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LIBERALISMO/NEOLIBERALISMO
1. INTRODUÇÃO................................................................................................................................3
2. PRINCIPAIS NOMES DO LIBERALISMO.................................................................................4
2.1 JOHN LOCKE (1632-1704) LIBERALISMO CLÁSSICO POLITICO....................................4
2.2 BARON DE MONTESQUIEU (1689-1755) LIBERALISMO CLÁSSICO POLITICO...........5
2.3 FRANÇOIS-MARIE AROUET (1694-1778) LIBERALISMO CLÁSSICO POLÍTICO.........6
2.4 ADAM SMITH (1723-1790) LIBERALISMO ECONÔMICO...................................................7
2.5 THOMAS MALTHUS (1776-1834) LIBERALISMO ECONÔMICO.......................................8
2.6 DAVID RICARDO (1772-1823) LIBERALISMO ECONÔMICO.............................................9
3. CARACTERÍSTICAS DO LIBERALISMO..................................................................................9
4. LIBERALISMO E NEOLIBERALISMO....................................................................................11
5. RELAÇÃO COM O TRABALHO HUMANO..............................................................................14
1. INTRODUÇÃO
1.1 DEFINIÇÃO
Os pensadores liberais possuem ideias contrastantes, até opostas, ainda que se assemelhem
em alguns aspectos. A principal delas é o compromisso com a defesa dos direitos individuais.
Em alguma medida, todos os pensadores da lista abaixo acreditam que a liberdade é um valor
fundamental que o Estado deve preservar. Porém, as semelhanças param por aí. Por um lado, há
pensadores liberais totalmente comprometidos com o capitalismo, o livre mercado e o direito à
propriedade, como Nozick e Hayek. Por outro, há pensadores que valorizam a intervenção do
Estado em certos setores e veem com suspeita alguns aspectos do capitalismo, como Paine e
Rawls, além de valorizarem uma relativa igualdade.
Thomas Robert Malthus estudou o crescimento das populações e a capacidade dos recursos
naturais para mantê-las. Desta maneira, acredita que os recursos crescem em proporções aritméticas
e a população cresce em proporções geométricas. Assim, guerras, desastres naturais e epidemias
funcionariam como um regulador das necessidades de consumo em consonância com o tamanho da
população. O pensamento de Malthus foi publicado em 1798, na obra "Ensaio Sobre o Princípio da
População".
Foi um economista britânico. É considerado o pai da demografia por sua teoria para o
controle do aumento populacional, conhecida como malthusianismo.
3. CARACTERÍSTICAS DO LIBERALISMO
Ao longo da história ocidental, o liberalismo tomou várias formas, encontrando soluções para
alinhar a liberdade e a igualdade dentro da sociedade. Dessa forma, surgiram diferentes modelos
liberais — como o clássico, o econômico e o político —, cada um priorizando uma esfera
ideológica.
Por exemplo, no liberalismo clássico, o sistema dá preferência aos direitos civis,
sustentando-o como foco de intervenção. Já o econômico tende a focar no mercado e na baixa
atuação estatal.
No entanto, todas as vertentes iniciaram em um ponto em comum, sendo sustentadas
por bases específicas que determinam o que é o liberalismo. Confira as principais características
desse movimento ideológico: “Ampla e livre concorrência de mercado; Individualismo e
valorização do trabalho; Diminuição das barreiras econômicas e medidas restritivas; Valorização
das leis; Liberdade ideológica e de expressão, priorizando a tolerância quanto aos pensamentos
contrários e opositores; Instituição da lei da oferta e procura, isto é, quanto mais produtos
disponíveis no mercado, menor deverão ser os preços”.
Apoiam ideias como um governo limitado, direitos individuais (incluindo direitos
civis e direitos humanos), livre mercado, democracia, secularismo, igualdade de gênero, igualdade
racial, internacionalismo, liberdade de expressão, liberdade de imprensa e liberdade religiosa.
Amarelo é a cor política mais comumente associada com o liberalismo. O liberalismo buscou
contestar diversas normas sociais vigentes na época, como o privilégio hereditário, Estado
confessional, monarquia absolutista e o direito divino dos reis.
4. LIBERALISMO E NEOLIBERALISMO
O liberalismo entrou em fracasso após a Primeira Guerra Mundial em função
da desigualdade social que ele criou. Depois das mudanças sociais, políticas e econômicas que
aconteceram durante a Guerra Fria e após a Segunda Guerra Mundial, surgiu o conceito de
neoliberalismo. O mesmo perdeu força após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) quando as
economias nacionais tiveram que ser reorganizadas a partir do Estado.
Na economia, temos a divisão entre o liberalismo clássico e a versão revista dessa
doutrina no século XX, o neoliberalismo. A crise de 1929 foi um fator decisivo para a cisão de
governos com as doutrinas liberais, pois os governos das maiores potências mundiais precisaram
injetar dinheiro na economia e retomar as rédeas para que o mundo não falisse. Esse período foi
necessário para a retomada econômica e para que se implementasse medidas de proteção aos
trabalhadores no mundo todo, como a criação da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) no
Brasil.
Ao avaliar certas incoerências no discurso do modelo clássico, e a sua ineficiência em se
adaptar ao contexto atual — capitalista globalizado e diversificado —, alguns teóricos
desenvolveram um novo sistema com base nos ideais tradicionais. Em outras palavras, a
grande diferença entre liberalismo e neoliberalismo é o contexto social em que ele é aplicado.
Enquanto o primeiro foi criado como uma forma de luta contra a monarquia, o segundo surgiu para
apoiar os ideais capitalistas, favorecendo a economia privada. O neoliberalismo é a utilização dos
princípios clássicos neoliberais na atualidade, ou seja, é a aplicação dos princípios liberais em uma
sociedade regida pelas regras de um estado globalizado e orientado pelo capitalismo. O novo
conceito surgiu por volta da década de 1970, a partir da aplicação dos ideais liberais aos ideais
capitalistas. Assim como o liberalismo, o neoliberalismo também tem como base a defesa de uma
maior liberdade dos cidadãos nas decisões políticas e econômicas, com reduzida intervenção do
estado.
Os defensores do neoliberalismo acreditam que a liberdade de mercado é o caminho que
leva ao crescimento e ao desenvolvimento econômico. Dentre algumas medidas defendidas pelo
neoliberalismo estão: facilitação econômica para entrada de multinacionais nem um país;
Privatização de estatais; Diminuição de protecionismo econômico para facilitar operações
estrangeiras; redução de carga tributária.
No entanto, o neoliberalismo só ganhou força no século XX, no final dos anos 80 com uma
grande concorrência comercial, e o fim iminente da União Soviética. Tanto o Reino Unido quanto o
Estados Unidos, adotaram uma atuação menor do Estado na economia, como por exemplo, a
privatização de estatais. Esse sistema não funcionou para países pobres, que tiveram de pedir
empréstimo ao Fundo Monetário Internacional (FMI), o que criou privilégios aos países
desenvolvidos.
No Brasil, essa doutrina apareceu com o governo de Fernando Collor de Mello, com o
problema da inflação pós-ditadura, foi lançado, em 1990, um plano chamado O Plano Brasil Novo,
ou, Plano Collor. Através de uma medida provisória e sem menção do plano na campanha eleitoral
de Collor, o que fez os brasileiros serem pegos de surpresa.
O plano também contava com privatizações de estatais. Para definir melhor, as medidas base
do programa são: “Poupança retida para quem tivesse depósitos acima de 50.000 cruzeiros novos
(atualmente, 5000 a 8000 reais); os preços deveriam voltar aos valores de 12 de março; mudança da
moeda: de cruzados novos para cruzeiros, sem alterações de zeros; Início do processo de
privatização de estatais; reforma administrativa com o fechamento de ministérios, autarquias e
empresas públicas; demissão de funcionários públicos; abertura do mercado brasileiro ao exterior
com a extinção de subsídios do governo; flutuação cambial sob controle do governo.” (TODA
MATERIA, 2019)
DIREITO DO TRABALHO
Desse modo, esclarece Kátia Magalhães que, além de serem os trabalhadores substituídos por
máquinas, também perdem o emprego por não possuírem condições de acompanhar essas
mudanças, devido à crescente sofisticação de seus equipamentos. Isso, de certo modo, aumenta a
oferta e leva-os a se submeterem à condições humilhantes, considerando seus salários e as más
condições de trabalhos, para garantir a própria subsistência. A classe trabalhadora começou a
lutar por bandeiras diferentes das tradicionais, dentre as quais a redução das horas de trabalho
como meio de combater ao desemprego, na medida em que o tempo preenchido em horas extras
com um empregado poderia servir à ocupação de outro. O direito do trabalho ainda não encontrou
meios eficazes de enfrentar o problema que caracteriza o período contemporâneo com a nova
questão social, resultante do crescimento do exército de excedentes atingidos pela redução da
necessidade de trabalho humano, substituído pela maior e mais barata produtividade da tecnologia.