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• Nobreza: era a classe mais alta, composta pelos proprietários de terras, os chamados
senhores feudais. Os feudos eram grandes terras, concedidas pelo rei aos senhores
feudais e onde estes tinham o poder absoluto; cada senhor feudal determinava as regras
dentro dos seus feudos.
• Clero: composto pelos membros da Igreja Católica – instituição mais poderosa do
feudalismo. Nesse momento, a igreja não tinha apenas a função de evangelizar, ela
exercia poderes na política e era grande proprietária de terras.
• Servos: eram os trabalhadores dos feudos, eles não tinham direito à salários, trabalhavam
em troca de lugar para viver e alimentação.
A crença naquele momento era de que a riqueza disponível no mundo não poderia ser
aumentada, apenas redistribuída. Assim, os países buscavam a acumulação de riquezas por
meio da proteção da economia local e acúmulo de metais decorrente das trocas comerciais que
realizavam com outros países. Foi nesse período que nações europeias exploraram os recursos
de suas colônias, como aconteceu aqui nas Américas.
Capitalismo informacional
O capitalismo informacional não é uma nova fase do capitalismo, mas um novo momento da fase
do capitalismo financeiro. O conceito de capitalismo informacional foi discutido pela primeira vez
por Manuel Castells, em seu livro Sociedade em rede, publicado em 1996 e está relacionado
à revolução tecnológica dos últimos tempos.
O capitalismo informacional é caracterizado pela globalização e pelos avanços nas tecnologias
de informação, na aceleração e crescimento dos fluxos de informações, pessoas, capitais e
mercadorias. Segundo esse autor, essas transformações tecnológicas mudam nossas
práticas culturais e sociais e constroem uma nova estrutura social.
Os fluxos de globalização não atingem o espaço geográfico por igual, mas principalmente os lugares
que recebem maiores investimentos em infraestrutura. Por que isso ocorre? O que diferencia a atual
expansão capitalista das etapas anteriores? É o que estudaremos a seguir.
O que é globalização
A globalização é a continuidade do longo processo histórico de mundialização capitalista, que vem
ocorrendo desde o início da expansão marítima europeia. Assim, a globalização é o nome que se dá
a atual fase de mundialização do capitalismo: ela está para o atual período informacional como o
colonialismo esteve para sua etapa comercial e o imperialismo para a industrial e financeira.
Atualmente, ao contrário do que ocorreu nas demais etapas do capitalismo, sua expansão não se inicia
pela invasão e ocupação territorial. Por exemplo, nas etapas colonialista e imperialista do capitalismo,
o controle do território onde seriam explorados os recursos naturais era fundamental.
Com uma ou outra exceção, na era da globalização a expansão capitalista é silenciosa, sutil e ainda
mais eficaz. Trata-se de uma "invasão" de mercadorias, capitais, serviços, informações e pessoas. As
novas "armas" são a sedução pelo consumo de bens e serviços e a agilidade e eficiência das
telecomunicações, dos transportes e do processamento de informações, graças aos satélites de
comunicação, à informática, à internet, aos telefones (fixos e celulares), aos aviões, aos supernavios
petroleiros e graneleiros e aos trens de alta velocidade.
A "guerra" acontece nas Bolsas de Valores, de mercadorias e de futuros em todos os mercados do
mundo e em todos os setores econômicos. As estratégias e táticas são traçadas nas sedes das grandes
corporações transnacionais, dos grandes bancos, das corretoras de valores e de outras instituições,
e influenciam quase todos os países. Entretanto, muitas vezes as estratégias e táticas dos dirigentes
das grandes corporações, principalmente do setor financeiro, se mostraram arriscadas, gananciosas
e/ou fraudulentas. Isso ficou evidente na crise econômico-financeira que eclodiu no mercado
imobiliário/financeiro norte-americano em 2008.
Fluxo de capitais especulativos e produtivos
A "invasão" mais típica da globalização é a dos capitais especulativos de curto prazo, conhecidos
como hot money, que em busca de alta lucratividade no curtíssimo prazo, movimentam-se com grande
rapidez pelo sistema financeiro mundial conectado on-line. Com os avanços tecnológicos na informática
e nas telecomunicações, o dinheiro tornou-se virtual, isto é, bites exibidos nas telas dos computadores,
e passou a circular livremente.
Grande parte desses recursos pertence a milhões de pequenos poupadores espalhados, sobretudo
pelos países desenvolvidos, que guardam seu dinheiro num banco ou investem num fundo de pensão,
para garantir suas aposentadorias. Essa vultosa soma é transferida de um mercado para outro, de um
país para outro, sempre em busca das mais altas taxas de juros dos títulos públicos ou da maior
rentabilidade das ações, das moedas, etc. Os administradores desses capitais - como bancos de
investimentos e corretoras de valores - em geral não estão interessados em investir na produção, cujo
retorno é demorado, mas em especular, isto é, realizar investimentos de curto prazo nos mercados mais
rentáveis.
Os capitais especulativos são prejudiciais às economias à medida que, quando algum mercado se
torna instável ou menos atraente, os investidores transferem seus recursos rapidamente, e os países
onde o dinheiro estava aplicado entram em crise financeira ou veem-na se aprofundar. Isto aconteceu,
por exemplo, com o México (1994), os países do Sudeste Asiático (1997), a Rússia (1998), o Brasil
(1999), a Argentina (2001) e a Grécia (2010).
Além de investirem em títulos públicos ou em moedas, grande parte dos capitais especulativos,
assim como uma parcela dos investimentos produtivos, direciona-se para as Bolsas de Valores
e de mercadorias espalhadas pelo mundo, investindo em ações ou mercadorias. Pode-se investir em
ações de forma produtiva, esperando que a empresa obtenha lucros para receber dividendos pela
valorização: ou investir de forma especulativa, comprando ações na baixa e vendendo-as assim que
houver valorização, embolsando a diferença e realizando o lucro financeiro. Pode-se também especular
com mercadorias e com moedas.
A circulação dos capitais produtivos é mais lenta porque são investimentos de longo prazo, por isso
menos suscetíveis às oscilações repentinas do mercado. Sendo investimentos diretos na produção de
bens e serviços ou em infraestrutura, esses capitais são aplicados em determinado território e possuem
uma base física (fábrica, usina hidrelétrica, rede de lojas, etc.). Instalam-se em busca de lucros, que
podem ser resultantes de custos menores de produção em relação ao país de origem dos investidores,
baixos custos de transportes, proximidade dos mercados consumidores e facilidades em driblar
barreiras protecionistas.
A expansão das transnacionais
Os noticiários nos mostram todos os dias o desespero das pessoas refugiadas que fogem das guerras
em busca da paz e de uma vida mais digna. Nem sempre as fronteiras são abertas para eles. Cabe
aqui uma reflexão sobre os refugiados da Síria e de outros países em guerra.
ASSUNTO COMPLEMENTAR
Apesar do poder da indústria cultural dos Estados Unidos, muitos setores, em diversos lugares,
resistem. Entretanto, a comida globalizada não provém somente dos Estados Unidos, embora a maioria
das grandes redes de restaurantes seja daquele país. O hambúrguer, alimento mais comum dessas
redes, incluindo o da maior e mais onipresente delas – o McDonald’s – tem origem nos Estados Unidos.
Mas também estão sediadas em território norte-americano redes globais de restaurantes fast-food que
servem alimentos originários de outros países, como a pizza (Itália) e os tacos e os nachos (México).
Esses dados evidenciam que o fast-food é tipicamente americano como processo de produção de
alimento– industrializado e padronizado –, mas não necessariamente como tipo de alimento oferecido.
Como veremos no Capítulo 6, foi nos Estados Unidos que começou, com Henry Ford (1863-1947), a
produção em série de automóveis. Esse mesmo processo de produção, o fordismo, atingiu outros
setores industriais.
5. Você está fazendo uma pesquisa sobre a globalização e lê a seguinte passagem, em um livro:
A SOCIEDADE GLOBAL
As pessoas se alimentam, se vestem, moram, se comunicam, se divertem, por meio de bens e serviços
mundiais, utilizando mercadorias produzidas pelo capitalismo mundial, globalizado.
Suponhamos que você vá com seus amigos comer Big Mac e tomar Coca-Cola no Mc Donald’s. Em
seguida, assiste a um filme de Steven Spielberg e volta para casa num ônibus de marca Mercedes.
Ao chegar em casa, liga seu aparelho de TV Philips para ver o videoclip de Michael Jackson e, em
seguida, deve ouvir um CD do grupo Simply Red, gravado pela BMG Ariola Discos em seu equipamento
AIWA. Veja quantas empresas transnacionais estiveram presentes nesse seu curto programa de
algumas horas. Adap. Praxedes et alli, 1997. O MERCOSUL. SP, Ed. Ática, 1997.
Com base no texto e em seus conhecimentos de Geografia e História, marque a resposta correta.
a) O capitalismo globalizado está eliminando as particularidades culturais dos povos da terra.
b) A cultura, transmitida por empresas transnacionais, tornou-se um fenômeno criador das novas
nações.
c) A globalização do capitalismo neutralizou o surgimento de movimentos nacionalistas de forte cunho
cultural e divisionista.
d) O capitalismo globalizado atinge apenas a Europa e a América do Norte.
e) Empresas transnacionais pertencem a países de uma mesma cultura.
BONS ESTUDOS.