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A ORDEM JURÍDICA
AS LINHAS ESTRUTURANTES DA ORGEM JURÍDICA
A ordem jurídica apresenta três linhas estruturais que configuram como que um
triângulo:
1ª linha estruturante da origem jurídica (linha de base): esta surgiu durante a
época moderna, sobretudo no âmbito do direito romano, nesta linha estão as
relações juridicamente relevantes que estabelecemos na qualidade de sujeitos
de direito privado; relações estabelecidas uns com os outros. Trata-se de
relações entre particulares estabelecidas em termos de paridade. Nesta linha,
avultam valores como: da liberdade relactiva, a igualdade e o da autonomia,
aqui todos podem realizar os seus interesses. Esta primeira linha de relações
tem a ver, acima de tudo, com a justiça comutativa ou de troca. V.g. contratos
civis ou comerciais, quando celebramos uma compra e venda, (art.° 405° CC) se
o vendedor obtém do comprador uma vantagem (o preço), está pagá-la com
um sacrifício (a propriedade do prédio) dá, portanto, lugar a obrigações
recíprocas com objectos diferentes; reparação do dano causado ao lesado (art.°
483°, n°1 C.C).
2ª linha estruturante da ordem jurídica (linha ascendente): autonomizou-se
há cerca de dois séculos, com o surto do Estado-de-Direito pós-revolucionário
Relações entre
Relações A sociedade é uma
particulares, estabelecidas entre entidade actuante e
estabelecidas emcada um de nós e a dinâmica, tem um
OBJECTO em termo de
sociedade; a programa
paridade; todos
sociedade aqui é o estratégico que quer
podem realizar seusprincipal sujeito das actuar para atingir
interesses relações que os objectivos que se
(igualdade). estabelece. propõe.
Comutativa ou de Justiça geral, aquilo Justiça distributiva
JUSTIÇA troca, compensação que em nome de que impõe a recolha
entre prestações
todos se pode exigir e a redistribuição de
que se trocam. a cada um. meios.
Cumpre funções de Os ramos do direito
Tutela e de garantia, predominante aqui
o ramos do direito pertence ao Direito
Está no domínio do que regulamenta público (Direito
DIREITO direito privado nas exigências da Constitucional,
Estado
Pode-se, portanto, perceber que o que se tem como cultura representa um tom
temporal, isto é, marcador de um tempo, fixador de um momento histórico. A cultura
indica, além das características do indivíduo que a professa, a época, o local e até o
grupo social em que está presente quem a manifesta.
Assim, é importante destacar não há como separar os dois elementos, isto é, o Direito
e a História, pois o Direito é a própria História da nossa humanidade. Apesar de a
História poder ser vista por várias facetas, tais como pelas artes, pela culinária, pela
filosofia, pela medicina, pelo desenvolvimento científico e tecnológico, é justamente
pela noção jurídica que os povos possuem, que se tem uma correta interpretação do
mundo pretérito e de cada cultura” (ALBERGARIA, 2012, p. 4).
A relação que há entre a História o e Direito culmina nalgo que chamamos de História
do Direito, esta, tratada como disciplina, é apresentada como a História do próprio
mundo jurídico, como um todo. Nesse sentido, o objetivo da história do direito é a
interpretação dialética do fenômeno jurídico e seu dimensionamento em função do
tempo, (DINIZ, 2012, p. 249).
Nesse ínterim, pode-se dizer que a história do direito estuda as instituições jurídicas
dos povos civilizados nas fases sucessivas de seu desenvolvimento. Baseia-se em
documentos, representados por escritos ou por monumentos chegados até nós, como
o Código de Hamurabi, de mais ou menos 2000 a.C.” (KLABIN, 2004, p. 21).
Ainda sobre a relação entre as já supracitadas áreas do saber, a história se mostra
importante para o Direito na medida em que serve como conhecimento e acúmulo de
experiências passadas, possibilitando uma ampliação das análises de situações
jurídicas e na interpretação dos textos normativos. A História, outrossim, precisa do
Direito, pois o Direito propicia à História a visão do passado que faz com que as regras
do presente e do futuro sejam mais apuradas, mais justas e, sobretudo,
representativas da cultura do que é bom, Justo, humano e apreciável a um
determinado povo. Portanto, é a noção jurídica da História que permite que se
compreenda melhor a cultura, a sociedade, a política e o sistema de um determinado
povo.
Mesmo assim, um importante aspecto deve ser reafirmado quando se procura
interseções entre duas áreas: não se faz História sem compreender o Homem. Não
existe Direito sem a importante consideração quanto aos atos do indivíduo em
sociedade. Logo, a relação entre a História e o Direito só se legitimará a partir da exata
compreensão das transformações sociais que alteraram a visão do homem sobre a
História e sobre o Direito.
DIREITO & SOCIOLOGIA
Sociologia e o Direito, duas ciências que embora se reportem a estudos totalmente
distintos possuem uma eminente relação em virtude do elemento sociedade, grosso
JUSPOSITIVISMO
A NORMA JURÍDICA
A norma jurídica constitui um elemento fundamental do Direito na sua função de
ordenar a conduta humana, esta não pode ser avaliada como verdadeira ou falça, pois
é uma preposição normativa e visa acima de tudo avaliar a validade das condutas,
entendida outrossim como o elemento microscópico da ordem jurídica.
Estruturalmente a norma jurídica é composta por duas partes:
PREVISÃO: também designada de hipótese jurídica ou facti-especies, refere-se
a situações típicas da vida, isto é, determinadas condutas, uma certa relação,
Compilação
Consolidação
Estatuto
Lei orgánica
Microcódigo
Torna-se necessário destacar que a afirmação do código como tal deveu-se,igualmente
e, em parte, ao resultado de uma série de factores específicos que associadas numa
liguagem genêrica pode-se designar por movimento codificador, este que teve início
no século XVII e impôs-se decisivamente no século XIX. Destacamos, assim, algumas
das causas que justificam o seu surgimento:
Jusracionalismo: o movimento jusracionalista (para o qual o direito natural tem por
fonte a razção humana, sente a necessidade de o objectivar e a lei constitui o
expediente adequado. Depois, impunha-se reunir, de forma sitemática, as leis
dispersas, tarefa que a ciência jurídica desempenhou com a codificação do direito
privado.
O iluminismo: o homem afirma-se como um ser independente as ideais de liberdade e
de igualdade são incompatíveis com os previlegos. A lei, porque geral e abstrata é o
instrumento previligiado para instaurar a nova ordem jurídica
A política: a codificação favorece a unificação política, porque permite submeter os
diversos direitos locais a um código nacional.
A técnica jurídica: os esforços doutrinários, que se vinham fazendo alimentados pelo
desejo racionalista duma ciência sistemática do direito natural, atingiram um estado
científico elevado, tornando-se possível a codificação.
Os códigos possuem vantagens e desvantagens:
PESSOAS SINGULARES
O direito reconhece às pessoas humanas depois de nascidas com vida algo que cujo
nome é personalidade jurídidca. A personalidade jurídica, então, vai compreeender
aquele espediente do direito através do qual reconhece-se a dignidade e o respeito
integro que as pessoas merecem.
Pode ser ainda a qualidade que a lei reconhece às pessoas em função da sua dignidade
e do merecido respeito. Com efeito, é com a personalidade jurídica que se ganha a
aptidão para se ser titular de direitos e obrigações.
Importa destacar que a personalidade jurídica adquire-se no momento do nascimento
completo e com vida, logo, ela se encontra indissociavelmente ligada à vida humana;
como sucede o nº 1 do artigo 66º do CC. No entanto, embora a personalidade jurídica
se adquira apenas com o nascimento completo e com vida, a verdade é que a lei já
reconhece alguns direitos aos nacituros e aos concepturos, ao abrigo dos artis. 952º e
2033º CC; todavia, os direitos que a lei reconhece a esses dependem do seu
nascimento.