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Mariana
Paludetto) - Somente
em PDF
SEE-SP - Parte Geral: Competências e
Conhecimentos Didático-Pedagógicos
(Bibliografia), Publicações Institucionais e
Autor:
Legislação - 2023 (Pós-Edital)
Carla Abreu, Mariana Paludetto de
Andrade, Otávio Augusto Moser
Prado, Romário Falci, Leandro
Thomazini, Ricardo Torques,
10 de Julho de 2023
Patrícia Cristina Capelett Teixeira
Sumário
APRESENTAÇÃO DA AULA......................................................................................................................... 2
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APRESENTAÇÃO DA AULA
Vamos lá?
Abraços,
Professora Mariana
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https://www.facebook.com/marianapaludettopedagoga
Site
https://marianapaludetto.wixsite.com/website
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No resumo do artigo, os autores afirmam que seu objetivo é promover uma reflexão acerca
das contribuições das TDIC (Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação) ao serem
integradas no currículo escolar, construindo conhecimento através da produção de Narrativas
Digitais.
É possível utilizarmos uma análise do conteúdo das narrativas digitais como uma
ferramenta para compreender o processo de aprendizado do aluno e ajudá-lo a corrigir aspectos
que necessitam de reformulação, visando alcançar um maior nível de compreensão do
conhecimento.
"Neste sentido, entendemos, como propõe Gimeno Sacristán (1998), que convivemos com
um currículo oficial, prescrito; e com um currículo real, experienciado na prática pedagógica,
na relação professor-aluno, aluno-aluno, no contexto concreto da formação, que pode se
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desenvolver tanto em situações presenciais como a distância, midiatizadas pelas TDIC, com o
uso de distintos dispositivos, cuja intensidade de uso potencializa o desenvolvimento do currículo
com narrativas de vida. As narrativas oportunizam a tomada de consciência sobre a própria
aprendizagem e transformação, segundo a natureza das experiências, a abertura das pessoas
para o registro metódico de descrever suas histórias de vida (GALVÃO, 2005), e sua reflexão para
dar sentido à sua experiência e contexto." (pág. 9)
Nessa parte do texto, os autores abordam o surgimento das narrativas digitais e seu
impacto nas diferentes formas de mídia. Janet Murray, em seu livro "Hamlet no Holodeck: o
futuro da narrativa no ciberespaço", previu a convergência das mídias e a criação da "Nova
Mídia", onde formatos tradicionais como texto, imagem e som são transformados em formato
digital, permitindo seu processamento em um único dispositivo, o computador.
As Narrativas Digitais podem ser classificadas como lineares, seguindo uma trama pré-
estabelecida, ou hipermodais, com interatividade e possibilidade de escolhas pelo usuário. No
contexto educacional, as narrativas digitais ampliam as oportunidades de aprendizado, sendo
uma ferramenta motivadora para os alunos e promovendo competências múltiplas.
narrativas digitais, especialmente as conhecidas como "digital storytelling", têm sido utilizadas
para auxiliar o processo educacional, permitindo aos educadores e estudantes ao redor do mundo
explorar essa tecnologia.
As narrativas digitais têm sido utilizadas na educação como uma ferramenta para auxiliar o
processo educacional, tanto na formação de professores quanto no desenvolvimento de
conteúdos curriculares. No entanto, é necessário explorar mais a fundo o processo de
produção das narrativas e como elas contribuem para a construção do conhecimento.
Conclusões
Por fim, esse artigo resume a importância das tecnologias digitais na produção de
narrativas digitais para a construção do conhecimento. Destaca-se a motivação dos alunos, a
expressão de ideias e a comunicação através da hipermodalidade, a memorização de histórias e
a versatilidade do trabalho em várias áreas de conhecimento
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A obra começa com uma análise relevante sobre a educação híbrida e as diferentes
abordagens desse tema tanto no Brasil quanto no exterior. Em seguida, são apresentadas
discussões sobre a prática da educação híbrida, baseadas nas experiências vivenciadas pelo
Grupo de Experimentações.
O autor apresenta a educação híbrida como uma abordagem que envolve desafios para
os alunos, como resolução de problemas e criação de projetos complexos, por exemplo, tanto em
grupo quanto individualmente. Ele destaca a importância dos professores na coordenação
dessas atividades, atuando como mediadores, fornecendo supervisão e acompanhamento do
processo de aprendizagem. Nesse contexto, a educação híbrida permite personalização e
planejamento flexível, atendendo às necessidades individuais de cada aluno.
acredita que a educação híbrida possibilita trazer o mundo inteiro em tempo real, promovendo
uma troca intensa e contínua de ideias, pessoas e acontecimentos.
Os autores Lilian Bacich, Adolfo Tanzi Neto e Fernando de Mello Trevisani iniciam o texto
apontando que as tecnologias digitais desempenham um papel fundamental na educação. No
entanto, eles destacam que muitos professores ainda não possuem o conhecimento necessário
para utilizar efetivamente as ferramentas e tecnologias atuais em suas práticas de ensino.
Cada vez mais, os alunos estão imersos nas novas tecnologias em seu cotidiano, o que
demanda uma abordagem educacional mais abrangente e que leve em consideração esse
contexto. As tecnologias estão sendo integradas nas escolas, e os professores vem explorando
essas ferramentas para tornar suas aulas mais dinâmicas e menos centradas apenas na
transmissão oral de conhecimento. Com isso, conseguimos uma maior participação e interação
dos alunos durante as aulas, pois o ambiente virtual proporciona maior habilidade e promove uma
relação mais próxima entre os indivíduos e as mídias digitais.
O capítulo escrito por Leandro Holanda Fernandes de Lima e Flavia Ribeiro de Moura,
aborda a importância da formação de qualidade dos professores para impulsionar a necessária
mudança educacional e influenciar suas práticas pedagógicas. Os autores enfatizam que, para
que essa transformação ocorra, é essencial integrar as tecnologias digitais ao currículo,
especialmente porque estamos vivendo em uma época em que dispositivos e softwares são
amplamente utilizados.
Espaços de Aprendizagem
Glauco de Souza Santos inicia seu texto apresentando uma crítica o modelo tradicional de
aprendizagem presencial, em que os alunos ficam em carteiras individuais e o professor é o
centro da atenção, enfatizando a obediência, concentração e repetição. Santos defende uma
mudança na organização do espaço escolar, começando pela compreensão de que o modelo
atual não favorece a colaboração entre os alunos. Ele sugere que o professor se aproxime mais
dos alunos, planejando atividades personalizadas que permitam que cada aluno aprenda no seu
próprio ritmo e da forma mais adequada para ele.
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trabalhem juntos de forma dinâmica, o professor estará dando o primeiro passo para abandonar
a abordagem massificada do ensino e caminhar em direção à personalização da educação.
No sexto capítulo do livro, o autor Eric Freitas Rodrigues aborda a rotina como parte do
ambiente escolar do aluno, destacando o uso correto e eficiente das Tecnologias da Informação
e Comunicação (TICs) na educação.
Ele enfatiza que a avaliação deve verificar o processo de aprendizagem do aluno e, por
esse ser o foco, deve retornar a ele por meio dos resultados obtidos. O autor reflete sobre como
o modelo de ensino híbrido demonstra que os métodos avaliativos das escolas tradicionais não
acompanham mais os alunos que estão conectados ao novo modelo de busca por informações.
Uma maneira de reverter essa situação seria conscientizar as instituições de que o uso da
tecnologia melhora o desempenho, promove a aproximação entre professores, alunos e
gestores, e otimiza o tempo, levando a melhores estratégias de aprendizagem.
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Apesar dessa resistência, é notável que o uso de interfaces de ensino tem crescido
significativamente através da educação híbrida, resultando na criação de várias plataformas com
o objetivo de auxiliar no desenvolvimento e estímulo ao ensino. Alguns exemplos dessas
plataformas são o Edmodo e o Moodle, que auxiliam na organização de notas, tarefas, trabalhos,
mensagens e fóruns para a interação dos alunos e esclarecimento de dúvidas.
Verônica Cannatá, autora desse oitavo capítulo, aborda a implementação do ensino híbrido
em uma instituição de ensino como um projeto da escola, discriminado em seu Projeto Político
Pedagógico (PPP).
A autora enfatiza que a gestão escolar deve identificar quais aspectos PPP da escola
precisam ser modificados ou mantidos, com regularidade, organizando equipes e estruturando
ações para as transformações necessárias no ambiente educacional.
Cannatá destaca a importância da integração das equipes como o fator mais relevante na
implementação da abordagem de aprendizagem híbrida na instituição. As estratégias adotadas no
ambiente escolar devem ser bem elaboradas, e cabe à gestão escolar selecionar as equipes de
trabalho e posicioná-las adequadamente.
No que diz respeito aos recursos tecnológicos, a instituição deve considerar investir em
uma boa conexão à internet e na aquisição de dispositivos digitais, mesmo que o investimento
seja mínimo e a aquisição de equipamentos seja limitada. Quando esses recursos são bem
aplicados, mesmo em pequena escala, podem ter um impacto significativo no ambiente de
aprendizagem.
Produzido por Rodrigo Abrantes da Silva e Ailton Luiz Camargo, o nono capítulo aborda o
impacto da aceleração tecnológica na relação professor-aluno, no currículo e na organização
escolar.
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Planejando a Mudança
Além disso, eles afirmam que o ensino híbrido não exclui a prática de aulas expositivas,
mas propõe dar um novo significado a esses momentos, mesclando-os com atividades de
outros tipos, utilizando recursos tecnológicos.
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NARRATIVAS QUILOMBOLAS
O material didático "Narrativas Quilombolas" foi lançado pela rede estadual de ensino
de São Paulo com o objetivo de valorizar a cultura e a história das comunidades Quilombolas
do estado. A proposta surgiu a partir das demandas das próprias comunidades, através de rodas
de conversas iniciadas em 2012. Temos na rede estadual 7 diretorias de ensino (Apiaí,
Caraguatatuba, Itapeva, Jundiaí, Registro, São Roque e Votorantim) que possuem escolas
Quilombolas ou que atendem alunos oriundos de Quilombos.
O livro busca transmitir não apenas a cultura quilombola, mas também todo o legado
africano que contribuiu para a riqueza e a diversidade cultural do Brasil. Esse material é um dos
poucos existentes no país voltados especificamente para as comunidades quilombolas. Para
nossa prova, foi pedido que aprofundássemos nossos conhecimentos entre as páginas 38 e 55 do
livro orientador.
Além disso, os quilombos podem ser compostos por comunidades rurais e urbanas que
lutam historicamente pelo direito à terra e ao território, que engloba não apenas a propriedade da
terra, mas também os elementos culturais, costumes e tradições associados. Essas comunidades
possuem os recursos ambientais necessários para sua subsistência e mantêm a memória das
suas histórias. Também compartilham trajetórias comuns, têm laços de pertencimento e valorizam
a cultura dos seus antepassados, baseada em uma história identitária compartilhada, entre outros
aspectos.
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"O quilombo é também lugar de interpenetrações com o mundo exterior, pelas ingerências
das políticas públicas, da modernidade, do mercado, da cidade. Esse tipo de comunidade permite
aos seus visitantes conhecer um outro mundo, outras lógicas e outras formas de organização, o
que pode exercer um papel importante no quadro de referências individuais e coletivas." (pág.40)
Abaixo, segue mapa do próprio livro, que apresenta os quilombos que ainda (re)sistem no
Estado de São Paulo:
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Memória coletiva
Vejamos, a seguir, a proposta de duas atividades com relação a essa temática que foram
apresentadas nessa obra:
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RACISMO ESTRUTURAL
O livro, escrito por Silvio Almeira, apresenta uma visão ampla sobre o racismo estrutural,
que é entendido como um conjunto de práticas, normas e instituições que perpetuam a
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Introdução
O livro não se limita a discutir raça e racismo, mas aborda principalmente a teoria social.
O autor destaca duas teses: a primeira é que a sociedade contemporânea não pode ser
compreendida sem os conceitos de raça e racismo, e explora como diferentes disciplinas, como
filosofia, ciência política, teoria do direito e teoria econômica, dialogam com esses conceitos. A
segunda tese é que o racismo é sempre estrutural, integrando a organização econômica e
política da sociedade.
Raça e Racismo
A controvérsia sobre a etimologia do termo "raça" está presente, mas pode-se afirmar que
seu significado sempre esteve ligado à classificação, tanto entre plantas e animais quanto entre
seres humanos. A noção de raça como distintas categorias de seres humanos surgiu na
modernidade, por volta do século XVI.
O conceito de raça não é fixo, mas sim relacional e histórico, relacionado a circunstâncias
históricas e influenciado por contingência, conflito, poder e decisão. A classificação de seres
humanos serviu como uma tecnologia do colonialismo europeu para subjugar e destruir
populações em diferentes partes do mundo.
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➢ Concepção Individualista:
De acordo com essa visão, o racismo é entendido como uma forma de "patologia" ou
anormalidade. Pode ser visto como um fenômeno ético ou psicológico, tanto individual quanto
coletivo, atribuído a grupos isolados. Alguns também consideram o racismo como uma
"irracionalidade" que deve ser combatida por meio de sanções civis ou penais, como
indenizações. Essa perspectiva individualista pode negar a existência do "racismo", focalizando
apenas no "preconceito" e destacando sua natureza psicológica em detrimento de sua natureza
política.
➢ Concepção Institucional
A concepção institucional do racismo reconhece que ele vai além dos comportamentos
individuais e é resultado do funcionamento das instituições, o que é já é um grande avanço
considerando a concepção individualista.
➢ Concepção Estrutural
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O racismo institucional vai além das ações individuais e é influenciado pelo funcionamento
das instituições. Grupos dominantes utilizam as instituições para impor interesses políticos e
econômicos discriminatórios com base na raça. As instituições refletem a estrutura social e
reproduzem práticas racistas, a menos que adotem medidas antirracistas.
O racismo possui duas dimensões: uma dimensão institucional, que é regulada pelo
Estado, e uma dimensão ideológica, que busca manter a coesão social apesar das divisões
raciais. O Estado, as instituições sociais, as escolas, os meios de comunicação e as redes sociais
desempenham um papel significativo na criação e na recriação de narrativas que promovem a
unificação ideológica e o controle social baseado em classificações raciais.
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Racismo e meritocracia
Em uma sociedade marcada por conflitos de classe, raça e gênero, surge o desafio de
conciliar a desigualdade com parâmetros culturais baseados em ideologias universalistas e
igualitárias. A meritocracia é apresentada como uma solução para esse problema, mas a
combinação do racismo histórico com a meritocracia leva à interpretação da desigualdade racial
como falta de mérito individual.
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Racismo e Necropolítica
Em suma, o texto discute a relação entre política, colonialismo, racismo e terror, mostrando
como a experiência colonial foi a gênese da fusão entre morte e política, resultando em formas de
poder baseadas na violência, no biopoder, no necropoder e na necropolítica.
Direito e Antirracismo
No campo jurídico, o antirracismo adquiriu duas formas principais: a militância jurídica nos
tribunais para garantir a cidadania dos grupos minoritários e a produção intelectual com o
objetivo de questionar o racismo presente nas doutrinas e na metodologia de ensino do direito. As
contradições do sistema jurídico foram estrategicamente exploradas não apenas por juristas, mas
também por pessoas que foram e continuam sendo prejudicadas sistematicamente por esse
sistema.
sexuais, que serão responsabilizadas pela decadência econômica por aceitarem receber
salários mais baixos, quando não pela “degradação moral” a que muitos identificarão como motivo
da crise. O racismo será, portanto, a forma dos trabalhadores brancos racionalizarem a crise que
lhes trouxe perdas materiais e de lidarem com as perdas simbólicas impostas pelas vitórias da
luta antirracista e pela mínima representatividade alcançada pelas minorias raciais." (pág. 114)
TORNAR-SE SELVAGEM
O artigo, descrito por Jerá Guarani, fala sobre a situação do planeta Terra, que está em
decadência por conta de pessoas consideradas civilizadas.
O texto inicia com uma contextualização da situação atual do planeta, através de uma
narrativa construída: " Posso não parecer muito simpática com o que vou dizer. Em outras
ocasiões, certamente, não seria assim, pois gostamos muito de dar risada, o povo Guarani Mbya
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é muito alegre! E eu sempre me esforço para ser quem sou de fato – feliz, apesar dos pesares –
mesmo quando falo de assuntos problemáticos e ruins.
Mas, neste momento da história, diante do medo dos mais velhos e do lamento das
pessoas na aldeia, por ser indígena guarani mbya e por ter aprendido tudo o que aprendi, quando
penso no planeta Terra agora – não nele apenas, mas em nós nele –, eu realmente gostaria de
acreditar em vidas passadas." (pág. 1)
"Apesar de vários estudos e evidências produzidos pelo mundo civilizado, as pessoas não
param de fazer coisas erradas. Facilmente conseguimos perceber muitas coisas ruins e entender
que não estamos nada bem. Eu sei um pouco sobre São Paulo por meio dos estudos dos próprios
Juruá e de alguns relatos dos mais velhos da aldeia.
Sei que aqui existiam braços de água. Mas o Juruá veio e colocou cimento em cima deles.
Canalizou os rios lindos que poderiam estar aí, hoje, para os Juruá beberem, tomarem banho,
nadarem. Mas os Juruá querem cimentar tudo, cobrir tudo com cimento, e agora não têm água. A
água foi destruída. E tenho a impressão de que ainda vamos enfrentar situações piores daqui em
adiante.
É muito revoltante quando a sociedade Juruá fica perplexa e indignada ao ouvir falar que o
povo indígena no Brasil comete infanticídio; ou que os caciques no Brasil têm duas ou três
mulheres, ou outras coisas do tipo. Mas o povo dos Juruá, por sua vez, faz coisas absolutamente
incompreensíveis e maldosas contra seres que não podem se defender, como, por exemplo, o
contrabando do marfim, que vem de um bicho tão lindo, tão gigante, que é o elefante. O elefante,
às vezes, é deixado no chão, agonizando, sangrando, porque teve uma parte de seu corpo tirada
para esse mundo maluco do consumo, do acúmulo de riqueza." (pág.2)
" Por trás da ideia de trabalhar cada vez mais a autonomia e a soberania alimentar
guarani, há o objetivo de manter este povo forte. Porque a comida transgênica que vem da
cidade não deixa as pessoas fortes de verdade. A comida guarani tradicional alimenta o corpo e
alimenta o espírito também. Isso significa que as pessoas ficam fortes para continuar lutando.
Para defender a natureza, o nosso modo de ser guarani, temos que estar fisicamente fortes,
espiritualmente fortes." (pág.3)
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" Outra questão que pesou para mim é que o sistema de escolarização como um todo, no
mundo todo, é muito falido. Isso é especialmente grave no Brasil. É absolutamente vergonhoso o
sistema da educação que se coloca na grade curricular para os educandos. E se eu digo que a
educação do povo Juruá é falida, então imagina a educação para o povo Guarani? As escolas,
estaduais e municipais, que estão dentro das aldeias guarani de todo o Estado de São Paulo
entraram nessas aldeias sem preparação, sem que fossem pensadas as consequências
disto. Como as aldeias não estavam preparadas, naturalmente não havia nenhum plano político-
pedagógico.
Hoje ainda temos escolas com mais de 20 anos que não têm um plano político-
pedagógico. Isso significa que essas escolas têm uma parte muito grande do seu funcionamento
pedagógico focada em estudos de fora – elas não têm uma educação diferenciada para os povos
indígenas.
E para piorar, as pessoas nas aldeias colocam na cabeça que a escola é o futuro. Com
isso, muitas vezes, crianças e jovens deixam de aprender sua cultura tradicional porque estão
indo para a escola. Se a escola é o futuro, se a escola vai garantir um futuro, então por que
aprender e fazer outras coisas? Esse modo de pensar é um grande risco. A escola não pode ser
pensada assim. Quando o aluno termina o ensino médio, ele não vai ter um emprego garantido na
aldeia." (pág.5)
" Se temos contato com a cultura dos Juruá há quinhentos anos, isto é a
demonstração de que, de fato, o Juruá poderia se tornar selvagem, continuar vivendo e ter
um pouco mais de respeito com o planeta Terra. Não há palavras para descrever o quanto
nosso planeta é magnífico, mas acho que ainda não entenderam isto direito" (pág. 5)
" Gosto de chamar mais pessoas para serem selvagens. O nosso planeta, do jeito que
está, está sofrendo muito, está chorando, está gritando, e, por estarmos integrados com ele,
vamos ter que começar a viver, a ver, a saber e a ter que enfrentar muitas coisas negativas
também. Fumo cachimbo, faço fogo no chão, cozinho, durmo e acordo com a cantoria dos
passarinhos, e tudo isto é tão simples, mas é tão bonito, tão lindo, tão importante" (pág.6)
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➢ Censo Escolar
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➢ Censos Especiais
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O SIEd-Sup será coordenado pelo Inep e terá interligação com outras entidades, como a
Secretaria de Ensino Superior, a Capes, o CNPq, o Conselho Nacional de Educação e os
Conselhos Estaduais de Educação. O Inep será responsável pela coleta e manutenção das
informações, enquanto a definição do que deve ser coletado e divulgado, bem como as políticas
de acesso e disseminação de informações, serão definidas em conjunto com a SESu, o CNE e as
instituições de ensino superior.
Avaliações Educacionais
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O ENEM procura aferir o desenvolvimento das competências e habilidades que se espera que o
aluno apresente ao final da escolaridade básica. Portanto, o ENEM é uma avaliação individual do
desempenho do estudante. Ele é um teste voluntário e seu público-alvo são os concluintes do
Ensino Médio. Atualmente, mais de 100 universidades brasileiras aceitam o ENEM como um dos
critérios de acesso ao Ensino Superior.
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O exame é aplicado a cada dois anos e avalia o desempenho dos alunos, levando em
consideração fatores socioeconômicos e contextuais que influenciam a aprendizagem. Além
disso, são aplicados questionários a professores e diretores. A prova utiliza uma ampla variedade
de questões para garantir a validade curricular, contemplando os conteúdos propostos nos
currículos estaduais.
Comentários Finais
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Introdução
A busca de sentido e propósito na vida é uma preocupação universal que tem sido
explorada em várias áreas. Cada indivíduo enfrenta essa busca em algum momento e procura
respostas e ações que deem sentido à sua existência. Os projetos de vida são comparados a uma
bússola que orienta o desenvolvimento integral dos indivíduos na busca por um sentido de
vida. Esses projetos não seguem uma linha reta, mas sim um caminho cheio de curvas e
mudanças de direção, embora possuam uma estrutura clara e coerente.
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A psicologia tem uma tradição de estudos sobre o sentido da vida. Viktor Frankl
desenvolveu a logoterapia, enfatizando a busca do sentido e a autotranscendência para a saúde
mental. Já Erik Erikson destaca o estabelecimento de um plano de vida como crucial para o
desenvolvimento humano e a formação da identidade. Barbel Inhelder e Jean Piaget enfatizam
a importância do projeto de vida na adolescência e na formação da identidade. Esses estudos
convergem para a ideia de que ter um projeto de vida é fundamental para o desenvolvimento
saudável e dar sentido às ações das pessoas.
Apenas 20% dos jovens têm projetos de vida, indicando a necessidade de apoio dos pais,
educadores e sociedade em geral. Construir um projeto de vida requer autoconhecimento,
compreensão do mundo, identificação de necessidades e problemas, análise realista das
próprias características e formulação de objetivos de longo prazo.
Matthew Bundick, em sua abordagem sobre o projeto de vida, destaca três aspectos
constituintes: estabilidade ao longo do tempo, objetivos de longo prazo e ser organizador e
motivador da vida do sujeito.
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de vida podem ser influenciados pela cultura e podem variar em complexidade e ambição. Além
disso, os sentimentos e emoções desempenham um papel relevante na motivação e estruturação
dos projetos de vida. Compreender e estudar os projetos de vida é importante tanto no nível
pessoal quanto social e profissional, e está relacionado à construção identitária e ética.
Vários autores na psicologia têm estudado a relação entre a formação da identidade das
pessoas e seus projetos de vida. Esses estudos sugerem que a constituição da identidade
envolve compreender o significado pessoal atribuído aos diferentes aspectos da vida e a
==b020f==
Erik Erikson é uma referência importante nesses estudos. Ele propôs que a formação da
identidade ocorre ao longo da vida, através de pressões sociais e culturais que resultam em
conflitos e crises individuais. Em cada estágio de desenvolvimento, a pessoa precisa enfrentar
essas crises para estabelecer gradualmente o senso de identidade. Durante a adolescência, um
período tumultuado de confusão de papéis, os indivíduos integram e consolidam sua identidade
enquanto passam por mudanças físicas e psicológicas significativas. Nessa fase crítica, chamada
de "moratória" por Erikson, os elementos de toda a trajetória de vida são integrados,
fornecendo uma base para a consolidação da identidade nas etapas seguintes, de acordo com as
expectativas sociais. Durante a adolescência, os jovens experimentam diferentes papéis e
testam várias identidades para descobrir quem são e como se encaixam no mundo além de si
mesmos.
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Nesse capítulo, o autor destaca que os processos de construção dos projetos de vida são
influenciados por elementos cognitivos, emocionais, sociais, políticos, psíquicos e culturais. O
autor descreve uma pesquisa realizada com jovens brasileiros, onde foram identificadas seis
formas diferentes de organizar os projetos de vida:
1. projetos frágeis
2. projetos idealizados
3. projetos centrados na família e no trabalho
4. projetos centrados no trabalho
5. projetos com intenções altruístas
6. projetos centrados no consumo e na estabilidade financeira.
Uma pesquisa recente com professores revelou que a maioria vê o trabalho como fonte de
remuneração, não valorizando a educação como algo central. Os cursos de formação reproduzem
modelos tradicionais expositivos, desconectados da realidade e das práticas de sala de aula,
dificultando o trabalho com projetos de vida dos alunos. Além disso, não enfatizam a formação
ética e sociopolítica dos docentes.
Para ser um bom professor, é necessário ser atualizado, ético e engajado. A excelência
implica conhecimento, metodologias ativas e papel de mediador do conhecimento. A ética
envolve virtudes como honestidade, rigor, equilíbrio, justiça e respeito. O engajamento e a
autorrealização no projeto de vida como docente também são essenciais.
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Em resumo, o livro aborda a importância dos projetos de vida na formação dos jovens
brasileiros e destaca reflexões relevantes para a prática educativa e o trabalho dos professores. É
ressaltada a valorização dos sentimentos e emoções dos jovens, assim como o papel das
relações interpessoais e a busca pelo bem-estar e felicidade na construção desses projetos.
Os valores éticos subjacentes aos projetos também são enfatizados, defendendo-se a
participação das instituições escolares nesse processo. O livro apresenta etapas para esse
desenvolvimento, como momentos de inspiração, referências pessoais, esforço e
comprometimento, e o desenvolvimento de habilidades e caráter. Além disso, destaca-se o papel
das metodologias ativas de aprendizagem na formação dos projetos de vida e na promoção de
valores coletivos, colaborativos e éticos. O objetivo geral é motivar os jovens a terem projetos de
vida significativos, que contribuam para sua formação moral e para a construção de um mundo
mais justo, solidário e feliz.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
No decorrer da aula, pudemos conhecer melhor os autores do nosso edital. Pensando no
estudo ativo para a prova, recomendo que vocês busquem encontrar pontos em comum entre
esses autores e, também, que façam o exercício de ligar as ideias dessas obras com o que
estudamos de legislação e de currículo. Assim, você já fica também preparado para possíveis
temas nas discursivas.
E-mail: mariana.paludeto@yahoo.com.br
Instagram: @mari.pedagoga
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QUESTÕES COMENTADAS
Comentários:
Conforme vimos na obra “Narrativas Quilombolas”, o quilombo pode ser definido como grupo de
pessoas que possuem uma mesma ancestralidade, que compartilham de uma memória coletiva.
Geralmente, quilombo está ligado a terra e a um modo de vida sustentável e com características
culturais próprias.
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A) A integração das TDIC nas atividades da sala de aula tem proporcionado o que é
conhecido como ensino híbrido, sendo que a “sala de aula invertida” ou “flipped classroom”
é uma das modalidades que tem sido implantada no Ensino Superior.
B) No ensino híbrido, os conteúdos e as instruções devem ser elaborados especificamente
para a disciplina, de forma a se evitar o uso indiscriminado de qualquer material disponível
na internet e a garantir uma adequada supervisão do professor nos momentos presenciais,
com vistas a valorizar as interações interpessoais e a complementar às atividades on-line.
C) Sala de aula invertida é uma modalidade na qual os conteúdos são estudados on-line
durante as aulas; a sala de aula passa a ser o local para trabalhar os conteúdos
diretamente com a mediação do professor, realizando atividades práticas como resolução
de problemas e projetos, discussão em grupo, laboratórios etc.
D) O ensino híbrido caracteriza-se como um programa de educação formal que mescla
momentos em que o aluno estuda os conteúdos usando recursos on-line e outros em que o
estudo ocorre em uma sala de aula e o aluno pode interagir com outros alunos e com o
professor.
Comentários:
A sala de aula invertida, importante metodologia ativa que proporciona o Ensino Híbrido, é
quando o conteúdo é antecipado aos estudantes, geralmente por intermédio de recursos
tecnológicos e, ao vir presencialmente para a sala, o conteúdo é trabalhado com mais
profundidade, tirando dúvidas e colocando a mão na massa. Vamos para um exemplo?
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O ensino híbrido está emergindo como uma inovação sustentada em relação à sala de aula
tradicional. Essa forma híbrida é uma tentativa de oferecer “o melhor de dois mundos”, isto é, as
vantagens da educação on-line combinadas com todos os benefícios da sala de aula tradicional.
Nesse sentido, quanto às vantagens desse modelo de ensino, analise as assertivas abaixo e
assinale a alternativa correta.
Comentários:
No Ensino Híbrido, que está profundamente ligado à metodologias ativas, podemos misturar
estratégias online com offline e conseguimos garantir o protagonismo e engajamento dos
estudantes. Além disso, o professor passa a atuar como um mediador e pode ter uma visão mais
individualizada do desempenho dos estudantes e em como ajudá-los a avançar.
Foi noticiado no site Jovem Pan News de 07/11/21: “MEC (Ministério da Educação) reconhece
que ensino híbrido já é realidade no Brasil”. Sobre o sistema híbrido de ensino, ensino remoto,
EaD e temas afins, analise as afirmativas a seguir e dê valores Verdadeiro (V) ou Falso (F).
( ) Ensino remoto é quando o aluno tem aulas de recuperação presencialmente, quando falta às
aulas.
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a) V - F - F - V - V
B) V - V - V - F - F
C) V - V - F - F - V
D) F - F - V - F - F
E) V - F - V - F – V
Comentários:
Já conversamos bastante sobre esse modelo de ensino e é importante lembrarmos que o ensino
remoto não serve para aula de recuperação do ensino presencial.
Projeto de Vida é, para o estudante, o caminho traçado entre “quem ele é” e “quem ele quer ser”,
partindo da apropriação da história de sua vida pessoal para projetar trajetórias sobre os próprios
desejos, por meio do exercício contínuo de autoconhecimento, de reflexão sobre sua própria
atuação no mundo, no mundo do trabalho, na família e na comunidade, construindo novas
perspectivas das dimensões pessoal, cidadã e profissional.
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II. O desenvolvimento da percepção dos estudantes sobre a importância dos estudos para
planejar o futuro.
III. A escolha de metodologias que ajudem os estudantes a elaborar seu Projeto de Vida de forma
clara e coerente.
a) I, III e IV.
B) II e V.
D) I, III e V.
E) I, II e IV.
Comentários:
A afirmativa III está errada pois não é através de escolhas meramente metodológicas que o
estudante conseguirá se desenvolver com autonomia. Por sua vez, a afirmativa V está errada
porque foca no desenvolvimento para mercado de trabalho e essa é apenas uma das diversas
dimensões que devem ser abarcadas pelos Projetos de Vida dos estudantes.
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Artigo 1º §1. Todos os seres humanos pertencem à mesma espécie e têm a mesma origem.
Nascem iguais em dignidade e direitos e todos são parte integrante da humanidade.
§3. A identidade de origem não afeta de modo algum o fato de os seres humanos poderem viver
de forma diferente, nem prejudica a existência de diferenças baseadas na diversidade das
culturas, do meio ambiente e da história, nem o direito de manter a identidade cultural.
B) a diversidade dos modos de viver autoriza formas políticas de tratamento social hierárquico.
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D) a diferença entre as realizações históricas dos povos se explica por seu grau de evolução
cultural.
Comentários:
D) é uma decorrência da forma com que se constituem as relações sociais, de modo que o direito
faz parte da mesma estrutura social que o reproduz enquanto prática política e como ideologia.
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E) é uma manifestação irracional do Estado moderno, que funciona norteado pela impessoalidade
e pela técnica, de maneira que o direito é o melhor instrumento para combatê-lo, seja punindo
criminal e civilmente os racistas, seja estruturando políticas públicas de promoção de igualdade.
Comentários:
Quando Silvio Almeida em seu livro “Racismo Estrutural” apresenta para nós essa teoria de como
o racismo se constitui, ele defende a perspectiva de que o racismo é uma decorrência da forma
como construímos as relações sociais. Portanto, a alternativa correta da nossa questão é a letra
D.
Comentários:
OPJIWDPQWJDIQWDJIPQDJ:
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