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CONCEITO DE ECONOMIA
4. ECONOMIA NA ANTIGUIDADE
Os avances foncières são os investimentos feitos pelos proprietários das terras enquanto
“encarregados, de direito natural, da administração e das despesas em reparação do seu
património para conservação e melhoramento dos seus bens e para expansão do seu
cultivo”. São, essencialmente, investimentos em infraestruturas. A importância atribuída
por Quesnay a estes investimentos (ou, se se quiser, à acumulação do capital) é que é
necessário estas despesas, que só os proprietários podem fazer com vista ao acréscimo
das suas riquezas e ao bem geral da sociedade, que faz com que a segurança da
propriedade da terra seja uma condição essencial da ordem natural do governo dos
impérios’. Importante realçar ainda que os ‘avances foncières”, não são considerados no
Tableau, pois estes ignoram o processo de acumulação de capital. Este facto é explicado
minuciosamente pelos autores.
OS AVANCES PRIMITIVES
OS AVANCES ANNUELLES
Adam Smith
Adam Smith foi um filósofo e economista nascido na Escócia mais precisamente na
cidade de Kirkcaldy, aos 5 de junho de 1723, tendo falecido em Edimburgo, aos 17 de
julho de 1790.
Smith e os fisiocratas
A causa das riquezas das nações: para Adam Smith a causa principal da riqueza das
nações reside no trabalho produtivo.
Divisa do trabalho: a divisão do trabalho é, para Smith, fruto de um dos princípios
originais da natureza humana, a propensão para a troca, comum a todos os homens. E,
sendo assim, é a capacidade de troca que dá origem à divisão do trabalho, a extensão
desta, deve ser sempre limitada pela extensão daquela capacidade ou, por outras
palavras, pela dimensão do mercado. Logo, quando o mercado é muito reduzido
ninguém encontra incentivo para se dedicar inteiramente numa única actividade, uma
vez que não terá possibilidade de trocar toda aquela parte da produção do seu próprio
Thomas Malthus
Thomas Robert Malthus (1766-1834) é outro dos economistas clássicos, foi importante
a influência que o seu pensamento exerceu, pois, uma das suas principais contribuições,
o seu principio da populaçāo informou toda a teoria clássica da repartição do
rendimento e do desenvolvimento económico. A sua teoria da renda exerceu influência
na elaboração teórica de Ricardo. Mais tarde, Keynes haveria de retomar certas ideias
de Malthus acerca do problema da procura efetiva.
Jean Baptiste Say apresentou-se como continuador de Smith, este rejeitando a teoria do
valor de Smith e de Ricardo, sustentou que: o valor de uma coisa é o resultado da
avaliação contraditória feita entre aquele (a) que tem necessidade, ou que a procura, e
aquele (a) que o produz, ou o oferece. Assim, os dois elementos que determinam o valor
de um dado bem, é portanto, na visão de Say:
2° - Os custos de produção, que limitam a extensão dessa procura, visto que se deixa de
procurar aquilo que requer demais em gastos de produção.
Nestes termos, não são os custos ou gastos que se fazem para produzir que determinam
o preço que o consumidor deve pagar, mas fundamentalmente na sua utilidade. A
qualidade que faz com que uma coisa tenha valor é, evidentemente, a sua utilidade. Os
homens só atribuem preço às coisas que lhes podem ser úteis, logo, quando algo possui
utilidade é porque tem valor, daí que nasce o preço ou valor de troca a que se atribui aos
bens, ficando assim, que a utilidade é o elemento determinante da fixação do valor
(preço), embora este se venha a ficar ao nível do custo de produção.
Say pretendia mostrar, que numa sociedade liberal, cada um recebe, pela sua
contribuição produtiva, a remuneração adequada não havendo discrepância entre a
distribuição natural dos rendimentos e a justiça social. Enquanto em A. Smith as
relações de produção se estabeleciam entre os detentores de capitais e os trabalhadores
que ele contratava, agora as relações de produção são desencadeadas pelo empresário,
que vai comprar os serviços produtivos aos capitalistas, aos trabalhadores e aos donos
da terra. Neste ínterim, quem detivesse os três factores de produção estaria apto para
começar o processo produtivo e seria, consequentemente, considerado como um
empresário.
Segundo a concepção de Say quer a terra, quer o trabalho, quer o capital, trazem uma
contribuição natural para a produção. E a renda, o salário e o lucro fixar-se-iam
independentemente uns dos outros, formando-se o valor dos bens (o preço igual, ao
custo de produção, por que se venderiam os bens em virtude da concorrência entre os
produtores) pela soma das despensas efectuados com três factores de produção.
A figura do empresário
Na sequência da lógica dos três factores de produção, Say elaborou a noção da figura ou
papel do empresário numa economia capitalista, assim o empresário enquanto o agente
principal na indústria, de forma sucinta, teria como principais funções:
1. Pôr em execução todas as operações tidas como indispensáveis para a criação do
produto concomitantemente, dar o impulso útil que dele se extria valor;
2. Julgar as necessidades e, sobretudo, os meios de as satisfazer bem como
comparar o fim com os meios, pelo que, considera-se o julgamento como a sua
principal qualidade.
3. Efectuar a aplicação da ciência às necessidades dos homens;
4. Produzir por conta própria e assumir os ricos da produção contrariamente ao que
se passa com os agentes secundários que o empresário emprega.
Lei de Say – lei dos mercados
Nesta teoria, Say sustenta que um produto acabado oferece, desde esse instante um
mercado a outros produtos por todo o montante do seu valor. Com efeito quando o
último produtor terminou de produzir o seu produto, o seu maior desejo é vendê-lo para
que o valor desse produto não fique por utilizar nas suas próprias mãos. Mas ele não
tem menos pressa em desfazer-se do dinheiro que esta venda lhe proporcionou, para que
o valor do dinheiro não fique por utilizar nas suas mãos. Assim, só podemos desfazer-
nos do nosso dinheiro comprando um produto qualquer.
Portanto, vê-se, logo, que o simples facto da formação de um produto abre
automaticamente, nesse mesmo momento um mercado a outros produtos.
David Ricard