183 e segs.
42
27. ��������������������������
SILVA, Antonio de Moraes. Diccionario da lingua portugueza por (...), natural do Rio
de Janeiro; sexta edição melhorada e muito accrescentada pelo desembargador Agostinho de
Mendonça Falcão, sócio da Academia Real das Sciencias de Lisboa. Lisboa: Typ. Antonio José
da Rocha, 1858, p. 389, 502, 964.
28. ������������������������������������������������������������������������������������
Como instrumentos para a diferenciação das línguas faladas em Portugal e no Brasil,
os dicionários de português editados em Portugal também estimularam o aparecimento
dos dicionários de brasileirismos criados no Brasil no século XIX. Cf. NUNES, José Horta.
Op. cit., 205 e segs.
43
Monumento
Qualquer obra erigida em honra de alguém ou para comemorar algum
acontecimento notável. Edifício grandioso, digno de admiração pela sua
estrutura ou pela sua antiguidade. Mausoléu, sepulcro suntuoso.
Qualquer obra intelectual ou material que pelo seu alto valor passa à
posteridade: Os monumentos literários que nos legou a musa fecundíssima
dos gregos (Lat. Coelho).
Lembrança, recordação: Deixaste acaso a face da tua vitima descoberta
para monumento do crime? (Herc.)
— pl. documentos, fragmentos de obras científicas, literárias, legislativas
ou artísticas da Antiguidade pelas quais se estuda a história dos séculos
passados: O respeito dos venerandos monumentos dos nossos avós, renascen-
do, poderá acudir ainda a tempo com mão protetora...(R. da Silva).
F. lat. Monumentum29
29. ��������������������������������
AULETE, Francisco Julio Caldas. Diccionario contemporaneo da lingua portugueza.
Lisboa: Imprensa Nacional, 1881, p. 1184.
44
30. ��������������������������������������
RIEGL, Aloïs. Op. cit., esp. p. 35-62.
31. ��������������������������������������������������
JANCSÓ, István. “Este livro”. In: JANCSÓ, István. Brasil: formação do Estado e da
nação. São Paulo: Hucitec; Editora Unijuí, 2003, p.15.
32. �����
Idem.
33. CARVALHO, José Murilo de. A construção da ordem: a elite política imperial.
Rio de Janeiro: Campus, 1980, p. 177.
45
34. ������������������������������������������������������������������������������
CARVALHO, José Murilo de. “Aspectos históricos do Pré-Modernismo brasileiro”.
In: FUNDAÇÃO CASA DE RUI BARBOSA. Sobre o Pré-Modernismo. Rio de Janeiro,
1988, p. 15-16.
35. ���������������������������������������������������������������������������������
GUIMARÃES, Manoel L.S. “Nação e civilização nos trópicos: o Instituto Histórico
e Geográfico Brasileiro e o projeto de uma história nacional”. Estudos Históricos. Rio de
Janeiro, n. 1, p.5-27, 1988.
36. ��������������������������
MATTOS, Ilmar Rohloff de. O tempo Saquarema. São Paulo: Hucitec, 1987, p. 152.
46
Iconografia e visualidade
Como expressão material e simbólica de contextos singulares,
as imagens respondem pela criação, utilização e combinação, de uma
forma própria, das referências concretas e imaginárias que configuram as
heranças e tradições de uma comunidade, os modos de ser, fazer e pensar
de seus integrantes, enfim, as formas mais diversificadas de criação e
representação do sentimento de identidade dos indivíduos e grupos que
compõem uma coletividade. As imagens participam, por isto mesmo, da
noção de pertencimento e da construção do que hoje concebemos como
patrimônio, sem desconsiderar as re-significações dessa idéia ao longo do
tempo. Mas para tratar de determinadas imagens em sua relação com o
aparecimento da noção de patrimônio no Brasil, foi necessário estabelecer
39. ������������������
SUSSEKIND, Flora. O Brasil não é longe daqui. São Paulo: Companhia das Letras,
1990, p. 39.
48
49
40. �������������
COLI, Jorge. Como estudar a arte brasileira do século XIX? São Paulo: Senac, 2005, p. 22.
50
41. �����������������
PANOFSKY, Erwin. Significado nas artes visuais. 3 ed. São Paulo: Perspectiva, 2002, p. 47.
42. ������������
Idem, p. 54.
43. Idem, p. 53.
51
44. ��������������
BURKE, Peter. O que é história cultural. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2005. Ver, tb.,
organizado pelo mesmo historiador, A escrita da história; novas perspectivas. São Paulo:
Editora da Unesp, 1992.
52
45. ��������������������������������������������������������������������������������
MENEZES, Ulpiano Bezerra de. “Morfologia das cidades brasileiras; introdução ao
estudo histórico da iconografia urbana”. Dossiê Brasil dos viajantes. In: Revista da USP, nº
30. Jun-ago 1996, p. 144-155.
46. �������������������������������������������������������������������������������������
Idem “Fontes visuais, cultura visual, história visual; balanço provisório, propostas
cautelares”. Revista Brasileira de História. São Paulo, v. 23, n° 45, jul. 2003, p. 11.
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-01882003000100002
53
47. ��������������
Ibidem, p. 20.
54
48. ����������������
SANTOS, Renata. A imagem gravada; a gravura no Rio de Janeiro entre 1808 e 1853.
Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2008 e Impressões sociais: a produção de gravuras no Rio de
Janeiro, na primeira metade do século XIX (1808-1853). Rio de Janeiro: Programa de Pós-
Graduação em História Social/IFCS/UFRJ, 2008 (Tese de doutorado).
55
49. ����������������������������������������������������������������������������
Alguns aspectos dessa questão foram tratados em NEVES, Margarida de Souza e
TURAZZI, Maria Inez. “Cliché, stéréotype – villes”. In: GERVEREAU, Laurent (org.).
Dictionnaire mondial des images. Paris: Nouveau Monde, 2006, p. 229-233.
50. �������������������������������������������������������������������
COSTA, A. ; BRUSATIN, M. “Visão”. In: ENCICLOPÉDIA Einaudi. Porto:
Imprensa Nacional / Casa da Moeda, 1992, pp. 242-273.
56
51. LETHEVE, Jacques. La vie quotidienne des artistes français au XIXe siècle. Paris:
Hachette, 1968, p. 179.
52. ����������������������������������������������������������������������
Sobre o tema no contexto brasileiro, ver IPANEMA, Rogéria Moreira de. Arte da
imagem impressa: a construção da ordem autoral e a gravura no Brasil do século XIX. Niterói:
Programa de Pós-Graduação em História/ICHF/UFF, 2007 (Tese de doutorado).
57
Eliseu Visconti
Ex-libris da Biblioteca Nacional
Fotozincogravura, 7,0 x 5,9 cm
Acervo Fundação Biblioteca Nacional
58
53. ������������������
FERREZ, Gilberto. Iconografia do Rio de Janeiro. 1530-1890. Rio de Janeiro: Casa
Jorge Editorial, 2000, p. 324-325. A reprodução da imagem pode ser vista em SANTOS,
Renata. Op. cit, p. 69. Agradeço à pesquisadora a indicação dessa referência, entre outras
sugestões na edição final deste livro.
59
54. ����������������������������
FERREIRA, Orlando da Costa. Imagem e letra; introdução à bibliologia brasileira:
a imagem gravada. São Paulo: Melhoramentos; Edusp; Secretaria da Cultura, Ciência e
Tecnologia, 1976, p. 210.
55. ���������������������
BIBLIOTECA NACIONAL. Catalogo da Exposição de História do Brasil realizada pela
Bibliotheca Nacional do Rio de Janeiro a 2 de dezembro de 1881. Rio de Janeiro: Typ. de G.
Leuzinger & Filhos, 1881, esp. os itens 17492 e 17506.
60
61
56. �������������������������������������������
Para se ter uma idéia, por volta de 1845 a Imprimerie Lemercier contava com uma
centena de empregados em seu atelier de litografia. Sobre a casa Lemercier e o mercado de
estampas da época, ver ROSEN, Jeff. “La photographie et l’estampe industrielle en France
dans les années 1840”. Nouvelles de l’Estampes, nº 92, mai 1987, p. 4-15; e ADHEMAR,
Jean. “Le public de l’estampe”. Nouvelles de l’Estampe, nº 37, jan-fév 1978, p.7-19.
57. ���������������������������������������������������������������������
Sobre este primeiro panorama fotográfico ver FERREZ, Gilberto et al. A muito leal
e heróica cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro; quatro séculos de expansão e evolução
(...). Paris, 1965.
62
58. �������������������������������������������������������������������������������
O tema foi desenvolvido mais amplamente na pesquisa que publiquei com o título
Poses e trejeitos; a fotografia e as exposições na era do espetáculo (1839-1889). Rio de Janeiro:
Funarte; Rocco, 1995.
63
A fisionomia do Brasil
Pintor, gravador, escritor, crítico de arte e diplomata, o francês
Roger de Piles (1635-1709) defendeu há tempos a singularidade e a eficácia
das estampas para a aprendizagem, a satisfação e o convencimento do
observador. Trechos de sua obra Abrégé de la vie de peintres (Paris, 1699), por
isto mesmo, figuram como uma espécie de manifesto editorial nas páginas
do Le Magasin Pittoresque, jornal lançado em Paris, em 1832, com abundante
ilustração destinada à “educação popular”, cuja circulação também alcançou
o Brasil, a exemplo de muitos outros periódicos franceses.
Entre todos os bons efeitos que podem advir do uso das estampas, nos
contentaremos aqui em apresentar seis deles, que facilmente permitirão
avaliar os outros.
O primeiro é divertir pela imitação, representando-nos as coisas visíveis
por sua figuração.
O segundo é nos instruir de uma maneira mais intensa e mais imediata
do que pela palavra. As coisas que entram pelas orelhas, dizia Horácio,
tomam um caminho bem mais longo e tocam bem menos do que aquelas
que entram pelos olhos, testemunhas mais seguras e mais fiéis.
A terceira é abreviar o tempo que se empregará relendo as coisas que
escaparam à memória, refrescando-a em um golpe de vista.
A quarta, nos representar as coisas ausentes como se elas estivessem
diante de nossos olhos, o que só poderíamos ver através de penosas via-
gens e grandes despesas.
A quinta, dar meios de comparar facilmente diversas coisas em conjun-
to, pelo pouco espaço que as estampas ocupam, por seu grande número
e por sua diversidade.
E a sexta, formar o gosto pelas boas coisas e proporcionar ao menos um
conhecimento superficial das belas artes, o que não é permitido às pes-
soas de bem ignorar. ��
59
59. PILES, Roger de. Abrégé de la vie des peintres. Paris, 1699. « Entre tous les bons effets
qui peuvent venir de l’usage des estampes, on se contentera ici d’en rapporter six, qui
feront juger facilement des autres. Le premier est de divertir par l’imitation, et en nous
64
représentant par leur peinture les choses visibles. Le deuxième est de nous instruire d'une
manière plus forte et plus prompte que par la parole. Les choses, dit Horace, qui entrent
par les oreilles prennent un chemin bien plus long, et touchent bien moins que celles
qui entrent par les yeux, lesquels sont des témoins plus sûrs et plus fidèles. Le troisième
est d'abréger le temps que l'on emploierait à relire les choses qui sont échappées de la
mémoire, et de la rafraichir en un coup d'oeil. Le quatrième, de nous représenter les
choses absentes comme si elles étaient devant nos yeux, et que nous ne pourrions voir que
par des voyages pénibles et par de grandes dépenses. Le cinquième, de donner les moyens
de comparer plusieurs choses ensemble facilement , par le peu de lieu que les estampes
occupent, par leur grand nombre, et par leur diversité. Et le sixième, de former le goût aux
bonnes choses, et de donner au moins une teinture des beaux-arts, qu'il n'est pas permis
aux honnêtes gens d'ignorer. » Apud Le Magasin Pittoresque. Paris, 1841, p. 243. Ver em
http://gallica.bnf.fr/ark:/12148/bpt6k31424x.image.r=magasin+pittoresque.f247.langFR
60. Cf. GERVEREAU, Laurent. Voir, comprendre, analyser les images. 3 ed. Paris: La
Découvert, 2000, esp. p. 11-35.
65
Era ainda tal o vezo de fazer copiar estampas, que nas aulas de traba-
lhos gráficos da nossa Escola Politécnica, os professores se habituavam
a chamar de estampas os desenhos dos alunos, desenhos que, pelo modo
vicioso porque eram feitos, não se deviam chamar senão cópias servis.
E esse hábito, que tantas vezes reprovei com pronunciada estranheza,
era tal e tão radicado, que perguntava-se ao aluno, no ato da argüição,
que deve ser sempre séria num exame de desenho, como num exame
qualquer:
— Quantas estampas apresentou esse ano? E o aluno examinado res-
pondia imperturbavelmente — tantas — como se tivesse consciência de
haver apenas aprendido, naquelas aulas, a ser um simples estampador.63
63. ��������������������������������������
ESCOLA POLITÉCNICA DO RIO DE JANEIRO. Relatorio do lente commissionado
para a inspecção technica do ensino nas aulas de trabalhos graphicos da Escola Polytechnica. Rio
de Janeiro: Typ. Montenegro, 1885, p. 23.
64. ��������������������������������������������������������������������������������������
“Da gravura e das artes congêneres (litografia, fotogravura e outras), que reproduzem
em grande quantidade de exemplares os desenhos, pinturas, esculturas, etc, tornando
assim tais obras acessíveis à consulta freqüente e apreciação prolongada dos proprios
que nunca as viram em original, poder-se-ia dizer (...) que são as servas da pintura, da
escultura e da arquitetura”. BRUM, José Zephyrino de Menezes. “Esboço histórico”. In:
BIBLIOTECA NACIONAL. Catálogo da exposição permanente de cimélios da Bibliotheca
67
68. ������������
Idem, p. 75.
69. ����������������������������������������������������������������������������������
Essas imagens foram referenciadas por FERREZ, Gilberto. Op. cit, p. 143 e p. 541.
70
71
72
70. �����������������������������������������������������������
ALEGRE, Manuel de Araújo Porto. “Iconographia brazileira”. Revista do Instituto
Histórico e Geográfico Brasileiro. 19 (1956), p. 349-354. Nesse artigo, Porto Alegre menciona
a intenção de realizar “uma coleção de imagens, às quais juntaria algumas notícias
biográficas”. A maior e mais completa publicação ilustrada do século XIX a concretizar
tal projeto, pouco tempo depois, seria a obra de Sebastien Auguste Sisson, lançada em
fascículos e reunida sob o título Galeria dos brasileiros ilustres (Rio de Janeiro: Lith. de S.
A. Sisson; Typ. de Quirino e Irmão, 18159-1861). Sobre o retrato como primeiro gênero
de “evidência figurativa do passado” legada à posteridade, ver HASKELL, Francis. History
and its images; art and interpretation of the past. New Haven; London: Yale University Press,
1993, esp. p. 26-79.
73
Patrimônio iconográfico
Na década de 1860, os sócios do IHGB ouviram em reunião da
entidade uma exposição sobre a “necessidade de uma coleção sistemática
de documentos da história do Brasil”.71 Escrita por Francisco Ignacio
Marcondes Homem de Mello (1837-1918), a memória dessa apresentação
só seria publicada muitos anos mais tarde (1901), quando seu autor,
contemplado com o título de barão no Império e, depois de proclamada a
República, com o cargo de professor da Escola Nacional de Belas Artes,
já se tornara também um dos grandes colecionadores de iconografia
brasileira.
Natural de São Paulo, Homem de Mello, além de extensa carreira
como homem público, era literato e historiador. Durante a monarquia,
presidiu as províncias do Ceará, Rio Grande do Sul, São Paulo e Bahia,
tendo sido também membro das comissões que organizaram as exposições
preparatórias da participação brasileira na Exposição Universal de Viena,
em 1873, e em Filadélfia, em 1876. Recebeu o título de barão em 1877,
concedido pelo imperador D. Pedro II, em razão dos serviços que prestara
na construção da estrada de ferro São Paulo-Rio. Entre 28 de março
de 1880 e 3 de novembro de 1881, tornou-se o titular da Secretaria de
Estado dos Negócios do Império, no primeiro gabinete Saraiva.72 No
início de sua carreira, fora professor de história do Colégio Pedro II e em
todos os seus cargos públicos posteriores teve sempre a preocupação de
71. �������������������������������������������������������������������������
MELLO, Francisco Ignacio Marcondes Homem de. “Necessidade de uma coleção
sistemática de documentos da história do Brasil”. Revista do Instituto Histórico e Geográfico
Brasileiro. 64 (104): 149-151, 1901.
72. �������������������������������������������������������������������������������������
O gabinete liberal presidido por José Antônio Saraiva foi marcado pela ampla reforma
eleitoral (Lei Saraiva) que substituiu o sistema de eleições indiretas adotado no Brasil,
desde 1821, por um sistema de eleições diretas, através do voto secreto e do alistamento
de eleitores. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/revista/Rev_74/MemoriaJuridica/
SobreLeiSaraiva.htm.
74
73. ����������������
MATTOS, Aníbal. O barão Homem de Mello perante a história. São Paulo:
Departamento de Cultura, 1937.
74. �������������
Idem, p. 350.
75. ����������������������������������������������������������������������
No Arquivo do barão Homem de Mello, no Arquivo Nacional, encontram-se
anotações bastante críticas de seu titular sobre a personalidade do imperador.
76. �����������������������������������������������������������������������
MELLO, Francisco Ignacio Marcondes Homem de. “A Paz”. Artigo do jornal Reforma,
de 25 de fevereiro de 1870.
75
Alberto Henschel
Gabinete de 28 de março
Composição fotográfica do ministério Saraiva
Rio de Janeiro, 1881
Albúmen, 14,0 x 9,4 cm
Acervo Museu Imperial
76
Alberto Henschel
Retrato do barão Homem de Mello
Álbum Brazileiros
Rio de Janeiro, c. 1886
Albúmen, 9,2 x 5,8 cm
Acervo Museu Imperial
77
77. ������
Idem. Discurso feito pelo Dr. (...), membro da commissão incumbida de erigir a estátua de
José Bonifácio de Andrade e Silva no ato de inauguração da mesma estátua, nesta Corte, em o
dia 7 de setembro de 1872. Rio de Janeiro: Typ. Cinco de Março, 1873.
78. ����������������������������������������������������������������������������������
Carta de Homem de Mello ao imperador D. Pedro II, de 30 de abril de 1880. Arquivo
da Casa Imperial (Pedro de Orleães e Bragança). Museu Imperial.
79. �������������������������������������������������������������������������
MELLO, Francisco Ignacio Marcondes Homem de. “Necessidade de uma coleção
sistemática de documentos da história do Brasil”. Revista do Instituto Histórico e Geográfico
Brasileiro, tomo 64, 1901, p. 150.
78
80. ������������������������������������������������������������������������������
Criada em 1847 por Francisco Antônio Martins, bibliotecário e colecionador, a
Biblioteca Fluminense era também um espaço de sociabilidade e refúgio da intelectualidade
do Rio de Janeiro. Ver Rodrigo Octavio. Minha memória dos outros. In: http://www.
academia.org.br/academia/roctavio.htm. Obras da coleção Homem de Mello já integravam
a Biblioteca Fluminense, quando esta foi incorporada à Biblioteca Nacional, em 1916,
como revelam os registros de entrada do acervo no setor de Iconografia, analisados por
Mônica Carneiro Alves.
81. ����������������������
BESSONE, Tânia Maria. Palácios de destinos cruzados; bibliotecas, homens e livros no
Rio de Janeiro 1870-1920. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 1999, p. 178.
79
82. �����������������������������������������������������������������������������
Carta de Ramiz Galvão ao Ministro do Império, de 31 de maio de 1881. Arquivo
barão Homem de Mello. Arquivo Nacional.
83. �������������������������������������������������������������������������������
A estampa com a legenda pertence hoje ao IHGB. Apud FERREZ, Gilberto. Op. cit,
p. 664-665.
84. Mello, José Alexandre Teixeira de. “Esboço histórico”. In: BIBLIOTECA
NACIONAL. Catálogo da exposição permanente dos cimélios da Bibliotheca Nacional.
Publicado sob a direção do bibliothecario João Saldanha da Gama. Rio de Janeiro: Typ.
G. Leuzinger & Filhos, 1885, p. 30. O autor era o chefe da Seção de Impressos e Cartas
Geográficas na época.
80
85. ��������
BRASIL. Coleção das Leis. Decreto nº 6.141, de 4 de março de 1876, parágrafo 10.
86. ��������������������������������������������������������������������
BRUM, José Zephyrino de Menezes. “Esboço histórico”. In: BIBLIOTECA
NACIONAL. Catálogo da exposição permanente dos cimélios da Bibliotheca Nacional, p. 575.
O autor era o chefe da Seção de Estampas.
81
82
83
87. ����������������������������������������������
Idem, p. 579. O mesmo texto foi publicado nos Annaes da Biblioteca Nacional do Rio de
Janeiro, vol. XI, 1883-1884. Rio de Janeiro: Typ. Leuzinger, 1885.
84
Capítulo 2
A
s imagens do Brasil reunidas em exposições locais, fossem elas
artísticas, agrícolas, industriais, ou apresentadas nas grandes
exposições universais e internacionais nas quais o país esteve
presente durante toda a segunda metade do século XIX, sedimentavam
uma crença inabalável na “abundante riqueza” do Império brasileiro e em
seu futuro “grandioso e promissor”. As exposições gerais de belas artes da
Academia Imperial, realizadas entre 1840 e 1884, assim como as exposições
provinciais espalhadas pelo país e as exposições nacionais promovidas na
1. Uma versão preliminar deste capítulo foi parcialmente publicada sob o título “Imagens
da nação: a Exposição de História do Brasil de 1881 e a construção do patrimônio
iconográfico”. In: ANDERMANN, Jens; GONZÁLEZ, Beatriz. Galerias del progreso:
museos, exposiciones y cultura visual en America Latina. Rosário (Argentina): Viterbo, 2006,
p.117-150. Sobre as exposições em geral, a análise foi mais amplamente desenvolvida em
Poses e trejeitos; a fotografia e as exposições na era do espetáculo (1839-1889). Rio de Janeiro:
Funarte; Rocco, 1995.
85
Exposições celebrativas
A primeira grande exposição internacional do século XIX,
realizada em Londres, em 1851, ao exibir “os trabalhos da indústria de
todos os países”, distribuiu os artigos expostos em quatro grupos: matérias-
primas, produtos manufaturados, maquinaria e, por fim, as chamadas
“artes liberais” ou “mecânicas”. A mostra não contava com uma seção
de pintura, considerada a mais nobre das belas artes, e essa ausência foi
bastante criticada no restante da Europa. Para seis milhões de visitantes,
vindos de todas as partes do mundo, a exposição apresentou modelos,
esculturas, mosaicos, litogravuras, fotografias e outras artes consideradas
“úteis” no contexto de uma exposição industrial. No interior do Palácio
de Cristal, as imagens fotográficas representavam uma grande novidade,
tanto quanto a própria idéia de uma exposição internacional e a arquitetura
86
4. DIAS, Antonio Gonçalves. Relatorio do commissario brasileiro Sr. Dr. Antonio Gonçalves
Dias. Paris, 21 de janeiro de 1856, p. 57 (manuscrito).
89
5. Idem.
6. Sobre o ingresso do Brasil na “era do espetáculo”, ver HARTMAN, Francisco Foot.
Trem fantasma; a modernidade na selva. São Paulo: Companhia das Letras, 1988.
90
7. BRASIL. Relatório sobre a Exposição Universal de 1867 redigido pelo secretario da commissão
brasileira Julio Constancio Villeneuve. Paris: Typ. de J. Claye, 1868, p. 128.
91
8. BRASIL. Documentos officiaes da terceira Exposição Nacional (...) de 1873. Rio de Janeiro:
Typ. Nacional, 1875, p. 8.
92
����������������������������������������������������������������������������������������
. Mais detalhes sobre a obra foram publicados no artigo “’Quadros de história pátria’:
fotografia e cultura histórica oitocentista”. In: FABRIS, Annateresa; KERN, Maria Lúcia
Bastos (org.). Imagem e conhecimento. São Paulo: Edusp, 2006, pp. 229-253.
���������������������������������������������������������
. Este tema foi desenvolvido em minha tese de doutorado As artes do ofício: fotografia e
memória da engenharia no século XIX (São Paulo: Faculdade de Arquitetura e Urbanismo
da USP, 1998) e tratado de forma resumida em “Échanges et formation des ingénieurs / La
94
littérature photographique”. Paris, La Revue / Musée des Arts et Métiers, nº 42, décembre
2004, p. 16-27.
����������������������������������
. BRASIL. Ministério do Império. Relatório do anno de 1881 apresentado a Assemblea
Legislativa na 1ª sessão da 18ª legislatura pelo Ministro e Secretario de Estado dos Negócios do
Imperio. Rio de Janeiro: Typ. Nacional, 1882, p. 115.
15. Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, v. 173, 1938, p. 875. Citação das
palavras de Ramiz Galvão pronunciadas em discurso na entidade, em 1918.
95
96
����������������������������������������������������������������������������������
. José Honório Rodrigues, embora afirme que Ramiz Galvão tenha sido o primeiro a
declarar que o barão Homem de Mello era o autor da idéia, conclui que “aos dois barões
assinalados devemos a idéia e organização da maior obra bibliográfica até hoje exposta no
Brasil”. RODRIGUES, José Honório. “Alfredo do Valle Cabral”. In: Anais da Biblioteca
Nacional, vol. 73, Rio de Janeiro: Biblioteca Nacional, 1953, p. 27.
������������������������������������������������������������������������������������
. Carta de Capistrano de Abreu a João Lúcio de Azevedo, em 18 de setembro de 1917.
Seção de Manuscritos da Biblioteca Nacional. Apud RODRIGUES, J. H. “Alfredo do
Valle Cabral”. Op. cit., p. 28.
97
��������������������������������������������������������������������������������������
. MATTOS, Ilmar Rohloff de. “Capítulos de Capistrano”. Site Modernos Descobrimentos,
2002. In: http://www.historiaecultura.pro.br/modernosdescobrimentos
98
���������������������������������������������������������������
. Sobre Capistrano de Abreu, ver tb. GOMES, Ângela de Castro. História e historiadores.
Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1996 e REIS, José Carlos. As identidades do
Brasil, de Varnhagen a FHC. 5 ed. Rio de Janeiro: Editora da FGV, 2002.
����������������������������������������������������������������������������
. Cf. RODRIGUES, José Honório. “Alfredo do Valle Cabral”. Op. cit, p. 9-42.
������������������������
. BIBLIOTECA NACIONAL. Catálogo da exposição permanente de cimélios da Bibliotheca
Nacional. Publicado sob a direção do bibliothecario João Saldanha da Gama. Rio de
Janeiro: Typ. G. Leuzinger & Filhos, 1885.
99
Plano da exposição
Em ofício dirigido ao ministro, Ramiz Galvão solicitava ao barão
Homem de Mello sua participação pessoal no “empenho patriótico” de
realizar a Exposição de História do Brasil. Pede que envie documentos
ou cópia deles e que analise a classificação dos temas da exposição e do
catálogo, bem como as instruções propostas, em anexo, para a remessa de
material por todas as partes do país. “Para maior segurança”, essa remessa
seria realizada por intermédio dos respectivos presidentes das províncias do
Império. Os gêneros de documentos são explicitados: “livros, manuscritos,
cartas geográficas, autógrafos, medalhas, estampas, fotografias, quadros
a óleo, desenhos, trabalhos de escultura”.22 Os documentos deveriam
ser precedidos de uma listagem, evitando-se assim as duplicidades e,
quando finalmente remetidos à Biblioteca Nacional (“isentos de porte
nos Correios”), deveriam vir acompanhados por informações sucintas de
identificação e proveniência. Ramiz Galvão completava as instruções:
Sendo certo que vários objetos d’arte ou por seu grande volume ou por
qualquer outra consideração, não podem ser remetidos à Exposição,
será de toda a vantagem reproduzi-los pela fotografia na maior escala
possível; neste caso a remessa das fotografias deverá ser feita com todas
as indicações e esclarecimentos que habilitem a direção da Biblioteca a
classificá-los no lugar e do modo que convém.23
��������������������������������������������������������������������������������������
. Ofício de Ramiz Galvão ao Ministro do Império, em 19 de agosto de 1880. Manuscrito
/ Coleção Biblioteca Nacional.
����������������������������������������������������������������������������������������
. Instrução para a remessa de documentos históricos à Exposição de História do Brasil.
Anexo ao Ofício de Ramiz Galvão ao Ministro do Império, em 19 de agosto de 1880.
Manuscrito / Coleção Biblioteca Nacional.
100
����������������������������������
. BRASIL. Ministério do Império. Relatório do anno de 1881..., p. 112.
����������������
. Idem, p. 114.
101
102
������������������������������������������������������������������������������������
. Nos meios culturais e técnico-científicos da Corte, a Tipografia Nacional chegou
mesmo a exercer um papel catalisador, ao realizar serviços tipográficos para a difusão das
idéias e atividades de instituições não oficiais, como o Instituto Histórico e Geográfico
Brasileiro, a Sociedade Auxiliadora da Indústria Nacional e o Clube de Engenharia, bem
como ao sediar eventos promovidos por essas entidades (como a sessão inaugural, a 7 de
julho de 1887, do primeiro Congresso das Estradas de Ferro do Brasil).
104
���������������������
. VAILLANT, Adolfo. El Império del Brasil em la Exposición Universal de 1873. Resumen
y estúdios comparativos. Montevideo: Imp. de El Telegrafo Marítimo, 1874, p. 2.
���������������������������������������������������������������������������������
. Ofício de 5 de novembro de 1880. Seção de Manuscritos da Biblioteca Nacional.
Apud RODRIGUES, José Honório. “Alfredo do Valle Cabral”. Op. cit., p. 29.
105
����������������������������������
. BRASIL. Ministério do Império. Relatório do anno de 1881..., p. 114.
106
31.��������
Ibidem.
����������������������������������
. Apud CARVALHO, Gilberto Vilar. Biblioteca Nacional 1807-1990. Rio de Janeiro:
Irradiação Cultural, 1994, p. 71.
107
É este o meu parecer, a vol d’oiseau, porque como Vossa Excelência deve
prever, eu agora respiro “exposição histórica” tão somente.35
����������������������������������
. BRASIL. Ministério do Império. Relatório do anno de 1881..., p. 111 e BRUM, José
Zeferino de Menezes. Relatório da Seção de Estampas do 4º trimestre de 1881 e 1º
trimestre de 1882. Manuscrito / Coleção Biblioteca Nacional.
����������������������������������
. BRASIL. Ministério do Império. Relatório do anno de 1881..., p. 111.
�����������������������������������������������������������������������������������
. Carta de Ramiz Galvão a Homem de Mello, de 31 de maio de 1881. Arquivo do Barão
Homem de Mello. Arquivo Nacional.
108
109
��������������������
. FERREIRA, Felix. A Exposição de História do Brasil effetuada na Bibliotheca Nacional do
Rio de Janeiro em dezembro de 1881. Notas bibliográficas (...) reproduzidas dos editoriaes do
Cruzeiro. Rio de Janeiro, 1882, p. X.
��������
. Apud Rodrigues, José Honório. “Introdução”. In: BIBLIOTECA NACIONAL.
Catálogo da exposição de história do Brasil. Brasília: Editora da Universidade de Brasília,
1981, v. 1.
110
�������������������������������������
. FERREIRA, Felix. Op. cit., p. 4-5.
111
112
�����������������������������������������������������������������������
. RODRIGUES, José Honório. “Alfredo do Valle Cabral”. Op. cit., p. 20.
�����������������������������
. CABRAL, Alfredo do Valle. Guia do viajante: Rio de Janeiro; acompanhado da planta
da cidade, de uma carta das estradas de ferro do Rio de Janeiro, Minas e São Paulo, e de
uma vista dos Dois Irmãos. Rio de Janeiro: Typ. da Gazeta de Notícias, 1884, 487 p.
113
�������������������������������������������������������������������
. RODRIGUES, José Honório. “Introdução”. In: BIBLIOTECA NACIONAL. Catálogo
da exposição de história do Brasil (1981), p. XII
�������������������������������
. [CABRAL, Alfredo do Valle]. Guia da Exposição de História do Brazil realizada pela
Bibliotheca Nacional do Rio de Janeiro a 2 de dezembro de 1881. Rio de Janeiro: Typ. da
Gazeta de Notícias, 1881, p. 42.
114
�����������������������������������������������������������������������
. RODRIGUES, José Honório. “Alfredo do Valle Cabral”. Op. cit., p. 20.
116
117
�������������������������������������������������������������������
. RODRIGUES, José Honório. “Introdução”. In: BIBLIOTECA NACIONAL. Catálogo
da exposição de história do Brasil (1981), p. XV
�����������������������������������
. BRUM, José Zeferino de Menezes. Relatório da Seção de Estampas do 4º trimestre de
1881 e 1º trimestre de 1882. Manuscrito / Coleção Biblioteca Nacional. As informações
118
sobre essas e outras aquisições podem ser vistas nos antigos livros de tombo da Seção de
Estampas.
119
�������������������������������������������������������������������
. RODRIGUES, José Honório. “Introdução”. In: BIBLIOTECA NACIONAL. Catálogo
da exposição de história do Brasil (1981), p. XV.
�������������������������������������
. FERREIRA, Felix. Op. cit., p. 101.
120
Ângelo Agostini
Charges sobre a Exposição de História do Brasil de 1881 e seu catálogo
Revista Illustrada. Ano 6, vol. 277, 1881, p. 4
Acervo Fundação Biblioteca Nacional
121
Por mais que se vá de ânimo deliberado a ver tudo, não se vê coisa ne-
nhuma e sai-se.50
Tinha visto tudo. Mas quando quis lembrar-me do que tinha visto, não
me recordava de nada. Sentia como que uma indigestão, que é o que se
tem numa primeira visita às exposições.51
A nosso ver a disposição é confusa, sem ordem, sem método, e até dire-
mos, sem plano assentado; não estão dispostos os objetos, em sua maio-
ria, nem por gêneros, nem por espécies; não foi guardada nem sequer
a ordem cronológica; ao lado de um fólio do século XVI vê-se um do
corrente ano; junto de um impresso, um manuscrito; um retrato ao lado
de uma paisagem; litografias entre quadros a óleo. A galeria de retratos
está disseminada por todas as salas; os quadros históricos dispersos; os
bustos nem sempre presidem a seção bibliográfica que representam.52
����������
. Ibidem.
�������������������������������������
. FERREIRA, Felix. �����������������
Op. cit., p. 101.
123
O confronto dos números nesses dois tipos de evento podia ser ainda mais
desfavorável: só para se ter uma idéia, a terceira Exposição Nacional,
em um único dia de 1873, tinha sido visitada por 8.500 pessoas, marca
bem superior aos 7.601 visitantes da mostra realizada pela Biblioteca
Nacional.53 Por isto mesmo, o público da Exposição de História do
Brasil deixou de ser uma referência para seus organizadores, e a própria
exposição tornou-se secundária diante da monumentalidade do CEHB.
A conclusão de Capistrano de Abreu, nesse sentido, era emblemática: “a
exibição figurava aparato transitório, mero pretexto da obra verdadeira,
o catálogo”.54
O CEHB continha desde o mais antigo manuscrito até as
impressões mais recentes de tipografias da corte e das províncias. Como
acentuou Mariza de Carvalho Soares, “a inclusão desses textos indica
a preocupação dos organizadores da exposição em incluir no universo
da História não apenas o passado, mas seu presente, procurando assim,
direcionar o futuro da nação emergente”.55 Mais do que uma simples
publicação, Ramiz Galvão e seus colaboradores acreditavam que
aquela obra era um documento deixado para a posteridade do grande
painel apresentado ao público nos salões da Biblioteca Nacional e,
principalmente, das preciosidades guardadas em seu interior. Em sua
introdução ao catálogo, Ramiz Galvão informava que a obra não era
“pura e simplesmente um indicador de livros, painéis, estampas ou
������������������������������������������������������������������������������������������
. A visitação nas exposições nacionais encontra-se referenciada na pesquisa já citada na
nota 1 deste capítulo.
������������������������������������������������������������������
. José Honório Rodrigues. “Introdução”. In: BIBLIOTECA NACIONAL. Catálogo da
exposição de história do Brasil (1981), p. XV.
������������������������������������������������������������������������������
. SOARES, Mariza de Carvalho. “O negro no Brasil escravista”. In: BIBLIOTECA
NACIONAL. Brasiliana da Biblioteca Nacional; guia das fontes sobre o Brasil. Organização
de Paulo Roberto Pereira. Rio de Janeiro: Fundação Biblioteca Nacional; Nova Fronteira,
2001, p. 268.
124
������������������������
. BIBLIOTECA NACIONAL. Catalogo da Exposição de História do Brasil realizada pela
Bibliotheca Nacional do Rio de Janeiro a 2 de dezembro de 1881. Rio de Janeiro: Typ. de G.
Leuzinger & Filhos, 1881, v.1, p. VII.
125
������������������������������������������������������������������������
. Apud RODRIGUES, José Honório. “Introdução”. In: BIBLIOTECA NACIONAL.
Catálogo da exposição de história do Brasil (1981), p. XI
58. Gazeta de Notícias, 26 de dezembro de 1881.
������������������������������������
. FERREIRA, Felix. Op. cit, p. 102.
126
(...) Dar-me-ei por bem pago e contente se, além da satisfação íntima de
haver cumprido sem quebra o dever, tiver a fortuna de merecer em todo
o tempo e em qualquer parte, não digo o reconhecimento dos meus
concidadãos, porque sem dúvida não fiz jus a tão elevada recompensa,
mas a amizade sincera e honrosa dos meus caros e ilustríssimos compa-
nheiros de trabalho.61
��������������������������������������������������������������������������������������
. A biografia de seu antecessor, publicada por ele alguns anos mais tarde, não deixa
de ser uma espécie de desagravo por todas as dificuldades sucessivamente enfrentadas
na direção do estabelecimento. Cf. GALVÃO, Benjamin Franklin Ramiz. Biografia do frei
Camilo de Monserrate. Rio de Janeiro: Typ. Leuzinger & Filhos, 1887.
������������������������������������������������������������������������������������
. GALVÃO, B. F. Ramiz. Discurso (...) ao deixar o cargo de bibliotecário, em 24 de
julho de 1882. Manuscrito / Coleção Biblioteca Nacional. O documento, não por acaso,
encontra-se no Catálogo de Cimélios, guardado no cofre da Seção de Manuscritos.
�������������������������������������������������
. CARVALHO, Gilberto Vilar. Op. cit., pp. 90-91.
127
Luiz Musso
Bibliotheca Nacional
Rio de Janeiro, c. 1910-1915
Albúmen, 9,65 x 6,69 cm
Acervo Fundação Biblioteca Nacional
128
����������������������������������
. BRASIL. Ministério do Império. Relatório do anno de 1881..., p. 115.
129
������������������������
. BIBLIOTECA NACIONAL. Annaes da Bibliotheca Nacional do Rio de Janeiro. Rio de
Janeiro, 1887, p. 121. Apud AMADEO, Maria Eliza de Souza. A Exposição de História
do Brasil (1881). Rio de Janeiro, 2007, p. 68. Dissertação de mestrado em História pela
UERJ.
130
�����������������������������
. INSTITUTO MOREIRA SALLES. George Leuzinger. Cadernos de Fotografia Brasileira,
nº 3. São Paulo, 2006.
����������������������������
. MORAES, Rubens Borba de. O bibliófilo aprendiz. 4 ed. Rio de Janeiro: Casa da Palavra;
Lemos Informação e Comunicação, 2005, p. 79.
131
132
133
���������������������������������������������������������������������������������������
. Relatório referente ao 3º trimestre de 1876 do chefe da Seção de Impressos e Cartas
Geográficas da Biblioteca Nacional. Manuscrito / Coleção Biblioteca Nacional.
����������������������������������������������������������������������
. RODRIGUES, José Honório. “Alfredo do Valle Cabral”. Op. Cit, p. 30.
���������������������������������������������������������������������������������
. Ofícios de Ramiz Galvão ao Ministro do Império, 30 de junho de 1881. Seção de
Manuscritos da Biblioteca Nacional. Apud RODRIGUES, José Honório. Op. cit. p. 30.
�������������������������������������������������������������������������������������
. Ofício de Ramiz Galvão ao Ministro do Império, 19 de agosto de 1880. Manuscrito /
Coleção Biblioteca Nacional.
134
��������������������������������������������������������������������������������������
. “Plano Geral da Exposição de História do Brasil”. Anexo ao Ofício de Ramiz Galvão
ao Ministro do Império, em 19 de agosto de 1880. Manuscrito / Coleção Biblioteca
Nacional.
135
��������������������������������������������������������������������������������
. AMADEO, Maria Eliza; KURY, Lorelay. “A Exposição de História do Brasil”. In:
BIBLIOTECA NACIONAL. Anais da Biblioteca Nacional. v. 120. Rio de Janeiro, 2006,
p. 323-334.
136
73. Idem.
137
138
75. Brum, José Zephyrino de Menezes. Relatórios referentes aos anos 1876-1882
apresentados ao diretor da Biblioteca Nacional. Manuscritos / Coleção Biblioteca
Nacional.
�����������������������������������������������������������������������
. BRUM, José Zephyrino de Menezes. “Esboço histórico”. In: BIBLIOTECA
NACIONAL. Catálogo da exposição permanente dos cimélios da Bibliotheca Nacional,
p. 579.
77. Brum, José Zephyrino de Menezes. Relatórios referentes aos anos 1876-1882
apresentados ao diretor da Biblioteca Nacional. Manuscritos / Coleção Biblioteca
Nacional.
139
�����������������������������������������������������������������������
. BRUM, José Zephyrino de Menezes. “Esboço histórico”. In: BIBLIOTECA
NACIONAL. Catálogo da Exposição Permanente dos Cimélios da Bibliotheca Nacional, p.
588. A Seção de Estampas também ampliou seu acervo com importantes aquisições,
como a série dos “Caprichos”, de Goya, comprada em 1878 e o exemplar do álbum Brazil
Pittoresco, de Victor Frond, comprado em 1880. Idem, pp. 583-584.
������������������������
. BIBLIOTECA NACIONAL. Catálogo da Exposição Permanente dos Cimélios da
Bibliotheca Nacional, p. 547.
140
����������������������������������������������������������������������������������
. Carta de Ferdinand Denis a Ramiz Galvão. Paris, 16 de maio de 1885. �����������Manuscrito
/ Coleção Biblioteca Nacional. « Mon cher et savant confrère. J’ai reçu avec une vive
satisfaction les deux enormes volumes que vous avez bien m’adresser et qui contiennent
le précieux catalogue de l’exposition de l’histoire du Brésil. C’est à mes yeux le précieux
résultat d’un travail vraiment gigantesque et qui, avec le course des années, aura
certainement les plus heureux résultats ; mais, pour bien apprécier les choses à leur juste
valeur, il faut n’en doutez pas, l’avoir fait soi-même de la bibliographie : vous avez accompli
une oeuvre de maître ».
81. ����������������������������������������������������������������������������
CARVALHO, Lincoln Freire de. “Escorço Histórico”. In: BRASIL. MINISTÉRIO DA
GUERRA. Catálogo das cartas históricas da mapoteca da Diretoria do Serviço Geográfico do
Exército. Rio de Janeiro: Imprensa Militar, 1953. Agradeço a Renata Santos a transcrição
dos comentários do autor.
141
A intenção de, por meio de uma exposição, dar um balanço do que ha-
via no Brasil de livros, folhetos, mapas, manuscritos e gravuras de toda
sorte, sobre História do Brasil, era uma idéia louvável. Infelizmente, re-
alizado às pressas, esse balanço não revelou senão uma parte mínima
das coleções do país. (...) A redação do catálogo é muito deficiente. A
classificação arbitrária das obras torna laboriosa a consulta desse enor-
me repertório. Os poucos comentários que contém nada adiantam. A
142
�������������������������������������������������
. MORAES, Rubens Borba de. Op. cit., p. 116-117.
����������������������������
. MORAES, Rubens Borba de. Bibliographia brasiliana; a bibliographical essay on rare
books about Brazil published from 1504 to 1900 and works of Brazilian authors published
abroad before the Independence of Brazil in 1822. Amsterdam; Rio de Janeiro: Colibris,
1958. 2 vol.
����������������������������������������������������������������������������������������������
. Para o historiador, “esta classificação não é de todo satisfatória, particularmente porque
não inclui todos os gêneros e espécies. É assim, por exemplo, que não vemos uma história
da legislação, já que a constitucional ou a administrativa não abrangem todos os aspectos
da legislação, nem julgamos satisfatórios certos títulos que deveriam ser mais amplos.
História literária e das artes não compreende a história das idéias políticas, econômicas ou
sociais e nem sempre contém a história da imprensa e a história da história”. Rodrigues,
José Honório. Teoria da História do Brasil; introdução metodológica. São Paulo: Cia Editora
Nacional, 1969, p. 148.
143
�������������������������������������������������������������������
. RODRIGUES, José Honório. “Introdução”. In: BIBLIOTECA NACIONAL. Catálogo
da exposição de história do Brasil (1981), v. 1., p. VII-VIII.
87. Idem, p. IX.
�����������������������������������������������������������������������������������
. Essas duas edições (sendo uma provavelmente derivada da outra) contêm uma falha
de impressão que resultou na ausência dos itens 19.289 a 19.302.
144
145
Considerações finais
U ma C oleção ‘S istemática ’
de E stampas
O
projeto de uma “coleção sistemática de documentos da
história do Brasil”, proposto pelo barão Homem de Mello, em
1860, para “servir de guia ao historiador” 1, também já previa
sua utilização por uma escrita da história confiante na objetividade e
veracidade de fontes documentais que lhe permitissem “reconstituir” o
passado. Organizada de forma sistemática, isto é, coerente com os princípios
que nortearam tal ordenamento, essa coleção deveria representar uma
profunda mudança nos métodos e instrumentos de trabalho daqueles
que então se debruçavam sobre os testemunhos do passado para traçar
a “biografia” e o “retrato” da nação. Um século mais tarde, o historiador
francês Michel de Certeau (1925-1986) perguntava-nos, orientado por
outra perspectiva sobre a natureza da “operação histórica” e o ofício de
O que foi feito do acervo juntado pelo barão Homem de Mello, o maior
colecionador de arte que este país já teve? Vai ver tem peças dele comi-
go e eu nem estou sabendo....4
2. CERTEAU, Michel de. A escrita da história. 2 ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária,
2006, p. 65 (obra originalmente publicada na França, em 1975). Com o título “L’opération
historique”, o autor já havia lançado essas questões em um dos capítulos da célebre
coletânea organizada por Jacques Le Goff e Pierre Nora, Faire l’histoire (Paris: Gallimard,
1974), cuja tradução foi publicada no Brasil como “A operação histórica”. In: LE GOFF,
Jacques e NORA, Pierre. História: novos problemas. Rio de Janeiro: F. Alves, 1976. Para
Certeau, por estar “enraizada em uma particularidade” que sugere os interesses, os
métodos e as indagações que o historiador fará aos documentos, a história é “mediada
pela técnica”. Procurando demonstrar que “a operaço histórica se refere combinação
de um lugar social e de práticas científicas”, o autor conclui que a “operaço histórica
consiste em recortar o dado segundo uma lei presente, que se distingue do seu 'outro'
(passado), distanciando-se com relação a uma situação adquirida e marcando, assim, por
um discurso, a mudança efetiva que permitiu esse distanciamento”. Idem, p. 93.
3. Ver, por exemplo, BERGER, Paulo. Bibliografia do Rio de Janeiro de viajantes e autores
estrangeiros. 1531-1900. Rio de Janeiro: São José, 1964 e O Rio de ontem no cartão postal.
1900-1930. Rio de Janeiro: Rioarte, 1983, entre outras obras.
4. A frase está reproduzida na biografia do empresário, publicada por sua filha Maria
Geyer, intitulada Geyer (Rio de Janeiro: Ventura, 2007, p. 151).
148
5. CERTEAU, Michel de. “A operação histórica”. In: LE GOFF, Jacques e NORA, Pierre.
Op. cit, p. 31 (a tradução desse trecho parece mais adequada no artigo em questão).
6. Sobre George Leuzinger, sua trajetória e sua obra, ver o conjunto de depoimentos,
artigos e imagens publicado na obra INSTITUTO MOREIRA SALLES. George Leuzinger.
Cadernos de Fotografia Brasileira, nº 3. São Paulo, 2006.
149
7. Cf. LIMA, Victor Meirelles. “Photographia”. In: BRASIL. Relatorio da segunda Exposição
Nacional de 1866, publicado (…) pelo Dr. Antonio José de Souza Rego, 1º secretario da
Commisão Directora. Rio de Janeiro: Typ. Nacional, 1869, p. 158-170.
8. BIBLIOTECA NACIONAL. Catalogo da Exposição de História do Brasil realizada pela
Bibliotheca Nacional do Rio de Janeiro a 2 de dezembro de 1881. Rio de Janeiro: Typ. de G.
Leuzinger & Filhos, 1881, v. 2, p. 1611.
9. Idem.
150
�������������������������������������������������������������������������������
. ANDRADE, Joaquim Marçal Ferreira de. “A trajetória de um pioneiro das artes
gráficas no Brasil”. In: INSTITUTO MOREIRA SALLES. Op. cit., p. 168.
151
�������������������
. SANTOS, Renata. A imagem negociada: a Casa Leuzinger e a edição de imagem no Rio de
Janeiro do século XIX. Rio de Janeiro, 2003. Dissertação de mestrado pelo IFCS / UFRJ. Como
assinala a autora, “o editor age como um mediador, negociando os mais diversos tipos de
expectativas, visando o resultado final compreensível ao maior número de pessoas” (p. 93).
�������������������������������������������������������������������������������������
. SANTOS, Renata. “Da gravura à fotografia; a Casa Leuzinger e o trabalho de edição
de estampas”. In: INSTITUTO MOREIRA SALLES. Op. cit, p. 205.
�������������������
. SENNA, Ernesto. O velho comercio do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: G. Ermakoff,
2006, p. 103-121.
���������������������������������������������������������������������������������
. Correspondência de George Leuzinger para seu filho Paul (1870), comentando as
vicissitudes de sua chegada ao Brasil. Apud Vavy Pacheco Borges, “O vivido e o gravado”.
In: INSTITUTO MOREIRA SALLES. Op. cit, p. 20.
152
15. Jornal do Commercio, 25 de outubro de 1892. Apud SENNA, Ernesto. O velho comercio
do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: G. Ermakoff, 2006 (reedição da obra publicada pela
Garnier, em 1910).
�������������������������������������������������������������������������������
. SCHIAVINATTO, Iara Lis. “Imagens do Brasil: entre natureza e história”. In:
JANCSÓ, István. Brasil: formação do Estado e da nação. São Paulo: Hucitec; Editora
Unijuí, 2003, p. 605.
153
154
155
Vistas do Rio. Aviso para aqueles que pensam que poderão em Paris, ou nas
outras cidades, comprar as dez vistas para as quais agora se subscreve na Rua
do Ouvidor nº 36. Sendo minha a propriedade, eu resolvi não mandar vender
em Paris, Londres, Hamburgo ou Lisboa exemplar nenhum. Quem subscrever
no Rio só terá a faculdade de receber naquelas quatro cidades, ou no Rio. Sem
subscrever ninguém terá folha.
O editor G. Leuzinger.
Seção de anúncios do Jornal do Commercio, 5 de janeiro de 1854.
156
Fortª. da Lage / Morro de S. João / Pão d’ Assucar / Fortª Villeganhon / Morro da Urca
/ Morro da Babilonia / Praia Suzana / Morro de Botafogo / Praia do Flamengo / Praia da
Gloria / Morros da Lagoa / Igreja da Gloria
George Leuzinger Editor. Rua do Ouvidor, nº 36.
Lith. de Heaton e Rensburg. Rio de Janeiro.
1843-1845
St. Domingo / Fregate America / Boa Viagem / Pª. de Jurujuba / Fregate la reine Blanche
/ Vapor do Norte / Fortaleza de Stª Cruz
George Leuzinger Editor. Rua do Ouvidor, nº 36.
Lith. de Heaton e Rensburg. Rio de Janeiro.
1843-1845
Apêndice
‘V istas e P aisagens ’
do R io J aneiro no
de
C atálogo da E xposição de
H istória do B rasil
173
A
s “vistas e paisagens” da cidade do Rio de Janeiro, na Seção Artística
do Catálogo da Exposição de História do Brasil, de 1881, e de seu
Suplemento, de 1883, são apresentadas a seguir com base na transcrição,
atualização e complementação das informações reunidas nessa obra. Além de
atender às pesquisas em curso já indicadas na Introdução, a publicação deste
Apêndice também tem por finalidade promover a melhor compreensão dos
termos utilizados no CEHB por aqueles que não estão familiarizados com o
tema ou com os métodos de classificação de estampas utilizados no século
XIX. Por outro lado, acredito que a sua inclusão neste livro poderá ser ainda
mais útil se esse conjunto suscitar novas indagações e pesquisas, já que as
imagens e suas classificações podem e devem ser apreendidas como narrativas
articuladas que instituem significados, definem visualidades e orientam leituras.
Seguem, abaixo, algumas notas explicativas da transcrição realizada:
Abreviaturas
Palavras e expressões abreviadas no original foram, na sua maior parte, transcritas
por extenso (seguindo-se a indicação dada pelo CEHB).
Exemplos:
Af. – Gravura à água-forte
At. – Gravura à água-tinta
Gb. – Gravura a buril
Gmn. – Gravura à maneira negra
Exp. – Expositor
Hg. – Heliogravura, fotogravura ou fototipia
Lith. – Litografia
Offc. – Oficina
Phg. – Fotografia
Supp. – Suplemento
Xg. – Xilografia
V. – Vide
&. – etc.
174
Ortografia
As atribuições, explicações, notas e comentários do CEHB foram transcritos com
atualização ortográfica.
Nomes Próprios
As referências onomásticas foram transcritas com as abreviaturas e a grafia
aportuguesada usadas no CEHB.
Títulos
Os títulos das obras listadas entre aspas no CEHB foram transcritos tal como
se apresentam, com suas peculiaridades ortográficas, tipográficas, pontuações e
acentos.
Comentários
As explicações entre parênteses constam do original. Outros comentários, entre
colchetes, foram acrescidos nesta transcrição.
Expositores
O acervo da Biblioteca Nacional é indicado no CEHB pelas iniciais B.N. A origem
dos demais itens, pertencentes a outras coleções, públicas ou particulares, é indicada
pelo nome do expositor (ex.: S. M. o Imperador, Barão Homem de Mello, etc.)
Notas
(*) – Notas de rodapé assinaladas com asteriscos constam do CEHB.
1, 2, 3 – Notas de rodapé assinaladas com numeração seqüencial foram acrescidas
nesta transcrição.
Referências Bibliográficas
As indicações dadas pelo CEHB, bastante sumárias, foram complementadas
em notas de rodapé, no corpo da transcrição, segundo as normas bibliográficas
atualmente vigentes. As referências dadas aqui são, geralmente, as da primeira
edição, de acordo com o catálogo da Biblioteca Nacional disponível na internet,
embora ele não registre a existência de todas as obras citadas. Algumas dúvidas
foram esclarecidas pelos catálogos da Biblioteca Nacional de Paris, obras da
175
Gravura
Processo de gravação de imagens e eventualmente textos sobre uma matriz
de impressão, seja ela em relevo (como a madeira, na xilogravura; o metal,
na fotogravura), em plano (como a pedra calcária, na litogravura; o vidro,
na fototipia) ou a entalhe (como o metal, escavado por diferentes processos
mecânicos ou químicos, entre eles o buril, a ponta-seca, a água-forte e a água-
tinta). Nas técnicas de gravura a buril (ou talho-doce) e à ponta seca, a placa
metálica é entalhada diretamente pelo gravador com o uso de instrumentos
pontiagudos de aço duríssimo (agulha, buril, ponta-seca, etc.). Nas técnicas de
gravura à água-forte e à água-tinta, a placa metálica é recoberta por vernizes e
outros materiais, antes de ser entalhada e sofrer a ação corrosiva dos banhos de
ácido nos locais deixados a descoberto pelo gravador. Na gravura à maneira negra,
176
Heliografia
Primeiro processo fotográfico a resultar em uma imagem permanente, a partir
da impressão direta de imagens positivas formadas em uma placa de metal
polido (inicialmente o cobre e depois o estanho), sensibilizada com betume da
Judéia, e exposta à luz do sol por várias horas. Serviu de base para a invenção
da daguerreotipia. Mais tarde, o termo heliografia passou a ser confundido com
a heliogravura, designação genérica dos processos de gravura por reprodução
fotomecânica em que se utiliza a luz para a cópia do original.
Heliogravura
Ver Fotogravura.
Fotografia
Anunciada pela França em 1839, a daguerreotipia foi o primeiro processo
fotográfico mundialmente conhecido. Resultava em uma imagem única e positiva,
diretamente formada sobre uma placa de cobre, revestida com uma camada de
prata polida, sensibilizada por vapores de iodo e exposta à ação da luz em uma
câmara escura. A imagem assim formada era revelada por vapores de mercúrio e
fixada com uma solução salina. Nos demais processos fotográficos, baseados no
princípio do negativo-positivo, a imagem formada em uma superfície sensibilizada
com sais de prata e exposta à luz aparecia com os valores claro-escuro invertidos
(em negativo). Esta superfície, quando colocada em contato e novamente exposta
à luz com outra superfície sensibilizada, reproduzia aquela mesma imagem com
os valores claro-escuro reais (em positivo). Um negativo fotográfico podia assim
gerar vários positivos, princípio básico da reprodutibilidade da imagem fotográfica
analógica, à semelhança dos processos de impressão de estampas.
Fotogravura
Processo de gravação e impressão de imagens por reprodução fotomecânica. Consiste
na gravação química da imagem desejada pela ação da luz sobre uma placa de metal
(geralmente zinco ou cobre), utilizada como superfície impressora para a produção de
múltiplas cópias em papel. A fotogravura, também chamada de heliogravura, passou
a ser utilizada comercialmente a partir da década de 1880 e, em geral, é associada ao
processo de gravação em relevo. Emprega-se o mesmo termo para a imagem obtida
por esse processo, sendo também comum o uso da palavra estampa.
177
Fotolitogravura
Processo de gravação e impressão de imagens por reprodução fotomecânica.
Consiste na gravação química da imagem desejada, em plano, pela ação da
luz sobre uma matriz de pedra, zinco ou alumínio, utilizada como superfície
impressora. Emprega-se o mesmo termo para a imagem obtida por esse processo.
A fotolitogravura também foi chamada de lichtdruck, processo de fototipia que
empregava a pedra litográfica como matriz de impressão.
Fototipia
Processo de gravação e impressão de imagens por reprodução fotomecânica,
também denominado de colotipia. Consiste na utilização de uma placa de vidro
revestida com gelatina bicromatada que, exposta à luz em contato com um
negativo, produz uma matriz de impressão. Graças às propriedades específicas
da gelatina bicromatada e à técnica empregada, os colótipos apresentam grande
riqueza de tons, mas sua tiragem é demorada e em número limitado. A utilização
da pedra litográfica no lugar da placa de vidro deu origem a uma variante da
colotipia denominada lichtdruck.
Litografia
Processo de gravação de imagens e eventualmente textos, em plano, que utiliza a
pedra calcária ou litográfica como matriz de impressão do papel, tendo por base
o fenômeno da repulsão entre as tintas graxas e a água. A imagem invertida,
traçada diretamente sobre a pedra, ou desenhada sem inversão em papel
autográfico, posteriormente decalcado na pedra, é entintada e impressa sobre
as partes secas do papel, não umedecidas pela água utilizada na preparação da
matriz de impressão. Emprega-se também o termo litogravura para a imagem
obtida por esse processo, sendo igualmente comum o uso da palavra estampa
para a designação dessas imagens.
Xilografia
Conhecida há milhares de anos, a xilografia é um dos mais antigos processos de
gravação de textos e imagens, com o emprego de blocos de madeira talhada em
relevo, como matriz de impressão sobre o papel e outros materiais. Emprega-
se o termo xilogravura para a imagem obtida por esse processo, sendo também
comum o uso da palavra estampa. Introduzida na Europa no começo do século
XV, a xilografia foi adaptada à imprensa, tornando-se então o processo mais
amplamente utilizado para a ilustração do texto tipográfico. Em fins do século
XIX, a ilustração em xilogravura foi progressivamente substituída pela fotogravura
e demais processos de reprodução fotomecânica de imagens fotográficas.
178
C atálogo da E xposição
de H istória do B rasil
CLASSE XV
VISTAS. PAISAGENS. MARINHAS
§ 1.º
Vistas e Paisagens
m) Rio de Janeiro
1. FROGER, François. Relation d’un voyage fait en 1695, 1696, 1697 aux côtes d’Afrique, détroit de Magellan, Brézil,
Cayenne et Isles Antilles (...) enrichie de grand nombre de figures dessinées sur les lieux. Paris : Chez Michel Brunet, 1698.
Obs.: Há outras edições na Biblioteca Nacional e na Coleção Geyer, mas esta é a mais antiga.
179
2. O largo da Mãe do Bispo, já desaparecido, ficava onde hoje se encontra a praça Marechal
Floriano, na junção das ruas Evaristo da Veiga e Treze de Maio.
Vide em Nagler, pp. 206-207 do XIV a obra de F. Salathé. [Obs.: trata-se da obra de NAGLER,
(*)
Georg Kasper (ed.). Neues Allgemeines Künstler Lexicon. München: E. A. Fleischmann, 1835-
1852. 22 vol.]
(**)
Vide «Nagler», artigo Ronmy (G. P.), à pg. 348-349 do XIII; e «Notice historique et explicative
du panorama de Rio Janeiro, par M. Hippolyte Taunay... et M. Ferdinand Denis ...». Paris,
chez Nepveu, libraire, Passage des Panoramas. 1824». In-8º, de 123 pp.
180
Altura, 283 mm; largura da estampa (as duas folhas reunidas), 1,01 m; largura de
cada folha, 505 mm.
Muito rara, e extremamente curiosa.
Há quatro estados desta estampa: 1º, o descrito; 2º, 3º e 4º, os abaixo
mencionados.
Expositor: Barão Homem de Mello.
MUSEU IMPERIAL / COLEÇÃO GEYER - CG 01112
FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL / ICONOGRAFIA – E:c:IV Salathé
181
3. MULLER, Frederick (ed.). Catalogue of books and pamplets, atlases, maps, plates and autographes relating to North
and South América... Amsterdam, 1877.
182
17046 — Vistas do Rio de Janeiro, gravadas a buril por diversos, segundo desenhos de
J. Arago. S. d. (1825). Ocorrem no «Atlas hist. du voyage de Freycinet». Paris, 1725.4
Contém:
1) «Vue de Notre Dame de Bon Voyage» (Rade de Rio Janeiro). Gravado a buril
por Desaulx;
2) «Baie de Rio de Janeiro: vue de Praya Grande». Gravado a buril por E.
Aubert.
3) «Vue d’une partie de la ville et du grand aqueduc de Rio de Janeiro». Gravura
a buril de Réville e Bovinet.
4) «Vue de la salle de spectacle sur la place de Rocio, à Rio de Janeiro» (Teatro de
S. João, hoje de S. Pedro). Gravado a buril por Lerouge e Benard.
Expositor: Museu Nacional.
MUSEU IMPERIAL / COLEÇÃO GEYER - (1) a (4) CG00689
FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL /OBRAS RARAS – 109,3,1- 8; 82,3,1-4 (atlas)
17047 — «Saudades do Rio de Janeiro... por Gme. Theremin ... Sachse et Comp.
em Berlim». Série de 6 estampas litografadas por Loeillot, segundo Theremin. S.
d.
Na margem inferior, trazem dizeres em português e francês e diferentes datas.
1) «Passeio publico (entrada)». Vista tirada em 1835.
2) «O Paço da Cidade tomado da rampa». Vista tirada em 1818.
3) «O Aqueducto da rua de Matta cavallos». Vista tirada em 1832.
4) «O Chafariz do Campo tomado da Igreja de Sant’Anna». Vista tirada em 1835.
5) «Teatro Imperial», hoje S. Pedro de Alcântara. Vista tirada em 1835.
6) « N.S. da Gloria, tomado de um terrasso». Vista tirada em 1835.
Expositor: S. M. o Imperador.
MUSEU IMPERIAL / COLEÇÃO GEYER - (1) a (6) CG00383
FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL /ICONOGRAFIA – C.I, 2, 10
4. FREYCINET, Louis Claude Desalces de. Voyage autour du monde (...) pendant les années 1817, 1818, 1819 et 1820.
Paris : Pillet Ainé, 1824-1844. Obs.: Atlas historique, de 1825.
183
5. Vista do largo do Rocio (praça da Constituição, em 1881, e hoje praça Tiradentes) até o largo do Paço (praça de
Dom Pedro II, em 1881, e hoje praça XV de Novembro), do Campo de Santana (praça da Aclamação, em 1881, e
hoje praça da República) ...
6. BOUGAINVILLE, Hyacinthe Y. P. P., barão de. Journal de la navigation autour du globe de la frégate la Thétis et de
la corvette l´Espérance pendant les années 1824-1825 et 1826... Paris : A. Bertrand, 1837.
7. VAILLANT et al. Album historique du voyage autour du monde exécuté pendant les années 1836 et 1837 sur la
corvette La Bonite commandée par M. Vaillant... Paris : A. Bertrand, [1845].
184
Contém:
1) «Vue de Rio Janeiro». Litografado por Sabatier, segundo desenho de Lauvergne.
2) «Vue de la Gabia (sic) a Rio de Janeiro». (Vista da Gávea). Litografado por
Sabatier e Bayot, segundo desenho de Lauvergne.
3) «Vue d’une rue, de Rio Janeiro». Litografia de Chapuy e Bayot, segundo
desenho de Fisquet.
4) «Église de la Gloria a Rio Janeiro» (Outeiro e igreja da Glória). Litografado
por Bichebois e V. Adam, segundo desenho de Fisquet.
5) «Environs de Rio-de-Janeiro». Litografado por Joly e Bayot, segundo desenho
de Fisquet.
6) «Cascade de Tijouka a Rio-Janeiro». Litografado por Joly et Bayot, segundo
desenho de Fisquet.
Expositor: Museu Nacional.
MUSEU IMPERIAL / COLEÇÃO GEYER - (1) a (6) CG03312
FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL /ICONOGRAFIA – E:g:I Joly, Alexis (pr.5)
8. DU PETIT-THOAURS, Abel Aubert. Voyage autour du monde sur la fregate Venus, pendant les années 1836-1839.
Paris : Gide Editeur, 1840-1864.
185
186
9. MARTIUS, Karl Friedrich Philipp von. Flora brasiliensis; enumeratio plantarum in Brasília... Lipsiae: Frid. Fleisher,
1840-....
187
188
10. ADALBERT, príncipe da Prússia. Skizzen zu dem Tagebuche von Adalbert Prinz von Preussen. 1842-1843 [Atlas
s.n.t.].
11. ADALBERT, príncipe da Prússia. Aus meinen Tagebuche 1842-1843 ... Berlim : Geheime Ober-ofbuchdruckerei,
1847.
189
17058 — Série de nove vistas do Rio de Janeiro, litografadas por Eug. Cicéri e
Ph. Benoit na oficina Lemercier de Paris, segundo daguerreótipos. S. d.
(1852) (B. N.)
Contém:
1) «Rio de Janeiro, tomado de (sic) Boa-vista da Tijuca»; segundo um
daguerreótipo, sendo o 1º plano segundo Haguedorn (nota de Leuzinger)
Litografado por Cicéri (Eug.).
2) «Rio de Janeiro. As praias de St. (sic) Luzia e Gloria», segundo um
daguerreótipo. Litografado por Cicéri (Eug.) & Benoist (Ph).
190
191
192
193
17062 — Vistas do Rio de Janeiro; série de 7 paisagens pintadas a óleo sobre tela
pelo mestre das iniciais C. S. em monograma. 1878.
Contém:
1) Vista parcial do interior da baía (à noite). Com o monograma e a data 1878
embaixo, à esquerda;
2) Porto e cidade de Rio de Janeiro, com a Tijuca no fundo; ao raiar do dia. S. d.,
nem monograma;
3) Barra, tomada de interior da baía. S. d. Com o monograma embaixo, à direita;
4) A Praia de Botafogo. S. d. Traz o monograma duas vezes: à esquerda, e à
direita, embaixo;
5) A Serra dos Órgãos. S. d. Com o monograma embaixo, à direita;
6) Niterói. S. d. Com o monograma embaixo, à direita;
7) A Fortaleza da Boa-Viagem e a Praia de Icaraí. S. d. Com o monograma
embaixo, à direta.
Expositor: S. M. o Imperador.
194
17065 — Rio de Janeiro. Série de 2 (?) vistas litografadas por Legrand (da oficina
de M. L. da Costa, de Lisboa). S. d. (B. N.)
Cópia do « Panorama do Rio de Janeiro», litografado por J. Schutz. Vide o número
precedente deste catálogo.
Contém:
1) «1ª Vista» correspondente à 2ª estampa da série de J. Schutz;
2) «2ªvista» correspondente à 3ª estampa da mesma série.
FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL /ICONOGRAFIA – vol.113 Legrand
195
17067 — Série de 11 (?) estampas com vistas do Rio de Janeiro, litografadas por
Pustkow (Frederico). S. d.
Contém:
1) «Ilha das cobras» (2 vistas em 1 estampa);
2) «Largo do Paço. Praia do Peixe)», (2 vistas em 1 estampa);
3) «Largo do Paço»;
4) «Arsenal de Guerra. Hotel Pharoux» (2 vistas em 1 estampa);
5) «Largo de S. Francisco de Paula»;
6) «Theatro S. Pedro de Alcântara»;
7) «A Barra tomada de Sta. Luzia. Gloria. Sta. Luzia» (3 vistas em 1 estampa);
8) «Praia de Botafogo»
9) «Vista tomada de Santa Thereza. Carioca. Os dois Irmãos» (3 vistas em 1
estampa);
10) «A Quinta Imperial em S. Christovão» ;
11) «Caes da Imperatriz. Saude» (2 vistas em uma estampa).
Expositor: Barão Homem de Mello.
MUSEU IMPERIAL / COLEÇÃO GEYER - (2) (4) (7) (9) (11) CG00900; (5) CG03525
As estampas (3) (6) (8) e (10) não ocorrem na coleção Geyer
FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL /ICONOGRAFIA – C.I.2.23, vol.107 Pustkow
196
197
17070 — Série de 4 vistas de Rio de Janeiro, fotogravuras por Goupil & Cia, de
Paris. S. d. (B.N.)
Contém:
1) «Vista parcial do Rio de Janeiro» (enseada e praia de Botafogo; rua do Senador
Vergueiro, ou antigo «caminho novo de Botafogo»; etc.) tomada do morro da
Viúva, segundo uma fotografia de Leuzinger;
2) «A entrada do porto de Rio de Janeiro» (vista tomada de fora da barra),
segundo um desenho a «guache» de F. Keller;
3) «Rio de Janeiro e seu porto» (Vista tomada do morro do Livramento, segundo
uma fotografia de Leuzinger;
4) «Rio de Janeiro. Da ilha das Cobras» (Vista da barra e da cidade desde a ponta
do arsenal de guerra até a Saúde) segundo uma fotografia de Leuzinger.
MUSEU IMPERIAL / COLEÇÃO GEYER - (1) a (4) CG00369
FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL /ICONOGRAFIA – vol.115 Goupil, ARM.28.5.3
13. POHL, Johann Emanuel. Atlas zur Beschreibung der Reise in Brasilien. Wien: Erster Theil, 1832.
198
17074 — «Rio de Janeiro» (Vista geral da cidade do). Gravado a buril por
Axmann [José], segundo Thomas Ender. 1837. (B. N.) Apud Pohl, «Reise Br.» 15
MUSEU IMPERIAL / COLEÇÃO GEYER - CG00921
FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL /ICONOGRAFIA – E:c:II Axmann, ARM.20.1.6
17075 — «Vista da cidade e bahia do Rio de Janeiro, com a serra dos Orgãos
no fundo, tomada do Corcovado, no começo do Aqueducto». Gravado a buril
por Passini [João], segundo Ender [Thom.]. S. d. (B. N.) Vide números 11-14 de
LB.16
Apud Pohl, Reise Br.» 17
MUSEU IMPERIAL / COLEÇÃO GEYER - CG00921
FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL /ICONOGRAFIA –E:ca: III Passini, ARM.20.1.6
14. LAPLACE, Cyrille Pierre Théodore. Album historique gravé et publié par les soins et sous la direction de M. de
Saison dessinateur du voyage de l’Astrolabe. Paris: Arthus Bertrand, 1835. Obs.: O álbum, editado em separado,
complementa a obra de LAPLACE, C. P. T. Voyage autour du monde par les mers de l´Inde et de Chine (...) pendant les
années 1830, 1831 et 1832. Paris : Imprimerie Royale, 1833-39.
15. POHL, J. E. Op. cit.
16. LE BLANC, Charles. Manuel de l’amateur d’estampes ... précédé de considérations sur l’histoire de la gravure. Paris
: P. Jannet, 1850-1857.
17. POHL, J. E. Op. cit.
18. Ostensor Brazileiro. Jornal literario e pictorial . Tomo I, 1845-1846. Colleção de producções originaes em prosa
e verso sobre assumptos pertencentes à historia politica e geographica da terra de Santa Cruz por Vicente Pereira
de Carvalho Guimarães e João José Moreira, ornado com numerosas gravuras. Rio de Janeiro: Eduardo e Henrique
Laemmert, [1846].
199
17078 — «Vista de parte da cidade e bahia do Rio de Janeiro, barra, oceano, etc.;
tirada a cavaleiro (do Corcovado). Desenho original à lápis retocado a guache
por Galot [Alph.] 1850. (B. N.)
FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL /ICONOGRAFIA – ARC.30 E:g:III Galot
17079 — «Rade de Rio Janeiro». Gravado a buril por Ch. Lalaisse, segundo
Rouargue. S. d. (B. N.)
Apud «Voyage autour du monde publié sous la direction du Contre Amiral
Dumond D’Urville». Paris. 1853.20
MUSEU IMPERIAL / COLEÇÃO GEYER - CG03421
FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL /OBRAS RARAS – 51, 3, 15 (edição de 1857)
19. NOTICIA do Palácio da Academia Imperial de Belas Artes. Rio de Janeiro, 1862.
20. DUMONT D’URVILLE, J. S. C. (ed). Voyage pittoresque autour du monde (...) accompagne de cartes et de nombreus
gravures en taille-douce sur acier, d’après les dessins de M. de Sainson, dessinateur du voyage de l’Astrobale. Paris : L. Tenré
et Henri Dupuy, 1834-1835. A edição citada é de 1853 e as existentes na Coleção Geyer são de 1844 e 1848.
200
17084 — «Vista (do Rio de Janeiro) tomada de Sta. Thereza». Gravada a buril
por A. Chenot. S. d. (B. N.)
Apud Rec. Min. I.22
21.������������������������������
NAGLER, G. K. (ed.). Op. cit.
22. O Recreador Mineiro. Periódico Litterario. Ouro Preto: Typ. De Bernardo Xavier Pinto de Souza, 1845-1848. 7
tom. Citado no CEHB, nº 5203.
201
17088 — Vista geral do porto e cidade do Rio de Janeiro, tirada da ilha das Cobras.
Litografado por Deroy da oficina de L. Turgis Jeune, de Paris. S. d. (B. N.)
A estampa faz parte de uma série sob a denominação «Ports de mer d’Amerique
- Brésil».
FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL /ICONOGRAFIA – vol.115 Deroy
17089 — «Rio de Janeiro. Vista tomada da ilha das Cobras». Litografado por
anônimo da oficina de Becquet frères (de Paris), colorida a guache. S. d.
(B. N.)
MUSEU IMPERIAL / COLEÇÃO GEYER - CG01169
FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL /ICONOGRAFIA – vol.115 Becquet frères
17090 — «Rio de Janeiro». (Vista tomada da «Ilha das Cobras», com entrada da
barra, e parte da cidade desde a ponta do Arsenal de Guerra até o de Marinha e
São Bento). Fotografia por Ferrez [Marcos]. S. d. (B. N.)
FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL /ICONOGRAFIA – (roubada / imagem no site da BN)
23. RIBEYROLLES, Charles. Brazil pittoresco; historia, descrições, viagens, instituições, colonização. Rio de Janeiro: Typ.
Nacional, 1859. Outra edição em RIBEYROLLES, Charles. Brazil pittoresco; álbum de vistas, panoramas, paisagens,
monumentos, costumes, etc. (...) photographiados por Victor Frond, lithographiados pelos primeiros artistas de Paris. Paris:
Lemercier, 1861.
202
17095 — «Vue des terres qui environnent le Port de Rio de Janeiro». (Duas
vistas do terreno circunvizinho do porto do Rio de Janeiro, a saber: 1ª, vista da
barra tomada do mar; 2ª, vista da cidade e de parte da baía).
Gravado a buril por Maillet sob a direção de Tardieu Senior. S. d. (B. N.)
Apud J. Barrow, «Voyage la Cochinchine ... Paris ... 1807». Estampa V.25
MUSEU IMPERIAL / COLEÇÃO GEYER - CG01749
FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL /ICONOGRAFIA – E:g Maillet
24. Echo Americano. Periódico illustrado. Londres, 1871-1872. Obs.: Citado no CEHB, nº 4963.
25. BARROW, John. Voyage à la Cochinchine... traduit de l’alglais avec des notes et additions par Malte-Brun. Paris
: François Buisson, 1807. A primeira edição, em inglês, é de 1806.
203
17096 — «Ansicht der Einfahrt in den Busen von Rio de Janeiro». (Vista
da entrada da barra do Rio de Janeiro). Gravado a buril por Schnell [L.] (de
Darmstad). 1818. (B. N.)
Apud «Neuwied. R. Bras.», I, p. 27. 26
MUSEU IMPERIAL / COLEÇÃO GEYER - CG00916; CG 00942
FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL /ICONOGRAFIA – ARM.20.3.10
26. MAXIMILIAN, príncipe de WIED-NEUWIED. Reise nach Brasilien in den Jahren 1815 bis 1817 (...). Frankfurt:
Heinrich Ludwig Brönner, 1820. Obs.: As estampas encontram-se em MAXIMILIAN, príncipe de WIED-
NEUWIED. Kupfer um Karten zun 1-2 tem Band der Reise (...). s.n.t.
27. RIBEYROLLES, Charles. Op. cit.
28. Ostensor Brazileiro, Op. cit.
204
17104 — «Hôpital de Pedro II. Rio de Janeiro. (Hospício de Pedro II). Litografado
por Bachelier, segundo fotografia de V. Frond. (B. N.)
Estampa n.º 28 do « Br. pit.».29
MUSEU IMPERIAL / COLEÇÃO GEYER - CG00395
FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL /ICONOGRAFIA – C.V.2.3; ARM.13.5.1-6
205
30. Revista popular, noticiosa, scientifica, industrial, historica, etc. Jornal illustrado. Rio de Janeiro: B.L. Garnier, 1859-
1862.
31. Universo illustrado. Periódico do Rio de Janeiro. Citado no CEHB, sem indicação de data.
32. Ostensor Brazileiro, Op. cit.
206
17113 — Vista parcial da baía do Rio de Janeiro, com o cais e morro da Glória.
Litografado por Alf. Martinet. Sem título, nem data. (1847). (B. N.) Traz embaixo,
à esquerda: «Alf. Martinet».
Apud «Br. pit. hist. mon.». 34
207
208
17121 — «Igreja de St. (sic) Sebastião». Gravado por A. Chenot. S. d. (B. N.)
Apud «Rec. Min».38
209
210
17127 — «Largo do Paço» (na margem inferior); «Rio de Janeiro» (na superior).
Litografado por anônimo da oficina de E. Rensburg. S. d. (B. N.)
42. DARWIN, Charles; FITZROY, Robert et al. Narrative of the surveying voyages of His Majesty’s ships Adventure and
Beagle, between the years 1826 and 1836... London : Henry Colburn, 1839. 3 vol.
43.�������������������������������
RIBEYROLLES, Charles. Op. cit.
211
17132 — «La grande rue à Rio de Janeiro» (Rua Direita). Gravura a água-tinta
por Himely (Segismundo), segundo desenho de Lauvergne. S. d. (Paris, 1835).
Apud «Album hist. du Voyage de La Place», (pl. 72).44
Expositor: Museu Nacional.
MUSEU IMPERIAL / COLEÇÃO GEYER - CG00886.1/2; CG04171
FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL /ICONOGRAFIA – E:g:II Himely, Sigismond
17135 — «Plan Façade et coupe de la Bourse tel qu’il est éxécuté a Rio de
Janeiro l’an MDCCCXX. Dedié a Son Excellence Monseigneur le Vicomte St.
Lourenço par Grandjean de Montigny Architecte». (Corte transversal, fachada
e plano da Praça do Comércio do Rio de Janeiro, atualmente «Alfandega»);
desenho original a nanquim por Granjean do Montigny.
Expositor: José Thomaz de Oliveira Barbosa.
FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL /ICONOGRAFIA – E:g:III Grandjean de Montigny
44.���������������������������
LAPLACE, C. P. T. Op. cit.
45. Ostensor Brazileiro, Op. cit.
46. RIBEYROLLES, Charles. Op. cit.
212
213
48.�������������������������������
RIBEYROLLES, Charles. Op. cit.
49.������
Idem.
50.������
Idem.
214
51. �����������������������������
MARTINET, J. Alfred. Op. cit.
52. RIBEYROLLES, Charles. Op. cit.
53. Ostensor Brazileiro, Op. cit.
215
216
17156 — «Arcos de Cariaco (sic), grand Aquéduc à Rio Janeiro (sic)». Gravado
a buril por Maillet, sob a direção de Tardieu Senior. S. d. (B. N.)
Apud J. Barrow, «Voyage à la Cochinchine... Paris... 1807», Estampa III.55
FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL /ICONOGRAFIA – C.I,1,36
217
58. Revista popular, noticiosa, scientifica, industrial, historica, etc. Op. cit.
218
17170 — Vista do Rio de Janeiro com parte dos bairros do Engenho Velho e São
Cristóvão, e a Tijuca no fundo. Bosquejo a lapis e a aquarela por Luiz Augusto
Moreaux. S. d. (B. N.)
FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL /ICONOGRAFIA – ARC.30 E:g:II Moreaux
219
17174 — Vista parcial do aqueduto de Santa Teresa perto dos Dois Irmãos.
Bosquejo a lapis por Francisco Renato Moreaux. S. d. (B. N.)
FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL /ICONOGRAFIA – ARC.30 E:g:II Moreaux
62. Idem.
63. LE BLANC, Charles. Op. cit.
64. POHL, J. E. Op. cit.
65. RIBEYROLLES, Charles. Op. cit.
220
17176 — Bela Vista (na margem inferior). Serra da Tijuca (na superior).
Litografado por Martinet [Alf.]. S. d. (1849). (B. N.)
MUSEU IMPERIAL / COLEÇÃO GEYER - CG03803
FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL /ICONOGRAFIA – vol.113 Martinet
17179 — Baía do Rio de Janeiro. Praia de Icaraí com a Itapuca, a Fortaleza de S. Cruz e
o Pão de Açúcar. Desenho a lapis por Francisco Renato Moreaux. S. d. (B. N.)
FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL /ICONOGRAFIA – ARC.30 E:g:I Moreaux
221
17183 a 17244
[Continuação, representando Campos, São Fidélis, Nova Friburgo, Petrópolis,
Paraíba do Sul, Vassouras e Angra dos Reis, entre outras localidades da província
do Rio de Janeiro]
(...)
222
S uplemento
CLASSE XV
VISTAS. PAISAGENS. MARINHAS
§ 1.º
Vistas e Paisagens(*)
(...)
m) Rio de Janeiro
68. ROUSSIN, Albin Reiné, barão. Le Pilote du Brésil, ou description des côtes de l’Amérique méridionale... Cartes et
plans de ces côtes et instructions pour naviguer dans les mers du Brésil, composé sur les documents recueillis dans la campagne
hydrographique... exécutée en 1819 et 1820 sur la corvette la « Bayadère » et le brig le « Favori »...Paris : Imprimerie
Royale, 1826. A BN também possui a segunda edição, de 1837, proveniente da coleção Benedito Ottoni.
(*) Sobre algumas das estampas mencionadas no parágrafo 1º da Classe XV deste Catálogo, cuja gravura é atribuída
a Francisco Post, vide o artigo que ocorre no parágrafo 2º da Classe XVI deste Suplemento.
223
édition, Paris, 1876, p. 219 69; e Dr. Augusto Fausto de Souza, «A bahia do Rio de
Janeiro» ... Rio de Janeiro, 1882, pp. 67-71.
Apud M. C. Von Eschwege: «Journal von Brasilien ... Weimar», 1818.70
MUSEU IMPERIAL / COLEÇÃO GEYER - CG01454
69. MOUCHEZ, Ernest Amédée Barthélemy. Les cotes du Brésil, description et instruction nautiques... De Bahia a Rio
de Janeiro. Paris : Challamel aîné, 1876.
70. ESCHWEGE, Wilhelm Ludwigvon. Journal von Brasilien…Weimar: Gr. H. C. pr. Landes, 1818.
224
20046 — «Gegend von Pota Fogo, bey Rio de Janeiro». (Vista do arrabalde de
Botafogo no Rio de Janeiro) Gravura à água-tinta por anônimo. S. d.: (1818?) (B.
N.) Apud M. C. von Echwege, «Journal von Brasilien ... Weimar», 1818.71
71.������
Idem.
225
20051 — «City of St. Sebastian Rio de Janeiro (Dec. 1792)». (Vista da cidade
do Rio de Janeiro desde a igreja da Lapa até a ilha das Cobras, em dezembro de
1792). Gravado a buril por Cooke (Jorge), segundo W. Alexander. 1812. (B. N.)
Apud Pinkerton, «A General Collection of the... voyages and travels... » London.
1813. vol. XIV (na obra de J. Nieuhoff).72
MUSEU IMPERIAL / COLEÇÃO GEYER - CG02942
FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL /ICONOGRAFIA – vol.107 Cooke
72.������������������
PINKERTON, John. A general collection of the best and most interesting voyages and travels in all parts of the world.
London : Olms, 1808-1814.
73. Idem.
226
vista do choro» (em cima). Com vários dizeres na margem inferior. Litografada
por anônimo do Instituto Artístico. S. d.
Expositor: S. M. o Imperador.
20056 — O teatro de S. Pedro de Alcântara. Duas vistas: 1ª, exterior; 2ª, palco e
sala; pintadas à aquarela por anônimo, na China. S. d. Estas vistas estão pintadas
no papel de um leque de charão.
Expositor: Comendador J. F. Oliveira Barbosa.
(...)
227
Fontes e Bibliografia
MANUSCRITOS
Museu Imperial
Arquivos da Casa Imperial
Coleção Silva Costa
Biblioteca Nacional
Coleção Ramiz Galvão
Coleção Biblioteca Nacional
Arquivo Nacional
Arquivo Francisco Ignacio Marcondes Homem de Mello
Arquivo da Secretaria de Estado dos Negócios do Império
229
Iconografia e patrimônio
PERIÓDICOS
Anais da Biblioteca Nacional
Anais do Museu Histórico Nacional
Auxiliador da Indústria Nacional
Gazeta de Notícias
Jornal do Commercio
Nouvelle de l’Estampe
Estudos Históricos
Etudes Photographiques
Magasin Pittoresque
Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro
Revista do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
Revista Illustrada
230
geographica da terra de Santa Cruz (...) ornado por numerosas gravuras. Rio de Janeiro: Eduardo e
Henrique Laemmert, 1845-1846.
INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL. Cartas
patrimoniais. 3 ed. rev. e aum. Organização de Isabelle Cury. Rio de Janeiro: IPHAN, 2004.
___. Coletânea de leis sobre preservação do patrimônio. Seleção e organização de Sonia Rabello de
Castro. Rio de Janeiro, 2006.
LACERDA, José Maria de A. e Araújo C. de. Diccionario encyclopedico ou novo diccionario da
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MACEDO, Joaquim Manuel de. Um passeio pela cidade do Rio de Janeiro. 4 ed. Rio de Janeiro:
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1) e 1863 (tomo 2).
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MELLO, Francisco Ignacio Marcondes Homem de. “A Paz”. Artigo do jornal Reforma, de 25 de
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___. Discurso feito pelo Dr. (...), membro da commissão incumbida de erigir a estátua de José Bonifácio
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1872. Rio de Janeiro: Typ. Cinco de Março, 1873.
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(103): V-XXXI, 1901. (memória histórica pelo barão Homem de Mello lida na sessão do
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RODRIGUES, Francisco de Assis. Diccionario technico e histórico de pintura, escultura, arquitetura
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