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Professor: José Luciano

Alunos: Carlos Eduardo, Davi Boldrim, David de Paula, Fernando Guedes, Rafael da Mata, Ricardo Miranda, Samuel
Nogueira
Tema: Estado natural e estado civil
Introdução

A presente pesquisa busca refletir o modo como se deu a passagem do Estado de


Natureza para o Estado Civil, isso se faz pela reflexão das ideias apresentadas pelos
filósofos e contratualistas Thomas Hobbes, John Locke e Jean-Jacque Rousseau.
Iniciando do Estado Natural, busca-se compreender a evolução da sociedade em relação
ao seu modo de organização, como o estabelecimento de regras de convivência e
estruturas políticas. O trabalho desenvolve-se a partir das concepções de ambos os
filósofos abordadas de forma comparativa, partindo do Estado de Natureza até o Estado
Civil. Portanto, como melhor forma de organização, esse trabalho é dividido em cinco
partes, sendo elas: Estado Natural x Estado Civil, Principais Pensadores, Relevâncias
Atuais, Exemplificações e Conclusão. Assim, cada tema será seu assunto correspondente
abordado da melhor maneira. Por fim, buscaremos entender como se deu a instituição
deste Estado, que até a atualidade influencia diretamente nas diversas sociedades.
Estado Natural x Estado Civil

O Estado Natural se configura como o precursor do estado Civil, seria o modo como os homens vivem, sem
restrições burocráticas o impedindo, em total liberdade no meio natural e sem qualquer vínculo social. Sem ter
qualquer compromisso social, isso tornaria o ser humano fruto de diversas interpretações, sendo agressivo e
desconfiado para Hobbes; bom por natureza para Rousseau, com associação à figura do bom selvagem, que
viveria isolado e incapaz de praticar maldades; para Locke o estado de natureza era um estado de perfeita paz e
harmonia entre os homens, onde o direito natural por excelência é a propriedade.
Já o Estado Civil se caracteriza pela associação do homem com a sociedade, sendo a mesma responsável pela
construção do Estado de poder, que exerceria controle e privaria o homem de sua condição natural. E somente
nesse Estado artificial, gerado por um pacto entre os homens, que os indivíduos saem daquela condição de
guerra, de constante disputa e discórdia na visão conforme Hobbes, concretizando o Estado civil como a grande
multidão unida numa só pessoa soberana, formando o ‘’Leviatã’’; já para Locke entende-se que a principal função
do Estado é interferir o mínimo possível na vida dos indivíduos, atuando apenas na mediação de conflitos e na
defesa do direito à propriedade; enquanto para Rousseau no estado civil o homem ganha outra
liberdade, suprema da vontade geral, e passa a fazer parte de um todo, o corpo social, em que cada um tem sua
função e responsabilidade.
Principais
pensadores
Os principais pensadores e filósofos dessas ideias
são chamados de contratualistas e tem
características próprias. Sendo eles os ingleses
Thomas Hobbes e John Locke, e o francês Jean-
Jacques Rousseau.
Hobbes afirma que, em seu estado de natureza, “o
homem é o lobo do homem”. O estado civil seria a
solução para uma convivência pacífica, em que o ser
humano abriria mão de sua liberdade para obter a
paz no convívio social.
Rousseau defende que a sociedade opera
modificações sobre os homens, que podem ser
positivas ou negativas. A partir do contrato social, as
ações individuais devem respeitar as leis que levam
em consideração a vontade geral. Dessa forma, há
normas que regulam e limitam aquilo que os
cidadãos podem ou devem fazer.
Locke defende que o Estado existe para preservar a
propriedade que já existe desde o Estado de
natureza, assim servindo como mediador e
segurador dos bens individuais.
Relevâncias atuais

Na atualidade a relevância dessas formas de pensamento se apresentam na


construção dos Estados Modernos, que ‘’assinam’’ um pacto contratual com seus
cidadãos, por exemplo, se comprometendo a fornecer auxílios necessários em
troca da taxação de impostos. Isso diz muito das sociedades atuais, que decidiram
viver em Estados Civis para preservar seus bens pessoais (propriedades), com a
maioria dos Estados tendo a vontade geral como sua motivadora, além de se
guardar dos perigos existentes para alcançar a paz social. Assim percebe-se que
as sociedades atuais mesclam as ideias dos filósofos contratualistas de forma que
se cria um Estado capaz de lidar com todas essas questões .
MEMES
CONTRATUALISTAS
Frase do dia
‘’Dessa igualdade quanto à capacidade deriva a igualdade
quanto à esperança de atingirmos nossos fins. Portanto, se dois
homens desejam a mesma coisa, ao mesmo tempo que é
impossível ela ser gozada por ambos, eles tornam-se inimigos.’’
Conclusão

Podemos perceber que mesmos sendo contratualistas, cada um dos pensadores tem suas
características próprias, essas diferenças se fizeram importante para a construção das
estruturas sociais atuais, assim como para diversos eventos na história, como a própria
Revolução Francesa, que teve grande influência de Rousseau, ou para o Liberalismo, que
teve como um de seus idealizadores Locke, ou até mesmo a igualdade diante do Estado
proposto também por Hobbes. Assim, mesmos agregando-se, também criaram discussões
que talvez nunca se obtenham respostas. Já que para Rousseau, o homem nascia bom e
a sociedade o corrompia, enquanto para Hobbes, o homem era mal por natureza e a
sociedade era a única forma de controlar suas ações, ou ainda para Locke que acreditava
que o homem nascia como uma folha em branco e o meio o moldava. Independentemente
de quem esteja certo, é indubitável que foram grandes pensadores que mudaram a história
do mundo com suas ideia.

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