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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA


CONSELHO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO
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COORDENAÇÃO DO CURSO DE HISTÓRIA


DISCIPLINA: HISTÓRIA MODERNA
PROFESSOR: FRANCISCO PAULA DE BRITO
ACADÊMICO (A): THALISON DIOADA SOARES COSTA

ATIVIDADES DA UNIDADE 1

LIVRO: HISTÓRIA MODERNA ATRAVES DE TEXTOS

3. Expansão, Colonização e Mercantilismo (26/09/2022)

Questões 01, 03 e 04.


Página: 67 a 91.

4. Estado absolutista monárquico e Antigo regime (26/09/2022)

Questões 04 e 05.
Página: 54 a 66.

RESPOSTAS

III. Expansão, Colonização e Mercantilismo.

1. Qual a importância dos documentos de época apresentados para a compreensão


do processo de expansão marítima?

Resposta:
A importância de um documento de época é exorbitante, um documento, por si só,
sem contexto, pode não significar nada, mas quando problematizado e estudado a
fundo em um contexto da época e a situação na qual foi produzido, pode fornecer
uma série de questões de momentos importantes da formação do mundo.
As fontes que são bastantes exploradas por historiadores são os grandes “diários”
produzidos durante o processo da expedição, isso tudo por escrito. Os textos de
“Os Portugueses na Índia – Alarmam os Italianos” e da “Carta de Pero Vaz
de Caminha”, são duas fontes históricas que trabalhadas pelos historiadores
mostram como que foi o processo de expansão marítima, a carta escrita pelo
escrivão português Pero Vaz de Caminha traz uma série de momentos da
expedição de Pedro Álvares Cabral, e tendo essa fonte da época é muito
importante para a compreensão de como foi os processos de expansão
marítimas, pois, esses documentos tem grandes detalhes de como ocorreu essa
expedição, e conectando uma a uma, podemos compreender como os homens se
comportaram diante ao Novo Mundo.

3. Qual a importância da espada, da cruz e da fome enquanto mecanismos de


conquista da América por parte dos europeus?

Resposta:
A espada, a cruz e a fome são os mecanismos essenciais para uma conquista de
outros povos, são os meios de colonização de um povo, sobretudo na “américa”
em 1492 – chegada do Cristóvão Colombo.
A Cruz representa a igreja, foi umas das primeiras coisas fincadas no solo
brasileiro por Cristóvão Colombo. A conquista espiritual das Américas começava.
O processo de catequização de nativos, por exemplo, aqui na “América no Sul”
em 1500 com a chegada de Pedro Alvares Cabral, o processo é importante para a
“disciplina” dos povos nativos, evitando número de protestantes. A catequização é
dada para mudar os hábitos nativos e pudessem viver de acordo com a cultura
europeia.
A Espada é introduzida com um aspecto militar, belicoso e sangrento, por meios
de armas, principalmente a espada, sua importância visa a segurança dos
europeus e a força para o domínio dos nativos. Ela é importante para colocar
ordem e impor a cultura europeia.
A Fome não está relacionada ao sentido próprio da palavra, e sim a conquistas
que foram levantados na conquista. Os nativos eram rotulados como “selvagens”
e “incultos” que necessitavam da misericórdia cristã e do desenvolvimento da
cultura europeia podia proporcionar, assim, sendo uma adequação dos indígenas
ao modo de trabalho europeu, aprendizado da língua, adequação ao modelo de
tempos dos europeus, a alimentação da dieta europeia. A fome seria essa
desorganização que a guerra e a peste trouxeram ao sistema produtivo aos
indígenas (a morte pela força do trabalho ou doença).

4. Como Fernando Novais conceitua o sistema colonial?

Resposta:
O antigo sistema colonial foi baseado na relação entre metrópole e colônia, por
meio de “pactos” coloniais que beneficiavam os primeiros em detrimento dos
últimos com fins à exploração de recursos naturais para alimentar atividades
comerciais em prol de Portugal, e nesse contexto, articulada nos componentes do
Antigo Regime, A colonização moderna exige que os sistemas econômicos e as
políticas públicas formem um todo coeso. Dessa forma, coordena o processo de
colonização com as economias estabelecidas da nação europeia. Isso resulta em
um sistema que une todos os aspectos da colonização moderna; a categoria
resultante fornece uma compreensão aprofundada do fenômeno. A colonização
portuguesa do Brasil ocorreu no âmbito do Antigo Sistema Colonial. Este sistema
engloba todos os sistemas coloniais anteriores, como o sistema do Antigo
Regime. Como resultado, a colonização portuguesa compartilha algumas das
mesmas características socioeconômicas.

IV. Estado absolutista monárquico e Antigo regime

4. Maquiavel, Hobbes, Bodin e Bossuet apresentam-se como os principais teóricos


do Absolutismo. A partir da leitura dos documentos destes autores, apresente os
pontos comuns e os discordantes existentes no pensamento deles.
Resposta:
Maquiavel sua teoria política acreditava que a manutenção do poder é necessária
para que o estado permaneça intacto. Suas teorias se concentravam na
importância do poder, que ele acreditava ser essencial para o governante manter.
Maquiavel delineou os requisitos para garantir a manutenção do poder em
príncipe, um livro sobre governo. Explicou no seu livro como ser governador.
 Um governante deve confiar na virtu, não na sorte, para estar preparado
para qualquer eventualidade. A falta de virtu equivale a confiar apenas na
sorte. Um bom governante tem tanto a capacidade de prover para seu
povo quanto a força para lidera.
 “Os fins justificam que os meios” são necessários para manter o status quo
e a ordem social. Às vezes, isso significa implementar medidas
consideradas impopulares ou mesmo cruéis. Isso é necessário para manter
a ordem, e isso é justificável, mesmo que não seja reconhecido
publicamente.
 É bom ser amado, mas é preferível ser temido. Ser temido impede as
pessoas de se rebelarem contra você. Não faz mal ser amado por uma
parcela da população; no entanto, é melhor ser temido, pois ninguém pode
se opor a você.
 Ações que o público adora devem ser implementadas lentamente. Fazer
algo não apreciado rapidamente é necessário. O governante pode manter
sua popularidade divulgando periodicamente alguns dos bons resultados
de suas ações. Se ele tomar uma decisão impopular, será banido por um
tempo antes de ser esquecido pelo público.
Hobbes sua teoria é formada por um governo autoritário centralizador, onde o
soberano tinha autonomia delegada pelo povo através de um contrato e teria
poderes absolutos, sem limite algum, acumulava as funções de organizador da
vida social (legislando a vida em sociedade e traçando os parâmetros segundo
sua vontade soberana), de administrar a justiça, polícia e soberania.

 A teoria política de Hobbes se concentra na racionalização dos


mecanismos do poder e de instituição do Estado.
 Sem soberania, não há ordem política.
 A soberania pertence ao todo coletivo, mas sua unidade exige a mediação
de uma representação.
 A unidade política é mais do que o consenso, mas a unidade real de todos
os indivíduos em uma só e mesma pessoa.
Nenhuma pessoa existe em estado de equilíbrio à parte de instituições que
regulam suas ações e mantêm relações harmoniosas com os demais membros da
sociedade. Isso só pode ser alcançado através da intervenção de um corpo
político maior.
Bodin argumenta que a ideia de um governo misto cria a falsa impressão de que
o setor politicamente soberano não está fazendo nada. Para confirmar essa ideia,
ele cita como exemplo as práticas políticas estabelecidas no interior da República
Romana. Segundo sua interpretação, o fato de o povo romano ter o direito de
indicar quem serviria como prefeito não limitava os diversos poderes conferidos a
esses mesmos representantes políticos.
Dessa forma, Jean Bodin não aceitava a possibilidade de uma forma de governo
baseada na ausência de soberania. Sem um poder político soberano, seja
minoritário ou majoritário, qualquer governo acabará se transformando em um
verdadeiro regime anarquista. É por isso que o pensador francês considera os
“estados” assumidos pelo soberano em diferentes contextos políticos para julgar
qual classificação melhor se adequa ao seu tipo de governo.
 Por exemplo, na monarquia, ele pode permitir que o rei tenha uma forma
democrática de governo ao permitir que diferentes grupos sociais
participem da administração pública. Ao mesmo tempo, quando a
monarquia restringia a participação popular ou concentrava as decisões
nas mãos do rei, o governo começava a adquirir um caráter nitidamente
autocrático.
Segundo o próprio autor, “todas as leis da natureza nos conduzem à monarquia;
seja olhando para este pequeno mundo de nossos corpos, seja para este grande
mundo com um Deus supremo; seja olhando para um céu com um sol”, o teórico
absolutista será visto como um dos defensores do "direito divino do rei".
Bossuet tem três razões que fazem deste governo o melhor governo. (direito
divino do rei)
 A primeira é que é a mais natural e se perpetua por si próprio.
 A segunda razão é que esse governo é o mais importante na manutenção
do Estado e do poder que o constitui: o príncipe que trabalha para o Estado
trabalha para seus filhos, e seu amor por seu reino se confunde com o que
mudou em sua família.
 A terceira razão vem da dignidade da família real. A inveja natural que se
tem dos que estão acima de nós torna-se aqui amor e respeito; os próprios
grandes homens se submetem sem desgosto a uma família que sempre
consideraram superior, e ninguém mais pode igualar.
Reis são deuses e de alguma forma participam da independência divina.

5. Faça uma análise comparativa entre as ideias de Perry Anderson e de


Poulantzas, procurando chegar a uma conclusão pessoal.

Resposta:
Perry acredita que o único absolutismo verdadeiro é quando o monarca governa
todos os outros. Ele afirma que um Estado Absolutista nada mais é do que uma
versão redesenhada da nobreza feudal para manter o poder e continuar
governando. Perry acredita que mesmo que um novo sistema de leis ou regras
fosse implementado, os antigos coexistiriam e a palavra Estado Absolutista seria
uma farsa porque a Nobreza governante nunca permitiu que ninguém se
aproximasse de seus poderes reais. Eles mantiveram acesso igual a todas as
autoridades enquanto chamavam seu sistema de Absolutismo. E, ele também
afirma que nenhum absolutismo real existe em nenhum dos países governados
por um Estado absoluto, pois ninguém era capaz de governar nada sem a
permissão dos proprietários de terras ou classes nobres.
As ideologias políticas de Perry Anderson e Poulantzas estão em plena exibição
ao estudar suas obras. Ambos têm uma visão clara divisão entre a burguesia e as
classes mais baixas, e usam isso a seu favor para promover suas causas. Perry e
Poulantzas também veem essa mesma divisão, mas observe que a nobreza não
cederá ao seu poder – mesmo em tempos de fracasso quase total. Muitos podem
observar esse fato em seus escritos, pois fornecem insights sobre política e
economia. Ambas as ideologias visam atingir o mesmo objetivo: derrubar o poder
da Nobreza.

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