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Alunos: Carlos Eduardo, Davi Boldrim, David de Paula, Fernando Guedes, Rafael da Mata, Ricardo Miranda, Samuel
Nogueira
Tema: Estado natural e estado civil
Introdução
O Estado Natural se configura como o precursor do estado Civil, seria o modo como os homens vivem, sem
restrições burocráticas o impedindo, em total liberdade no meio natural e sem qualquer vínculo social. Sem ter
qualquer compromisso social, isso tornaria o ser humano fruto de diversas interpretações, sendo agressivo e
desconfiado para Hobbes; bom por natureza para Rousseau, com associação à figura do bom selvagem, que
viveria isolado e incapaz de praticar maldades; para Locke o estado de natureza era um estado de perfeita paz e
harmonia entre os homens, onde o direito natural por excelência é a propriedade.
Já o Estado Civil se caracteriza pela associação do homem com a sociedade, sendo a mesma responsável pela
construção do Estado de poder, que exerceria controle e privaria o homem de sua condição natural. E somente
nesse Estado artificial, gerado por um pacto entre os homens, que os indivíduos saem daquela condição de
guerra, de constante disputa e discórdia na visão conforme Hobbes, concretizando o Estado civil como a grande
multidão unida numa só pessoa soberana, formando o ‘’Leviatã’’; já para Locke entende-se que a principal função
do Estado é interferir o mínimo possível na vida dos indivíduos, atuando apenas na mediação de conflitos e na
defesa do direito à propriedade; enquanto para Rousseau no estado civil o homem ganha outra
liberdade, suprema da vontade geral, e passa a fazer parte de um todo, o corpo social, em que cada um tem sua
função e responsabilidade.
Principais
pensadores
Os principais pensadores e filósofos dessas ideias
são chamados de contratualistas e tem
características próprias. Sendo eles os ingleses
Thomas Hobbes e John Locke, e o francês Jean-
Jacques Rousseau.
Hobbes afirma que, em seu estado de natureza, “o
homem é o lobo do homem”. O estado civil seria a
solução para uma convivência pacífica, em que o ser
humano abriria mão de sua liberdade para obter a
paz no convívio social.
Rousseau defende que a sociedade opera
modificações sobre os homens, que podem ser
positivas ou negativas. A partir do contrato social, as
ações individuais devem respeitar as leis que levam
em consideração a vontade geral. Dessa forma, há
normas que regulam e limitam aquilo que os
cidadãos podem ou devem fazer.
Locke defende que o Estado existe para preservar a
propriedade que já existe desde o Estado de
natureza, assim servindo como mediador e
segurador dos bens individuais.
Relevâncias atuais
Podemos perceber que mesmos sendo contratualistas, cada um dos pensadores tem suas
características próprias, essas diferenças se fizeram importante para a construção das
estruturas sociais atuais, assim como para diversos eventos na história, como a própria
Revolução Francesa, que teve grande influência de Rousseau, ou para o Liberalismo, que
teve como um de seus idealizadores Locke, ou até mesmo a igualdade diante do Estado
proposto também por Hobbes. Assim, mesmos agregando-se, também criaram discussões
que talvez nunca se obtenham respostas. Já que para Rousseau, o homem nascia bom e
a sociedade o corrompia, enquanto para Hobbes, o homem era mal por natureza e a
sociedade era a única forma de controlar suas ações, ou ainda para Locke que acreditava
que o homem nascia como uma folha em branco e o meio o moldava. Independentemente
de quem esteja certo, é indubitável que foram grandes pensadores que mudaram a história
do mundo com suas ideia.