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Gerente de Educação
Profissional
Edmar Fernando de Alcântara
TÉCNICO EM
ADMINISTRAÇÃO
3º Módulo
Sete Lagoas
2012
Sumário
ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO............5
SUPRIMENTOS E ARMAZENAGEM..........56
GERENCIAMENTOS DE PROCESSOS......94
FUNDAMENTO DE COMÉRCIO
EXTERIOR.................................................126
GESTÃO DE PESSOAS.............................135
COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL.152
Pref€cio
Isto porque, nos embates di…rios, instrutores e alunos, nas diversas oficinas e
laborat†rios do SENAI, fazem com que as informa€ˆes, contidas nos materiais
did…ticos, tomem sentido e se concretizem em mŠltiplos conhecimentos.
O SENAI deseja, por meio dos diversos materiais did…ticos, agu€ar a sua
curiosidade, responder ‡s suas demandas de informa€ˆes e construir links entre os
diversos conhecimentos, t•o importantes para sua forma€•o continuada !
Caro aluno, a apostila é um recurso didático que servirá como um referencial básico
para as unidades curriculares que você desenvolverá durante este módulo.
ADMINISTRAÇÃO
DA PRODUÇÃO
Administração da Produção / Curso Técnico de Administração
____________________________________________________________
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A busca da melhoria da produtividade por meio de novas t€cnicas definiu o que se
denominou engenharia industrial. Novos conceitos foram introduzidos tais como:
linha de montagem, posto de trabalho, estoques intermedi•rios, arranjo f‚sico,
balanceamento de linha, produtos em processo, motivaƒ„o, sindicatos,
manutenƒ„o preventiva, controle estat‚stico e fluxogramas de processo. Os
conceitos de produƒ„o em massa e as t€cnicas produtivas dele decorrentes
predominaram nas f•bricas at€ meados de 1960, quando surgiram novas t€cnicas
produtivas caracterizando a denominada produƒ„o enxuta. A produƒ„o enxuta
introduziu conceitos como, just-in-time, engenharia simult…nea, tecnologia de
grupo, c€lulas de produƒ„o, desdobramento da funƒ„o qualidade, sistemas
flex‚veis de manufatura, benchmarking, manufatura integrada por computador –
CIM, entre outros. Ao longo desse processo de modernizaƒ„o da produƒ„o,
cresce em import…ncia a figura do consumidor, em nome do qual tudo se tem
feito. Pode-se dizer que a procura da satisfaƒ„o do consumidor € que tem levado
as empresas a se atualizarem com novas t€cnicas de produƒ„o, cada vez mais
eficazes, eficientes e de alta produtividade. ‡ t„o grande a atenƒ„o dispensada ao
consumidor que este, em muitos casos, j• especifica em detalhes o “seu” produto,
sem que isso atrapalhe os processos de produƒ„o do fornecedor, tal a sua
flexibilidade. Assim estamos caminhando para a produƒ„o customizada, que de
certos aspectos € um retorno ao artesanato, sem a figura do artes„o, que foi
substitu‚do por modernas f•bricas.
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parte do produto interno bruto dos pa‚ses industrializados. Hoje isso n„o € mais
verdadeiro. O setor de serviƒos emprega mais pessoas e gera maior parcela do
produto interno bruto na maioria das naĥes do mundo. Dessa forma, passou-se a
dar ao fornecimento de serviƒos uma abordagem semelhante Ž fabricaƒ„o de
bens tang‚veis. Foram incorporadas praticamente todas as t€cnicas at€ ent„o
usadas pela engenharia industrial. O resultado foi uma ampliaƒ„o do conceito de
produƒ„o, que passou a incorporar os serviƒos. Fechou-se o universo de
possibilidades de produƒ„o e a ele deu-se o nome de Operações. Assim
Operaƒ•es comp•em o conjunto de todas as atividades da empresa relacionadas
com a produƒ„o de bens e/ou serviƒos.
2. Sistemas de Produção
Para que se possa gerenciar operaĥes de sistemas produtivos de diferentes
setores e empresas, num primeiro momento h• de se conhecer a maneira pela
qual as organizaƒ•es produzem bens (produtos) e serviƒos. O conjunto de
recursos (financeiros, materiais e humanos) destinados Ž produƒ„o de bens e
serviƒos representa ent„o a função produção nas organizaƒ•es.
Diferentes empresas podem chamar suas funƒ•es de nomes diferentes, e at€ ter
um conjunto de diferentes funĥes de apoio. Quase todas as organizaĥes,
entretanto, v„o ter as funƒ•es centrais, porque todas as empresas possuem
necessidade fundamental de vender seus produtos e/serviƒos, satisfazer seus
consumidores, e criar os meios para satisfazer a seus clientes futuros.
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A função produção é responsável por satisfazer às solicitações de consumidores
por meio da produção e entrega de produtos e serviços. As demais funções são:
Funções de apoio:
Função recursos humanos: é de sua responsabilidade recrutar
e treinar os funcionários, estabelecer as relações trabalhistas, a
negociação de contratos, a política salarial, e fazer com que os
mesmos sintam-se prestigiados e envolvidos com a eficiência
do sistema produtivo.
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Função manutenção: encarrega-se em manter os equipamentos
e instalações do sistema de produção em perfeito estado de
uso. Pode ser responsável também pela produção do
ferramental, pela produção de pequenas máquinas, e pelas
condições ambientais de salubridade e segurança.
A função produção pode ser considerada uma das funções mais importantes, já
que qualquer organização produz algum tipo de bem e / ou serviço. Sendo muito
comum que as atividades desenvolvidas nas demais funções estejam
diretamente associadas ou até mesmo dependentes da função produção. É
importante destacar que as fronteiras e atribuições das funções em geral e
particularmente da função produção variam entre as organizações. Uma
definição restrita das fronteiras da função produção, por exemplo, excluiria todas
as atividades compartilhadas com quaisquer outras funções. Desta maneira, o
pessoal de produção não estaria diretamente envolvido em atividades como:
desenvolvimento de produtos e serviços, escolha do processo tecnológico,
definição da programação de entrega, compras de materiais, definição de
orçamentos, recrutamento ou treinamento de funcionários, etc. Em outro
extremo, uma definição mais ampla da função produção incluiria todas as
atividades que possuíssem qualquer conexão com a produção de bens e
serviços, na prática quase todas as atividades com exceção da função de
marketing / vendas e a função contábil-financeira.
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Objetivo Qualidade
Qualidade na função produção significa principalmente desempenhar
corretamente as atividades ou operações já nas primeiras vezes. O bom
desempenho de qualidade de uma operação não apenas leva à satisfação dos
consumidores externos como também torna mais fácil a vida das pessoas
envolvidas na operação. Satisfazer aos clientes internos deve ser tão importante
quanto satisfazer aos consumidores externos. As principais consequências para
as funções produtivas que operam com qualidade podem ser resumidas a
seguir:
Qualidade Reduz Custo: quanto menos erros em cada micro-operação ou
unidade de produção, menos tempo necessário para a correção de falhas
e, consequentemente menos confusão, irritação e principalmente prejuízo
para a empresa.
Qualidade Aumenta Confiabilidade: falta de qualidade na produção
envolve muitas vezes um aspecto externo, que lida com a satisfação do
consumidor e outro aspecto interno que lida com a estabilidade e
eficiência da organização. No aspecto externo, a falta de confiabilidade na
produção pode significar bens ou serviços indisponíveis, resultando em
perda de faturamento, irritação do consumidor e muitas vezes perda de
mercado. No aspecto interno, a falta de confiabilidade na produção gera,
além do aumento de custos, conflitos internos que muitas vezes
extrapolam as atividades da função produção e envolvem outras funções
diretamente ou indiretamente associadas.
Objetivo Rapidez
O aspecto mais relevante da rapidez associada à função produção refere-se ao
período de tempo que os consumidores precisam esperar para receber os
produtos ou serviços que desejam. O benefício da rapidez de se produzir algum
bem ou serviço esta diretamente associado a figura do consumidor, ou seja,
quanto mais rápido estiverem disponíveis os bens produzidos ou serviços
requisitados, mais provável que o cliente venha a consumi-los e desta forma
amplia-se faturamento e muitas vezes mercado. Contudo, a rapidez da operação
interna ou produção pode trazer benefícios complementares, a seguir:
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Redução de Estoques: quando centenas de peças e materiais diversos
são movimentadas numa fábrica, longos tempos de espera resultam em
estoques maiores, isto porque não se pode se arriscar interrupções na
produção por falta de insumos, daí a necessidade de se proteger a
produção. Mas se ao contrário os materiais são movimentados
rapidamente os estoques serão reduzidos, pois haverá menos riscos de
paradas na produção por falta de insumos.
Redução dos Riscos de Mudanças Externas: quanto mais demorado o
processo de produção maior risco corre a empresa de ter seus produtos
superados por outros, seja em função de inovações tecnológicas ou
preço e qualidade mais competitiva. Assim, quanto mais rápido for a
produção de um bem, mais provável que este estará realmente em
sintonia com as necessidades e interesses dos consumidores.
Objetivo Confiabilidade
Confiabilidade deve significar produzir em tempo adequado para que os
consumidores possam dispor de bens ou serviços quando assim o quiserem.
Sob este aspecto a confiabilidade esta diretamente associada a garantia de
disponibilidade de um bem ou serviço. Por outro lado, a confiabilidade diz
respeito ao adequado funcionamento de um produto ou a satisfação do
consumidor pela utilização de um serviço. Os consumidores apenas poderão
julgar a confiabilidade de uma operação após utilizarem o produto ou serviço.
Como consequência, o nível de confiabilidade afetará a chance de um bem ou
serviço ser consumidor novamente. Entretanto, no decorrer do tempo, a
confiabilidade pode ser mais importante do que qualquer outro critério, não
importando o quão barato possa ser outros produtos ou serviços.
Sob o aspecto de operação interna a confiabilidade tem efeitos similares, ou
seja, os clientes internos julgarão o desempenho uns dos outros, analisando o
nível de confiabilidade entre as micro-operações (como por exemplo a entrega
pontual de materiais e informações). A confiabilidade interna à empresa ou a
própria função produção implica em três desdobramentos importantes:
Confiabilidade Economiza Tempo: o tempo que se gasta para a
recomposição de uma linha de produção parada ou na reprogramação de
serviços, pode levar a tempos absurdamente longos.
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Confiabilidade Economiza Dinheiro: como conseq•Šncia direta do item
anterior, severos preju‚zos podem ser decorrentes. A maior parte do uso
ineficaz do tempo ser• transformada em custo operacional extra.
Confiabilidade Gera Estabilidade: a perturbaƒ„o causada nas operaƒ•es
pela falta de confiabilidade vai al€m de tempo e custo. Afeta a “qualidade”
do tempo de operaƒ„o. Se as micro-operaƒ•es forem confi•veis e assim
permanecerem por algum tempo, haver• um n‚vel de confianƒa entre as
diferentes partes da operaƒ„o. N„o haver• surpresas e tudo ser•
relativamente previs‚vel. Sob tais circunst…ncias, cada parte da operaƒ„o
pode concentrar-se em melhorar sua atividade sem ter sua atenƒ„o
desviada pela falta de serviƒos ou produtos confi•veis de outras partes da
operaƒ„o.
Objetivo Flexibilidade
Flexibilidade significa ser poss‚vel mudar a operaƒ„o de alguma forma, ou seja,
alterar o que a operaƒ„o faz, como faz ou quando faz.
A maioria das operaĥes precisa estar em condiĥes de mudar para satisfazer
Žs exigŠncias de seus consumidores. Especificamente, a mudanƒa exigida deve
atender a quatro tipos de necessidades:
Flexibilidade de Produto / Serviço: significa novos produtos / serviƒos.
Flexibilidade de Composto ou Mix: ampla variedade ou composto de
produtos e serviƒos
Flexibilidade de Volume: quantidades ou volumes diferentes de produtos
e serviƒos quando necess•rio.
Flexibilidade de Entrega: tempos de entrega diferentes, adequados Žs
necessidades.
Objetivo Custo
‡ um dos objetivos mais importantes para as empresas que concorrem
diretamente em preƒo de produtos ou serviƒos. Sob este aspecto, o custo ser• o
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principal objetivo da função produção. Quanto menor o custo de produzir bens e
serviços, menor pode ser o preço destes para os seus consumidores. Mesmo
aquelas empresas que concorrem em outros aspectos que não preço, estarão
interessadas em manter seus custos baixos. Cada redução de custo pode
significar acréscimo no lucro.
De uma forma geral a função produção produzirá custos normais da seguinte
forma:
Custos de funcionários;
Custos de instalações, tecnologia e equipamentos;
Custos de materiais.
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2.2 O Papel dos Gerentes na Produção
Para que o Sistema de Produƒ„o tenha uma grande eficiŠncia € necess•rio que
suas metas e estrat€gias estejam bem definidas, mas, para que isso aconteƒa €
preciso formular planos para atingi-las, administrar os recursos humanos e f‚sicos
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com base nesses planos, direcionar a ação dos recursos humanos sobre os
físicos e acompanhar esta ação, permitindo a correção de prováveis desvios.
Essas atividades são desenvolvidas pelo Planejamento e Controle da Produção.
Geralmente, as atividades de PCP são desenvolvidas por um departamento de
apoio a Produção, dentro da gerência industrial. O PCP é responsável pela
coordenação e aplicação dos recursos produtivos de forma a atender da melhor
maneira possível aos planos estabelecidos em níveis estratégico, tático e
operacional. O PCP desempenha uma função de coordenação de apoio ao
sistema produtivo, tendo como objetivo administrar informações vindas de
diversas áreas deste sistema. Da Engenharia do Produto são necessárias
informações contidas nas listas de materiais e desenhos técnicos, da Engenharia
do Processo os roteiros de fabricação e os lead times, no Marketing buscam-se
os planos de vendas e pedidos firmes, a Manutenção fornece os planos de
manutenção, Compras/Suprimentos informa as entradas e saídas dos materiais
em estoques, dos Recursos Humanos são necessários os programas de
treinamento, Finanças fornece o plano de investimentos e o fluxo de caixa, entre
outros relacionamentos.
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vis„o geral do inter-relacionamento das atividades do PCP € demonstrada
na figura 1, a seguir.
Figura 1: Atividades do PCP relacionadas aos n‚veis de planejamento e decis„o da funƒ„o produƒ„o
Fonte: Zattar (2004. p.16)
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PROCESSO DE
INPUT (ENTRADA) OUTPUT (SAÍDA)
TRANSFORMAÇÃO
CONTROLE
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4.2 O Processo de Transformação
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4.4 Sistema de Controle
O sistema de controle é a designação genérica que se dá ao conjunto de
atividades que visa assegurar que programações sejam cumpridas, que padrões
sejam obedecidos, que os recursos estejam sendo usados de forma eficaz e que
a qualidade desejada seja obtida. O sistema de controle promove a monitoração
dos três elementos do sistema de produção: o input, a transformação e o output.
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custos. Os sistemas de produƒ„o cont‚nua apresentam uma sequŠncia linear de
processo na fabricaƒ„o de produtos ou na realizaƒ„o de serviƒos. No caso de
produtos, estes s„o normalmente bastante padronizados, fluindo de um posto de
trabalho a outro numa sequŠncia previamente planejada. As diferentes etapas
do processamento devem ser balanceadas para que as etapas mais lentas n„o
retardem a velocidade de todo o processo. Os sistemas de fluxo em linha podem
ser subdivididos em dois tipos:
a) O tipo para produção em massa: utilizado para linhas de montagem de
produtos dos mais variados poss‚veis.
b) O tipo para produção contínua propriamente dita: caracter‚stica das
chamadas ind‹strias de processo, como a ind‹stria qu‚mica, de papel, de
aƒo, etc. Esses processos cont‚nuos tendem a ser altamente
automatizados e a produzir com elevado grau de padronizaƒ„o.
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5.2 Por Tipo de Operações
Os sistemas de produção podem ser classificados, segundo seu tipo de
operação, em dois grandes grupos: processos contínuos e processos discretos.
Essa classificação está associada aos graus de padronização dos produtos e ao
volume de produção demandada. Os processos contínuos envolvem a produção
de bens ou serviços que não podem ser identificados individualmente, e os
processos discretos envolvem a produção de bens ou serviços que podem ser
isolados, em lotes ou unidades, particularizando-os uns dos outros.
Os processos contínuos são empregados quando existe alta uniformidade na
produção e demanda de bens ou serviços: os produtos e os processos
produtivos são totalmente interdependentes, favorecendo a automatização: não
há flexibilidade no sistema.
Os processos repetitivos em massa são empregados na produção em
grande escala de produtos altamente padronizados. Normalmente, a
demanda pelos produtos é estável fazendo com que seus projetos
tenham pouca alteração e curto prazo, possibilitando a montagem de uma
estrutura produtiva altamente especializada e pouco flexível, em que os
altos investimentos possam ser amortizados durante um longo prazo.
Os processos repetitivos em lote caracterizam-se pela produção de um
volume meio de bens ou serviços padronizados em lotes; cada lote segue
uma serie de operações que necessita ser programada à medida que as
operações anteriores forem realizadas.
Os processos por projeto têm como finalidade o atendimento de uma
necessidade especifica dos clientes, com todas as suas atividades
voltadas para essa meta. O produto tem uma data especifica para ser
concluído e, uma vez concluído, o sistema produtivo se volta para um
novo projeto.
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assim uma produƒ„o intermitente de cada um dos tipos de produtos. Outro caso
poss‚vel, € quando os clientes apresentam seus pr•prios projetos do produto,
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Os sistemas de produção por projetos diferenciam-se bastante dos tipos
anteriores. Na verdade, cada projeto é um produto único, não havendo
rigorosamente um fluxo do produto. Neste caso, tem-se uma sequência de
tarefas ao longo do tempo, geralmente de longa duração, com pouca ou
nenhuma repetitividade. Duas das características mais marcantes dos sistemas
de produção por projetos são: o seu alto custo e a dificuldade gerencial no
planejamento e controle da produção. Exemplos de sistemas de produção por
projetos incluem a fabricação de navios, aviões, grandes estruturas da
construção civil, etc.
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Uniformidade dos fatores produtivos: os serviƒos est„o sujeitos a maior
variabilidade de entrada do que a manufatura, em que as mat€rias-primas
e peƒas componentes s„o padronizadas.
Avaliação do sistema: em decorrŠncia dos itens anteriores, na prestaƒ„o
de serviƒos € mais complexo avaliar o desempenho do sistema, pois as
entradas, o processamento e as sa‚das s„o vari•veis, enquanto na
manufatura de bens esses fatores podem ser predeterminados e
avaliados, com base nos padr•es, uma vez conclu‚da a operaƒ„o.
Volume de produƒ„o.
Variedade de produtos ou serviƒos a serem produzidos.
Variaƒ„o da demanda.
Grau de contato com o consumidor.
Volume De Produção
O grande “volume” de serviƒos realizados ou produtos fabricados implica
geralmente num elevado grau de repetiƒ„o das tarefas. Em funƒ„o desta
repetibilidade, freq•entemente faz sentido a especializaƒ„o de tarefas. Quando
as tarefas s„o divididas em especialidades, tamb€m € poss‚vel a sistematizaƒ„o
do trabalho. Como exemplo, poder‚amos citar as grandes cadeias de
lanchonetes fast food que adotam procedimentos padronizados, definidos
geralmente em manuais, com instruĥes sobre cada etapa do trabalho a ser
realizado. A sistematizaƒ„o pode levar a uma maior intensidade de capital na
operaƒ„o, na medida em que muitas vezes € necess•ria a aquisiƒ„o de
equipamentos mais eficientes. Entretanto, a implicaƒ„o mais importante do
grande “volume” de produƒ„o € a obtenƒ„o de custos unit•rios mais baixos, isto
porque os custos fixos de produƒ„o (aluguel, sal•rios, encargos sociais,
depreciaƒ„o de equipamentos, taxas de energia el€trica, •gua, etc.) podem ser
dilu‚dos pelo grande volume de produtos fabricados ou serviƒos realizados.
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Exemplo de Operações de Alto e Baixo Volume
Alto Volume Baixo Volume
Fabricação de televisores Fabricação de navios
Restaurantes fast food Restaurante a la carte
Cirurgia rotineira Cirurgia pioneira
Variação da Demanda
A implicação mais importante da variação nos níveis de demanda por serviços
ou produtos é a necessidade da operação de produção mudar sua capacidade,
ou seja, ter flexibilidade mutante ou capacidade de estocagem para suportar ou
acompanhar as transformações da demanda. Neste sentido, o exercício de
prever como irá se comportar a possível demanda é fator decisivo na
sobrevivência ou desenvolvimento do negócio. Os custos tornam-se elevados
quando a oferta de serviços ou produtos esta acima da demanda
correspondente. Alguns tipos de demanda são rotineiras e previsíveis, o que
certamente implicará em custo unitário de produção relativamente menor. Porém
quando a flutuação da demanda é muito grande e de difícil previsão os custos
unitários se elevam e até mesmo o próprio negócio pode ser ameaçado.
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Exemplo de Operações de Alta e Baixa Variação da Demanda
Alta Variação Baixa Variação
Consumo de energia elétrica Consumo de pão francês
Transporte metroviário Segurança bancária
Serviços do corpo de bombeiros Consumo de material de limpeza
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O planejamento estratégico busca maximizar os resultados das operações e
minimizar os riscos nas tomadas de decisões das empresas. Para a realização
deste a empresa deve entender os limites de suas forças e habilidades no
relacionamento como meio ambiente, de maneira a criar vantagens competitivas
em relação à concorrência, aproveitando-se de todas as situações que lhe
trouxerem ganhos. Enfim, seu principal papel consiste em gerar condições para
que as empresas possam decidir rapidamente perante oportunidades e ameaças,
otimizando suas vantagens competitivas em relação ao ambiente concorrencial
onde atuam, garantindo sua perpetuação no tempo.
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de desenvolvimento, lançamento e retirada. Todas as decisões referentes ao
planejamento estratégico dependem do conhecimento das pessoas em relação ao
ambiente, isto é, mudanças nos competidores, concorrentes e as tecnologias que
vão sendo desenvolvidas. Portanto, é fundamental que a empresa mantenha-se
continuamente atenta às mudanças.
Não é possível traçar uma estratégia e definir uma linha de produtos sem que
conheça profundamente o mercado, isto é, quais os competidores e os hábitos e
preferências do consumidor, e sem o domínio das características das tecnologias
disponíveis e as tendências de inovação futuras. A seguir três estratégias
genéricas de margem/volume que podem ser empregadas pelas empresas na
competição pelo mercado:
Liderança de custos: a empresa deverá buscar a produção ao menor custo
possível, podendo com isto praticar os menores preços do mercado e
aumentar o volume de vendas.
Diferenciação: a empresa deverá buscar a exclusividade em alguma
característica do produto que seja mais valorizada pelos clientes.
Focalização: a empresa deverá buscar caso não consiga liderança de
custos ou diferenciação da concorrência. O equacionamento dessas
estratégias de competição deve ser feito à luz do posicionamento dos
concorrentes diretos e indiretos que atuam no mercado, conhecidos como
as cinco forças competitivas de Porter: a rivalidade entre as empresas
concorrentes, o poder de barganha dos clientes e dos fornecedores, a
ameaça de novos entrantes potenciais, e a ameaça de produtos
substitutos.
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- Custo: produzir bens/serviços a um custo mais baixo do que a
concorrência.
- Qualidade: produzir bens/serviços com desempenho de qualidade melhor
que a concorrência.
- Desempenho de entregas: ter confiabilidade e velocidade nos prazos de
entrega dos bens/serviços melhores que a concorrência
- Flexibilidade: ser capaz de reagir de forma rápida a eventos repentinos e
inesperados
São considerados como critérios de desempenho desejáveis nos sistemas de
produção, além dos quatro básicos, temos: a inovatividade e a não agressão ao
meio ambiente.
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Qualidade: Atribuição de responsabilidades, que controles, normas e
ferramentas de decisões empregar, quais os padrões e formas de
comparação.
Planejamento e Controle da Produção: Que sistema de PCP
empregar, que política de compras e estoques, que nível de
informatização das informações, que ritmo de produção manter e
formas de controles.
Novos Produtos: Com que frequência lançar, como desenvolver e qual
a relação entre produtos e processos.
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c) Penetração e abrangência: considerando que poderão ocorrer grandes
modificações nas características e atividades da empresa.
d) O princípio da maior eficiência, eficácia e efetividade (medidas de
avaliação da boa administração) que visa maximizar os resultados e minimizar as
deficiências.
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Satisfazer as necessidades dos clientes: significa entender e responder aos
anseios dos clientes, fornecendo produtos de qualidade no momento em
que for solicitado. Entendendo-se que clientes englobam tanto os
participantes da cadeia produtiva interna, como os da cadeia externa Ž
empresa.
Eliminar desperdícios: analisar todas as atividades realizadas no sistema
de produƒ„o e eliminar aquelas que n„o agregam valor ao produto.
Melhorar continuamente: € de responsabilidade global da empresa, a
melhoria cont‚nua, conhecido como Kaizen. Qualquer problema, ou erro,
acontecido dentro do sistema deve ser visto como uma oportunidade de
melhoramento.
Envolver totalmente as pessoas: a empresa deve travar compromisso pela
participaƒ„o das pessoas, desenvolvendo treinamentos cont‚nuos em
atividades de equipes de trabalho, com o devido aporte financeiro. Deve-se
deixar expl‚cito que as pessoas s„o a prioridade e n„o a tecnologia.
Organização e visibilidade: este € um requisito fundamental da filosofia
JIT/TQC. A organizaƒ„o leva ao benef‚cio da visibilidade dos problemas,
de forma que qualquer situaƒ„o anormal seja •bvia, levando tamb€m em
conta que € a base para a motivaƒ„o das pessoas.
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CAD – Projeto Auxiliado por Computador – elaborado para a elaboraƒ„o de
desenhos, lista de materiais e outros conjuntos de instruĥes para as atividades
de produƒ„o.
CAPP – Planejamento de Processo Auxiliado por Computador: Tem o papel de
gerar o roteiro de produƒ„o.
CAM – Manufatura Auxiliada por Computador – desenvolve atividades de
geraƒ„o, transmiss„o e controle de execuƒ„o de programas de comando
num€ricos aplicados a m•quinas-ferramenta e robŒs, sistemas de manipulaƒ„o de
materiais, inspeƒ„o e teste de produƒ„o.
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Produƒ„o Puxada;
Nivelamento da produƒ„o;
Reduƒ„o de lead times;
Fabricaƒ„o de pequenos lotes;
Reduƒ„o de setups;
Manutenƒ„o preventiva;
PolivalŠncia; - Integraƒ„o interna e externa, etc.
Kanban de Produção
O sistema Kanban foi desenvolvido na d€cada de 60 pelos engenheiros da Toyota
Motors Cia, com objetivo de tornar simples e r•pidas as atividades de
programaƒ„o, controle e acompanhamento de sistemas de produƒ„o em lotes.
Este sistema foi projetado para ser usado dentro do contexto mais amplo da
filosofia Just in time, e busca fornecer os itens da produƒ„o apenas nas
quantidades necess•rias e no movimento necess•rio, da‚ a origem do termo Just
in time para caracterizar esse tipo de sistema de produƒ„o. O sistema Kanban
caracteriza-se por “puxar” os lotes dentro do processo produtivo, enquanto que os
m€todos tradicionais de programaƒ„o da produƒ„o, “empurram” um conjunto de
ordens para serem feitas no per‚odo.
Nos sistemas convencionais de empurrar a produƒ„o, elabora-se periodicamente,
para atender ao PMP, um programa de produƒ„o completo, da compra da
mat€ria-prima Ž montagem do produto acabado, transmitindo aos setores
respons•veis por meio da emiss„o de ordens de compra, fabricaƒ„o e montagem,
n„o sem antes pass•-lo por uma etapa de sequenciamento, para adequ•-lo Žs
restriƒ•es de capacidade f‚sica do processo produtivo. No pr•ximo per‚odo de
programaƒ„o, em funƒ„o dos estoques remanescentes, programam-se novas
ordens para atender a um novo PMP.
No sistema Kanban de puxar a produƒ„o n„o se produz nada at€ que o cliente
(interno ou externo) de seu processo solicite a produƒ„o de determinado item.
Neste caso, a programaƒ„o da produƒ„o usa as informaƒ•es do PMP para emitir
ordens apenas para o ‹ltimo est•gio do processo produtivo. ‘ medida que o
cliente de um processo necessita de itens, ele recorre aos Kanbans em estoque
neste processo, acionando diretamente o processo para que os Kanbans dos
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itens consumidos sejam fabricados e repostos aos estoques. Assim, o sistema
Kanban, agindo dessa forma, simplifica muito as atividades de curto prazo
desempenhadas pelo PCP nos processos repetitivos em lotes, delegando-as aos
próprios funcionários do chão de fábrica.
Tipos de cartão Kanban usados: Embora o sistema de Kanban físico seja mais
conhecido, muitas empresas têm implementado sistemas de em substituição ao
sistema tradicional.
- Kanban Eletrônico (e-Kanban), vários sistemas ERP(Enterprise Resource
Planning) oferecem a possibilidade de utilização integrada do Kanban Eletrônico,
permitindo sinalização imediata da demanda real do cliente em toda a cadeia de
fornecimento. O sistema eletrônico tem como um de seus principais objetivos
eliminar quadros.
- Kanban de Produção é o sinal (usualmente cartão ou caixa) que autoriza a
produção de determinada quantidade de um item. Os cartões (ou caixas) circulam
entre o processo fornecedor e o supermercado, sendo afixados junto às peças
imediatamente após a produção e retirados após o consumo pelo cliente,
retornando ao processo para autorizar a produção e reposição dos itens
consumidos.
- Kanban de Movimentação, também chamado de Kanban de Transporte, é o
sinal (usualmente um cartão diferente do Kanban de Produção) que autoriza a
movimentação física de peças entre o supermercado do processo fornecedor e o
supermercado do processo cliente (se houver). Os cartões são afixados nos
produtos (em geral, o cartão de movimentação é afixado em substituição ao
cartão de produção) e levados a outro processo ou local, sendo retirados após o
consumo e estando liberados para realizar novas compras no supermercado do
processo fornecedor.
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serve também de base para equacionar os níveis de produção, estoques,
recursos humanos, máquinas e instalações necessários para atender à demanda
prevista de bens e serviços.O plano estratégico de produção e o plano de
produção são realizados juntamente com Finanças e Marketing, envolvendo
negociações com relação aos recursos financeiros (plano financeiro) e esforços
de marketing (plano de marketing) necessários para implementá-lo. Os períodos
de planejamento são meses ou trimestres, ou até anos. Como se pode notar na
figura 3, o plano de produção servirá de base para desenvolver o planejamento-
mestre da produção.
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(PMP). Este faz uma conexão entre o plano de produção e as atividades
operacionais da produção, sendo obtido por um processo de tentativa e erro, em
que a partir de um PMP inicial busca-se verificar a disponibilidade de recursos
para sua execução. Se viável, autoriza-se o plano, porém, se forem encontrados
problemas, deve-se refazer o PMP, podendo-se inclusive chegar ao ponto de ter
que retornar ao nível do plano de produção e reconsiderar as questões
estratégicas. Observe na figura 4 toda esta etapa.
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segunda é a amplitude, ou horizonte, que o plano deve abranger em sua análise.
Porém, estas variáveis são diferentes de empresa para empresa.
A determinação dos intervalos de tempo que compõem o PMP dependerá da
velocidade de fabricação do produto incluído no plano e da possibilidade prática
de alterar o plano. Trabalha-se, normalmente, com intervalos de semana. Às
vezes dias, mesmo que os produtos sejam fabricados em ritmos rápidos, pois a
velocidade de coleta e análise dos dados inviabiliza a operacionalização diária do
PMP. Nos processos de lead times altos, podem-se empregar intervalos de
meses e possivelmente trimestres.
A questão relacionada ao horizonte de planejamento, diz que o planejamento-
mestre de produção desmembra o PMP em dois níveis de horizontes de tempo,
com objetivos diferenciados: um nível firme de horizonte curto que serve de base
para a programação da produção e a ocupação dos recursos produtivos,
direcionando as prioridades; e um nível sujeito a alterações com horizonte longo,
onde o PMP serve para o planejamento da capacidade de produção e as
negociações com os diversos setores envolvidos na elaboração.
39
6.7 Programação da Produção
A programaƒ„o da produƒ„o est• encarregada de definir quanto e quando
comprar, fabricar ou montar cada item necess•rio Ž composiƒ„o dos produtos
acabados propostos pelo plano-mestre de produƒ„o. Resulta da programaƒ„o da
produƒ„o a emiss„o ordens de compra para itens comprados, ordens de
fabricaƒ„o para itens fabricados internamente, ordens de montagem para
submontagem intermedi•rias e montagem final dos produtos definidos no plano-
mestre de produƒ„o. Na figura 5 abaixo, tem-se a hierarquia em que est„o
distribu‚das as funƒ•es do PCP, a programaƒ„o da produƒ„o € a primeira dentro
do n‚vel operacional de curto prazo, fazendo com que as atividades produtivas
sejam disparadas. Temos a ilustraƒ„o da sequŠncia de funƒ•es, visto que, se o
plano de produƒ„o de longo prazo providenciou os recursos necess•rios, e o
planejamento-mestre da produƒ„o gerou um plano-mestre de produƒ„o vi•vel,
n„o dever• ocorrer problemas de capacidade na execuƒ„o do programa de
produƒ„o, cabendo Ž programaƒ„o da produƒ„o sequenciar as ordens emitidas
no sentido de minimizar os lead times e estoques do sistema.
40
ao PMP, um programa de produção completo, desde a compra da matéria-prima
até a montagem do produto acabado, e transmiti-lo aos setores responsáveis
através da emissão de ordens de compra, fabricação e montagem. Dentro deste
sistema, as atividades da programação da produção, podem ser divididas em três
grupos:
- a administração de estoques,
- o sequenciamento,
- a emissão e liberação de ordens.
Puxar a produção significa não produzir até que o cliente (interno ou externo) de
seu processo solicite a produção de determinado item. Neste caso, a
programação da produção usa as informações do PMP para emitir ordens apenas
para o último estágio do processo produtivo, assim como para dimensionar a
quantidade de estoques em processo para os demais setores. Na medida em que
o cliente de um processo necessita de itens, ele recorre aos estoques do
fornecedor, acionando diretamente este processo para que os itens consumidos
sejam fabricados e reponham os estoques. Dentro deste sistema, as atividades
de produção (administração de estoques, sequenciamento e emissão de ordens)
são operacionalizadas pelo emprego do sistema Kanban.
41
uma indústria. O cartão pode ser substituído por outro sistema de sinalização,
como luzes, caixas vazias e até locais vazios demarcados.
Coloca-se um Kanban em peças ou partes específicas de uma linha de produção,
para indicar a entrega de uma determinada quantidade. Quando se esgotarem
todas as peças, o mesmo aviso é levado ao seu ponto de partida, onde se
converte num novo pedido para mais peças. Quando for recebido o cartão ou
quando não há nenhuma peça na caixa ou no local definido, então deve-se
movimentar, produzir ou solicitar a produção da peça. Existe uma série de
funções para as quais os estoques são criados, porém abaixo se tem as
principais:
Garantir a independência entre etapas produtivas: a distribuição de cadeia
produtiva ou a colocação de estoques amortecedores entre etapas de
produção permite que estas etapas possam ser encaradas como
independentes das demais. Se houver algum problema uma destas etapas,
não será transferido para as demais.
Permitir uma produção constante: os sistemas produtivos possuem
variações sazonais em sua demanda ou em suas matérias primas,
estocam produtos acabados ou matérias-primas para evitar que o ritmo de
produção sofra grandes saltos nestes períodos. Então, nos períodos de
demanda baixa, procura-se manter um ritmo de produção, gerando-se
estoques. Porém,quando a demanda se aquece, vende-se este material
estocado, sem alterar o ritmo da produção.
Possibilitar o uso de lotes econômicos: algumas etapas do sistema
produtivo somente permitem a produção ou a movimentação econômica de
lotes maiores do que a necessidade de consumo imediata, gerando um
excedente que precisa ser administrado.
Reduzir os lead times produtivos: a manutenção de estoques
intermediários dentro dos sistemas produtivos permite que os prazos de
entrega dos produtos possam ser reduzidos,pois ao invés de esperarmos
pela produção ou compra de um item, podemos retirá-lo do estoque e usá-
lo imediatamente.
Como fator de segurança: variações aleatórias na demanda, quebra de
máquinas, o absenteísmo, a má qualidade do que é produzido, uma
42
programação da produção ineficiente, entregas de fornecedores fora do
prazo, são administrados com a colocação de estoques protetores.
Para obter vantagens de preço: algumas empresas aumentam os níveis de
estoques dos produtos para se prevenir de possíveis aumentos de preços e
quando sentem que seus preços no mercado irão subir. A decisão de
especular os estoques deve ser tomada pela área financeira, que
administra os recursos financeiros da empresa. Como os estoques não
agregam valor aos produtos, quanto menor o nível de estoques com que
um sistema produtivo conseguir trabalhar, mais eficiente este sistema será.
Isto está associado também à manutenção de estoques.
Outro fator importante é a questão desenvolvimento e motivação da mão
de obra no trabalho quando se está produzindo um item que será estocado.
Porém, como não existe ligação direta entre quem produz e quem consome
o item, problemas de qualidade, de sincronismo, de identificação de
potenciais melhorias nos processos e produtos não são considerados
imediatos, e quando o forem, já será tarde demais para corrigi-los.
A filosofia JIT prega que os estoques são os principais causadores de
deterioração da qualidade total dentro das empresas. Neste sentido, um
dos melhores indicadores de desempenho da eficiência dos sistemas
produtivos e de suas administrações é a análise do giro de estoques. Ou
seja, se compararmos dois sistemas produtivos equivalentes, aquele que
tiver o maior giro de estoques é o mais eficiente.
43
ter sido planejados e programados pelo PCP, na prática, infelizmente, a ocorrência
de desvios entre o programa de produção liberado e o executado é a situação
mais comum. Quanto mais rápido os problemas forem identificados, ou seja,
quanto mais eficientes forem as ações do acompanhamento e controle da
produção, menores serão os desvios a corrigir, menor o tempo e as despesas
com ações corretivas. A velocidade com que devemos obter o feedback das
informações está associada ao tipo de processo produtivo. Em processos
contínuos, ou de produção em massa, o feedback das informações deve ser
rápido, com coleta de dados em tempo real e acompanhamento on-line, pois em
pouco tempo, devido a alta velocidade produtiva, os desvios são grandes. Agora,
outro exemplo, nos processos pro projeto, o feedback das informações produtivas
pode ser semanal ou maior, visto que os ritmos de alterações nas tarefas
produtivas são desta magnitude. Entre estes dois extremos, temos os processos
repetitivos em lotes, em que a frequência de coleta das informações deve ser
grande e dentro da lógica dos softwares baseados no MRPII, os feedbacks são
normalmente semanais, raramente diários.
Existem três grupos de recursos necessários ao atendimento de um programa de
produção: máquinas, mão de obra e materiais. Sendo assim, o PCP antes de
liberar as ordens, verifica a disponibilidade destes recursos e, uma vez
identificada a existência dos mesmos, libera as ordens para os setores produtivos.
A partir deste ponto, o programa emitido é acompanhado e controlado pelo PCP
das funções demonstradas a seguir:
Coleta e registro de dados sobre o estágio das atividades programadas:
Comparação entre o programado e o executado;
Identificação dos desvios;
Busca de ações corretivas;
Emissão de novas diretrizes com base nas ações corretivas;
Fornecimento de informações produtivas aos demais setores da empresa
(Finanças, Engenharia, Marketing, Recursos Humanos, etc.)
Preparação de relatórios de análise de desempenho do sistema produtivo.
44
8 Sequênciamento e Emissão de Ordens
45
superiores (mais pr•ximos dos produtos acabados) programa-se de forma direta,
e para os itens de n‚veis inferiores, como mat€rias-primas, materiais indiretos e de
apoio Ž produƒ„o, trabalha-se pelo m€todo indireto com o controle de estoques.
Logicamente, em sistemas informatizados, a abrangŠncia do m€todo direto fica
limitada Ž velocidade e capacidade de processamento do sistema.
O sequenciamento e a emiss„o de um programa de produƒ„o deveriam ser uma
tarefa simples para o PCP, por€m, dentro da din…mica empresarial, instabilidades
de curto prazo, como cancelamentos, adiantamentos ou acr€scimos em pedidos
dos clientes, alteraƒ•es nas especificaƒ•es dos itens, ou ainda, deficiŠncias na
qualidade e nos ritmos de trabalho, fazem com que a eficiŠncia do sistema
produtivo dependa fundamentalmente de um processo din…mico de
sequenciamento e emiss„o do programa de produƒ„o. Contudo, por mais que se
desenvolvam t€cnicas e softwares visando acelerar as atividades, nada substitui a
estabilidade e a confiabilidade do sistema produtivo.
Uma vez estabelecidas todas as informaƒ•es necess•rias Ž execuƒ„o do
programa de produƒ„o, ou seja, a definiƒ„o para cada ordem da especificaƒ„o do
item, o tamanho do lote, a data de in‚cio e conclus„o das atividades e a sequŠncia
e o local onde as mesmas ser„o executadas, a programaƒ„o da produƒ„o pode
partir para a emiss„o e liberaƒ„o do programa de produƒ„o. Emitido e liberado,
este programa de produƒ„o passar• para a etapa do acompanhamento da
produƒ„o, ‹ltima fase dentro das funƒ•es do PCP.
46
(em nosso caso, um produto). Pode-se dizer que um problema ocorre em um
processo quando um índice de controle deste processo está fora do padrão
esperado. Logo, a ideia geral no TQC é de que para mantermos um processo
sobre controle, devemos estabelecer itens de controle sobre seu efeito, e itens de
verificação sobre suas causas, de maneira que sempre que um problema ocorra,
ou seja, o índice de controle esteja fora do padrão, o processo seja analisado e
identificado, através de seus índices de verificação, quais as causas que geraram
este problema. Estas causas devem ser atacadas e bloqueadas para evitar que
problemas futuros desta natureza tornem a ocorrer.
Esta lógica do TQC é justamente o que se espera da função de acompanhamento
e controle da produção realizada pelo pessoal do PCP, ou seja, o PCP deve
manter itens de controle relacionados ao desempenho do processo produtivo
quanto à qualidade, custo, entrega e serviços do programa de produção emitido.
O método gerencial empregado para operacionalizar o controle de processos é
chamado de PDCA (figura 6). O PDCA é um método de gerenciamento da
qualidade proposto pelo TQC. Ele é composto de quatro etapas básicas
sequenciais, formando um ciclo fechado que são:
Planejar (Plan),
Executar (Do),
Verificar (Check)
Agir corretivamente (Action).
A proposta do TQC é de que cada pessoa na empresa, dentro da sua atribuição
funcional, empregue o ciclo PDCA para gerenciar as funções, garantindo o
atendimento dos padrões. O PCP, como corresponsável pela eficiência no
atendimento do programa de produção, deve atuar e apoiar os participantes da
cadeia produtiva no gerenciamento do ciclo PDCA. Em decorrência do método de
gerenciamento proposto pelo ciclo PDCA, cada vez que um problema é
identificado e solucionado, o sistema produtivo passa para um patamar superior
de qualidade. Assim, busca-se trabalhar dentro da visão de melhoramento
contínuo, em que problemas são vistos como oportunidades para melhorar o
processo.
47
10. MRP (Material Requirement Planning)
Os sistemas de planejamento das necessidades de material vêm se
desenvolvendo desde meados de 1950, quando as indústrias americanas ainda
trabalhavam com previsões trimestrais de venda, tendo em vista a escassez de
produtos gerada pela guerra e o consequente aumento da demanda que gerava
pendências em um longo prazo. No começo da década de 60, com a diminuição
dos pedidos, a previsão de demanda ganha importância e fatos como o
conhecimento das técnicas e documentação a respeito do planejamento da
produção e controle de estoques aliados aos avanços dos computadores
começam a estimular o aparecimento do MRP que surgiu na década de sessenta,
depois evoluiu para o MRP II (Manufactring Resource Planning) que, por sua vez,
evoluiu para o ERP (Enterprise Resource Planning).
A figura abaixo representa o modelo de evolução baseado nos cinco estágios
evolutivos dos sistemas de administração e controle da manufatura, e as forças
que geraram o passo evolutivo entre cada estágio.
48
O MRP € um sistema de planejamento que, com base em pedidos combinados
com previs•es, possui como finalidade proporcionar quantidade de material certa
no tempo certo. A demanda independente, originada fora do sistema, diz respeito
aos itens finais e a demanda dependente est• vinculada aos itens que fazem
parte dos produtos da demanda independente. Esses s„o os dois tipos de
demanda os quais s„o atendidos pelos c•lculos do MRP.
Para que a quantidade necess•ria de produto final seja entregue de acordo com o
plano mestre de produƒ„o, o MRP precisa de trŠs entradas fundamentais, s„o
elas:
Plano mestre de produƒ„o;
Arquivos de listas de materiais (Bill Of Materials - BOM): tamb€m
conhecido como estrutura de produto, j• que possui toda a descriƒ„o do
produto apresentando tanto os materiais nele utilizados como a seq•Šncia
de operaƒ•es pelas quais o produto passa at€ ser finalizado;
Arquivos de registro de estoque: lida com cada item localizado no
estoque, considerando-o um arquivo separado. Possibilitam o c•lculo da
necessidade “l‚quida” que se soma ao estoque para atender a demanda.
49
Estas entradas v„o gerar os relat•rios principais, que consistem em ordens
planejadas, liberaƒ„o de ordens, cancelamentos, mudanƒas nas datas de entrega
e status do estoque, bem como os relat•rios secund•rios (planejamento e
desempenho). Sua estrat€gia de trabalho € realizar o c•lculo do tempo de
produƒ„o de componentes, mat€rias-primas e submontagens necess•rias no
horizonte de produƒ„o especificado, baseada em uma demanda por produtos
acabados e o principal objetivo a ser atingido € a minimizaƒ„o dos estoques
intermedi•rios.
O MRP tem uma l•gica que parte da vis„o de futuro de necessidade de produtos
acabados e depois vem “explodindo” as necessidades de componentes n‚vel a
n‚vel para tr•s no tempo. Por isso a l•gica do MRP € chamada de l•gica de
“programaƒ„o para tr•s”. Quando os dados de entrada est„o dispon‚veis o MRP
inicia seu procedimento que funciona da seguinte forma para cada componente:
Necessidades l‚quidas: calculadas pelos requisitos brutos subtra‚dos dos
estoques existentes e dos requisitos j• programados;
Tamanho do lote: divis„o dos requisitos l‚quidos em lotes que podem ser
calculados por diversos m€todos;
Escalonamento no tempo: MRP assume lead times fixos e, partindo da
data de entrega do pedido e do tamanho dos lotes, determina as datas
iniciais de cada trabalho, partindo do c•lculo do tempo em direƒ„o ao
passado;
Explos„o: atrav€s da utilizaƒ„o de dados como os tamanhos de lote, a lista
de materiais e os tempos de in‚cio, s„o gerados, para os componentes do
pr•ximo n‚vel, os requisitos brutos;
Interaƒ„o: repetem-se os passos at€ que todos os n‚veis tenham sido
processados.
50
Figura 7 - Lógica de trabalho dos sistemas MRP
Fonte: Zattar (2004, p.28)
51
com esse confronto de planos com recursos ficaram conhecidos como “MRP de
ciclo fechado” com a capacidade sendo analisada em v•rios n‚veis.
52
com a capacidade dispon‚vel e, caso esteja de acordo com a realidade, a
atividade segue para a etapa seguinte.
Os sistemas de MRP e MRP II possuem limitaƒ•es como a utilizaƒ„o de
capacidade infinita, a n„o programaƒ„o do sequenciamento, utiliza lead-times pr€-
determinados, a quest„o de definiƒ„o de lotes fixos, bem como a representaƒ„o
falha da realidade do ch„o de f•brica.
53
necessidades de capacidade produtiva, de forma detalhada, permitindo a
identificação de ociosidades ou excesso de capacidade e possíveis insuficiências.
As críticas mais comuns que são feitas ao sistema MRPII, dizem respeito: a sua
complexidade e dificuldade de adaptá-lo às necessidades das empresas; ao nível
de perfeição exigida dos dados; o fato do sistema assumir capacidade infinita em
todos os centros produtivos; não enfatizar o envolvimento da mão de obra no
processo. No entanto, alguns fatores positivos são ditos do sistema MRP II, entre
os quais pode-se citar : a introdução dos conceitos de demanda dependente; ser
um sistema de informações integrado, pondo em disponibilidade um grande
número de informações para os diversos setores da empresa.
Alguns pontos fundamentais que devem ser obedecidos para que se tenha uma
implementação bem sucedida de um sistema MRPII :
Possuir uma clara definição dos objetivos do sistema e dos parâmetros que
podem medir seu desempenho;
Um intenso programa de treinamento da mão de obra sobre os objetivos e
funcionamento do sistema;
Possuir uma base de dados acurada e atualizada, com relação a estruturas
de produtos, registros de estoques e lead times.
54
Referências Bibliográficas
55
SUPRIMENTOS E ARMAZENAGEM
Conceito de Logística
56
‡ o processo de planejar, implementar e controlar de maneira eficiente o fluxo e
armazenagem de produtos, materiais, bem como serviƒos e informaƒ•es associadas.
Cobrindo desde o ponto de origem at€ o ponto de consumo com o objetivo de atender
aos requisitos do cliente.
Pode-se dizer que a log‚stica em uma empresa constitui-se de trŠs partes:
1 – Suprimento, gerŠncia da mat€ria-prima e dos componentes: abrange o pedido ao
fornecedor, transporte, armazenagem e expediƒ„o da mat€ria-prima Ž produƒ„o.
2 – Produƒ„o: administra o estoque semi-acabado no processo de fabricaƒ„o e engloba o
fluxo de materiais dentro da f•brica, os armaz€ns intermedi•rios, o abastecimento dos
postos de trabalho e a expediƒ„o do produto acabado.
3 – Distribuiƒ„o: administra a demanda do cliente e os canais de distribuiƒ„o, abrange
estoques de produtos acabados, armazenagem, transporte e entrega ao cliente.
O gerenciamento do processo log‚stico com atividade estrat€gica contribui para que o
cliente receba o produto certo, na quantidade desejada, com a variedade e a qualidade
estabelecida e no tempo contratado.
Se a qualidade era o fator principal no campo dos neg•cios na d€cada de 1980 a
log‚stica se tornou, nos ‹ltimos anos, a chave da concorrŠncia entre as empresas que
atuam em um mercado globalizado. O resultado final que se espera obter com esse
trabalho € o suporte total ao cliente em todas as etapas do processo, do desembaraƒo Ž
armazenagem das mercadorias, centralizando operaĥes, padronizando os
atendimentos, minimizando erros e fazendo com que a percepƒ„o do cliente seja
satisfaƒ„o, produto com qualidade, preƒos e serviƒos justos e valor agregado.
Tipos de Logística
- Log‚stica Industrial: Ligada a realizaƒ„o do produto.
- Log‚stica Empresarial: Ligada aos proventos dos meios para realizaƒ„o do
produto.
Desenvolvimento da Logística
A log‚stica existe desde os tempos mais antigos quando, na preparaƒ„o das guerras,
os l‚deres militares j• utilizavam esse instrumento, o qual ficou associado Žs atividades
militares por muitos s€culos. As guerras eram longas demais e nem sempre ocorriam
pr•ximas de onde estavam as pessoas. Eram necess•rios grandes deslocamentos,
exigindo que as tropas carregassem todo o equipamento indispens•vel. Era preciso ter
uma organizaƒ„o log‚stica para possibilitar a chegada de carros de guerra, grandes
grupos de soldados e transportar armamentos pesados aos locais de combate. Pelos
recursos dispon‚veis na €poca, essa organizaƒ„o era muito grande e envolvia diversos
estudos, como preparaƒ„o de soldados, transporte, armazenagem de gŠneros
aliment‚cios para as tropas, muniƒ•es, armas etc.
Com a evoluƒ„o tecnol•gica, a log‚stica passou a abranger outros ramos da
administraƒ„o, sendo absorvida pelos civis, por€m recebendo a influŠncia e a experiŠncia
militares.
Ap•s essa evoluƒ„o gradativa, houve um grande avanƒo nos processos log‚sticos,
que culminaram mais acentuadamente ap•s a Segunda Guerra Mundial. Nessa ocasi„o,
os EUA experimentaram um crescimento r•pido devido, em parte, Ž demanda reprimida
dos anos de depress„o, valendo-se da posiƒ„o satisfat•ria do mercado americano no
panorama mundial, cujo objetivo era produzir e vender com lucros alt‚ssimos. Assim
sendo, qualquer ind‚cio de ineficiŠncia na distribuiƒ„o dos produtos fabricados poderia ser
tolerada para que se alcanƒassem esses lucros.
Ao mesmo tempo, do outro lado do mundo o Jap„o iniciava uma das mais respeitadas
evoluƒ•es da log‚stica, at€ hoje reverenciada e referŠncia em o mundo, diante da
determinaƒ„o do pa‚s em se restabelecer econŒmica e moralmente. A log‚stica, embora
j• praticada sem tanto destaque, comeƒava a surgir como uma modalidade de grande
import…ncia na economia mundial, assando por v•rias etapas. Entre elas:
57
1950 – 1970: O Perƒodo de Desenvolvimento
O período entre o início de 1 950 até a década de 1 960 representa a época de
decolagem para a teoria e a prática da logística. O marketing estava bem estabelecido
em muitas instituições educacionais e orientava muitas empresas, entretanto professores
de marketing e de administração não estavam totalmente satisfeitos com o que havia sido
criado. Em 1954, o professor de marketing Paul Converse observou que as empresas
prestavam muito mais atenção na compra e na venda de
produtos do que na sua distribuição física. Nessa mesma época, o escritor e consultor de
administração de empresas Peter E. Drucker alertou que essa operação de distribuição
de bens e produtos era, até então, a operação de negócio mais desprezada, porém mais
promissora no mundo futuro.
58
empresa. Nesse sentido, a log‚stica abrange o gerenciamento estrat€gico de toda a
movimentaƒ„o e de toda a armazenagem.
Logística de Suprimentos
A Log‚stica de Suprimentos € a •rea da Log‚stica Empresarial que trata
especificamente do planejamento, implementaƒ„o e controle dos fluxos f‚sicos de
mat€rias-primas e materiais, e informaƒ•es relacionadas, dos fornecedores at€ as
empresas cliente.
O suprimento abrange a compra e a organizaƒ„o da movimentaƒ„o de entrada de
materiais, de peƒas e de produtos acabados dos fornecedores, para as f•bricas ou
montadoras, dep•sitos ou lojas de varejo. Dependendo da situaƒ„o, o processo de
suprimento € comumente identificado por nomes diferentes.
O suprimento engloba a disponibilidade de sortimento desejado de materiais onde e
quando necess•rios. Da mesma forma que a distribuiƒ„o f‚sica trata da sa‚da de
produtos, o suprimento engloba as operaĥes de entrada tanto no recebimento de
materiais, quanto nas operaƒ•es de separaƒ„o ou montagem. Na maioria das atividades
do segmento de produtos de consumo, como, por exemplo, a produƒ„o de gŠneros
aliment‚cios, as entregas para cadeias de varejo obedecem ao mesmo processo das
operaĥes de suprimento de um varejista. Embora as necessidades de transporte
possam ser semelhantes ou mesmo idŠnticas, o n‚vel de controle gerencial e o risco
relacionado Ž falha de desempenho varia substancialmente entre distribuiƒ„o f‚sica e
suprimento.
Objetivos:
• Aprimorar o relacionamento entre fornecedor e clientes;
• Minimizar estoques e melhorar n‚veis de serviƒos;
• Otimizar atividades de movimentaƒ„o interna e armazenagem dos produtos.
Logística de Distribuição
A •rea da distribuiƒ„o f‚sica trata da movimentaƒ„o de produtos acabados para
entrega aos clientes. Na distribuiƒ„o f‚sica, o cliente € o destino final dos canais de
marketing. A disponibilidade do produto € parte vital do trabalho de marketing de cada
participante do canal. Mesmo o agente de vendas, que normalmente n„o possui estoque,
depende da disponibilidade de estoque para cumprir suas responsabilidades comerciais.
A menos que a variedade adequada de produtos seja entregue de maneira eficiente
quando e onde necess•rio, grande parte do esforƒo de marketing, poder• ser colocada
em risco. ‡ pelo processo de distribuiƒ„o f‚sica que o tempo e o espaƒo do serviƒo ao
cliente se tornam parte integrante de marketing. Assim, a distribuiƒ„o f‚sica vincula um
canal de marketing a seus clientes. S„o utilizados v•rios sistemas diferentes de
distribuiƒ„o f‚sica para dar apoio Ž ampla variedade de sistemas de marketing existente
em uma naƒ„o com altos n‚veis de atividades comerciais. Todos os sistemas de
distribuiƒ„o f‚sica tŠm uma caracter‚stica comum: vinculam fabricantes, atacadistas e
varejistas em canais de marketing que fornecem a disponibilidade de produtos como
aspecto integrante de todo o processo de marketing.
59
Qualidade total, produção enxuta, Just in Time, empresa de classe mundial, etc...Elas
tem em comum: a necessidade basear-se em mensuração de desempenho
Eficácia: extensão na qual as atividades planejadas são realizadas e os resultados
planejados, alcançados.
Eficiência: relação entre o resultado alcançado e os recursos usados.
Sistemas de avaliação de desempenho têm dois propósitos principais:
1° - São partes integrantes do ciclo de planejamento e controle, essencial para a gestão
das operações.
2º - Influenciam comportamentos desejados nas pessoas e nos sistemas de operações,
para que as ações individuais tenham maior probabilidade de se tornarem ações
alinhadas com a estratégia pretendida.
O que medir? As métricas devem ser alinhadas com a prioridade competitiva da
empresa. As prioridades competitivas estratégicas de uma empresa são:
relacionado a custo;
Custos de transporte
Custos de armazenagem
relacionado a qualidade;
Número de devolução
Numero de avarias
Número de pedidos atendidos
Numero de reentregas
relacionado a flexibilidade; relacionado a velocidade;
Prazo de entrega
Tempos de movimentos
Tempos de atendimento a pedidos (lead time)
Taxa de ocupação de veículos
relacionado a confiabilidade.
Níveis de estoque
Obsolência
Freqüência de falta de mercadorias
Medida: o título da métrica deve ser claro e específico, tanto quanto possível auto-
60
explicativo, evitando jarg•es.
Prop•sito: este item deve contemplar a raz„o que justifica a existŠncia da medida.
Refere-se a: procura explicitar a relaƒ„o entre a medida de desempenho e a
prioridade competitiva estrat€gica da operaƒ„o.
Meta: o estabelecimento de metas deve ser alinhado com o planejamento
estrat€gico
F•rmula: como a medida desempenho € de fato quantificada — Levando-se em
conta que as pessoas comportam-se n„o como o “esperado”, mas de acordo com
o que € medido.
Freq•Šncia: freq•Šncia segundo a qual a medida de desempenho deve ser
registrada e relatada;
Quem mede: definiƒ„o de responsabilidades quanto Ž coleta e ao relato da
medida;
Fontes de dados: a fonte de onde se tiram os da dos deve aqui ser especificada.
A import…ncia deste quesito € manter a consistŠncia para permitir comparaƒ•es
longitudinais (temporais) dos dados.
Quem age nos dados?: a responsabilidade por agir sobre os dados, no sentido de
corrigir cursos de aƒ„o, por exemplo, deve ser identificada;
Quais aƒ•es poss‚veis?: esta € uma importante informaƒ„o do quadro de
referŠncia, porque € a que tenta fazer com que o ciclo de controle se feche.
Notas e coment•rios. Particularidades que devam ser relatadas para execuƒ„o da
medida ou levantamento dos dados.
Um exemplo de aplicaƒ„o de controle € o acompanhamento das avarias ocorridas no
transporte. Se existe um procedimento para relatar periodicamente a ocorrŠncia de
avarias em produtos, no processo de transporte, a administraƒ„o log‚stica pode identificar
a causa e ajustar os processos de embalagem ou de carregamento conforme necess•rio.
Planejamento Logístico
Uma empresa e seus clientes s„o separados por espaƒo e tempo e a log‚stica traz os
materiais ao processo de produƒ„o. Nitidamente, as duas consideraƒ•es de espaƒo e
tempo est„o ligadas. O planejamento log‚stico precisa considerar os efeitos de uma
decis„o que afeta e influencia o desempenho da outra. Sem um sistema efetivo de
planejamento e controle, o neg•cio n„o pode funcionar efetivamente, O planejamento
capacita o neg•cio para prever as mudanƒas ao inv€s de reagir a elas. Al€m disso,
auxilia na identificaƒ„o do risco e capacita os custos e os benef‚cios de estrat€gias
alternativas para que possam ser mais precisamente avaliados. Sem uma orientaƒ„o de
planejamento, a organizaƒ„o € simplesmente executada pela onda de eventos ao inv€s
de influenciar a forma de tais eventos.
61
Onde estamos agora?
A atividade de planejamento exige uma base a partir da qual comeƒar. Desenvolver
uma base exige um profundo conhecimento da situaƒ„o atual, na qual a organizaƒ„o se
encontra. Existem dois aspectos: o ambiente externo e o ambiente interno. O ambiente
externo compreende uma s€rie de caracter‚sticas como:
• Estrutura competitiva.
• TendŠncias sociais e econŒmicas.
• Canais de marketing utilizados.
• Estrutura legal e institucional.
• Tecnologia de distribuiƒ„o.
O ambiente interno compreende aqueles aspectos do sistema da empresa que
determinam a forma na qual a empresa atualmente opera como:
• Caracter‚sticas e mix de produto.
• Custos do sistema.
• Instalaƒ•es fixas como f•brica e dep•sitos.
• Recursos dispon‚veis como finanƒas, materiais, m„o-de-obra, m€todos e equipamento.
Na an•lise deste est•gio do processo de planejamento, a atenƒ„o espec‚fica ser• dada
ao exame dos pontos positivos e negativos internos junto com as oportunidades e
ameaƒas externas.
62
Uma vez que sabemos onde desejamos ir, como chegaremos l•? O planejamento
log‚stico tem que trabalhar tanto a curto quanto a longo prazo. Isso envolver• decis•es
em trŠs n‚veis:
• Diretriz estrat€gica.
• Planos t•ticos.
• Atividade operacional.
O plano deve incluir seƒ•es sobre os objetivos empresariais, estrat€gias de marketing
e estrat€gias de serviƒo ao cliente bem como especificar detalhes funcionais. Estes
‹ltimos aspectos representam o …mago do plano log‚stico, tanto no n‚vel estrat€gico
quanto operacional e o plano log‚stico deve abordar cada componente, pelo menos no
seguinte:
INVENTÁRIO que inclui pol‚tica de n‚vel de serviƒo, pol‚tica de reabastecimento,
desdobramento diferencial (conceito ABC), alvos de giro de estoque e localizaƒ„o do
estoque.
ARMAZENAGEM que compreende o n‹mero de pontos de manutenƒ„o do estoque,
localizaƒ„o dos dep•sitos, utilizaƒ„o dos armaz€ns gerais, projeto e layout do armaz€m e
m€todos de movimentaƒ„o de materiais.
TRANSPORTE que compreende conta pr•pria ou divis„o de terceiros, decis•es de
alugar ou comprar, opĥes de selecionar ou entrega direta ou outros pontos ao cliente,
alvos de utilizaƒ„o de ve‚culos, flexibilidade de rota e divis„o modal.
INFORMAÇÕES que compreendem pol‚tica do tempo de ciclo dos pedidos, estrat€gias
diferenciais de resposta ao cliente, sistemas de processamento de pedidos, estrat€gia de
avarias, reclamaƒ•es e devoluƒ•es, relat•rio de condiƒ„o de pedido e relat•rio de
desempenho.
COMPRAS que compreendem os n‹meros dos fornecedores, opƒ•es de parceria, custos
totais de aquisiƒ•es, monitoria do fornecedor, lead times e n‚veis de estoque estrat€gico.
PRODUÇÃO que compreende as decis•es de fazer ou comprar, planejamento da
capacidade, lead times, n‚veis de utilizaƒ„o da f•brica e programaƒ„o.
MARKETING que compreende a escolha de produtos, captar pedidos, previs„o, opƒ•es
de venda e sazonalidade e promoĥes.
Rastreamento de pedidos
Acompanhamento (follow up) dos pedidos a fornecedores, incluindo a condiƒ„o
corrente do pedido e as datas previstas para a entrega. Rastreamento de ve‚culos
Acompanhamento da posiƒ„o dos ve‚culos que transportam os materiais e produtos
pedidos, em tempo real (quase real) atrav€s de um sistema de rastreamento via sat€lite
ou r•dio, com objetivos tais como gerenciar o processo log‚stico de forma mais eficiente,
aumentar a seguranƒa, monitorar o desempenho dos ve‚culos entre outros.
Recebimento
Operacionalizaƒ„o do recebimento dos materiais e produtos pedidos.
63
Conferência Física
Verificação da condição física dos materiais e produtos recebidos, quanto a
integridade dos mesmos e das embalagens e quanto a conformidade em termos de
qualidade e validade.
Conferência quantitativa
Verificação da conformidade dos materiais recebidos no tocante à quantidade.
Conferência documental
Verificação da conformidade dos documentos relativos aos materiais recebidos, a
saber notas fiscais, manuais, certificados, entre outros.
Transporte Primário
Execução ou contratação e gerenciamento ou acompanhamento do transporte de
bens e materiais desde os fornecedores até as instalações do cliente ou do próprio
prestador de serviços logísticos, com a verificação da conformidade e da qualidade do
transporte.
64
E preciso considerar a evoluƒ„o das t€cnicas de administraƒ„o dos materiais a partir
da figura do velho almoxarife at€ os dias atuais, em que se utilizam sofisticados
programas informatizados integrados com a produƒ„o planejada. No entanto,
basicamente a administraƒ„o de material sempre esteve assentada no famoso ‘trip€”:
controle de estoque, compras e almoxarifado.
Quando se fala nessa estrutura, deve-se imediatamente entender como atividade
comercial e/ou industrial da empresa, visto que o almoxarifado referido tem sentido de
armaz€m, onde s„o acomodados estoques.
A figura seguinte fornece uma noƒ„o dessa estrutura b•sica:
Controle de Estoques
O controle de estoques € importante para todo e qualquer tipo de empresa e significa
investir “dinheiro”, portanto deve ser racionalmente dimensionado. N„o pode ser muito
maior do que o necess•rio para que a empresa n„o comprometa seu capital de giro,
por€m se for pequeno demais, pode comprometer o suprimento das necessidades da
empresa.
Existe uma inter-relaƒ„o do setor de suprimentos com os setores de produƒ„o,
financeiro e de vendas principalmente, visto que pode acarretar s€rios problemas de
desempenho operacional se as compras forem efetuadas por pessoas independentes,
causando descontrole dos estoques. O descontrole dos estoques traz s€rias
conseq•Šncias Ž empresa, como aumento de custos e de despesas financeiras,
ociosidade de recursos e reduƒ„o da lucratividade.
Nivelamento de Estoque
O nivelamento determina a condiƒ„o ideal do fluxo financeiro dos estoques. Em uma
primeira abordagem, a gest„o econŒmica dos estoques visa mantŠ-los em constante
equil‚brio em relaƒ„o ao n‚vel econŒmico •timo dos investimentos.
Tal fator somente € obtido ao manter os estoques m‚nimos, sem correr o risco de n„o
tŠ-los em quantidades suficientes e necess•rias para manter um fluxo de produƒ„o da
encomenda em equil‚brio com o fluxo de consumo.
A quantificaƒ„o, em n‹mero de dias de venda, idealizada acima da necessidade do
estoque m‚nimo, por exemplo, induz a empresa a injetar mais capital de giro, assim como
a quantificaƒ„o idealizada, em n‹mero de dias de venda, abaixo da necessidade do
estoque m‚nimo, leva Ž falta de estoque e, conseq•entemente, Ž perda de venda.
A quantidade ideal do estoque m‚nimo deve ser bem mensurada, considerando, entre
outros, os seguintes par…metros:
• Poss‚veis atrasos na entrega por parte do fornecedor;
• Poss‚veis variaƒ•es nas m€dias de vendas;
• Identificaƒ„o da sazonalidade.
Devemos considerar dois fatores de fundamental import…ncia para a determinaƒ„o
dos estoques:
1. Quanto maior for a quantidade estocada, maiores ser„o os custos com a manutenƒ„o
dos estoques. Por outro lado, vemos um aspecto a ser levado em conta que € a garantia
da n„o-paralisaƒ„o da empresa por falta de material.
2. Qualquer reduƒ„o nas quantidades em estoque reduz tamb€m os custos de
estocagem, mas aumenta os custos de obtenƒ„o dos materiais, o que pode provocar a
paralisaƒ„o das atividades da empresa por falta de material.
65
‡ preciso levar em conta que a gest„o dos estoques apresenta os seguintes sintomas:
Quando mal planejada gera:
• Incapacidade de cumprir promessas de entrega do produto final;
• Crescimento do estoque quando a demanda for inferior Ž prevista;
• Falta constante de espaƒo de armazenagem;
• Aumento dos itens de materiais obsoletos, entre outros.
Quando bem planejada verifica:
• Melhoria nas relaƒ•es com usu•rios;
• Reduƒ„o dos custos dos materiais comprados;
• Reduƒ„o custos com perdas de estoque, entre outros.
Estruturas de Armazenagem
Como vimos anteriormente, o prop•sito da armazenagem est• fixado em uma
estrutura b•sica, formada pelo trip€ recebimento, estocagem e distribuiƒ„o:
As atividades b•sicas dessa estrutura podem ser assim descritas:
• Recebimento: trata-se de um conjunto de operaƒ•es que envolvem a identificaƒ„o do
material recebido, o confronto do documento fiscal com o pedido, a inspeƒ„o qualitativa e
quantitativa do material e a sua aceitaƒ„o formal.
• Estocagem: € um conjunto de operaƒ•es relacionadas Ž guarda do material. A
estocagem constitui um dos pontos mais vitais na formaƒ„o do conjunto de atividades da
armazenagem, exigindo t€cnicas espec‚ficas para alcanƒar a eficiŠncia da racionalizaƒ„o
e da economia desejada.
• Distribui•‚o: refere-se a um conjunto de operaƒ•es pr•prias relacionadas Ž expediƒ„o
do material, envolvendo a acumulaƒ„o do que foi recebido da estocagem, a embalagem
adequada e a respectiva entrega ao requisitante.
66
Intensidade de uso
• Estocar as mercadorias de maior rotatividade o mais perto poss‚vel do ponto de uso.
• Estocar as mercadorias de menor rotatividade no espaƒo mais profundo poss‚vel.
Semelhança
• Os itens recebidos e expedidos juntos devem ser estocados pr•ximos.
• Os itens que possuem uma forte correlaƒ„o com respeito ao tipo devem ser estocados
pr•ximos.
Tamanho
• Estocar mercadorias pesadas, volumosas e de dif‚cil movimentaƒ„o pr•ximas ao seu
ponto de uso.
• Propiciar v•rios locais e tamanhos de estocagem.
• Os itens pesados devem ser estocados em •reas com teto baixo e os leves e de f•cil
movimentaƒ„o em •reas com p€-direito alto.
• N„o levar em conta o tamanho dos itens individuais e sim o tamanho do estoque total
de um item.
Características dos materiais
• Projetar o Layout para acomodar apropriadamente os tens perec‚veis.
• Propiciar um Layout eficiente, com t€cnicas de estocagem, para maximizar a utilizaƒ„o
do espaƒo para itens com formatos diferentes e que possam ser comprimidos.
‘ Planejar a proteƒ„o dos materiais perigosos a fim de evitar incŠndios e proteger outros
materiais no caso de um acidente.
• Elaborar o Layout da compatibilidade dos itens estocados dentro da proximidade de
cada um.
• Programar o Layout para maximizar a proteƒ„o dos itens de
seguranƒa pela localizaƒ„o.
Utilização do espaço
• Conservar o uso do espaƒo ao maximizar a concentraƒ„o das mercadorias na
estocagem, maximizar a utilizaƒ„o do espaƒo c‹bico e minimizar as perdas nos v„os de
estocagem.
• Projetar o !ayout em torno de obst•culos e outras limitaƒ•es Ž utilizaƒ„o do espaƒo.
• Os corredores devem ser retos e os principais devem levar at€ as portas.
• Os corredores devem ter largura suficiente para permitir uma operaƒ„o eficaz.
• Todos os lados da estocagem devem ter acesso por um corredor.
• Evitar o bloqueio do estoque.
• As pilhas de material devem ser uniformes, retas, est•veis e de f•cil acesso.
• Fazer a marcaƒ„o dos corredores para melhor conservaƒ„o.
• Evitar espaƒos vazios dentro das •reas de estocagem.
• Manter registros dos locais de estoque.
67
estabelecimento de prioridades, para a programaƒ„o da produƒ„o, entre outras
aplicaĥes.
O m€todo determina os pontos b•sicos merecedores de atenƒ„o especial. Uma
an•lise pormenorizada do investimento em materiais estocados revela que a maior
parcela desse valor investido corresponde a uma pequena quantidade de itens, no
entanto um volume menor de dinheiro € investido na grande maioria dos itens em
estoque.
Desta forma, esses materiais podem ser agrupados em trŠs classes, que receberam
as denominaĥes de classe A, classe B e classe C, sendo:
68
Invent†rios
O inventário físico refere-se à contagem de materiais de um determinado grupo ou
mesmo todos os itens em estoque para confronto com a contabilidade. Ele tem dois
objetivos específicos, sendo o levantamento real da situação do estoque para ser levado
ao balanço da empresa e uma auditoria da situação do estoque e procedimentos
desenvolvidos no armazém.
É possível classificar os inventários da seguinte forma:
Quanto à amplitude
• Geral: inventário que considera todos os itens integrantes do estoque, armazenados em
um certo tempo.
• Parcial: quando se procede à contagem de determinados itens em estoque.
• Especƒfico: é a execução do inventário para um item específico de material, o qual é
realizado sempre que se constatarem divergências físico-contábeis que determinem a
necessidade de contagem física do item para proceder aos devidos acertos.
Quanto à freqüência
• Peri‡dico: procedimento de contagem dos itens em estoque em períodos específicos,
de acordo com a filosofia da empresa. Por exemplo, quando a empresa tem a filosofia de
fechar balanços extracontábeis em períodos trimestrais ou semestrais, além do período
anual evidentemente.
• Rotativo ou cƒclico: é a execução do inventário em períodos de tempo definidos para
grupos de itens escolhidos de forma aleatória, de modo que, ao final de um certo período,
todo o universo de itens estocados seja inventariado.
Quanto à forma de execução
• Portas fechadas: quando o inventário é executado sem se permitirem saídas ou
entradas de material durante o período de contagem, salvo em casos emergenciais.
• Portas semifechadas: modalidade recomendada para empresas de grande porte, onde
se inventariam todos os itens do almoxarifado, porém com paralisações de partes para
contagem, sob o sistema de portas fechadas para esses itens, permitindo a
movimentação do restante.
• Portas abertas: a contagem física é realizada simultaneamente às movimentações de
materiais em que, para os itens que são processados, há paralisação do atendimento até
encerrar a contagem.
Para desenvolver o inventário em uma empresa, é necessário que haja planejamento.
A maioria das empresas leva um tempo excessivamente extenso para desenvolver
qualquer tipo de inventário devido à falta de planejamento.
Para conseguir resultados satisfatórios, deve haver planejamento minucioso
consistente de reuniões prévias, com designações de tarefas, escolha de pessoal
qualificado, inclusive os materiais a serem usados no inventário, como etiquetas, papéis,
impressos etc.
69
H• exemplo de empresas, poucas, evidentemente, que conseguem reduzir o tempo
de invent•rio para no m•ximo um dia, mesmo sendo de grande porte, em virtude de
planejamento.
Esse planejamento consiste em um processo, at€ certo ponto simples de desenvolver,
mas de fundamental import…ncia, como organograma, cronograma e fluxograma.
O organograma retrata a forma organizacional de como ser• feito o invent•rio. O
cronograma € a descriƒ„o gr•fica das etapas que devem ser obedecidas para a
execuƒ„o do invent•rio.
O fluxograma € a descriƒ„o gr•fica das fases do processo de contagem e
estabelecimento do invent•rio.
Custos Logísticos
O objetivo b•sico do Gerenciamento Log‚stico € fornecer um n‚vel desejado de serviƒo
aos clientes a um custo aceit•vel Ž empresa. Em primeiro lugar, vamos considerar os
custos envolvidos no sistema log‚stico. Os custos log‚sticos podem ser classificados
dessa forma:
• Processamento de pedidos;
• Armazenagem;
• Estocagem;
• Transportes.
Os custos de compras representam um grande percentual, tipicamente 45% do
volume final das vendas. Os custos de produƒ„o representam tipicamente 30% do valor
final das vendas. Os custos de invent•rio depender„o do volume de estoque mantido e
devem ser calculados para incluir o custo do capital vinculado nos estoques. Entretanto,
isto n„o € tipicamente feito e seguramente € subestimado em muitos n‹meros de
pesquisa. Os custos de distribuiƒ„o incluem transporte e armazenagem. Os custos de
transporte dependem do tempo gasto e da dist…ncia entre locais. Os custos de
armazenagem consistem de m„o-de-obra, espaƒo, seguro e equipamentos. Finalmente,
os custos de administraƒ„o abrangem toda comunicaƒ„o e manuseio de informaƒ•es
para executar o sistema log‚stico.
Um dos principais trade-offs da log‚stica consiste justamente em proporcionar um
apurado serviƒo, evitando que isso venha a acarretar acr€scimo dos custos.
Acontece que os clientes demandam cada vez mais um serviƒo melhor e n„o est„o
dispostos a desembolsar nada por ele, o que significa constante melhora no n‚vel de
serviƒo sem custo adicional ou agregado. Se por um lado o preƒo € o elemento que
qualifica a empresa a entrar ou mesmo manter-se no mercado, este cada vez mais
exigente, o n‚vel de serviƒo diferencia a empresa com relaƒ„o aos concorrentes.
O estudo de cada um desses elementos d• uma n‚tida noƒ„o da dimens„o dos custos
log‚sticos de uma organizaƒ„o, lembrando sempre que, nas decis•es que tomar sobre o
assunto, devem ser observados os impactos nos custos totais e n„o somente em um
elemento isolado.
70
Tanto os custos de processamento quanto de recursos humanos, respons•veis por
62% desse elemento, s„o gerados por processos internos e externos, em que:
• Internos: trata-se da definiƒ„o dos produtos a serem comprados, da preparaƒ„o e
colocaƒ„o de cotaƒ•es e pedidos e dos controles dos sistemas de gest„o.
• Externos: an•lise das propostas, fechamento de concorrŠncias, no caso de haver,
acompanhamento de entregas e realizaƒ„o de pagamentos.
71
divide-se basicamente em trŠs elementos: custo do armaz€m, custo com manuseio de
estoques e custo com pessoal envolvido na operaƒ„o, demonstrados a seguir:
Estocagem
Custos com estoque tratam especificamente daqueles ligados aos materiais em si. As
empresas vŠm se mobilizando para diminuir ao m•ximo seus valores. Esses custos
chegam, em alguns casos, a ser respons•veis por uma faixa entre 10 e 40% do custo
total de um produto. ‡ preciso levar em conta que o custo de estocagem € sempre
vari•vel e crescente, na medida em que se aumenta o n‚vel de estoques, chegando a um
est•gio que, quando elevado, pode inclusive prejudicar o capital de giro da empresa.
Desta forma, o seu controle se faz necess•rio e a busca constante por um excelente n‚vel
de serviƒo deve ser um objetivo a ser perseguido pela empresa.
Elementos dos custos com estoques
O custo com estocagem € o somat•rio de quatro elementos b•sicos:
• Custos de oportunidade do capital parado;
• Custos com impostos e seguros;
• Custos com risco de manter estoques;
• Custos com faltas.
Sendo:
CO = custo de oportunidade
Em = estoque m€dio
C unit = custo unit•rio
i = taxa de juros
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Toda empresa deve contar com o risco da depreciaƒ„o do estoque, de ficar obsoleto,
de perder-se ou de ser furtado. Hoje vemos auditorias consecutivas no sentido de inibir
esse desconforto, principalmente nos itens mais significativos, tomando por base a curva
ABC. Tamb€m devemos observar o tempo m•ximo do estoque, pois ap•s um tempo
podem se tornar obsoletos alguns itens, al€m de ter o dinheiro empatado por tempo
superior ao tolerado pela administraƒ„o moderna.
Devemos considerar o seguinte:
• A obsolescŠncia deve ser calculada por ocasi„o do lanƒamento de um novo produto em
substituiƒ„o ao que se encontra em estoque que n„o € mais vendido.
• As perdas s„o evidentemente consideradas em balanƒo.
• Os roubos devem ser considerados da mesma forma que se encontra o valor das
perdas.
73
- Sal•rios e obrigaƒ•es trabalhistas do motorista e dos ajudantes.
• Custos vari•veis: os que variam de acordo com a dist…ncia percorrida. S„o eles:
- Combust‚vel;
- Lubrificaƒ„o;
- Manutenƒ„o;
- Pneus;
- Cobertura do risco.
Custos indiretos: S„o os que n„o se relacionam diretamente com a funƒ„o de
produƒ„o, como, por exemplo, o processamento da contabilidade, o custo ligado ao
departamento de pessoal, administraƒ„o, vendas, finanƒas, cobranƒa etc. No caso da
funƒ„o de transportar, cerca de 85% dos custos s„o diretos, enquanto os 15% restantes
s„o considerados indiretos.
Cálculos de Demanda
As empresas, de uma maneira geral, direcionam suas atividades segundo o rumo de
seus neg•cios, quase sempre traƒados com base em previs•es que s„o obtidas pelo
hist•rico do comportamento em determinado per‚odo.
A demanda € uma das principais previs•es e serve de base para o planejamento
estrat€gico da produƒ„o, vendas e finanƒas de qualquer empresa que, partindo desse
ponto, pode desenvolver seus planos de capacidade, fluxo de caixa, vendas, produƒ„o e
estoques, m„o-de-obra, compras, entre outras atividades empresariais.
Esses c•lculos tŠm a finalidade de projetar os n‚veis de estoque para o setor de
compras, informando a programaƒ„o do MRP (Material Requirements Planning), que em
portuguŠs significa planejamento das necessidades de materiais, e suas poss‚veis
variaĥes.
Para adequaƒ„o das quantidades de material nos estoques aos interesses e
necessidades de uma empresa, € imperiosa a utilizaƒ„o de par…metros como elementos
de pol‚tica de estoques. Para tanto, utilizamos uma simbologia, cujos principais
elementos s„o:
• Demanda (D): € a quantidade consumida ou requisitada de material para uso em um
determinado per‚odo.
• Demanda m€dia mensal (D): € a quantidade m€dia de material consumido em um certo
per‚odo.
• Demanda anual (Q): refere-se Ž quantidade de material consumido em um per‚odo de
12 meses.
• Quantidade pendente de compra (QPC): € a quantidade de material adquirido e ainda
n„o entregue pelo fornecedor.
• Tempo de ressuprimento (TR): trata-se do espaƒo de tempo compreendido entre a data
da emiss„o da requisiƒ„o de compra do material e aquela em que o material €
efetivamente recebido pelo almoxarifado.
• Ponto de ressuprimento (PR): corresponde ao n‚vel de estoque que, ao ser atingido,
indica a necessidade de ressuprimento do material.
• Intervalo de ressuprimento (IR): € o espaƒo de tempo compreendido entre duas datas
consecutivas de ressuprimento.
• Lote de compra (LC): € a quantidade de material solicitada em cada ressuprimento de
estoque.
• N‚vel de suprimento (NS): corresponde Ž quantidade f‚sica existente em estoque
somada Žquela em processo de compra.
• Estoque m•ximo (Emáx): quantidade m•xima de material admiss‚vel em estoque.
• Estoque m€dio (EM): quantidade m€dia de material mantida em estoque em um
determinado per‚odo.
• CadŠncia de compras (CC): refere-se ao n‹mero de ressuprimentos efetuados no
per‚odo de 12 meses (um ano).
74
• Estoque de seguranƒa (ES): quantidade de material destinada a evitar a ruptura de
estoque ocasionada por dilataƒ„o de tempo de ressuprimento (atraso na entrega ou
qualidade) ou aumento da demanda em relaƒ„o ao previsto.
• Ruptura de estoq‹e (RE): situaƒ„o em que um certo item de material € requisitado ao
almoxarifado, sem que haja saldo suficiente em estoque para seu atendimento total.
A t‚tulo de exemplo e estabelecimento dos par…metros de c•lculo, conhecemos os
dados hist•ricos de um determinado material, que s„o:
• Demanda (D) = 150 unidades;
• Tempo de ressuprimento (TR) = dois meses;
• Intervalo de ressuprimento (IR) = quatro meses.
Com essas informaƒ•es € poss‚vel determinar os elementos necess•rios Ž
administraƒ„o do estoque:
75
Os planos que servem de guia e orientam a execução e o controle da produção são
comandados pelo órgão auxiliar denominado Planejamento, Programação e Controle da
Produção (PPCP), que regula as normas das linhas de fabricação, almejando um fluxo
ordenado e contínuo do processo produtivo. Isso decorre da utilização eficiente dos
meios de produção, por intermédio dos quais se atingem objetivos planejados, nos
prazos determinados.
O planejamento desenvolvido pelo PPCP é considerado concluído no momento em
que forem respondidas às seguintes questões:
76
de compras uma visibilidade do consumo de material e para a produƒ„o uma visibilidade
do que produzir.
O plano mestre € fundamental para a produƒ„o, pois gera as OPs (ordens de
produƒ„o) que ser„o produzidas. Com as OPs ajustadas Ž capacidade, fica mais simples
ter os componentes e a mat€ria-prima na data de seu uso.
Levando em conta que as datas das OPs podem ser consideradas datas poss‚veis de
realizar a fabricaƒ„o, a credibilidade delas aumenta al€m do planejado, podendo ser
consideradas exceƒ„o. Com todos os recursos dispon‚veis (m•quina, homem,
equipamentos, ferramentas), apenas eventualidades poderiam impedir que a produƒ„o
n„o acontecesse conforme o previsto.
Para o setor de vendas, vemos que o plano mestre, ao permitir a determinaƒ„o da
data de entrega do pedido, possibilita estabelecer negociaĥes com os clientes da
empresa a fim de adequar a necessidades deles Ž sua real capacidade, priorizando as
entregas.
Para as compras o piano mestre € de fundamental import…ncia, pois equiparado Ž
capacidade, a “explos„o” das OPs de produtos acabados gera necessidades exatamente
quando ser„o usadas. Com isso € mais simples ajustar as datas das ordens de compra
de materiais cr‚ticos. Al€m disso, permite que haja visibilidade do consumo desses
materiais e antecipar a empresa com relaƒ„o a eventuais problemas de falta de material,
sem precisar, contudo, recorrer a estoques elevados de seguranƒa.
MRP
Material Requirements Planning (MRP) ou Planejamento das Necessidade de Materiais.
Ele permite que as empresas calculem quanto material de um determinado produto ser•
necess•rio e em que momento, objetivando o cumprimento das promessas de sua
entrega com o m‚nimo de estoque necess•rio. Para que a empresa possa utilizar o MRP,
€ imperioso ter um PMP muito bem definido e elaborado que apresente a quantidade de
material e os momentos em que os produtos finais devam ser produzidos, pois € baseado
no PMP que o MRP “roda”, definindo o que € necess•rio.
Metas do MRP
De modo geral, a implantaƒ„o de um sistema MRP visa:
• Diminuir custos de estocagem e movimentaƒ„o;
• Tempo de vida e controle de validade em caso de produtos perec‚veis. Al€m disso, o
produto pode sofrer alteraĥes de modelo, por exemplo;
• Atendimento ao cliente;
• Diminuir a improdutividade. A produtividade pode ser atingida e afetada por falta de
materiais, tempo de preparaƒ„o, quebra de m•quina, hora extra, variaƒ„o na equipe etc.;
• Previsibilidade, incluindo a manutenƒ„o dos equipamentos, a previs„o de compras e a
produƒ„o;
• Capacidade da instalaƒ„o para o atendimento, ou seja, a capacidade de atendimento ao
cliente;
• Diminuir o custo de materiais e transporte.
77
Estrutura do produto
Na figura seguinte vemos a estrutura do produto explodida, a qual € baseada na
emiss„o de ordens em uma demanda calculada a partir do programa de montagens. Para
que isso aconteƒa, € necess•rio uma lista de material ou lista de peƒas estruturada.
78
Dados complementares para o exemplo:
Tempo de ressuprimento = 1 Tamanho do lote = 50
• Perƒodo: indica o período que o MRP vai considerar para o planejamento. Esse período
pode variar de um dia até um mês, conforme o caso específico. O período que as
empresas de manufatura mais utilizam é a semana. Na literatura de língua inglesa, o
período é conhecido como time bucket.
• Necessidades brutas: também chamadas, em inglês, de gross requirements, são as
quantidades que representam a utilização futura ou a demanda do item em questão
durante cada período.
• Recebimentos programados (schudeled receipt): são as ordens firmes, como, por
exemplo, as ordens já abertas de reposição de estoque para o item, com recebimento
programado para o início do período.
• Estoque projetado disponƒvel (project available balance): trata-se da posição e dos
níveis projetados para o estoque do item, disponíveis ao final de cada período.
• Plano de libera•‚o de ordens: que em inglês significa planned order releases, são as
ordens planejadas a serem liberadas no início de cada período.
• Tempo de ressuprimento (Iead time): é o tempo que ocorre entre a liberação de uma
ordem e a completa disponibilidade do material correspondente para utilização.
• Tamanho do lote (lot size): idealmente as ordens colocadas seriam do tamanho exato
necessário. Entretanto, a empresa pode optar por trabalhar com lotes de produção para
fazer frente a eventuais custos fixos em relação à quantidade produzida, como, por
exemplo, os custos de preparação de máquina.
79
O desafio que hoje se coloca € como interconectar esses sistemas, tendo em vista a
heterogeneidade dos ambientes computacionais que os suportam, visto que, h• tempos,
cada empresa optou por uma determinada plataforma de hardware e de software, a
maioria das quais n„o “conversa” entre si. Como ilustraƒ„o do jogo de interesses
existente, podemos citar o comportamento das grandes corporaĥes exercendo seu
poder de compra, quando acabam impondo, aos fornecedores, padr•es que mais lhes
s„o favor•veis.
A Globaliza•‚o da Logƒstica
Entende-se por globalizaƒ„o um conjunto de transformaƒ•es na ordem pol‚tica e
econŒmica mundial que vŠm acontecendo nas ‹ltimas d€cadas. Esse processo tem sido
acompanhado de uma intensa revoluƒ„o nas tecnologias de informaƒ•es, telefones,
computadores, televis„o, e a log‚stica traz nessa r•pida e efusiva transformaƒ„o novos
m€todos de movimentaƒ„o de carga, de produƒ„o, de transporte, entre outros temas.
Na atualidade onde o cliente € o foco do neg•cio o mundo globalizado destina suas
preocupaƒ•es e m€todos n„o s• para conquistar mas principalmente, para manter
clientes, que € a sobrevivŠncia de qualquer neg•cio.
Os produtos s„o em sua grande maioria facilmente copi•veis e os serviƒos tendem a
serem muito parecidos. A globalizaƒ„o causou profundas mudanƒas nas empresas nas
quais qualidade e competitividade deixaram de ser apenas um diferencial entre as
companhias paras se tornarem fatores de sobrevivŠncia no mercado global. Na
atualidade colocar o produto certo, no local certo, na hora certa e pelo menor custo € a
grande meta a ser alcanƒada. Nos tempos atuais encontramos na log‚stica uma
ferramenta muito poderosa que ajudar• a mudar conceitos, rever processos e quebrar
paradigmas, ou seja, fazer mais com menos. As empresas est„o finalmente descobrindo
a log‚stica. Alguns a vŠem como uma grande oportunidade competitiva e outros como
uma ameaƒa diante da concorrŠncia.
80
TRANSPORTE E DISTRIBUIÇÃO
FÍSICA
81
LOGÍSTICA
É o processo de planejar, implementar e controlar de maneira eficiente o fluxo e a
armazenagem de materiais, produtos e serviços, bem como, informações associadas.
Cobrindo desde o ponto origem até o ponto de consumo atendendo aos requisitos do
cliente.
Na logística, os transportes são tão importantes que especialistas em logística e mídias
confundem, ainda nos dias de hoje, a abrangência da logística restringindo-a apenas às
atividades de transporte.
Ao comparar as economias de uma nação desenvolvida com a de outra em
desenvolvimento, verifica-se claramente o papel do transporte na criação do alto nível de
atividade na economia.
Um perfeito sistema de transportes contribui para o aumento da competição no mercado,
garantindo a economia de escala na produção e reduzindo os preços das mercadorias.
MODAIS
Os modais são meios de movimentação de transbordo de materiais.
82
Unimodais: formas que envolvem apenas uma modalidade.
Intermodais: envolvem mais de uma modalidade e, para cada trecho ou modal, realiza-
se um contrato.
Multimodais: formas de transporte que envolve mais de uma modalidade, por€m regidas
por um ‹nico contrato.
Segmentados: envolvem v•rios contratos para diversos modais.
Sucessivos: no caso desses transportes, a mercadoria, para alcanƒar o destino final,
necessita de transbordo em ve‚culo da mesma modalidade de transporte e € regida por
um ‹nico contrato.
Transporte Rodoviário
‡ o mais expressivo no transporte de cargas no Brasil e atinge praticamente todos os
pontos do territ•rio nacional. Com a implantaƒ„o da ind‹stria automobil‚stica na d€cada
de 1950 e a pavimentaƒ„o das principais rodovias, o modo rodovi•rio se expandiu de tal
forma que hoje domina amplamente o transporte de mercadorias no Pa‚s.
Na Am€rica do Sul, o transporte rodovi•rio € regido pelo ConvŠnio sobre Transporte
Internacional Terrestre - firmado entre Brasil, Argentina, Bol‚via, Chile, Paraguai, Uruguai
e Peru em Santiago do Chile, 1989.
Esse convŠnio regulamenta os direitos e obrigaƒ•es no tr•fego regular de caminh•es em
viagens entre os pa‚ses consignat•rios.
2 - Ainda n„o fiz o pedido de registro junto a ANTT. Quais s„o os procedimentos e qual a
83
forma para encaminhamento do pedido?
Todos os procedimentos necessários ao pedido de registro no RNTRC podem ser
consultados no site da ANTT, link -http://www.antt.gov.br/carga/rodoviario/rntrc.asp. A
solicitação de inscrição poderá ser feita, pessoalmente ou por meio de um representante
constituído, nas Unidades da ANTT ou nos Postos Credenciados por todo o País.
Todos os caminhões que não estiverem de acordo com o padrão instituído pela ANTT até
dia 18 de Dezembro, estarão sujeitos a multa que pode variar de R$ 500,00 a R$
5.000,00.
Com essas regras, todos os caminhões são obrigados a ter o novo adesivo da ANTT no
padrão estabelecido. Sendo um em cada lado do caminhão, o adesivo deve ser em
impresso em formato digital, e medir 30x10cm.
84
“LOTAŠ‹O”: a carga útil máxima (incluindo condutor e passageiros) que o veículo pode
transportar, expressa em quilogramas, para os veículos de carga; ou número de pessoas,
para os veículos de transporte coletivo.
"PESO BRUTO TOTALl" (PBT): o peso máximo que o veículo pode transmitir ao
pavimento, constituído da soma da tara mais a lotação.
Transporte Ferrovi†rio
O transporte ferroviário é adequado para mercadorias de baixo valor agregado e grandes
quantidades, como produtos agrícolas, derivados de petróleo, minérios de ferro, produtos
siderúrgicos, fertilizantes, entre outros.
Esse modal não é tão ágil como o rodoviário no acesso às cargas, uma vez que elas têm
de ser levadas aos terminais ferroviários para embarque.
Transporte Dutovi†rio
O modal dutoviário é aquele que utiliza a força da gravidade ou pressão mecânica por
meio de dutos para o transporte de granéis.
É uma alternativa de transporte não poluente, não sujeita a congestionamentos e
relativamente barata.
85
Oleoduto: utiliza sistema de bombeamento para o transporte de petróleos brutos e
derivados aos terminais portuários ou centros de distribuição.
Gasoduto: destina-se ao transporte de gases. Destaca-se a recente construção do
gasoduto Brasil-Bolívia, com quase 2.000 km de extensão, para o transporte de gás
natural.
Transporte Aquaviário
Marítimo: O transporte marítimo é o modal mais utilizado no comércio internacional. No
Brasil responde por mais de 90 % do transporte internacional. Esse modal pode ser
subdividido em fluvial e lacustre.
Cabotagem: Navegação costeira que tem lugar entre portos de uma mesma região ou
País.
Transporte Aéreo
É o transporte adequado para mercadorias de alto valor agregado, pequenos volumes ou
com urgência na entrega. As empresas e agentes de todo o mundo formam uma
associação de caráter comercial, a International Air Transport Association (lATA),
principal órgão regulador do transporte aéreo internacional. No Brasil, o órgão regulador é
o Departamento de Aviação Civil (DAC), do Comando da Aeronáutica.
Cargas Rodoviárias
Carga é todo e qualquer material a ser transportado, independentemente do tipo, forma,
tamanho ou embalagem, e constitui o maior objetivo de uma empresa transportadora,
cuja obrigação é conduzi-la de um lugar a outro, no menor tempo possível, sem danificá--
-la.
86
A granel
Trata-se de cargas transportadas em quantidade grande, sem nenhum tipo de
embalagem e normalmente por veículos apropriados, como a ilustração seguinte:
Embaladas / Fracionadas
São aquelas embaladas em caixas, fardos, feixes, sacarias, entre outras.
Especiais
Trata-se de cargas que, respeitadas suas características, são transportadas por
caminhões especialmente dimensionados para esse fim.
AET: Autorização Especial de Transporte
87
Estruturas de Armazenagem
Como vimos anteriormente, o propósito da armazenagem está fixado em uma estrutura
básica, formada pelo tripé recebimento, estocagem e distribuição:
As atividades básicas dessa estrutura podem ser assim descritas:
• Recebimento: trata-se de um conjunto de operações que envolvem a identificação do
material recebido, o confronto do documento fiscal com o pedido, a inspeção qualitativa e
quantitativa do material e a sua aceitação formal.
• Estocagem: é um conjunto de operações relacionadas à guarda do material. A
estocagem constitui um dos pontos mais vitais na formação do conjunto de atividades da
armazenagem, exigindo técnicas específicas para alcançar a eficiência da racionalização
e da economia desejada.
• Distribui•‚o: refere-se a um conjunto de operações próprias relacionadas à expedição
do material, envolvendo a acumulação do que foi recebido da estocagem, a embalagem
adequada e a respectiva entrega ao requisitante.
Distribui•‚o Fƒsica
O conceito de distribuição é bastante abrangente, incluindo tanto os vários caminhos que
o produto segue do produtor ao consumidor, como também decisões de transporte,
armazenagem, localização de depósitos, filiais, estoques, processamento de pedidos etc.
Em suma, inclui todas as atividades relacionadas com a transferência física do produto
aos clientes.
Canal de Distribui•‚o
Canal de distribuição é a combinação de instituições pelas quais o vendedor vende
produtos ao consumidor, ao usuário ou ao consumidor final.
88
Os elementos que estão no processo de distribuição são os membros de um canal.
O canal é o caminho percorrido pelo produto para transferir-se do produtor ao
consumidor final.
Um fabricante pode vender para um atacadista, que venderá para um varejista, que
venderá, finalmente, para o consumidor final. A escolha de cada um desses
caminhos vincula-se totalmente à administração da empresa.
89
Milk Run
O termo Milk Run surgiu a partir da idéia de trazer para a indústria a prática oriunda dos
antigos leiteiros , que deixavam galões vazios na porta das suas fazendas fornecedoras e
levavam galões cheios no lugar, tendo, assim, a matéria-prima no momento que
desejavam.
90
No sistema denominado convencional (as peças são entregues pelos fornecedores na
própria empresa) os custos de transporte estão inseridos no preço do produto, ou seja, a
montadora compra no sistema CIF (Cost Insurance and Freight).
A empresa gerencia a melhor rota para seu veículo de coleta, determinando a quantidade
de peças necessárias para coletar em cada fornecedor, em uma determinada rota,
visando aproveitar melhor a capacidade de seu veículo de transporte.
91
A coleta programada de materiais com os fornecedores oferece, entre outras vantagens:
Cross Docking
92
O Cross Docking, também chamado de distribuição flow through, permite que a
administração dos Centros de Distribuição concentre-se no fluxo de mercadorias e não
na armazenagem delas. A aplicação desse sistema busca reduzir ou eliminar, se
possível, duas das atividades mais caras realizadas em um armazém, que são a
estocagem e o picking.
Picking
Os conceitos modernos indicam que a distribuição física pode ser direta ou indireta.
Distribuição direta: ocorre sem a participação de outra pessoa jurídica (para comprar e
revender) e pode ser realizada por meio da venda pessoal ou do marketing direto.
Distribuição indireta: utiliza, no fluxo dos produtos, as figuras do atacado e/ou varejo,
podendo ser classificadas em intensiva, seletiva e exclusiva.
93
GERENCIAMENTO DE PROCESSOS
94
1 INTRODU•–O
95
Figura – Modelo de um processo gen€rico
Fonte: MARANH–O e MACIEIRA, 2004, p.12. (Adaptaƒ„o)
4 TIPOS DE PROCESSOS
Os processos n„o tŠm fronteiras definidas. Em geral, todos se inserem num processo
maior, e cada um deles pode ter algum tipo de decomposiƒ„o. Arbitrar essas fronteiras cabe a
quem faz o seu mapeamento, procurando a melhor soluƒ„o para seu objetivo de an•lise.
Na tentativa de delimitar as fronteiras das redes de processos, foi estabelecida,
arbitrariamente, uma divis„o para os processos, compreendida em: macroprocessos (processos
de maior abrangŠncia da organizaƒ„o); processos (subdivis•es dos macroprocessos); e
subprocessos (subdivis•es dos processos).
96
qualidade est• no conceito de gerenciamento das empresas, pois n„o h• como sobreviver no
mercado sem qualidade.
97
Caracter‚sticas operacionais adicionais: apresentar atrativos adicionais Žs suas funƒ•es
principais.
Confiabilidade: a probabilidade de o produto n„o apresentar falhas ou apresentar um
volume ‘toler•vel’ de falhas.
Conformidade: a adequaƒ„o Žs normas e Žs especificaƒ•es utilizadas para a elaboraƒ„o
do produto.
Durabilidade: duraƒ„o de um produto at€ a sua deterioraƒ„o f‚sica.
AssistŠncia t€cnica: a maneira com que o produto € tratado (e tamb€m o consumidor dele)
no momento de um reparo. Conv€m analisar o custo da assistŠncia, a frequŠncia, o
atendimento realizado, entre outros crit€rios.
Est€tica: refere-se ao design do produto, que em muitos casos € fator determinante para a
compra do mesmo. Isso adv€m de um conceito hist•rico de que “tudo o que € belo €
bom”.
Qualidade percebida: o produto que ‘parece’ ter qualidade confirmou as expectativas do
consumidor. Assim, novos produtos de marcas conhecidas e renomadas, mesmo que o
fabricante n„o tenha tradiƒ„o na produƒ„o desse particular produto, ter• associada a ele a
imagem de boa qualidade.
98
CEP – Controle Estat‚stico de Processo (desde 1945): o controle da qualidade realizado
utilizando-se de t€cnicas estat‚sticas (amostras, m€dias, desvio padr„o, etc).
CCQ – C‚rculos de Controle de Qualidade (desde 1962): reuni„o de pessoas que investigam
problemas de qualidade existentes ou potenciais problemas.
ISO 9000 (d€cada de 1980) – sistema que garante a qualidade de produtos e de serviƒos com
base em requisitos.
TQM – Total Quality Management (1985): € um conceito abrangente, que envolve aspectos
que qualidade e atividades de benchmarking, projetos de produtos e de processos, suprimentos,
log‚stica e soluƒ„o de problemas, e est• fortemente apoiado nas pessoas da empresa.
A empresa deve atentar-se para o fato de que padronizando uma tarefa n„o ser„o
resolvidos todos os problemas de controle operacional, € necess•rio que os padr•es
preestabelecidos sofram revis•es e sejam adequados Ž realidade organizacional, dando origem ao
que chamamos de melhoria cont‚nua.
99
governamental de seus pa‚ses, ou s„o controlados por seus governos. Por outro lado, outros
membros tŠm suas ra‚zes exclusivamente no setor privado, tendo sido criados por parcerias
nacionais das associaƒ•es com a ind‹stria.
Portanto, ISO permite a um consenso a ser alcanƒado em soluƒ•es que atendam
tanto as necessidades de neg•cio e as necessidades mais amplas da sociedade.
As principais normas criadas pela ISO s„o:
ISO 26000:2010: Orientaƒ„o sobre responsabilidade social
ISO 31000:2009: Gest„o de risco - Princ‚pios e diretrizes
ISO 14001:2004: Sistemas de gest„o ambiental - Requisitos com orientaƒ•es
para uso
ISO 9001:2008: Sistemas de gest„o da qualidade - Requisitos
Cada vez mais, a preferŠncia dos clientes se voltar• para produtos de empresas que
optaram por adequar-se para exigŠncias de mercado cada vez mais apuradas.
Nem sempre esta tarefa € simples, devido Ž variedade e complexidade dos
elementos que est„o presentes e devem ser consideradas. Torna-se necess•rio, portanto,
sustentar um esforƒo com t€cnicas que possam facilitar a an•lise e o processo de tomada de
decis„o. Neste ambiente se enquadram as Ferramentas para o Aprimoramento da Qualidade.
Munidos de um conjunto de t€cnicas, os profissionais da qualidade vŠm enfrentando
diversos desafios e devido Ž aplicabilidade dessas ferramentas, atualmente elas n„o s„o
consideradas propriedade exclusiva de especialistas.
100
2) Brainstorming: destina-se à geração de idéias e sugestões criativas que rompam
os limites dos membros da equipe e permitam avanços significativos na busca de soluções.
3) Gráficos: destinados à síntese e apresentação dos dados, permitindo que sejam
mais facilmente interpretados. Como por exemplo, os gráficos de controle e os histogramas.
4) Fluxograma: representação gráfica destinada ao registro das diversas etapas que
constituem um determinado processo, facilitando sua visualização e análise.
5) Diagrama de causa-efeito: estrutura gráfica que permite a organização dos
dados, possibilitando a identificação das possíveis causas de um determinado problema, ou efeito.
6) Análise de Pareto: permite visualização dos diversos elementos de um problema
e o estabelecimento de prioridades, por exemplo, quanto à escolha daquele que deverá ser
primeiramente solucionado.
7) Diagrama de dispersão: diagrama que permite a identificação do grau de
relacionamento entre duas variáveis consideradas numa análise.
PDCA
SDCA
101
AÇÃO: atuar nas PADRONIZAÇÃO:
causas de acordo com constituição da forma
o procedimento efetivo. ACTION STAND padronizada e correta de
agir.
VERIFICAÇÃO: CHECK DO
confirmar a efetividade FAZER: realização do
do procedimento trabalho de acordo com
padronizado um procedimento padrão
Texto 1
[...]
A preocupação com qualidade tornou-se um tópico extremamente importante após o
forte estímulo advindo dos competidores japoneses, em escala internacional, e no caso brasileiro
devido à queda das barreiras alfandegárias protecionistas e à série ISO-9000. Isto tem resultado
em uma proliferação de programas e técnicas, bom como em uma infinidade de companhias, de
todos os portes, que citam a preocupação com a qualidade como fundamental para o sucesso
competitivo das mesmas.
A Gestão pela Qualidade Total, enquanto meio de atuação dos gestores
organizacionais, busca desenvolver nos sistemas de operações das empresas condições que
possibilitem responder às demandas atuais, criando vantagens competitivas duradouras, nos
segmentos de mercado onde atuam. Para tanto, as estratégias de competitividade que sofrem a
influência deste modelo de gestão, permitem alcançar diretamente a obtenção de produtos sem
erros; entregas rápidas aos consumidores; introdução de novos produtos em prazos adequados;
operação em uma família de produtos grande o suficiente para satisfazer os desejos dos clientes;
habilidade em mudar quantidades ou datas de entrega conforme solicitado pelos clientes;
habilidade de produzir a custo competitivo; dentre outros aspectos.
Programa 5S
102
Definindo os 5S
O nome deste programa vem de palavras japonesas iniciadas com a letra S: seiri, seiton,
seisou, seiketsu e shitsuke. Traduzi-las para uma ‹nica palavra, em portuguŠs, € uma tarefa
bastante dif‚cil porque o idioma japonŠs se expressa atrav€s de id€ias e conceitos generalizados.
V•rias sugest•es foram feitas e diversas palavras s„o utilizadas para representar cada S. No
entanto, alcanƒou-se um denominador comum, abaixo relacionado:
para seiri foi escolhida a palavra UTILIZA•–O (tamb€m foram sugeridas arrumaƒ„o, seleƒ„o,
l•gica e pr•tica);
para seiton, ORDENA•–O (outras palavras votadas: sistematizaƒ„o, organizaƒ„o e
classificaƒ„o);
para seisou, LIMPEZA (foi cogitada a palavra zelo);
para seiketsu, ASSEIO (outras opƒ•es levantadas: higiene, sa‹de, pureza e integridade);
para shitsuke, AUTODISCIPLINA (foram votadas tamb€m: harmonia, disciplina, comprometimento
e educaƒ„o).
Decidiu-se tamb€m pela colocaƒ„o da express„o “SENSO DE” na frente das cinco palavras
escolhidas. Pode parecer que a intenƒ„o foi a de procurar manter a marca consagrada do nome
do programa, ao optar-se por uma express„o iniciada com S na traduƒ„o para o portuguŠs. Mas,
na verdade, SENSO traduz com perfeiƒ„o as ideias de atitude e de pr€-disposiƒ„o para gerar os
comportamentos de utilizaƒ„o, ordenaƒ„o, limpeza, asseio e autodisciplina.
Um aspecto muito importante, que deve ser referenciado, € o fato de que os 5S deveriam estar
presentes na nossa vida cotidiana. Sendo aplicado n„o s• no trabalho, mas tamb€m em casa, nos
restaurantes, nos ambientes de lazer, nos banheiros tornando-se um h•bito cotidiano de todos os
cidad„os.
9. Benchmarking
10 CERT IFICAÇÃO
A ISO 9000 corresponde a uma fam‚lia de normas que d• diretrizes de como construir
um sistema de gerenciamento de qualidade efetivo e como o auditar para garantir Ž empresa e ao
cliente de que o sistema est• realmente funcionando. A ISO 9001 e a 9004 baseiam-se em oito
melhores pr•ticas de gerenciamento da qualidade, como segue:
Foco no cliente;
Lideranƒa;
Envolvimento dos funcion•rios;
Gest„o por processos;
Vis„o sistem•tica para o gerenciamento;
Melhoria cont‚nua;
Tomada de decis„o baseada em fatos;
103
Relação cliente-fornecedor mutuamente benéfica.
104
REFERÊNCIAS
HAROLDO, Ribeiro. 5S: A Base para Qualidade Total. Salvador: Casa da Qualidade, 1994.
MARANHÃO, Mauriti; MACIEIRA, Maria Elisa Bastos. O processo nosso de cada dia: modelagem
de processos de trabalho. Rio de Janeiro: Qualitymark Ed., 2004.
105
GESTÃO AMBIENTAL
106
- Apresenta•‚o
“O homem argumenta; a natureza age.“
Voltaire
Hoje, amparados por dados t€cnicos e cient‚ficos, bem como pela an•lise de
casos concretos, podemos afirmar que as condiƒ•es f‚sicas do meio ambiente
tŠm se agravado de forma alarmante em funƒ„o da aƒ„o do homem. A situaƒ„o
de rios; de lagoas; de praias; hoje polu‚dos, eram, outrora, opƒ„o de esporte e
lazer para toda uma geraƒ„o. Isto vejam vocŠs, h• poucas d€cadas atr•s!
Analisando a quest„o em seus aspectos econŒmicos, observamos que a
degradaƒ„o do meio ambiente est• diretamente relacionada ao modelo de
desenvolvimento adotado pelo sistema capitalista, que se baseia na lei da oferta e
107
da procura de produtos e serviƒos. O est‚mulo permanente ao consumo € a base
desse sistema, que tem a natureza como inesgot•vel fonte de energia e mat€ria
prima e como recept•culo de dejetos produzidos por suas cidades e ind‹strias.
- INTRODUÇÃO
O ser humano € superior a todos os seres da natureza e a
ilimitado.
108
recursos naturais. E com o crescente investimento em tratamento de •gua,
esgotos, res‚duos e lixos e tamb€m o gerenciamento da •gua cada vez mais
escassa e degradada.
Estas reaƒ•es humanas que podem alterar o curso das mudanƒas ambientais
globais s„o instrumentos para se diminuir ou eliminar as conseq•Šncias negativas
que tais mudanƒas j• trouxeram ou podem trazer para a sa‹de e qualidade de
vida das populaĥes.
Nesse processo de transformaƒ„o do meio ambiente, de sua construƒ„o e
reconstruƒ„o pela aƒ„o coletiva dos seres humanos – s„o criados e recriados
modos de relacionamento da sociedade com o meio natural (ser humano-
natureza) .
Neste contexto o setor empresarial passou a exercer papel importante no sentido de orientar investimentos e a gest„o de
processos produtivos, segundo crit€rios de proteƒ„o e uso adequado do meio ambiente.
-A QUESTÃO AMBIENTAL
Numa área natural não se tira
Diante deste contexto, € indiscut‚vel nada além de fotografia; não se
a tese de que quest„o ambiental deixa nada, além de pegadas;
exerce papel importante no mercado, não se mata nada, além do
na sociedade, influencia governos, tempo; não se leva nada, além
consumidores e o setor empresarial. de lembranças!
A chamada quest„o ambiental diz respeito aos diferentes modos pelos quais a
sociedade, atrav€s dos tempos, se relaciona com o meio f‚sico-natural. Como j•
foi dito, em nenhum momento de sua hist•ria, a humanidade viveu sem o aux‚lio
do meio f‚sico-natural. E a an•lise desse relacionamento passa pela compreens„o
da cultura, dos valores que envolvem a totalidade da vida em sociedade.
Quanto a essa ‹ltima, sabe-se que a gest„o ambiental vem ganhando um espaƒo
crescente no meio empresarial. O desenvolvimento da consciŠncia ecol•gica em
diferentes camadas e setores da sociedade mundial acaba por envolver tamb€m
o setor empresarial. Naturalmente n„o se pode afirmar que todos os setores
empresariais j• se encontram conscientizados da import…ncia da gest„o
respons•vel dos recursos naturais. Entretanto, existem indicativos de que tem
crescido o n‚vel de preocupaƒ„o com as quest•es ambientais no setor
empresarial brasileiro, por€m a incorporaƒ„o da vari•vel ambiental por parte de
algumas organizaƒ•es ainda se limita Žs exigŠncias dos sistemas de fiscalizaƒ„o
do poder p‹blico.
109
Podemos inferir que a quest„o ambiental na gest„o empresarial tem estado
sujeita, ainda, a muitos fatores de ordem pol‚tica e conjuntural. Isto porque alguns
setores empresariais tŠm motivos mais determinantes para realizarem
investimentos em gest„o ambiental. No Brasil, por exemplo, a maior parte das
empresas que adotam a gest„o ambiental est„o ligadas ao mercado internacional
e tŠm como demanda competitiva ou at€ mesmo de sobrevivŠncia a adoƒ„o de
algum tipo de gest„o ambiental
-CONCEITOS BÁSICOS
Para melhor estudarmos os sistemas de gest„o ambiental, vamos conhecer
alguns conceitos b•sicos dos elementos que comp•em esta vari•vel:
Sistema : conjunto de elementos interconectados que buscam um objetivo
comum.
Meio Ambiente:
Definiƒ•es acadŠmicas›
*Conjunto do sistema externo f‚sico e biol•gico, no qual vivem o homem e os
outros organismos;
*O ambiente f‚sico e natural e suas sucessivas transformaƒ•es artificiais, assim
como seu desdobramento espacial
*Conjunto de todos os fatores f‚sicos, qu‚micos e biol•gicos e s•cio econŒmicos
que atuam sobre o indiv‚duo, uma populaƒ„o ou uma comunidade;
Definiƒ•es legais›
*Conjunto de condiƒ•es, leis, influŠncias e interaƒ•es de ordem f‚sica, qu‚mica e biol•gica, que permite, abriga e rege a
vida em todas as formas. (Lei 6938 de 310881 – Brasil);
110
significativo é aquele que tem ou possa a vir ter um impacto ambiental
significativo.
Tempo de Decomposição
Passivo ambiental :
responsabi-
lidade ambiental referente a im-
pactos ambientais, gerados por
aspectos de atividade, produtos
ou serviços passados.
111
-PRINCIPAIS PROBLEMAS AMBIENTAIS DO
MUNDO ATUAL
Destruição da Biodiversidade
A humanidade também depende da biodiversidade - e da boa saúde dos
ecossistemas - para extrair ou produzir alimentos, cosméticos, novos materiais e
processos. A agricultura, que hoje ocupa 22% da superfície terrestre do planeta,
deve se expandir particularmente no sudoeste asiático, na Bacia do Congo e na
Amazônia, com graves perdas da biodiversidade concentrada nas florestas
tropicais destas regiões. E num dos cenários traçados para o ano 2032, a
humanidade poderá perder 72% da biodiversidade se não forem tomadas
providências urgentes para reduzir os desmatamentos e a destruição de habitats.
Efeito estufa
É o aquecimento gradual da atmosfera da Terra, que está sendo provocado pela
emissão de toneladas de gases principalmente o gás carbônico resultantes da
queima de combustíveis. Estes gases formam uma camada em torno do planeta
atuando como uma estufa, que permite a entrada do calor do Sol, mas impede
que a Terra devolva esse calor para o espaço. As conseqüências para o nosso
planeta são: aumento da temperatura, elevação do nível do mar e alteração na
quantidade e qualidade das chuvas.
Chuva ácida
A queima de combustíveis fósseis (petróleo e carvão mineral) resulta na emissão
do gás dióxido de enxofre, que na altura das nuvens reage com a água da chuva,
gerando a chuva ácida.
Poluição do solo
112
Ao receber todo tipo de resíduos contendo produtos químicos, adubos,
agrotóxicos, dentre outras coisas, o solo vai perdendo sua função filtradora,
colocando em risco os lençóis d'águas subterrâneos, que representam um
importante recurso natural.
Poluição do ar
Poluição do ar é a contaminação provocada pela emissão de gases tóxicos e por
partículas de impurezas variadas que, quando aspiradas ou absorvidas pelo corpo
humano causam danos à saúde. A fumaça dos escapamentos dos veículos, as
emissões industriais, o gás carbônico, os gases CFCs e muitos outros tipos de
impurezas são os grandes causadores da poluição atmosférica, hoje um grande
problema de saúde pública.
Poluição sonora
Os ruídos e as vibrações são problemas ambientais que estão relacionados à vida
moderna ocasionando a poluição sonora ambiental. Causam danos ao aparelho
auditivo, distúrbios nervosos, dificuldade de conciliar o sono, diminuição do
rendimento do trabalho, entre outras conseqüências. A poluição sonora é formada
pelo barulho dos veículos nas grandes cidades, as obras da construção civil, as
fábricas, os aparelhos de ar-condicionado e outros barulhos provenientes de
casas noturnas, bares, etc ...
113
Agora, o ar frio junto à superfície da cidade não é capaz de subir, e o ar quente
não é capaz de descer, criando assim uma névoa sobre a cidade ou município.
Gestão Ambiental
114
O termo gestão ambiental é bastante abrangente. Ele é freqüentemente usado
para designar ações ambientais em determinados espaços geográficos, como por
exemplo: gestão ambiental de bacias hidrográficas, gestão ambiental de parques
e reservas florestais, gestão de áreas de proteção ambiental, gestão ambiental de
reservas de biosfera e outras tantas modalidades de gestão que incluam aspectos
ambientais, como:
115
- Gestão ambiental do SOLO
O solo e a •gua s„o recursos naturais indispens•veis Ž vida urbana e rural,
devendo ser utilizados de forma racional, para que se conservem e se
preserve o equil‚brio do meio ambiente.
- Res‚duos Especiais
S„o aqueles gerados em ind‹strias ou em serviƒos de sa‹de, como
hospitais, ambulat•rios, farm•cias, cl‚nicas etc. Pelo que representam Ž sa‹de
e ao meio ambiente, exigem maiores cuidados no seu acondicionamento,
transporte, tratamento e destino final. Tamb€m se incluem nesta categoria os
materiais radioativos, alimentos ou medicamentos com data vencida ou
deteriorados, res‚duos de matadouros, inflam•veis, corrosivos, t•xicos e dos
restos de embalagem de inseticida e herbicidas empregados na •rea rural.
Estes res‚duos s„o classificados pela norma NBR – 10.004 da ABNT,
como:
Classe I = Perigosos: s„o os que representam riscos ao meio ambiente e
exigem tratamento e disposiƒ•es especiais, ou que apresentam riscos Ž
sa‹de p‹blica.
Classe II A = N„o perigosos inertes: s„o basicamente os res‚duos com as
caracter‚sticas do lixo dom€stico.
Classe II B = N„o perigosos n„o inertes: s„o res‚duos que n„o se
degradam ou n„o se decomp•em quando dispostos no solo, entulhos de
construĥes, pedras, areia, etc.
116
Os res‚duos da pecu•ria s„o constitu‚dos por estercos e outros produtos
resultantes da atividade biol•gica do gado bovino, su‚no, caprino e outros.
Pequenos detritos que se jogam na rua podem se acumular por décadas e vencer os
micróbios, cujo trabalho evita que o planeta seja soterrado pelo lixo. Bitucas de cigarro, chicletes, cascas
e
bagaços de frutas, latas de refrigerante ou garrafas de plástico. Diante de tudo o que se descarta sem
maior preocu-
pação, em qualquer lugar e todos os dias, é surpreendente que a Terra não fique coberta por uma
malcheirosa
camada de dejetos.
- Gestão ambiental do AR
118
Diante da realidade incontestável de ter de aplicar recursos na área ambiental,
muitas empresas decidiram utilizar tais investimentos como elementos de
marketing. Ao demonstrar preocupação com o meio ambiente, projetavam sua
imagem e a de seus produtos junto à sociedade, essencialmente junto aos seus
clientes e acionistas efetivos ou potenciais. Essa política de marketing tornou-se
um fator competitivo entre empresas concorrentes.
119
- a criação e aperfeiçoamento de novas práticas de excelência por meio da
inovação e criatividade;
- rapidez e resultados comprovados por uma metodologia de aprendizado que
queima etapas e atinge metas;
- um saudável exercício empresarial que troca, soma, reconhece, gera vínculos e
integra setores, e principalmente, cria o hábito das relações éticas, transparentes
e solidárias entre empresas.
120
consumidores tendem a dispensar produtos e serviƒos que agridem o meio
ambiente.
-Cada vez mais compradores, principalmente importadores, est„o exigindo a
certificaƒ„o ambiental, nos moldes da ISO 14.000, ou mesmo certificados
ambientais espec‚ficos como, por exemplo, para produtos tŠxteis, madeiras,
cereais, frutas, etc. Tais exigŠncias s„o voltadas para a concess„o do “Selo
Verde”, mediante a rotulagem ambiental. Acordos internacionais, tratados de
com€rcio e mesmo tarifas alfandeg•rias incluem quest•es ambientais na pauta de
negociaƒ•es culminando com exigŠncias n„o tarif•rias que em geral afetam
produtores de pa‚ses exportadores. Esse conjunto de fundamentos n„o €
conclusivo, pois os quesitos apontados continuam em discuss„o e tendem a se
ampliar. Essa € uma tendŠncia indiscut‚vel, at€ pelo fato de que apenas as
normas ambientais da fam‚lia ISO 14.000 que tratam do Sistema de Gest„o
Ambiental e de Auditoria Ambiental encontram-se em vigor.
121
A avaliação ambiental inicial permite às organizações:
· Conhecer seu perfil e desempenho ambiental.
· Adquirir experiência na identificação e análise de problemas ambientais.
· Identificar pontos fracos que possibilitem obter benefícios ambientais e
econômicos, muitas vezes óbvios.
· Tornar mais eficientes a utilização de matérias-primas e insumos.
· Servir de subsídios para fixar a política ambiental da organização.
122
O objetivo maior € obter um comprometimento e uma pol‚tica ambiental definida
para a organizaƒ„o. Ela n„o deve simplesmente conter declaraƒ•es vagas; ela
precisa ter um posicionamento definido e forte.
123
IEF – Instituto Estadual de Florestas: cuida da parte relativa aos problemas
florestais e defesa dos ecossistemas. Cuida da chamada Agenda Verde,
que se refere Ž vegetaƒ„o. O IEF assessora a c…mara especializada de
atividades agrossilvopastoris.
IGAM – Instituto Mineiro de Gest„o das ˜guas: cuida da parte relativa aos
recursos h‚dricos. Controla a chamada Agenda Azul, que se refere Ž •gua.
O IGAM assessora a c…mara de atividades de recursos h‚dricos
- Referências Bibliográficas
124
SANTOS, Fabiano Pereira dos. Meio ambiente e poluição. Disponível na
Internet: <http://www.mundojuridico.adv.br>. Acesso em 23 de fevereiro de
2008.
125
FUNDAMENTOS DE COMÉRCIO
EXTERIOR
126
CONTEXTUALIZAÇÃO
Com a abertura econŒmica, que teve seu in‚cio em 1991, as empresas passaram
a ter necessidade de aumentar a produtividade e a qualidade de seus produtos.
As empresas que n„o possuem capacidade competitiva perdem espaƒo, sendo
substitu‚das pelas mais eficientes ou pelo aumento das importaƒ•es dos produtos
no qual o pa‚s € menos eficiente.
Devido a dificuldade de competir no mercado interno, as vezes com consumo
saciado ou estagnado, surge uma possibilidade de ganhar novos mercados,
conquistar novos clientes e desenvolver novas tecnologias.
Ou seja, desenvolver uma identidade corporativa e de produto em …mbito
internacional.
A internacionalizaƒ„o da empresa consiste em sua participaƒ„o ativa nos
mercados externos. Com a eliminaƒ„o das barreiras que protegiam no passado a
ind‹stria nacional, a internacionalizaƒ„o € o caminho natural para que as
empresas brasileiras se mantenham competitivas.
Se as empresas brasileiras se dedicarem exclusivamente a produzir para o
mercado interno, sofrer„o a concorrŠncia das empresas estrangeiras dentro do
pr•prio Pa‚s. Por conseguinte, para manter a sua participaƒ„o no mercado
interno, dever„o modernizar-se e tornar-se competitivas em escala internacional.
A atividade exportadora, contudo, n„o € isenta de dificuldades, inclusive porque o
mercado externo € formado por pa‚ses com idiomas, h•bitos, culturas e leis muito
diversos, dificuldades essas que devem ser consideradas pelas empresas que se
preparam para exportar.
As empresas podem participar do mercado internacional de modo ativo e
permanente, ou de maneira eventual. Em geral, o Šxito e o bom desempenho na
atividade exportadora s„o obtidos pelas empresas que se inseriram na atividade
exportadora como resultado de um planejamento estratégico, direcionado para
os mercados externos.
Comércio Internacional
‡ o intercambio de bens e serviƒos entre pa‚ses, resultante de suas
especializaƒ•es na divis„o internacional do trabalho. Seu desenvolvimento
depende basicamente do n‚vel dos termos de intercambio (ou relaƒ•es de troca),
que se obt€m comparando o poder aquisitivo de dois pa‚ses que mantenham
com€rcio entre si.
127
por algum tempo tiveram alguns funcion•rios atuando fora do pa‚s de origem, mas
que n„o deram continuidade a estas atividades n„o-dom€sticas.
Alguns autores afirmam que os v•rios est•gios citados por eles seriam etapas
naturais as quais as organizaĥes passariam.
Conforme quadro abaixo:
- Pesquisa de mercado
128
Para não correr o risco de ser malsucedida no mercado externo, antes de iniciar
suas atividades, a exemplo do mercado interno, uma empresa deve fazer uma
pesquisa de mercado.
O que acontece, é que por causa de costumes, gostos ou tradição, produtos ou
serviços com excelente aceitação no mercado interno, podem ter pouca ou
nenhuma aceitação nos países importadores.
Por intermédio da pesquisa, a empresa tem condições de oferecer o produto que
o consumidor realmente deseja e não o que ela quer vender.
Os principais obstáculos a serem superados, com a pesquisa, são:
» regulamentação do comércio exterior de cada país;
» o volume e expansão do mercado;
» concorrência;
» aceitabilidade dos preços.
- Feiras Internacionais
Entre os eventos comerciais de promoção e troca de conhecimento, as feiras
comerciais têm-se constituído em um dos mais eficientes. As feiras são uma
excelente oportunidade não somente para manter contatos com potenciais
clientes, como também para conhecer a realidade do mercado.
ORGANISMOS INTERNACIONAIS
129
emergiram novos desafios e novos compromissos e alianças. Criou-se uma nova
estrutura de poder mundial. Ou seja: implantou-se uma nova ordem econômica e
uma nova ordem política.
130
é sempre condicionada à subordinação do país tomador às normas e exigências
definidas pelos dois organismos internacionais.
131
intelectual relacionados com o comércio. Suas decisões e ordenamentos são
totalmente multilaterais, isto é, estendem-se a todos os países-membros.
O sistema econômico internacional está baseado fundamentalmente nesses três
pilares que lhe dão sustentação. Essa ordem econômica internacional está
estruturada a partir do ponto de vista e dos interesses hegemônicos dos países
altamente industrializados, já avançando na era pós-industrial. Os Estados Unidos
detêm a liderança e a hegemonia, mesmo compartilhando o poder com a União
Européia e o Japão. Embora esses organismos internacionais sejam integrados
por grande número de países, a orientação geral e as decisões são influenciadas
pelos três centros hegemônicos do capitalismo.
Na atualidade, é do interesse dos centros hegemônicos fortalecer esse tripé de
sustentação da ordem econômica mundial, pois a presença dos organismos
internacionais na operacionalização das estratégias definidas tende a conferir a
elas um caráter eminentemente técnico e de neutralidade, o que facilita sua
atenção.
BARREIRAS
2-Barreiras não-tarifárias
São chamadas restrições não tarifárias os instrumentos que afetam o livre
comércio entre dois ou mais países, mas que não têm por base a adoção de
mecanismos de valoração.
São exemplos de barreiras não tarifárias:
Quotas
Licenças
Controles (procedimentos alfandegários)
Medidas antidumping etc
Essas barreiras podem proporcionar exigências legítimas de segurança e de
proteção à saúde. Mas podem, também, apresentar novas formas de
protecionismo disfarçado por demandas legítimas das sociedades.
132
3-Barreiras técnicas
São requisitos técnicos, podem surgir devido à falta de transparência das normas
e regulamentos ou à imposição de procedimentos morosos ou dispendiosos para
avaliação.
SISCOMEX
133
- Referências Bibliográficas
Apostila Noções de Comércio Internacional, autor desconhecido, Curso de
Introdução ao Comércio Exterior. Entidade SENAC. Autor desconhecido.
134
TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO
Gestão de Pessoas
Ano: 2012
A Administração de Recursos Humanos (ARH) é levada a efeito como um sistema integrado, ou seja, um conjunto de
partes relacionadas entre si. Essas partes chamamos de subsistemas de Recursos Humanos. É uma área da Ciência
da Administração focada nas políticas e práticas empresariais para administrar as pessoas em seu ambiente de
trabalho. Por ser multidisciplinar, ela chega a congregar outras ciências como a Sociologia Organizacional, a
Psicologia do Trabalho, o Direito Trabalhista, a Medicina do Trabalho, a Engenharia do Trabalho, etc, e tem como
objetivo, avaliar o grupo de trabalho como ferramenta de sustentação dos objetivos organizacionais, e o indivíduo
como um parceiro de suma importância dessa engrenagem do processo produtivo e social. Na abordagem da ARH
(considerada uma área-chave e de vital importância no funcionamento e desenvolvimento perenal de uma empresa)
existem cinco processos (ou subsistemas) da Gestão de Pessoas que o Administrador gerencia, assumindo a função
de transmitir aos empregados ou colaboradores os valores da empresa e, assim, contribuir para melhorar a
produtividade e os resultados no trabalho. Os processos são:
1) Processos de Agregar Pessoas – São os processos utilizados para incluir novos funcionários na empresa. Diz
respeito, portanto, a provisão ou suprimento de pessoas na organização. Este subsistema define quem irá trabalhar
na empresa e tudo tem início com o planejamento de recursos humanos, pesquisa de mercado de RH, Recrutamento
de Pessoas, Seleção de Pessoas e Integração de Pessoas (ambientação do novo funcionário) ;
2) Processos de Aplicar Pessoas - São os processos utilizados para desenhar as atividades que as pessoas irão
realizar na empresa, orientar e acompanhar seu desempenho. Incluem desenho organizacional e desenho de cargos,
análise e descrição de cargos, planejamento e alocação de Recursos Humanos (RH), plano de carreiras, orientação
às pessoas e avaliação do desempenho; disseminação da cultura organizacional;
3) Processos de Desenvolver Pessoas – São os processos utilizados para capacitar e incrementar o desenvolvimento
profissional e pessoal. Incluem treinamento e desenvolvimento das pessoas, programas de mudanças e
desenvolvimento de carreiras e programas de comunicação e consonância (aplicação estratégica de mudanças
visando à saúde e excelência organizacional);
4) Processos de Manter Pessoas – São os processos utilizados para criar condições ambientais e psicológicas
satisfatórias as atividade e tarefas das pessoas. Incluem administração de salários, plano de benefícios sociais,
higiene e segurança do trabalho, recompensas, administração da disciplina, qualidade de vida no trabalho e estudo
de clima organizacional;
5) Processos de Monitorar Pessoas – São os processos utilizados para acompanhar e controlar as atividades das
pessoas e verificar resultados. Incluem bancos de dados, sistemas de informações gerenciais, auditoria de recursos
humanos e trabalhista.
Todos esses processos ou subsistemas estão intimamente relacionados entre si, de tal maneira que se interpenetram
e se influenciam reciprocamente. Cada processo tende a favorecer ou prejudicar os demais, quando bem ou mal
utilizados, havendo necessidade de se evitar privilegiar alguns subsistemas em detrimento de outros, pois isso
poderá provocar desníveis ou assimetria entre eles e até a perda dos efeitos sinérgicos em função do seu tratamento
conjunto; todos os processos são desenhados de acordo com as exigências das “influências ambientais externas”
(Leis e regulamentos legais; sindicatos; condições econômicas e políticas; competitividade; condições sociais e
culturais) e das “influencias organizacionais internas” (Missão organizacional; visão, objetivos e estratégias; cultura
organizacional; natureza das tarefas; estilo de liderança, etc) para obter melhor compatibilização entre si.
Os processos de RH acima citados foram sistematizados a partir das “especialidades da área de Administração de
Recursos Humanos”, instituídas pela Society for Human Resource Management (SHRM), conforme a seguir
mencionado:
1- Posicionamento: selecionar, recrutar, entrevistar, testar, registrar pessoas, analisar, descrever, desenhar e ampliar
cargos, promoções e transferências;
2- Manutenção de Pessoal: aconselhamento, avaliação de desempenho, cálculo de rotatividade, saúde e prevenção
de acidentes, benefícios e serviços aos funcionários;
3- Relações no trabalho: relações com empregados, relações sindicais, greves, negociações coletivas, contratos
coletivos ou individuais e acordos mútuos;
4- Treinamento e desenvolvimento: treinamento no cargo, treinamento e desenvolvimento de gerentes e executivos;
a) Propor, definir e garantir um conjunto de normas e procedimentos alinhados com os princípios empresariais e de
acordo com a Legislação Trabalhista;
b) Criar e operar sistemas que permitam que as oportunidades de emprego e desenvolvimento de carreira estejam
disponíveis a todos;
c) Dar suporte às demais unidades da empresa prestadora de serviços ou funcionar como facilitador nos processos
de Gestão de Pessoas;
d) Dar suporte às demais unidades da empresa no recrutamento e desenvolvimento de pessoas;
e) Criar, propor, administrar instrumentos que possibilitem uma remuneração competitiva a todos os funcionários;
f) Buscar sempre a diversidade, com o objetivo principal de aumentar o capital intelectual, de modo a garantir a
capacidade de atualização e inovação da empresa. A diversidade pode ser observada na composição social das
equipes, nos valores, nos estilos de vida e na formação e orientação profissional (a sociedade do conhecimento tem
como conseqüência a especialização e a fragmentação do saber, e põe para trabalhar em equipe pessoas com
especializações bastante diferenciadas);
g) Ver as pessoas e a organização como seres espirituais e ajudá-las a dar o próximo passo em seu processo de
desenvolvimento;
h) Ter no treinamento a principal ferramenta para retenção do capital humano, e desenvolver novas competências
para a atual era empresarial no mundo globalizado;
i) Dignificar o trabalho e o ser humano.
A noção que as organizações em si detém culturas tem sido proposta mais freqüentemente nos últimos 20 anos
(Allaire&Firsirotu, 1984). As publicações de larga circulação iniciadas em 1980 sobre cultura das corporações
provocaram um aumento considerável do interesse e do número de livros sobre o assunto. (Deal and Kennedy 1982).
De fato, a proposição que as organizações teriam propriedades culturais, expressas a partir de significados, valores e
crenças, tem ganhado corpo. Entretanto, esta notoriedade pode tornar um conceito complexo, em um simples e
superficial termo, reduzindo-o a uma vazia coletânea de explicações sobre coisa nenhuma! De fato, com algumas
notáveis exceções, as invocações sobre cultura organizacional não são seguidas de qualquer elaboração. Presume-
se que a palavra “cultura” é um sinal estenográfico para “valores, normas, crenças, costumes” ou qualquer outro
termo que convenientemente se escolha dos vastos textos da antropologia cultural disponíveis.
Uma simples definição de cultura não é adequada porque o conceito é complexo. De fato, definir cultura se tornou um
estudo por si mesmo. Em 1952, pesquisadores encontraram mais de 160 definições de cultura (Allaire&Firsirotu,
1984). Tylor (1871), propôs uma das primeiras definições como “Aquele todo complexo que inclui conhecimento,
crença, arte, morais, leis, costumes e qualquer outra capacidade ou hábito adquiridos pelo homem como membro de
uma sociedade”. A mais recente e mais simples definição vem de Ferraro (1994), a saber; “tudo que as pessoas têm,
pensam e fazem como membros da sociedade”
Se o estudo científico da cultura se arrasta, e na maioria das vezes se atola num mero descritivismo, é porque o tema
de seu assunto é esquivo, enganoso, em sua maior parte. O problema inicial de qualquer ciência – definir o seu
objeto de estudo de forma tal a torná-lo possível de uma análise – torna-se aqui extremamente difícil de resolver
(Geertz, 1989).
No enfoque simbólico de Geertz (1989), para as organizações, a cultura é o resultado de sua história particular e do
sistema de símbolos criado e mantido pela sua liderança no passado e no presente, o qual serve para ser
interpretado e dar significado às experiências subjetivas de seus membros, assim como para racionalizar e aumentar
seu compromisso com a empresa.
Enfim, o que se pode notar é que, seja qual for a abordagem, estas definições trazem em seu cerne a adaptação do
indivíduo à sociedade – ou organização - em que vive. Mais ainda, apesar de encontrarmos variações nas formas e
descrições utilizadas sob os diversos enfoques, vemos que cultura consiste do que quer que seja que as pessoas
tenham que conhecer ou acreditar, que as permitam operar de maneira a serem aceitas como membros de uma
sociedade ou organização.
Ou seja, cultura consiste das maneiras com as quais as pessoas organizaram suas experiências no mundo real, de
forma a lhes permitir um processo contínuo de aprendizado e estruturação pessoal, visando sua sobrevivência e a de
suas gerações futuras. Com o passar do tempo formam-se os fundamentos da cultura, ou seja: idéias compartilhadas
e crenças sobre o mundo e a sociedade como um todo que guiam os pensamentos e ações das pessoas.
A cultura organizacional em si, segundo Schein (1986), se define como: Um padrão de pressupostos básicos
compartilhados os quais o grupo adquiriu à medida que resolveu seus problemas de adaptação externa e integração
interna, e que funciona suficientemente bem para ser considerada válida. Portanto, essa experiência pode ser
ensinada aos novos integrantes como forma correta de perceber, pensar e sentir-se em relação a esses problemas.
Alguns dos indicadores da cultura organizacional são:
Um significado mais profundo da cultura é obtido a partir da observação do Iceberg mais abaixo. O nível dos valores
expressos representa o como as pessoas daquela cultura explicam o nível manifestado. Em outras palavras, é a
explicação da cultura por ela mesma.
A base do Iceberg representa o nível das premissas básicas. Estes são os fundamentos da cultura: idéias
compartilhadas e crenças sobre o mundo e a sociedade como um todo que guiam os pensamentos e ações das
Cultura Manifestada
Valores expressos
Premissas básicas
Segundo Francesco e Gold (1998) há muitas diferenças entre cultura geral e organizacional. Primeiramente, cultura
organizacional é menos abrangente do que a geral; a escala de valores e de premissas básicas das organizações é
mais estreita. Em segundo lugar, cultura organizacional é mais autocontida do que a geral; filosofia gerencial,
estratégia e metas proporcionam limites organizacionais mesmo que elementos da cultura geral os influenciem.
Finalmente, cultura organizacional é mais administrável do que cultura geral. Por exemplo, a seleção, treinamento,
socialização e estrutura de recompensas para empregados restringe a variabilidade de seus membros e constrói um
conjunto abrangente de valores e normas que a administração pode controlar.
Como conseqüência, os elementos visíveis e submersos da cultura organizacional aparentam ser menos propensos
a serem desconhecidos e conflituosos do que o são na cultura geral. Porém, isto não significa que não existam
elementos submersos, mas sim que a linha entre os elementos submersos e os visíveis é extremamente permeável.
Segundo Schein (1986), a cultura organizacional, por sua vez, pode ser compreendida em níveis semelhantes, a
saber:
Fonte: Artigo: “A Influência da Cultura Organizacional nos Processos de Mudança” - Autor: Antonio Augusto do Canto Mamede
2. Mudanças
Saber adaptar-se às diferentes mudanças que a vida nos impõe é uma das condições que levam ao
amadurecimento. A melhoria do desempenho exige que as pessoas e organizações aprendam e mudem.
Nas grandes e pequenas empresas existem mudanças a todo tempo, seja mudança de função ou até mesmo a
mudança de espaço físico, você sabe como se adaptar a elas?
Como fazem os tubarões, é preciso estar sempre em movimento. Mas atento, sem se deixar levar pelo pânico.
Investigando, ponderando e agindo com lucidez.
Todo negócio, novo emprego ou função exige coragem para começar, persistência para permanecer e ousadia para
sair ou mudar.
Mudanças são importantes sempre, devemos estar preparados e nos adaptar da melhor forma possível.
"Não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças" Charles
Darwin
Mudar é algo que muita gente não gosta, acredito que seja até uma ação natural do ser humano esta rejeição a
mudanças, porém mudar faz parte da vida e está constantemente presente em nosso dia-a-dia, alguns significados
desta palavra são: transformar ou variar.
“Mudar não é uma escolha, é uma obrigação.” A afirmativa é do Dr. Nelson Spritzer, reconhecido especialista em
Programação Neurolinguística no Brasil. De acordo com ele, todos nós mudamos com muita frequência. Mas essa
não é uma tarefa fácil. “Se mudamos por vontade própria, fazemos mudanças muito interessantes, criativas,
realizadoras e gratificantes. Mas se mudamos por forças das condições, certamente estaremos mudando com
sofrimento e perdas”, afirma.
O mundo esta em constante mudança e não é diferente no mercado de trabalho ainda mais em TI, por exemplo;
estamos acostumados num ritmo de trabalho ou padrão estabelecido, no entanto quando a empresa sofre alterações
no comando, certamente em alguns casos haverá mudanças bruscas na forma de trabalhar e até nos padrões
estabelecidos. E é justamente aí que muita gente resiste e cria dificuldades para ela mesma e não para a empresa
como pensam. Mas como lidar com as mudanças?
2. Tenha sempre um plano B; esteja sempre preparado para mudanças bruscas e repentinas na sua carreira, na
empresa e consequentemente na vida e estar preparado é não esperar o seu gestor informar que adotarão novas
tecnologias por exemplo, achando que é simplesmente uma obrigação da empresa de bancar o treinamento (aqui
pode haver discórdias), mas a meu ver, estar um passo a frente é me apresentar apto quanto ao uso desta tecnologia
adotada pela empresa, isto é aproveitar a situação me apresentando como alternativa demonstrando assim que
estou aberto a novas oportunidades, pois quem se fecha para mudanças se fecha para a vida e prejudica a si
mesmo, além de desperdiçar oportunidades, e sinceramente oportunidades em alguns casos são como cometas que
atravessam o céu ou como o eclipse do sol, algo raro de se ver.
3. Seja apaixonado pelo que você faz; a vida é muito curta para você gastar fazendo o que não gosta e não gostar
do que se faz dificulta ainda mais a aceitação de mudanças. Considere pessoas que absolutamente amam o que
fazem e os tenha como exemplo, se este não é o seu caso, analise seriamente a possibilidade de mudar de carreira
ou repensá-la, pois fazendo o que gosta você certamente alcançará a felicidade, que é o melhor da vida.
A mudança em princípio pode até parecer algo desagradável, mas tire proveito dela procurando adaptar-se, pois
certamente você terá que enfrentar muitas mudanças ao longo da vida, como meu pai sempre diz; “na vida as coisas
funcionam assim: se te derem um limão, faça limonada se for laranja faça laranjada, ache uma forma de extrair
coisas boas para você com aquilo que te derem ou simplesmente quando o cenário mudar, pois felizmente ou
infelizmente o mundo é assim desde o princípio.” Para alguns pode não ser bem assim, mas desde que recebi este
conselho que me foi dado justamente num cenário de mudança abrupta em minha carreira, percebi que me saí bem
melhor diante das mudanças que já enfrentei. E você o que acha das mudanças?
3. Processos de Negociação
Os manuais de negociação, de um modo geral apresentam quatro perfis de negociação: ganha-ganha, ganha-perde,
perde-ganha e perde-perde. A pergunta que não quer calar é: no mundo atual, competitivo, onde as nações, as
instituições, os empresários, e os indivíduos estão envolvidos na busca de resultados, há espaço para um
pensamento do tipo ganha-ganha? A preocupação com a otimização dos recursos, com a minimização dos custos e
com a maximização de resultados tem espaço para este compartilhamento tão generoso proposto pelos estudos
clássicos do tema?
A proposta deste texto é provocar uma reflexão, no sentido de que se entenda que, levando-se em conta a
negociação por princípios, onde os negociadores são, em essência, solucionadores de problemas, consideram a
necessidade de verificar suas potencialidades para obtenção destes resultados, sem que isso represente um ganho
mútuo para os negociadores envolvidos no processo.
Deve haver sim, um foco na obtenção de resultados, sem que isso represente perda ou derrota do interlocutor (não
estamos utilizando o termo adversário ou oponente), mas sim uma direção mais específica e definitiva em relação à
meta estabelecida para cada um dos participantes do evento negocial.
A “pré-preparação” negocial
A fase que antecede a preparação ou planejamento negocial identifica quatro etapas, necessárias para que se
entendam os caminhos (meandros) que permitem a consecução dos objetivos no processo:
Moeda negocial: razão que leva as partes a empreenderem um processo de busca de resultados via
negociação: por que negociar; qual a razão; qual o motivo de optar-se por uma negociação para obtenção de
um determinado resultado.
Objetivo: qual o foco da negociação: o que se pretende alcançar; qual a necessidade ou problema a ser
solucionado com o uso de um processo negocial.
Prioridade (ou escopo negocial): de que forma este objetivo deverá ser alcançado; em que condições este
objetivo ou problema deve ser alcançado ou solucionado. Estas condições devem envolver: prazo, custo,
dimensões, especificidades que a diferenciem de qualquer outra solução.
Ao estabelecer, de forma clara o que pretende com a clarificação destes componentes, o negociador concentra
subsídios para que seu planejamento negocial fique consistente.
Para que esta “pré-preparação” se torne objetiva o negociador deve desenvolver, na etapa seguinte, as fases do
planejamento negocial, a partir do que estará devidamente instrumentalizado para confrontar suas necessidades com
as necessidades de seus interlocutores (continuamos a insistir na não utilização dos termos adversários ou
oponentes).
Com base no modelo de Negociação por Princípios existem passos que norteiam a fase de preparação (ou
planejamento) negocial:
1. Pessoas
• Estilos, comportamentos e práticas: quem são as pessoas com as quais vamos nos
confrontar; qual seu perfil, seu estilo predominante, qual a linha atitudinal e comportamental
que essas pessoas praticam durante a negociação; qual seu histórico em negociações
anteriores; quais os episódios que marcaram sua atuação como negociador; que informações
outros negociadores que tiveram oportunidade de confrontar essas pessoas dispõem para
compartilhar conosco.
2. Partes
3. Propósito
4. Poder
- Informação (base de dados selecionada), conhecimento (tratamento adequado das informações e seu uso em prol
do resultado negocial)
5. Posicionamento estratégico
No cenário competitivo e contemporâneo das negociações o modelo adequado é o da negociação por princípios:
negociadores são solucionadores de problemas, são abandonados o pré-conceito (onde posições são fixadas em
relação a pessoas ou situações sem que haja um fundamento lógico), ou o preconceito (onde as posições são fruto
de uma visão crítica desfavorável, com base em pensamentos e fundamentos consolidados previamente).
Na negociação por princípios prevalece a abordagem assertiva (franca, objetiva e sincera) em relação aos problemas
e a abordagem objetiva em relação aos problemas (solucioná-los e não considerá-los insuperáveis).
6. Passos táticos
- Estratégias de concessão: de forma objetiva, sem fazer concessões excessivas no início, nem pobres em opções.
- Estratégias de fechamento: prazos claros, sem “rabichos”. Todos os pontos acertados de forma integral.
. Quando houver informações suficientes exporem suas preocupações quanto ao aprofundamento do problema; em
caso de dúvida ou de informações insuficientes, aguardar momento mais propício;
. Deixar claro para seus interlocutores as suas dúvidas e questionamentos sobre os assuntos pertinentes à
negociação;
. Não fazer as melhores concessões no início da negociação, nem aceitar as primeiras exigências do interlocutor;
. Eliminar todas as dúvidas; clarificar todas as cláusulas negociadas; só considerar o fechamento da negociação
quando todos os pontos estiverem esclarecidos de forma consolidada (toda a negociação).
7. Pontos de recuo
• Até onde levar a negociação; estabelecer um limite, a partir do qual a negociação será
interrompida, ou em caso extremo abandonada; lembrar-se que mais vale abandonar
uma boa negociação do que carregar um acordo de má qualidade, sobre o qual será
pago um preço desagradável.
• Qual a melhor alternativa disponível para esta negociação, se não obtiver um acordo satisfatório;
qual o plano B (alternativa fora da negociação) que permita atingir os objetivos traçados.
- Importante considerar não só o seu lado na negociação, mas as objeções que podem afetar todos os envolvidos.
10. Questionamentos
- Quais as questões que devem ser formuladas para o interlocutor durante a negociação.
- Quais as questões que o interlocutor poderá fazer durante a negociação e qual o perfil mais
adequado para as respostas a serem dadas.
- É importante lembrar que a qualidade das perguntas é responsável por significativa parte do
sucesso dos processos negociais.
Conclusão
Todo o quadro anterior à “pré-preparação” negocial e do consequente planejamento levam a uma conclusão: o
negociador tem como objetivo alcançar o resultado que lhe será favorável. A expressão ganha-ganha não faz parte
desse contexto, na medida em que seu foco será a consecução de seu objetivo; se seu interlocutor atingirá seu
objetivo ou não este problema seguramente não estará entre suas preocupações.
Existe a negociação ganha-perde, onde o negociador tudo fará para que seu interlocutor seja “derrotado” no
processo negocial. Haverá uma negociação perde-ganha, onde um negociador, por despreparo, por desinformação
ou mesmo por uma questão estratégica (pode acontecer) opte por “entregar o ouro”.
Mas a negociação ganha-ganha, apregoada como a mais nobre das ações humanas não passa de uma fantasia, em
um cenário de competição e competitividade onde o foco é resolver seus problemas, evidentemente sem tentar
destruir o interlocutor.
No entanto, ao se preparar de forma conveniente para uma negociação o negociador deve dirigir seu foco para seus
interesses. De uma maneira a superar eventuais obstáculos, apresentados por seu interlocutor, que impeçam ou
dificulte a consecução de seus objetivos.
Fonte: http://negociacaoempauta.blogspot.com/ - Blog da 2ª turma de Pós-MBA em Negociação FGV Porto Alegre - Autor: Francisco Bittencourt -
Consultor Sênior do Instituto MVC e Professor dos MBAs Executivos da FGV
Agregar pessoas é o processo de provisão ou suprimento de pessoas e deve responder à seguinte questão: Quem
deve trabalhar na empresa?
Assim é utilizado para desenhar as atividades que as pessoas realizarão na empresa, orientar e acompanhar seu
desempenho. Inclui desenho organizacional e desenho de cargos, análise e descrição de cargos, e orientação das
pessoas.
Fonte: Trabalho Questão Estratégica – Programa de Gestão de Pessoas - Política de Gestão de Pessoas - Apresentado pelos alunos da
Universidade Federal Santa Catarina - Hospital Universitário – Autores: Francine Lima Gelbcke (coordenadora) e outros.
Muitas transformações foram implementadas por gestores de RH, a partir do final dos anos de 1980, profissionais
com formação e valores comprometidos com o ser humano. Desde então, essas transformações mostram-se
amadurecidas pelas práticas de gestão de pessoas e consideram emoções, sentimentos, inteligência e talentos como
vetores principais.
O processo de recrutamento e a seleção andam juntos, porém, são distintos e devem ser trabalhados de maneira
diferenciada. Define-se recrutar pela procura de adeptos a uma proposta de trabalho, a busca de talentos. A seleção
é uma etapa que acontece de maneira secundária, após o processo de recrutamento. Consiste em selecionar o
profissional que mais se aproxima do perfil da vaga, podendo, para isso, utilizar ferramentas como testes e/ou
avaliações.
[...] é uma missão muito importante identificar os talentos que melhor se adaptarão à cultura organizacional, dentre
um grande grupo de profissionais, de acordo com determinadas competências estabelecidas previamente como
significativas para o desempenho esperado daquele profissional selecionado. (ORLICKAS , 2001, p. 29-30).
Assim, nesse processo, deve-se perceber se os valores do candidato à vaga são compatíveis com os valores
culturais da empresa em questão. Com isso, não basta apenas achar o profissional. O maior desafio é identificar um
talento que tenha valores alinhados a filosofia organizacional.
Geralmente, o recrutamento e seleção acontecem por uma necessidade de contratação externa, ou seja, na busca
de um profissional no mercado de trabalho. Em seguida, temos o levantamento do perfil do cargo, planejamento do
processo, recrutamento, seleção, retorno aos participantes e processo admissional.
Todas essas etapas devem acontecer de maneira planejada e o processo seletivo ocorrer de maneira estratégica e
coerente com as expectativas de encontrar o profissional. Mais do que isso, todas as ferramentas devem ser estudas
e alinhadas com o tipo de profissional e o cargo que se está buscando ou avaliando.
Fonte: Monografia –Gestão Estratégica de Pessoas – Pós Graduação – PUC/MG – Sete Lagoas – 2010 – Autores: Aurélio Lázaro Assunção,
Rachel Rios Barbalho Soares e Rosária de Paula Souza.
1 INTRODUÇÃO
Quando se trata de estar apto para definir desenho, análise, descrição e especificação de cargos é para entender
como o desenho de cargo afeta as práticas de RH e depois descrever os métodos obtidos na informação e os
ajustando com o objetivo de ter as especificações precisas do cargo e os critérios a exigir do futuro ocupante.
Em um âmbito sobre as especificações, análise e descrição de cargos é importante salientar a conceituação para
interpretar de uma maneira coesa na tomada de decisão, tendo como exemplo um modelo de entrevista e um
questionário onde será feita a colheita de informações sobre os cargos para montar uma descrição de cargo
detalhada com as relações, responsabilidades e experiências exigidas com o propósito de fazer um mapeamento das
especificidades do cargo para estar redesenhando a estrutura e coligindo conforme o desempenho de cada um,
tornando-o mais flexível e mutável.
2 CONCEITO DE CARGO
A posição do cargo mo organograma define o nível de hierarquia do ocupante como a quem reportará e sobre quem
exercerá autoridade que pode ser localizado num departamento ou divisão.
Envolve-se a especificação do conteúdo de cada cargo, dos métodos de trabalho e das relações com os demais
cargos. O desenho de cargos constitui na maneira como cada cargo é estruturado e dimensionado, dentre disso
precisa-se definir quatro condições básicas:
- Qual é o conteúdo do cargo, ou seja, o conjunto de tarefas ou atribuições que o ocupante desempenhará;
- Quais são os métodos e processos de trabalho, ou seja, como as tarefas deverão ser desempenhadas;
- A quem o ocupante do cargo deve prestar responsabilidade, isto é, quem é o seu superior imediato;
- Quem o ocupante do cargo deverá supervisionar ou dirigir autoridade, ou seja, quem serão os seus subordinados.
Os modelos de desenhos de cargos existem três tipos: o Clássico, o Humanístico e o Contingencial; sendo que o
Clássico foram criados pelos engenheiros da Administração Científica com certos princípios de racionalização do
trabalho para projetar cargos, definir métodos padronizados, treinar as pessoas para obter máxima eficiência e
usavam incentivos salariais para assegurar a adesão aos métodos de trabalho.
No modelo humanístico é denominado pelas relações humanas através da experiência de Hawthorne, tendo o
objetivo de substituir a engenharia industrial pelas ciências sociais, a organização formal pela informal, a chefia pela
liderança, etc.
No modelo contingencial representa a abordagem mais ampla e complexa pelo fato de considerar três variáveis
simultaneamente: as pessoas, a tarefa e a estrutura organizacional. O desenho do cargo é dinâmico e se baseia na
contínua mudança e revisão do cargo como uma responsabilidade básica colocada nas mãos do gerente ou de sua
equipe de trabalho. Isso faz do modelo contingencial mutável em decorrência do desenvolvimento pessoal do
ocupante e do desenvolvimento tecnológico da tarefa.
A adequação do cargo ao ocupante melhora o relacionamento interpessoal dentro do trabalho e visam novas
oportunidades de mudanças para uma melhor qualidade de vida no trabalho. O que se espera é um aumento de
produtividade e redução das taxas de rotatividade e de absenteísmo do pessoal, para isso precisará introduzir uma
nova estratégia que faça uma reeducação dos cargos de gerente e chefia, descentralização das pessoas dando
empowerment e maiores oportunidades de participação.
Descrever um cargo significa relacionar desde o que o ocupante faz até o motivo porque faz, a descrição de cargo é
um retrato simplificado do conteúdo e das principais responsabilidades do cargo. O formato de uma descrição de
cargo inclui o título do cargo, o sumário das atividades a serem desempenhadas e as principais responsabilidades do
cargo. A descrição do cargo relaciona de maneira breve as tarefas, deveres e as responsabilidades do cargo.
Analisar um cargo significa detalhar o que o cargo exige do seu ocupante em termos de conhecimentos, habilidades
e capacidades para que possa desempenhá-lo adequadamente. A análise de cargos procura determinar quais os
GESTÃO EM PROCESSOS INDUSTRIAIS – Gestão de Recursos Humanos
146
requisitos físicos e mentais que o ocupante deve possuir, as responsabilidades que o cargo lhe impõe e as condições
em que o trabalho deve ser feito. E também se se preocupa com as especificações do cargo em relação ao ocupante
que deverá preenchê-lo.
Existem três métodos para obtenção de dados a respeito dos cargos: entrevista, questionário e observação. Na
entrevista existem três tipos para tal finalidade como a entrevista individual, a entrevista em grupo e a entrevista com
o supervisor tendo como objetivo buscar dados a respeito dos cargos e determinar seus deveres e
responsabilidades.
No método do questionário a colheita de dados a respeito de um cargo é feita através de questionários que são
distribuídos aos seus ocupantes ou ao seu supervisor. Na prática segue o mesmo roteiro da entrevista, com a
diferença de que é preenchido pelo ocupante do cargo, ou pelo supervisor ou também em ambos. Tem como
vantagem proporcionar um meio eficiente e rápido de coletar informação de um grande número de funcionários,
tendo como custo operacional menor do que a entrevista.
No método da observação é direta daquilo que o ocupante do cargo está fazendo constitui um outro método de
colher informação sobre o cargo é aplicável em cargos simples, rotineiros e repetitivos. É comum o método da
observação utilizar um questionário para ser preenchido pelo observador para assegurar a cobertura de todas as
informações necessárias.
O processo de analisar cargos envolve seis etapas que considera a organização em constante e dinâmica mudança.
Os cargos devem ser constantemente descritos, analisados e redefinidos para acompanhar as mudanças na
organização e no seu conteúdo.
Os primeiros passos são examinar a estrutura da organização total e de cada cargo para definir quais as informações
requeridas pela análise de cargos, depois selecionar os cargos a serem analisados e ajustar os dados necessários
para análise, e por último preparar as descrições e especificações de cargos. Isso tem como função de fazer um
planejamento de RH, desenhos de cargos, recrutamento e seleção, treinamento, avaliação de desempenho,
remuneração e benefícios e a avaliação dos resultados.
A descrição e análise de cargos funcionam como mapeamento do trabalho realizado dentro da organização. Um
programa de descrição e análise de cargos produz subsídios para o recrutamento e seleção das pessoas, para
identificação das necessidades de treinamento, elaboração de programas de treinamento, para planejamento da
força de trabalho, avaliação de cargos e critérios de salários, etc.
Os objetivos são de subsídios ao recrutamento (definir o mercado RH para onde deverá recrutar dados para a
elaboração de anúncios de recrutamento); subsídios à seleção de pessoas (características do ocupante do cargo, ou
seja, requisitos exigidos); material para o treinamento (conteúdo dos programas de treinamento, conhecimentos e
habilidades exigidas ao ocupante e atitudes perante o cliente); base para a avaliação e classificação de cargos
(fatores de especificações para serem utilizados como fatores de avaliação de cargos, definição de faixas salariais,
etc.); avaliação do desempenho (definição de critérios e padrões de desempenho para avaliar os ocupantes, metas e
resultados a ser atingindo); base para programas de higiene e segurança (informações sobre condições de
insalubridade e periculosidade comuns a determinados cargos) e guia para o gerente (informações sobre o conteúdo
dos cargos e desempenho dos ocupantes).
4 CONCLUSÕES
Pode concluir-se como é importantes ressaltar os conceitos de cargos, desenhos de cargos, e outros aspectos
abordados com o propósito de propiciar uma visão holistíca para o administrador de RH. Os recursos apresentados
das duas descrições e análise de cargos tanto feitos com uma entrevista e outro com um questionário é essencial
para estar modificando, redesenhando os cargos, onde pode estar capacitando as pessoas para atribuir novas
responsabilidades com autonomia, liberdade para dar novas idéias dentro de um consenso de objetivos em ambas
partes. Isso vai propiciar alto índice de qualidade no trabalho, pois as pessoas vão estar se adequando com um
ambiente favorável, dando valor ao trabalho e conhecer os seus desempenhos para estar ajustando conforme as
mudanças.
GESTÃO EM PROCESSOS INDUSTRIAIS – Gestão de Recursos Humanos
147
Fonte: http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/descricao-de-cargo/23421/ - Autor: Por Diego Pio
De acordo com CHIAVENATO (2004) Remuneração é a retribuição dada ao funcionário de acordo com o trabalho,
dedicação e esforço pessoal desenvolvido por ele, através de seus conhecimentos e habilidades, podendo ser um
pacote de recompensas quantificáveis que o empregado recebe pelo seu trabalho. A remuneração é constituída de
três componentes principais, sendo que a proporção relativa de cada um dos três componentes varia de uma
organização para outra. São:
• Remuneração Básica que é o pagamento fixo que o funcionário recebe na forma de salário mensal ou por hora,
recebido de acordo com a venda de seu trabalho,
• Incentivos Salariais que são programas desenhados para recompensar funcionários com bom desempenho através
de bônus e participação nos resultados como recompensas por resultados alcançados;
• Benefícios que são concedidos através de diversos programas, como férias, seguro de vida, plano de saúde,
refeições, transportes esses programas são quase sempre denominados remuneração indireta.
• Com Inflexibilidade as empresas recebem um tratamento padronizado, independente das características próprias e
específicas.
• Com a Visão Limitada da Realidade o organograma da estrutura organizacional estabelecido não representa a
situação atual, bem como os procedimentos e normas internas. Sendo assim, há uma visão limitada da realidade
organizacional, o que pode causar prejuízos nos planejamentos e decisões.
• A Metodologia desatualizada é a implantação e/ou administração dos sistemas tradicionais de remuneração são
trabalhosas, inflexíveis e demoradas.
• A Falta de Sincronismo nas empresas que adotam conceitos modernos em geral têm dificuldades para aceitar os
sistemas tradicionais de remuneração, que podem representar uma barreira à evolução do processo de mudança.
• Nas Divergências há dificuldades na convergência dos esforços para objetivos comuns em função da falta de visão
futurista e orientação estratégica da organização, no que tange os conceitos praticados pelos sistemas de
remuneração tradicionais.
Os processos utilizados para capacitar e incrementar o desenvolvimento profissional e pessoal. Incluem seu
treinamento e desenvolvimento, gestão do conhecimento e gestão de competências, programas de mudanças e de
Entende-se que o processo de desenvolver pessoas deva estar articulado com as políticas institucionais e nacionais,
neste sentido, está articulado ao DDPP/DCAF e ao próprio Ministério da Saúde (MS), por meio da adesão à Política
de Educação Permanente dos trabalhadores do SUS (BRASIL, 2004).
Para o MS, “a educação permanente parte do pressuposto da aprendizagem significativa, que promove e produz
sentidos, e sugere a transformação das práticas profissionais estando baseada na reflexão crítica sobre as práticas
reais, de profissionais reais, em ação na rede de serviços. A educação permanente é a realização do encontro entre
o mundo de formação e o mundo de trabalho, onde o aprender e o ensinar se incorporam ao cotidiano das
organizações e ao trabalho” (BRASIL, 2004, p. 9).
E, de acordo com o Decreto n°5.825, de 29/06/2006, desenvolvimento é um processo continuado que visa ampliar os
conhecimentos, as capacidades e habilidades dos servidores, a fim de aprimorar seu desempenho funcional no
cumprimento dos objetivos institucionais.
E, ainda, neste mesmo Decreto, temos que a capacitação é um processo permanente e deliberado de aprendizagem,
que utiliza ações de aperfeiçoamento e qualificação, com o propósito de contribuir para o desenvolvimento das
competências institucionais, por meio de competências individuais.
Desta forma, o Hospital Universitário busca desenvolver as competências de seus servidores (conhecimentos,
habilidades e atitudes) através dos mais variados eventos de capacitação, visando a sua ascensão na carreira
funcional e, também, o desenvolvimento da Instituição.
PRINCÍPIOS
AÇÕES
A área de pessoal deverá realizar levantamentos periódicos das necessidades para a atualização do plano
de capacitação visando estimular também o crescimento e o desenvolvimento do trabalhador enquanto
cidadão;
A área de pessoal, a partir das necessidades identificadas, deverá operacionalizar diferentes cursos
inserindo-os no programa de capacitação institucional (voltados ao crescimento e a capacitação profissional
dos trabalhadores);
A área de pessoal deverá operacionalizar cursos voltados à capacitação gerencial, a serem oportunizados a
todas as chefias do HU/UFSC (anexo V);
Proporcionar, além de cursos de caráter geral, cursos que abordem conteúdos que estejam relacionados
diretamente com as atribuições dos cargos presentes no quadro de pessoal do Hospital Universitário;
Fonte: Trabalho Questão Estratégica – Programa de Gestão de Pessoas - Política de Gestão de Pessoas - Apresentado pelos alunos da
Universidade Federal Santa Catarina - Hospital Universitário – Autores: Francine Lima Gelbcke (coordenadora) e outros.
Os processos utilizados para criar condições ambientais psicológicas satisfatórias para as atividades das pessoas.
Incluem administração da cultura organizacional, clima, disciplina, higiene, segurança e qualidade de vida e
manutenção de relações sindicais.
Após o indivíduo ser recrutado, selecionado, socializado, aceito e ter começado a trabalhar na organização, por uma
série de motivos – entre os quais os custos mencionados anteriormente – passa a ser necessário mantê-lo dentro
dela. O conceito de manutenção na gestão de pessoas valoriza o contrato psicológico, que começa a assumir a
forma de um contrato mais objetivo, mediado por relações de trabalho (MALIK,1998).
No processo de manter pessoas busca-se a valorização pessoal e profissional, sempre adequada aos fins
institucionais, tendo como princípios e ações:
PRINCÍPIOS
Os trabalhadores deverão ser sujeitos ativos nos processos decisórios nas diferentes instâncias que
compõem a instituição – HU e UFSC;
A representação dos trabalhadores deverá ser garantida na manutenção do planejamento estratégico,
visando dar voz aos atores institucionais.
• A instituição deverá garantir condições adequadas de trabalho, incluindo as normas de
biossegurança;
• A instituição deverá garantir o desenvolvimento de ações de vigilância voltadas à prevenção de
riscos dos possíveis agravos à saúde resultantes do exercício profissional e promoção da saúde.
AÇÕES
Estabelecer nas instâncias decisórias um percentual de representatividade dos trabalhadores, por meio da
Direção Geral do HU;
Divulgar entre os trabalhadores as várias instâncias representativas institucionais nas quais pode se inserir,
por meio de instruções já no seu processo de admissão, por responsabilidade do DGP e chefias setoriais;
Realizar pesquisa para conhecer o nível de satisfação dos servidores em seus locais de trabalho, sob
coordenação da Direção Geral;
A Direção Geral do HU deverá garantir a aquisição e manutenção de equipamentos necessários para seguir
as normas de biossegurança;
Fonte: Trabalho Questão Estratégica – Programa de Gestão de Pessoas - Política de Gestão de Pessoas - Apresentado pelos alunos da
Universidade Federal Santa Catarina - Hospital Universitário – Autores: Francine Lima Gelbcke (coordenadora) e outros.
9. Referências
Todos os direitos reservados aos autores dos artigos contidos neste material didático.
Comportamento Organizacional
Ano: 2012
Tanto para quem ingressa em seu primeiro emprego, quanto para quem está neste caminho há mais tempo, existem
na vida profissional algumas regras bastante claras de "sobrevivência".
Fonte: http://webinsider.uol.com.br/2010/10/27/sem-tesao-nao-da-a-nova-
postura-profissional/ - Autor: Por Giovanni Giazzon - 27 de outubro de 2010
2. Liderança
Definindo liderança
Bergamini (1994 aponta dois aspectos comuns às definições de liderança usualmente utilizadas: "Em primeiro lugar,
elas conservam o denominador comum de que a liderança esteja ligada a um fenômeno grupal, isto é, envolve duas
ou mais pessoas. Em segundo lugar, fica evidente tratar-se de um processo de influenciação exercido de forma
intencional por parte dos líderes sobre seus seguidores".
Retomando as definições de liderança e suas relações com a motivação aproximamos o conceito de liderança como
sendo: a capacidade de acionar e manter a motivação dos trabalhadores para o alcance dos objetivos propostos pela
organização.
O primeiro cuidado ao se falar em liderança deve ser a desconstrução do conceito de liderança como sendo apenas
ligado à postura hierárquica superior. A conceituação de líder está diretamente relacionada à capacidade de
influenciar de uma pessoa sobre outras, não necessariamente estando aquela que influencia em uma posição
hierárquica superior.
A liderança sempre foi um assunto de extrema relevância, Sun Tzu, através de seu livro A Arte da Guerra, escrito há
mais de 2500 anos e Maquiavel são talvez os autores mais conhecidos e lidos sobre o assunto. Mas quando se trata
da liderança no contexto organizacional, outros se destacam com suas definições e classificações de liderança.
Historicamente os primeiros estudos sobre liderança norteavam-se pelos traços de personalidade dos líderes, sendo
por isso conhecida como teoria dos traços. Como um segundo momento no estudo sobre a liderança os estudiosos
passaram a tentar identificar “conjuntos de comportamentos que pudessem configurar aquilo que passa a ser
chamado de habilidade de liderança” (BERGAMINI, 1994), com base nesses conjuntos de comportamentos os
líderes puderam ser agrupados em diferentes estilos de liderança. Likert, procurando estabelecer relações entre o
comportamento de liderança e sua eficácia, indicou como base para a classificação dois guide-lines: o estilo
democrático e o estilo autocrático. Estes, de acordo com Bergamini, “dirigem suas ações mais no sentido de
Com o aprofundamento dos estudos sobre a teoria contingencial nas organizações, surge o enfoque da liderança
situacional, sendo aqui representada pela Teoria do Caminho-objetivo (Path-Goal). Essa teoria está fundamentada no
processo motivacional apresentado pelo líder aos seguidores e utiliza como referencial teórico o modelo desenvolvido
por Vroom, chamado de Teoria da Expectativa ou VIE, devido aos três conceitos essenciais, utilizados por ele:
valência, instrumentalidade e expectativa. O primeiro de acordo com Wagner III (2000) é: “uma medida da atração
que um determinado resultado exerce sobre um indivíduo ou a satisfação que ele prevê receber de um determinado
resultado”. O conceito de instrumentalidade também recebe o nome expectativa desempenho-resultado e diz respeito
à relação entre a execução de uma ação e a experimentação do resultado. Expectativa, por sua vez, é a convicção
entre uma relação de causa-efeito, ou seja, referente ao vínculo entre esforçar-se e realmente desempenhar-se bem
(WAGNER III, 2000). Sobre o assunto Vroom (1964) escreve: “sempre que um indivíduo escolhe entre alternativas
que envolvem resultados incertos, torna-se claro que seu comportamento é afetado não só por suas preferências
entre esses resultados, mas também pelo grau em que ele acredita que eles são prováveis”. Portanto, através da
utilização da teoria de Vroom podemos dizer que a vontade para uma ação só surge quando a instrumentalidade e a
valência estão altas e a ação só ocorre quando se eleva a expectativa e mantêm-se altas a valência e a
instrumentalidade.
Para Chiavenato (2005) o empowerment ou delegação de autoridade, basicamente é o processo de dar poder às
pessoas, a liberdade e a informação para ajudar na tomada de decisões e com isso participar ativamente da
organização.
No ambiente de trabalho globalizado e altamente competitivo dos dias atuais, parece ser uma solução viável abrir
mão da centralização de poderes dentro de uma empresa, para que desse modo se tenha mais velocidade,
flexibilidade e capacidade de tomada de decisões na organização, tornando mais ágil a solução de problemas.
"A mudança da produção em massa para a produção enxuta leva as organizações a repensarem sua forma de
administração para continuar competindo neste mercado dinâmico e mutável." (RODRIGUES apud SANTOS, 2001 p.
2)
Chiavenato acrescenta que, o empowerment se baseia em quatro aspectos principais: Poder, Motivação,
Desenvolvimento e Liderança. O primeiro é o mais importante, pois dar poder significa dar importância ao
colaborador dentro da organização, gerando assim uma confiança mútua. Manter seus colaboradores motivados,
elogiar o bom desempenho das tarefas, recompensá-los, festejar o alcance das metas, faz com que ele trabalhe com
mais empenho e presteza.
Na perspectiva do autor, capacitar seus colaboradores, dar qualificação profissional, dar a oportunidade de adquirir
conhecimento, se torna importante, visto que, ajuda no desenvolvimento indireto da empresa. Orientar as pessoas,
definir metas e objetivos, enfim ter uma liderança efetiva para que se possa avaliar o desempenho de cada
colaborador.
TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO – Comportamento Organizacional
154
"A delegação de autoridade pode dar-se em graus variáveis. Em muitas organizações, o emporwerment estimula a
participação das pessoas, enquanto os gerentes mantêm a autoridade final pelas decisões. Em outras, significa dar
às pessoas da linha de frente – aqueles que estão em contato direto com o cliente da organização – um poder quase
total para tomar decisões e exercer a iniciativa e a imaginação". (CHIAVENATO, 2005 p.301)
Para Hilsdorf (2010), funciona através da delegação de poderes, visando aproveitar melhor o capital humano, usando
também a gestão estratégica, seu uso é de fundamental importância, visto que, ajuda na exclusão do vício da
centralização de decisões dentro da organização.
"Para promover o empowerment, não basta transferir verbalmente poder às pessoas; elas precisam ter reais
condições de agir no pleno exercício da sua responsabilidade, desenvolvendo o que chamamos de "ownership", ou
seja, agirem como intra-empreendedores e como se fossem "proprietárias" do negócio, pensando como
empresários." (HILDSDORF, 2010)
Na perspectiva do autor, adotar o empowerment dentro de uma empresa é demonstrar seu amadurecimento
organizacional, delegando uma autonomia a seus colaboradores, ajudando-os a se sentirem parte do sucesso,
conseqüentemente, elevando a sua auto-estima, fazendo com que eles se sintam valorizados e motivados pela
confiança de seus superiores, com isso fica mais fácil obter a lucratividade da organização.
Segundo Lopes (2010), atualmente não se preserva mais os chamados "donos do conhecimento", que eram
basicamente as pessoas envolvidas em posições de gestão, que tinham como característica a centralização,
processos, responsabilidades e acima de tudo, poder.
Com o início da Era da Informação, benefícios foram surgindo, as empresas começaram a deixar a centralização
para incluir seus colaboradores nas tomadas de decisões. Começa-se a confiar mais poder de decisão aos
colaboradores dentro da organização, fazendo com que eles se sintam mais responsáveis pelo sucesso da empresa,
tendo assim um maior vínculo motivacional.
Ângelo (2010) afirma que delegação de poderes é uma ferramenta que está muito em alta no mercado de trabalho,
se trata do processo de transferir tarefas. Delegar é basicamente motivar e incentivar aos seus colaboradores,
estimulando-os a se envolver mais com as atividades da empresa, tendo como objetivo, promover uma qualificação
na mão-de-obra e uma redução de sobrecarga de serviço por parte do superior.
Para o autor, ainda que um dos principais pontos seja a aceitação por parte do colaborador e a confiança nas
capacidades por parte do seu superior, são componentes que devem ser levados em consideração para que eles
exerçam as atividades com eficiência. A capacitação do colaborador também é algo fundamental para que o
processo de delegação tenha o retorno esperado, mas ocorrem erros corriqueiros quando as tarefas são repassadas
– Você vai fazer – mas não dizem como devem ser feito.
O autor cita outro fator a ser considerado, a identificação dos limites para execução das tarefas, devendo ficar bem
claro, e lembrando que todo o processo tem que ser observado por um superior.
Um bom gestor sabe reconhecer a capacidade de cada colaborador e busca desenvolver suas capacidades, sendo
assim, delegar poderes não é apenas direcionar mais trabalho e sim fazer com que sejam capazes de responder por
suas ações, é delegar além do poder, "Responsabilidade/Autoridade". O resultado desse processo é que se tem um
colaborador motivado, que busca crescimento profissional e uma
empresa com capacidades de controlar com qualidade toda sua
gestão sem sobrecargas de serviços.
Sabe-se que o empowerment não é uma ferramenta fixa e não existe uma receita pronta, pois, cada organização terá
sua implementação diferenciada. Sendo assim a delegação de autoridade pode ser usada em graus variáveis, que
quando aplicados corretamente estimulam seus colaboradores, fazendo com que seu capital intelectual seja mais
desenvolvido no ambiente de trabalho, o que faz com que eles se sintam mais responsáveis pelo sucesso da
empresa, tendo maior vínculo motivacional.
Conclui-se que com a chegada do empowerment nas empresas, os colaboradores se sentiram motivados e capazes
de intervir mais na resolução de problemas dentro da organização, fazendo com que ficasse muito mais rápida e
eficiente a tomada de decisões e alcançam-se os objetivos desejados, tanto pelo nível operacional quanto pelo nível
gerencial.
Fonte: http://www.administradores.com.br/informe-se/producao-academica/empowerment-dinamizando-o-processo-decisorio-nas-
organizacoes/4535/ - Trabalho apresentado à disciplina de comportamento organizacional, como requisito final de avaliação da Faculdade de
Tecnologia e Ciências.
Como está o seu relacionamento com os pares na empresa onde você trabalha?
Acredito que boa parte das pessoas ainda convive com esse tipo de
problema na organização onde atua; seria injusto generalizar e falar
que todas as empresas têm algum tipo de conflito interno, causado
pelos indivíduos que interagem diariamente no ambiente de trabalho,
mas o fato é que no mundo empresarial eles existem e podem
prejudicar o desempenho da equipe, assim como os resultados
esperados pelas empresas, impactando inclusive no clima
organizacional. Às vezes, os problemas de relacionamento não são
visíveis, ficam mascarados e embutidos intrinsecamente em cada
um, onde só podemos percebê-los por meio de ações, do
comportamento e no modo de agir com os outros membros da
equipe.
A necessidade de trocar informações sobre o trabalho e de cooperar com a equipe permite o relacionamento entre os
indivíduos, o que acaba sendo imprescindível para a organização, pois, as mesmas, valorizam cada vez mais tal
capacidade; o relacionamento interpessoal é, sem sombra de dúvida, um dos fatores que influenciam no dia-a-dia e
no desempenho de um grupo, cujo resultado depende de parcerias internas para obter melhores ganhos. No
ambiente organizacional é importante saber conviver com as pessoas, até mesmo por ser um cenário muito dinâmico
e que obriga uma intensa interação com os outros, inclusive com as mudanças que ocorrem no entorno, seja de
processos, cultura ou até mesmo diante de troca de lideranças.
A contribuição dos pares e a forma que eles são tratados ajudam o colaborador atingir suas metas e desenvolver
suas atribuições de maneira eficaz. Para isso, é necessário saber lidar com a diversidade existente na empresa,
respeitando as diferenças e as particularidades de cada um; com isso, é possível conquistar o apoio dos demais e
fazer um bom trabalho, afinal, ninguém trabalha sozinho.
O papel do gerente nesse processo é de extrema importância, pois é de sua responsabilidade administrar os conflitos
existentes entre as pessoas do time, e fazer com que o clima interno seja agradável, permitindo um ambiente
sinérgico e que prevaleça a união e a cooperação entre todos. Essa forma de conduta está relacionada ao estilo de
gestão que se aplica e suas ações, e pode influenciar no desempenho dos liderados; este gestor terá que dar o
exemplo para os demais, saber como falar com seus colaboradores, pois a maneira com que irá tratá-los poderá
refletir no relacionamento entre a gerência x colaborador e, consequentemente, nas metas e objetivos da empresa.
No entanto, sabemos que tem gente que não consegue lidar com pessoas adversas e com opiniões diferentes da
sua, e deixam se levar por uma impressão negativa sem ao menos procurar compreendê-las e conhecê-las mais
TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO – Comportamento Organizacional
156
detalhadamente. Outro vilão que pode prejudicar o relacionamento entre os membros de uma equipe é o mau humor;
o que faz com que essas pessoas (mal humoradas) criem uma espécie de escudo e fiquem isoladas das demais.
Isso impede que seus colegas se aproximem para pedir algum tipo de ajuda, ou até mesmo para bater um papo.
Essa dificuldade de relacionamento acaba impactando no desempenho de uma pessoa em relação às tarefas que
desenvolve na organização, pois ela irá evitar a sua exposição e nem sempre poderá contar com alguém para
auxiliá-la, e devido a isso acaba fazendo, na maioria das vezes, seu trabalho de maneira individualizada. Deixa-se,
também, de ouvir opiniões diferentes e de compartilhar escolhas e alternativas com os demais, o que pode causar
certo risco dependendo da decisão tomada. Em outras palavras, o mau humor certamente causará prejuízos ao
trabalho em equipe e, por tabela, aos resultados em geral.
Quando a empresa enfrenta problemas de relacionamento, a área de Recursos Humanos junto à gerência tem a
missão de sanar a dificuldade o quanto antes para não comprometer o clima de trabalho. É necessário identificar as
causas para minimizar o efeito que este fator pode gerar, assim como sensibilizar os colaboradores para que eles
não deixem que essa variável prejudique o desenvolvimento das tarefas, pois os clientes, interno e externo, podem
não ser atendidos com prontidão e eficácia, resultando em queda na qualidade do atendimento e na produtividade.
As divergências e as “brigas” internas podem ser resolvidas com um bom treinamento e atividades grupais,
procurando valorizar a integração e focar a importância de se ter um excelente relacionamento com os membros da
equipe. O gerente também terá que fazer o seu papel, dando apoio, feedbacks e fazendo coaching com seus
colaboradores, evitando, assim, qualquer tipo de atrito que possa ocorrer futuramente no time. Contudo, isso não
depende somente do gestor: todos terão que estar envolvidos nesse processo. Os funcionários também têm um
papel importante para a construção de um ambiente saudável, pois depende de suas condutas e atitudes para
acabar com problemas desse tipo.
Para manter um clima agradável e sem manifestação de atritos, é necessário que as pessoas deixem de agir de
forma individualizada e passem a interagir como uma equipe, promovendo relações amigáveis e fazendo com que
cada um procure cooperar com o outro. Mas, para isso, é preciso que cada um faça a sua parte, pois se todos não
estiverem dispostos a contribuir, não iremos chegar a lugar algum. Pense nisso!
Fonte: http://www.ogerente.com.br/novo/colunas_ler.php?canal=16&canallocal=48&canalsub2=155&id=1887
A busca de uma realidade organizacional que tem como objetivo aumentar a produtividade, a competitividade e a
eficiência, alterou os modelos de gestão baseados no desempenho individual para o trabalho em equipe. Construir
times, ágeis, integrados e entrosados, de trabalho é a saída que as organizações encontraram para lidar com os
desafios que surgem na luta por sobrevivência, crescimento e perpetuação das organizações.
Os estudos dos grupos e sua importância para o ambiente corporativo surgiram por volta dos anos 30 nos EUA,
como um campo identificável de investigações e pesquisas. Isso ocorreu quando administradores e teóricos da
organização começavam a acentuar a importância dos grupos e das
relações humanas na administração.
A diferença entre equipe e time pode ser ilustrada pelo depoimento de um executivo ao referir-se ao desempenho de
seu grupo de trabalho: “Todos nós somos muito bons no que fazemos e cada qual sabe e cumpre seu papel na
busca de resultados; só temos um problema: somos péssimos nas fronteiras”. Por fronteira ele indica a região
obscura do trabalho, com limites indefinidos ou pouco claros, que não compete a ninguém especificamente, mas
sofre as interferências de todos, e sobre a qual qualquer um dos componentes pode agir, contribuindo para o
resultado global. Usualmente, a fronteira representa o lado mais sutil da interface de trabalho, em que podem
desenrolar-se as relações interpessoais mais delicadas. A habilidade de atuar produtivamente nessa região
diferencia o grupo de um verdadeiro time.
Numa cultura organizacional voltada para a administração da qualidade, toda empresa deve estar consciente que
seus produtos e serviços devem satisfazer a seus clientes. Esta cultura - conjunto de valores e crenças - deve ser
transmitida e compartilhada a todos da organização e também anunciada àqueles que estão fora da organização,
principalmente seus clientes, mas que de uma forma ou de outra estão inseridos no contexto da gestão pela
qualidade dessa organização.
Bowditch & Buono (1997), argumentam que um dos principais problemas no estudo do comportamento
organizacional é saber por que as pessoas se comportam da maneira que o fazem em seu ambiente de trabalho.
Algumas dão o máximo de si, outras nem tanto, cabendo aqui uma pergunta: como é possível influenciar o
desempenho das pessoas? Como motivar as pessoas?
Bergamini (1997), por sua vez argumenta que a motivação é um aspecto intrínseco às pessoas, que ninguém pode
motivar ninguém. A motivação passa a ser entendida como fenômeno comportamental único e natural e vem da
importância que cada um dá ao seu trabalho, do significado que é atribuído a cada atividade desse trabalho e que
cada pessoa busca o seu próprio referencial de auto-estima e de auto-identidade. Seguindo essa linha de raciocínio,
Glasser (1992) propõe que o fracasso da maioria das empresas está na falta de conhecimento de como lidar com
pessoas.
Para Herzberg, Mausner & Snyderman (1957), o que motiva é o atingir de uma meta, isto pode levar a uma
motivação para novos desafios, ou seja, são os fatores do próprio trabalho que funcionam como fatores motivadores,
pois o homem busca descobrir coisas, realizar-se, atualizar-se, progredir e agregar coisas a sua existência. Neste
contexto, os principais fatores motivadores são as conquistas, a realização pessoal, o reconhecimento pelo trabalho,
o trabalho em si mesmo, a responsabilidade, o avanço e progresso profissional.
Por sua vez, Likert (1979), escrevendo sobre os novos padrões de gestão, desenvolve o método conhecido como
“Sistema 4” baseando em quatro premissas básicas: alta cooperação, envolvimento nas decisões, junção das
organizações formal e informal e por fim, o autocontrole. Este padrão se baseia no princípio das relações de suporte,
em que se aproveita todo o relacionamento e experiência de pessoas como suporte para as demais.
Maslow (1970), em sua obra intitulada: Motivation and Persosnality, apresentou uma teoria segundo a qual as
necessidades humanas estão dispostas em níveis de importância e influencia. A teoria diz que o homem faz o que
faz por causa das suas necessidades e enumera estas necessidades que foram conhecidas como a pirâmide de
Maslow: necessidade de auto-realização, necessidade de estima, necessidade de social, necessidade de segurança
e necessidades fisiológicas.
As necessidades de auto-realização são as necessidades humanas mais elevadas. São as necessidades de cada
pessoa de se autodesenvolver através do seu potencial, procurando sempre se tornar mais do que é, a alcançar
novos patamares, novas conquistas. A necessidade de auto-estima é a maneira pela qual o indivíduo se vê. Envolve
a autoconfiança, autoapreciação, necessidade de respeito, status, prestígio e consideração, independência e
autonomia. A satisfação das necessidades de estima conduz o indivíduo a um moral elevado. As necessidades
sociais surgem quando as necessidades fisiológicas e de segurança são satisfeitas.
Dentro das necessidades sociais estão as necessidades de associação, de participação, de aceitação por parte dos
companheiros, de troca de amizade de afeto e de amor. As necessidades de segurança constituem o segundo nível
das necessidades humanas. Elas surgem quando as
necessidades fisiológicas estão satisfeitas. São necessidades de
estabilidade, busca de proteção contra a ameaça ou privação, a
fuga ao perigo. As necessidades fisiológicas constituem o nível
mais baixo das necessidades humanas. Aqui estão as
necessidades de alimento, de sono e repouso, de abrigo, o desejo
sexual. Estão relacionadas com a sobrevivência do indivíduo, são
instintivas e já nascem com o indivíduo.
Os manuais de negociação, de um modo geral apresentam quatro perfis de negociação: ganha-ganha, ganha-perde,
perde-ganha e perde-perde. A pergunta que não quer calar é: no mundo atual, competitivo, onde as nações, as
instituições, os empresários, e os indivíduos estão envolvidos na busca de resultados, há espaço para um
TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO – Comportamento Organizacional
159
pensamento do tipo ganha-ganha? A preocupação com a otimização dos recursos, com a minimização dos custos e
com a maximização de resultados tem espaço para este compartilhamento tão generoso proposto pelos estudos
clássicos do tema?
A proposta deste texto é provocar uma reflexão, no sentido de que se entenda que, levando-se em conta a
negociação por princípios, onde os negociadores são, em essência, solucionadores de problemas, consideram a
necessidade de verificar suas potencialidades para obtenção destes resultados, sem que isso represente um ganho
mútuo para os negociadores envolvidos no processo.
Deve haver sim, um foco na obtenção de resultados, sem que isso represente perda ou derrota do interlocutor (não
estamos utilizando o termo adversário ou oponente), mas sim uma direção mais específica e definitiva em relação à
meta estabelecida para cada um dos participantes do evento negocial.
A “pré-preparação” negocial
A fase que antecede a preparação ou planejamento negocial identifica quatro etapas, necessárias para que se
entendam os caminhos (meandros) que permitem a consecução dos objetivos no processo:
• Moeda negocial: razão que leva as partes a empreenderem um processo de busca de resultados via negociação:
por que negociar; qual a razão; qual o motivo de optar-se por uma negociação para obtenção de um determinado
resultado.
• Objetivo: qual o foco da negociação: o que se pretende alcançar; qual a necessidade ou problema a ser solucionado
com o uso de um processo negocial.
• Prioridade (ou escopo negocial): de que forma este objetivo deverá ser alcançado; em que condições este objetivo
ou problema deve ser alcançado ou solucionado. Estas condições devem envolver: prazo, custo, dimensões,
especificidades que a diferenciem de qualquer outra solução.
• Real interesse: qual o detalhe que o negociador considera não negociável no processo negocial; que detalhes da
negociação (demandas ou necessidades) o negociador considera que não deva flexibilizar durante o processo
negocial.
Ao estabelecer, de forma clara o que pretende com a clarificação destes componentes, o negociador concentra
subsídios para que seu planejamento negocial fique consistente.
Para que esta “pré-preparação” se torne objetiva o negociador deve desenvolver, na etapa seguinte, as fases do
planejamento negocial, a partir do que estará devidamente instrumentalizado para confrontar suas necessidades com
as necessidades de seus interlocutores (continuamos a insistir na não utilização dos termos adversários ou
oponentes).
Com base no modelo de Negociação por Princípios existem passos que norteiam a fase de preparação (ou
planejamento) negocial:
1. Pessoas
• Estilos, comportamentos e práticas: quem são as pessoas com as quais vamos nos
confrontar; qual seu perfil, seu estilo predominante, qual a linha atitudinal e comportamental
que essas pessoas praticam durante a negociação; qual seu histórico em negociações
anteriores; quais os episódios que marcaram sua atuação como negociador; que informações
outros negociadores que tiveram oportunidade de confrontar essas pessoas dispõem para
compartilhar conosco.
2. Partes
4. Poder
- Informação (base de dados selecionada), conhecimento (tratamento adequado das informações e seu uso em prol
do resultado negocial)
5. Posicionamento estratégico
No cenário competitivo e contemporâneo das negociações o modelo adequado é o da negociação por princípios:
negociadores são solucionadores de problemas, são abandonados o pré-conceito (onde posições são fixadas em
relação a pessoas ou situações sem que haja um fundamento lógico), ou o preconceito (onde as posições são fruto
de uma visão crítica desfavorável, com base em pensamentos e fundamentos consolidados previamente).
Na negociação por princípios prevalece a abordagem assertiva (franca, objetiva e sincera) em relação aos problemas
e a abordagem objetiva em relação aos problemas (solucioná-los e não considerá-los insuperáveis).
6. Passos táticos
- Início das transações: de forma otimista, questionando e observando as possibilidades de seus interlocutores.
- Estratégias de concessão: de forma objetiva, sem fazer concessões excessivas no início, nem pobres em opções.
- Estratégias de fechamento: prazos claros, sem “rabichos”. Todos os pontos acertados de forma integral.
. Deixar claro para seus interlocutores as suas dúvidas e questionamentos sobre os assuntos pertinentes à
negociação;
. Não fazer as melhores concessões no início da negociação, nem aceitar as primeiras exigências do interlocutor;
. Eliminar todas as dúvidas; clarificar todas as cláusulas negociadas; só considerar o fechamento da negociação
quando todos os pontos estiverem esclarecidos de forma consolidada (toda a negociação).
7. Pontos de recuo
• Até onde levar a negociação; estabelecer um limite, a partir do qual a negociação será
interrompida, ou em caso extremo abandonada; lembrar-se que mais vale abandonar
uma boa negociação do que carregar um acordo de má qualidade, sobre o qual será
pago um preço desagradável.
• Qual a melhor alternativa disponível para esta negociação, se não obtiver um acordo satisfatório;
qual o plano B (alternativa fora da negociação) que permita atingir os objetivos traçados.
9. Precauções
- Importante considerar não só o seu lado na negociação, mas as objeções que podem afetar todos os envolvidos.
10. Questionamentos
- Quais as questões que devem ser formuladas para o interlocutor durante a negociação.
- Quais as questões que o interlocutor poderá fazer durante a negociação e qual o perfil mais
adequado para as respostas a serem dadas.
- É importante lembrar que a qualidade das perguntas é responsável por significativa parte do
sucesso dos processos negociais.
Conclusão
Todo o quadro anterior à “pré-preparação” negocial e do consequente planejamento levam a uma conclusão: o
negociador tem como objetivo alcançar o resultado que lhe será favorável. A expressão ganha-ganha não faz parte
desse contexto, na medida em que seu foco será a consecução de seu objetivo; se seu interlocutor atingirá seu
objetivo ou não este problema seguramente não estará entre suas preocupações.
Mas a negociação ganha-ganha, apregoada como a mais nobre das ações humanas não passa de uma fantasia, em
um cenário de competição e competitividade onde o foco é resolver seus problemas, evidentemente sem tentar
destruir o interlocutor.
No entanto, ao se preparar de forma conveniente para uma negociação o negociador deve dirigir seu foco para seus
interesses. De uma maneira a superar eventuais obstáculos, apresentados por seu interlocutor, que impeçam ou
dificulte a consecução de seus objetivos.
Fonte: http://negociacaoempauta.blogspot.com/ - Blog da 2ª turma de Pós-MBA em Negociação FGV Porto Alegre - Autor: Francisco Bittencourt -
Consultor Sênior do Instituto MVC e Professor dos MBAs Executivos da FGV
Introdução
Conceito de decisão
Segundo Gomes L.; Gomes C.; Almeida 2006, O conceito do vocábulo decisão é constituído por “de” (que vem do
latim e significa parar, extrair, interromper) que se antepõe à palavra “cisão” (do latim caedere que significa cindir,
cortar). Sendo assim, literalmente decidir significa “parar de cortar” ou “deixar fluir”. Levando em consideração este
significado podemos entender o processo decisório como uma parte crucial para a resolução otimizada de uma
situação indesejada.
O estudo da tomada de decisão é, portanto, uma mescla de várias disciplinas do saber, como matemática, sociologia,
psicologia, economia e ciência políticas. A filosofia reflete sobre o que uma decisão revela sobre nosso eu e nossos
valores. A história descreve a decisão tomada por líderes em momentos críticos. Já o estudo do risco e do
comportamento organizacional nasce de um desejo mais prático: ajudar o administrador a obter melhores resultados.
E, embora uma boa decisão não garanta um bom resultado, tal pragmatismo em geral compensa. A crescente
sofisticação da gestão de risco, a compreensão das variações do comportamento humano e o avanço tecnológico
que respalda e simula processos cognitivos ajudam a melhorar em muitas situações a tomada de decisão. (LEIGH
BUCHANAN E ANDREW O’CONNELL 2006).
Em cada tomada de decisão não nos é fácil perceber que em determinadas situações ou decisões agimos da mesma
maneira ou nos deparamos com problemas idênticos, nas organizações onde encontramos uma hierarquia bem
definida com estruturas semelhantes é possível classificar essas decisões de maneira a relacioná-las em aspectos e
características.
Dentre os modelos Organizacionais temos: O Modelo Burocrático que utiliza procedimentos operacionais
padronizados aperfeiçoados durante anos de uso; O Modelo político que se baseia em barganhas políticas entre
lideranças da alta cúpula e grupos de interesse; e o Modelo Lixeira Teoria nova que afirma que as organizações não
são racionais.
Segundo Robbins (2000) os decisores deveriam usar um processo racional de tomada de decisão, ou seja, fazer
escolhas consistentes, maximizando o valor dentro de limitações específicas, que deveria seguir etapas racionais,
consistentes e decisivas para o seu sucesso destacadas a seguir:
Definir o problema para entender melhor a decisão a ser tomada, para isso o problema deve estar claro e com as
informações completas. É importante ao gerente reunir dados e informações e cumprir metas conhecidas e
acordadas, e ter todos os problemas devidamente formulados e definidos, dentro disto é de grande importância o
consenso entre os gerentes e todos os envolvidos estarem cientes dos problemas e oportunidades existentes.
As informações coletadas devem dar maior certeza e para tanto devem estar completas, após isso deve ser usado o
processo racional e captar a complexidade real dos eventos na organização.
Depois de iniciado o processo, após a coleta de informações, o agente precisa entender que mesmo semelhante ou
parecido com outras situações, todo processo decisório deve ser encarado e abordado como uma nova situação e
diante disto, mesmo utilizando-se de heurísticas, fazê-lo de modo racional, obedecendo a regras, critérios e etapas. É
importante conhecer todos os critérios de avaliação das alternativas, e assim selecionar a melhor, para isso essa
busca não deve ser limitada, sem restrições de recursos, pessoas e informações.
Ao final é preciso tomar uma decisão, sem acomodação, ordenando preferências, avaliando as alternativas e
destinando valores o que aumentará o alcance das metas que pretendem ser alcançadas com sua implementação.
Essa busca por critérios para decisão através de passos alternativos nos indica o uso de uma decisão baseada na
racionalidade para ajudar o processo decisório. Tal modelo racional nada mais é do que um conjunto de fatos ou
princípios que sirvam de base a um raciocínio, que se usa da razão, para solucionar problemas como: frustração,
irritação, percepções de diferenças entre situação ideal e real e perspectivas de prejuízo, dentre outros, muito
comuns no âmbito organizacional. Ainda para Bazerman (2004) “o modelo racional é baseado em um conjunto de
premissas que determinam como uma decisão deve ser tomada em vez de descrever como uma decisão é tomada”.
A tomada de decisão tem segundo Roldan e Miyake (2004), basicamente quatro dificuldades: complexidade,
incerteza inerente à decisão, objetivos múltiplos que se inter-relacionam e a possibilidade de diferentes perspectivas
levando a diferentes conclusões de análise.
Na busca por melhores resultados, frente a estes fatores de dificuldade, os autores definem que é essencial
diferenciar uma boa decisão de uma decisão de sorte. A boa decisão é embasada em um bom processo, que frente a
todas as variáveis e influências envolvidas, busca equilíbrio em todos os fatores e provê o resultado mais racional,
frente aos objetivos estabelecidos. Já a decisão de sorte, não necessariamente foi tomada com base em um
TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO – Comportamento Organizacional
164
processo racional e seguro, mas uma decisão que deu certo através de um processo não estruturado. Do ponto de
vista normativo, a primeira difere da segunda por ser fruto de um processo elaborado de forma racional, que pode ser
repetido e trará os mesmos resultados de análise. Assim, é preciso que se crie uma estrutura de análise, que proverá
direção aos tomadores de decisão de qual o melhor caminho a seguir, com base em todas as influências e variáveis
envolvidas.
Já do ponto de vista descritivo, é importante entender como se comportam os tomadores de decisão frente a
diferentes situações e sob diferentes perspectivas e como as decisões são tomadas em um dado contexto. Bazerman
(2004) apresenta uma série de vieses relacionados à forma como tomamos decisões, em geral, embasados em
heurísticas que segundo Macedo (2007) são regras gerais de influência, utilizadas pelos decisores para chegar aos
seus julgamentos em tarefas decisórias de incerteza”.
As heurísticas têm uma formulação razoável, de modo que algumas vezes produzem resultados corretos. Elas
economizam tempo para o tomador de decisão, e às vezes essa economia é mais importante que qualquer perda na
qualidade das decisões tomadas.
As heurísticas tendem a produzir desvios no sistema de julgamento, que na verdade são tendências que nem sempre
chegamos a perceber. Por isso, o uso das heurísticas deve ser acompanhado do sentimento de que estas trazem
vieses para o processo de tomada de decisão.
As heurísticas, mais comuns, não são regras óbvias que decidimos empregar, mas abordagens intuitivas da mente
humana, que na verdade são usadas quase que involuntariamente. Se os tomadores de decisão aprenderem a
reconhecer e controlar a utilização de tais vieses, existe uma grande chance de melhoria da qualidade de suas
decisões.
O decisor deve tratar os problemas gerenciais levando-se em conta suas diferenças e através destas percepções
usarem de técnicas cognitivas, relativas ao conhecimento, e de fácil comunicação, para construir uma forma de apoio
ao processo de decisão que, ao mesmo tempo em que resolve as dificuldades do processo humano de decisão, traz
novas percepções de julgamento e tomada de decisão, o que é extremamente ligado ao uso racional do processo
decisório.
Considerações Finais
Entretanto, a fim de aprimorar a tomada de decisão deve-se também realizar um maior número de pesquisas
empíricas a respeito destes processos realizados nas organizações podendo ser descritas todas suas etapas e
metodologias empregadas não só para acarretar experiência, mas também para serem analisadas a luz do
conhecimento técnico de processo decisório e gerarem novos conhecimentos e aprimorarem as teorias e os modelos
disponíveis.
Fonte: http://www.pe.senac.br/ascom/faculdade/IVEncontro/anais/comunicacao/a-tomada-de-decis-o-os-aspectos-do-processo-decis-rio-e-o-uso-
da-racionalidade-na-busca-pelo-sucesso-nas-decis-es..pdf - Autor: AURÉLIO FERNANDO FERREIRA – Encontro de Ensino, pesquisa e extensão
da Faculdade SENAC 2010.
Segundo Howard Gardner, psicólogo autor da teoria das inteligências múltiplas, existem ao todo 7 tipos de
inteligência e todas as pessoas tem um pouco de cada uma combinados dentro de si. No entanto cada pessoa tem
um deles desenvolvido de modo mais forte e que se sobrepõe sobre os outros.
Inteligência Linguística
Inteligência Lógica
Inteligência Motora
Inteligência Espacial
Inteligência Musical
Inteligência Interpessoal
Inteligência Intrapessoal
No seu livro "Inteligência Emocional" Daniel Goleman parte de uma pesquisa científica para afirmar que o controle
das emoções contribui de forma essencial para o desenvolvimento da inteligência do indivíduo. Essa tese científica
revela de que modo a incapacidade de lidar com as próprias emoções pode dificultar ou até destruir nossas vidas.
O autor ressalta que a crise que a humanidade vive hoje, com aumento da criminalidade, violência e infelicidade é o
reflexo de uma cultura que se preocupou apenas com o intelecto, esquecendo o lado emocional da pessoa.
Registramos a afirmativa de que existem duas mentes: a que raciocina e a que sente. Esses dois modos de
conhecimento diferentes interagem na construção de nossa vida mental. Um, a mente racional, é o modo de
compreensão, de que quase sempre temos consciência, é mais destacado na consciência, mais atento, capaz de
ponderar e refletir. Já, o outro modo, a mente emocional, é um sistema de conhecimento impulsivo. Na maior parte
do tempo, essas duas mentes operam em harmonia, mesclando seus modos de conhecimento para que nos
orientemos no mundo. Em muitos momentos, essas mentes se coordenam; os sentimentos são essenciais para o
pensamento e vice-versa. Mas quando as paixões surgem, esse equilíbrio se desfaz. E então a mente emocional
assume o comando.
Muitas das nossas ações são determinadas pelas emoções que têm sua razão e uma lógica peculiares. A mente
emocional é muito mais rápida do que a racional, levando à ação, sem dar tempo para pensar. Essa rapidez não
permite a reflexão que caracteriza a mente racional. Provavelmente, essa rapidez na ação, se explique, no curso da
evolução humana, como um meio de preservação da vida, da necessidade de defesa diante do perigo. As ações que
provêm da mente emocional trazem uma sólida sensação de certeza, permitem que determinadas coisas sejam
encaradas de forma simplificada, coisas essas que, para a mente racional seriam intrigantes e questionáveis.
Passado o momento de ímpeto, surgirá um questionamento sobre o motivo da ação; aí está o sinal da percepção da
mente racional. As emoções se apossam de nós com muita rapidez, antes mesmo de nos darmos conta de que já se
instalaram em nós. O autor Ekman, citado por Goleman, afirma que o auge da emoção dura um momento breve,
segundos apenas. Segundo ele, as emoções teriam um mau resultado caso se apoderassem do cérebro e do corpo
por muito tempo. Se as emoções nos tomassem por muito
tempo, os sentimentos gerados por elas seriam péssimos
orientadores para a ação. Para que as emoções permaneçam
em nós, é preciso que se mantenha o gatilho, ou seja, o
sentimento que as desencadearam. A mente racional demora
mais para registrar os fatos e para reagir a eles do que a
mente emocional. Em circunstâncias emotivas, o primeiro
impulso vem do coração e não da cabeça.
No processo de resposta rápida, ao contrário, o sentimento precede ou é simultâneo ao pensamento. Essa reação
emocional assume o comando em situações de urgência, por isso, essa reação tem o poder de mobilizar-nos quando
se trata de sobreviver a um iminente perigo. Da mesma forma que há caminhos rápidos e lentos para o
desencadeamento de uma emoção, há emoções que alimentamos e que convidamos para permanecer conosco. São
sensações provocadas propositalmente. Embora não saibamos, com certeza, qual o tipo de emoção que um
pensamento pode desencadear, podemos escolher em que pensar.
A mente racional, por outro lado, não decide que emoções devemos ter. Diante disso, o que a mente racional pode
fazer é controlar o curso da nossa reação, pois não podemos decidir quando ficar tristes, furiosos, alegres, etc. A
mente emocional considera que suas crenças são totalmente verdadeiras e assim despreza qualquer coisa que lhe
seja contrária. Por isso, é muito difícil fazer com que uma pessoa, sob perturbação emocional, raciocine; não há
argumento do ponto de vista lógico que o demova de suas convicções. A mente emocional reage, no presente, a um
fato, como reagiu no passado a esse mesmo fato. Assim, se na infância, uma fisionomia raivosa nos causou medo,
sentiremos medo, hoje, ao depararmos uma fisionomia semelhante. Se as sensações são fortes, então as reações
que causam são claras. Mas, se são vagas ou sutis, é possível que as emoções não sejam percebidas com clareza.
Talvez, não saibamos que emoção estamos sentindo. A tarefa de uma mente emocional é, em sua essência,
determinar um estado emocional específico, ditado por determinadas sensações que são dominantes num certo
momento. No campo da emoção, cada sentimento tem um diferente repertório de pensamentos. A maneira como
pensamos e agimos quando nos sentimos românticos é diferente da forma como nos comportamos quando estamos
abatidos ou com raiva. A obra de Daniel Goleman Inteligência Emocional ressalta a importância de conhecermos
nossos sentimentos, ter consciência de que estamos sendo arrebatados por eles.
O autor salienta os pensamentos de outros teóricos sobre a inteligência emocional e cita cinco domínios principais
em que expandem as aptidões desse tipo de inteligência:
Trabalhar por vontade própria na reconstrução do Iraque, em uma missão de paz no Afeganistão ou no socorro às
vitimas do Haiti requer uma dose considerável de tesão (claro, desconte quem faz qualquer coisa por dinheiro).
Menos exagerado, considere o seu amigo que largou a multinacional para empreender.
São comuns as histórias de abandono de carreira promissora (do ponto de vista hierárquico) de profissionais que
trocam salário por motivação.
Na década de 80 e início dos anos 90, sair de uma empresa com menos de dois anos de trabalho era visto com
péssimos olhos. Esta geração Y aprendeu a correr riscos. Teve a ajuda, claro, da globalização, da abertura de
mercado e do crescimento vertiginoso da indústria de bens e serviços, que proporcionaram mais opções e facilitaram
o crescimento da postura de assumir o risco da mudança.
Mesmo assim, há o mérito.
4. Referências
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De acordo com a Lei dos Direitos Autorais 9610/98.