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FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO - 2023/1

Professora: Dra. Liliane Barros de Almeida

ROTEIRO DE ESTUDO

Nome: Antônio Carlos dos Santos


Data da aula: 19/04/2023

Referência do material estudado:


ANDERY, Maria Amália. et al. Para Compreender a Ciência: uma perspectiva
histórica. 16 ed.  Rio de Janeiro: Garamond; São Paulo: EDUC, 2012.  p. 161-251

Visão geral sobre o material:

Diversas mudanças nos campos social, cultural, econômico, político


foram marcando uma nova fase na Europa durante o final da Idade Média e sua
transição parta a Idade Moderna. Elas resultaram na crise do sistema feudal que
esteve baseado numa economia agrária e de subsistência, dando início ao pré-
capitalismo ou capitalismo comercial. Essa primeira fase do capitalismo vigorou do
século XV ao XVIII e foi determinada pelo sistema mercantilista, por isso, é também
chamada de Capitalismo Mercantil. Ele visava o acúmulo de riquezas e de capital, e
ainda, a comercialização de bens com vistas a aumentar o lucro.
Muitos fatores contribuíram para essa transição, por exemplo, o
surgimento de uma nova classe social, a burguesia. Os burgueses foram
contribuindo para o aumento e aceleração da economia mercantil através do
surgimento da moeda. Sendo assim, o escambo que antes era praticado no sistema
feudal, foi perdendo lugar para um novo modelo econômico baseado no comércio.
Nessa fase, o Renascimento, movimento artístico e cultural que teve
início na Itália, foi inserindo uma nova visão do lugar do homem no mundo. Ele
esteve vinculado ao humanismo, que por sua vez, estava inspirado
no antropocentrismo (homem no centro do mundo). Além disso, o cientificismo a
partir de diversas descobertas e invenções, foi primordial para que a Igreja
enfraquecesse seu poder, que no sistema feudal era indiscutível, e que aos poucos,
foi perdendo muitos fiéis. Um exemplo significativo foi o sistema heliocêntrico (Sol no
centro do universo), proposto por Copérnico, em detrimento do sistema geocêntrico
(Terra no centro do Universo), disseminado pela Igreja.
Podemos citar que o crescimento das cidades fortaleceu ainda mais
o comércio (Renascimento comercial e urbano), de onde as feiras livres se tornaram
essenciais para que terminasse definitivamente o sistema feudal do medievo. Na
sequência as grandes navegações demostraram essa nova postura do homem
moderno, com a exploração de novas terras no continente americano, resultando
ainda mais na expansão do comércio.

Argumentos centrais do texto


O texto lido aponta o ser Humano como um ser inacabado que está
sempre em processo de aprendizagem em busca de mudança, realçando que a
hominização é o Homem em busca da razão, a singularização é a postura na
sociedade que é única de cada um e a socialização é ser membro de uma
comunidade aprendendo a conviver em grupo.
A ciência e o conhecimento científico, para Bacon, são ferramentas
de que o ser humano dispõe para dominar a natureza, por isso, elas devem dar ao
ser humano a posição de domínio. Nesse sentido, a ciência antiga embasada nas
teorias aristotélicas deve ser substituída por algo que garanta tal domínio humano.

Conceitos tratados no texto


Por volta do séc Xll, com a decadência do feudalismo, começa a
surgir um novo sistema econômico marcando o novo modo de produção: o
capitalismo. A característica essencial do novo sistema é o fato de nele, o trabalho
ser assalariado e não mais servil como no feudalismo.
Antes, no sistema do feudalismo o que importava sumariamente era
quem as pessoas eram, pois não mudavam de classe; agora, com o capitalismo
criou-se uma expectativa de que todos os humanos teriam a oportunidade de “ter” os
mesmos bens ou consumir igualmente aos demais integrandes das diferentes
classes sociais.

Questionamentos e/ou comentários:


1. O capitalismo, como sabemos, revolucionou as bases da existência humana.
Através de lutas constantes se manteve no poder e conseguiu implementar sua
imagem, exploratória das dinâmicas econômicas sociais. Conseguiríamos na atual
conjuntura fazer desse modo de produção um sistema menos cruel?

2. Atualmente, as democracias buscam tentar reduzir as distâncias entre os ricos e


os pobres, num processo de distribuição de riqueza capaz de minimizar as
discrepãncias entre as classes sociais, sobre tudo as mais baixas, contradições
estas geradas na relação entre o capital e o trabalho. O “capital” permitirá que o
trabalho se transforme numa ferramenta eficaz de correção desse abismo entre as
classes sociais que mal conseguem obter as principais refeições para sua
subsistência?

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