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Em suma, ele define que o homem pré-sociedade isolado em sua natureza não
conflituosa, se corrompe a partir do momento que toma a propriedade para si.
Logo, ele se torna competitivo, opressor, egoísta e reprodutor de
desigualdades. As características selvagens do homem se suscitam quando
expostos a essa vivência em sociedade, causado pelas desigualdades que a
propriedade privada gera.
Particularmente, gostaria de expor as contrariedades de ideias existentes entre
Hobbes e Rousseau, enquanto para Thomas Hobbes o Estado de Natureza era
um estado de "guerra de todos contra todos" e que os homens tendem para o
mal, para Rousseau, como exposto anteriormente, é o contrário. Ressalta-se
também as críticas do autor quanto as ideias de John Locke que era defensor
das liberdades individuais e da propriedade privada.
"Pelo pacto social demos existência e vida ao corpo político. Trata-se agora de
dar-lhe o movimento e a vontade pela legislação. Pois o ato primitivo, pelo qual
esse corpo se forma e se une, nada determina ainda daquilo que lhe cumpre
fazer para conservar-se". (ROUSSEAU. 1999. p, 45).
“Quando afirmo que o objeto das leis é sempre geral, entendo que a lei
considera os súditos coletivamente e as ações como abstratas, nunca um
homem como indivíduo nem uma ação particular. Assim, a lei pode
perfeitamente estatuir que haverá privilégios, mas não pode concedê-los
nomeadamente a ninguém. Pode criar diversas classes de cidadãos, e até
especificar as qualidades que darão direito a essas classes, porém não pode
nomear os que nela serão admitidos. Pode estabelecer um governo real e uma
sucessão hereditária. Pode estabelecer um governo real e uma sucessão
hereditária, mas não pode eleger um rei nem nomear uma família real; numa
palavra, toda função que se refere a um objeto individual não está no âmbito do
poder legislativo". (ROUSSEAU. 1999. p, 47).
"Quem faz a lei sabe melhor que ninguém como se deve executá-la e
interpretá-la. Parece, pois, que não poderia haver melhor constituição que
aquela em que o poder executivo está unido ao legislativo. Mas é justamente
isso que torna esse governo insuficiente em certos pontos(...) Não convém que
quem redige as leis as execute, nem que o corpo do desvie sua atenção dos
desígnios gerais para concentrá-la nos objetivos particulares. Nada mais
perigoso que a influência dos interesses privados nos negócios públicos".
(ROUSSEAU, J.J. O Contrato Social. Princípios do Direito Político. pg, 82. São
Paulo: Martins Fontes, 1999).
- REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA: