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Nome: João Pedro Pereira de Paula

RA: 201126214

Avaliação de recuperação

1)
Para que possamos fazer tal relação, primeiro precisamos explicar o conceito
de contrato social; para alguns pensadores conhecidos como contratualistas,
tais como os três que são mencionados nessa questão, explicam o surgimento
da sociedade e dos fundamentos do poder politico através de um contrato entre
os indivíduos, este sendo a marca do fim do estado natural e o início da vida
social.
Para Hobbes, o estado de natureza é um estado no qual os indivíduos
entrariam em conflitos para se impor ou se defender, pois todos eram iguais, e
esses conflitos cessariam com o contrato social, como descrito em seu livro
“Leviatã” os indivíduos abririam mão da liberdade para que o estado, nesse
caso um monarca absolutista, seja o único com poder, e com isso garanta a
segurança dos indivíduos e de suas propriedades.
Diferente do estado de guerra Hobbesiano, tanto Locke quanto Rousseau
acreditam que o estado de natureza era uma situação pacifica e que se
caracterizava pela total liberdade individual, porém não havia organização
social ou política, o que atrapalhava a liberdade dos indivíduos, então estes
vão se unir para firmar um contrato social e a criar um estado que deveria
garantir que todos estivessem desfrutando da liberdade e da propriedade, que
eram direitos naturais para Locke.
Apesar de concordarem que o estado de natureza era pacifico, Rousseau
discorda de Locke no que se diz respeito a propriedade privada, para
Rousseau, os indivíduos conviviam em harmonia no estado de natureza, porém
a propriedade privada e a vivencia em meio a industrialização prejudicaram
moralmente os indivíduos, fazendo com que estes se tornassem egoístas e
individualistas. Com os indivíduos moralmente deficientes, a sociedade se
tornou corrupta e capaz de corromper os seres humanos ainda mais, por isso
surge o contrato social e o estado soberano que deveria garantir as liberdades
civis e evitar os problemas trazidos pela propriedade privada.
2)
A ideia de tripartir os poderes surge muito antes do contratualismo, com
Aristóteles em sua obra “a política” o pioneiro desse modelo, e Montesquieu o
segue em contrapartida com Hobbes que acreditava que o poder deveria ser
centralizado no rei; Montesquieu defendia que manter o poder unificado faria
com que o governante abusasse dele, criando assim uma situação de tirania.
Para Montesquieu os poderes devem ser divididos em Legislativo, responsável
por criar as leis, o executivo que administra as relações exteriores com
embaixadores e garante a segurança do país contra ameaças externas, e o
judiciário responsável por punir aqueles que quebram as leis. Os três poderem
existem em uma relação de pesos e contramedidas feitas para que eles não se
sobreponham de modo que um tenha mais poder, assim eles possuem uma
relação de independência harmônica.
Para os autores federalistas, Montesquieu foi quem melhor desenvolveu a ideia
de tripartir os poderes, e por isso o usam como base para justificar a
necessidade de tripartição, mas a principal diferença, é o uso de rivalidades
internas para que os poderes se controlem e limitem dentro de si, com a
população escolhendo os representantes de cada poder de maneira
independente, haveriam representantes de diversos grupos de interesse que se
contraporiam ao outros grupos dentro do mesmo poder, fazendo com que ele
sempre agisse de maneira moderada, isso também impedia o surgimento de
uma ditadura da maioria e que uma minoria conseguisse oprimir uma maioria,
chegando em um consenso. É importante lembrar que para os federalistas, os
representantes de cada poder são eleitos pelo povo de maneira independente.

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