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1 A formação do Estado
A formação do Estado
Segundo Dallari (2007), a denominação de estado vem do latim status cujo
significado é estar firme. A ideia de status no sentido de estado se relaciona
com uma situação permanente de convivência, ligada à sociedade política,
aparecendo pela primeira vez em “O Príncipe”, de Maquiavel, em 1513.
Esta pergunta já vinha sendo feita desde a Grécia antiga. Àquela época,
Aristóteles (384-322 a.C.) afirmava: “A cidade é uma daquelas coisas que
existem por natureza e o homem é por natureza um ser vivo político”.
Aristóteles fala do homem como ser vivo político a partir de uma distinção
com relação a outras espécies de seres vivos e superior a outras que
pudessem ter certo nível de sociabilidade (por exemplo: as formigas ou as
abelhas). Ele justifica a afirmação alegando que nos diferenciamos dos
outros animais pela linguagem e a consciência moral específicas dos
humanos.
Esse estado de natureza pode ser expresso como uma situação que sempre
pode se apresentar uma vez que os homens, naturalmente, são egoístas,
luxuriosos, inclinados a agredir os outros e insaciáveis, condenando-se a
uma vida solitária, pobre, animalesca e breve.
Para ele, o pacto social não seria decorrente do medo da desordem, mas da
ideia de que o indivíduo percebe que a combinação da manutenção da
liberdade individual com a força coletiva proporcionaria a superação do
estado de natureza. Com isso, o homem, segundo Rousseau (2002), busca
encontrar uma maneira de associação que proteja de toda força, os bens e a
pessoa de cada associado, onde cada um, se unindo a todos, obedeça apenas
a si mesmo, e continue tão livre quanto antes.
Para Dallari (2007), Estado pode ser conceituado como uma ordem jurídica
soberana que tem por objetivo alcançar o bem comum de um povo em um
território definido.
Referências:
I - a soberania;
II - a cidadania;
V - o pluralismo político.
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de
representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.
O Executivo também está presente nos três entes. Seus chefes são o
Presidente da República (União Federal), o Governador de Estado (Estado-
membro) e o Prefeito Municipal (Município). O Distrito Federal, estado-
membro anômalo, tem como chefe o Governador.
Referências:
O Estado e outros entes públicos existentes, pelas diversas funções que são
de sua atribuição, têm que repartir, no interior deles mesmos, entre
diferentes unidades, os encargos que lhes cabem. Essas unidades são
denominadas órgãos e se constituem por um conjunto de competências.
O Estado pode manter sua atividade centralizada, que é quando ele atua
diretamente por meio de seus órgãos, ou seja, das unidades que o
compõem. Mesmo atuando de forma centralizada, ele desconcentra suas
atividades, circunstância na qual ocorre a distribuição interna das
competências. O Ministério da Saúde, por exemplo, é um órgão que
compõe o Governo Federal. Os serviços prestados pelos componentes do
Estado são desprovidos de personalidade, já que são integrantes da mesma
pessoa política. Segundo Meirelles (2002), a desconcentração
administrativa significa a divisão de funções entre vários órgãos, na mesma
administração, sem perda de hierarquia. A desconcentração pode ocorrer:
Administração direta
Personalidade Jurídica
A Constituição Federal estabelece, em seu art. 37, inc. XIX, que todas as
pessoas integrantes da administração indireta só podem ser instituídas
mediante lei específica.
Patrimônio próprio
Referências:
Presidência da República
Ministérios
Agências
As agências são consideradas órgãos da administração indireta,
responsáveis pela prestação de serviços essenciais à população. Além das
agências reguladoras, fazem parte da estrutura do Governo Federal as de
desenvolvimento regionais e de pesquisa.
Conselhos
Referências:
1.2 O município
O federalismo representa uma benéfica forma de organização territorial do
Estado. Através da descentralização política é possível que muitas questões
possam ser melhor abordadas e solucionadas pelas localidades dotadas de
autonomia.
O município na antiguidade
Ainda com base no mesmo autor, vemos que na Idade Média, com as
dominações bárbaras que sucederam à hegemonia romana, o Conselho de
Magistrados foi substituído pelo Colégio dos Homens Livres, a que os
germânicos denominaram Assembleia Pública de Vizinhos, com a tríplice
função administrativa, policial e judicial. Do passado resiste a Câmara de
Vereadores (Conselho Municipal, no Império Romano), representativa da
comunidade local e fiscalizadora da conduta do Executivo Municipal.
Vejamos agora o papel do município na história do nosso país.
Embora prevista a autonomia, esta ficou sujeita à definição, por parte dos
Estados-membros, da matéria que seria de peculiar interesse municipal.
Destaca-se nesse período o hábito do centralismo e a opressão
do coronelismo, cujos representantes políticos exerciam influência em um
eleitorado sem a menor cultura democrática.
Referências:
Referência:
As atribuições do Prefeito
O Município hoje
Referências: