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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA PARAÍBA


​CAMPUS CAMPINA GRANDE

CELSON RUBHENS SILVA RODRIGUES


DARLISON GABRIEL LEITE SAMPAIO
EMMANUEL DUARTE CLAUDINO
PATRICK PEQUENO DO NASCIMENTO

PEDRO KLUIVERT PIAUI ROCHA

TRABALHO COLETIVO DE FILOSOFIA REFERENTE A 1ª PARTE DA SEGUNDA


NOTA DO 1º BIMESTRE

CAMPINA GRANDE, PB
2020
O trabalho presente visa explicar as diferenças das diversas teorias políticas sobre o
liberalismo, e as teorias são: Liberalismo clássico, Social Liberalismo, Anarcocapitalismo,
Liberalismo francês e Conservadorismo.

Liberalismo Clássico: O liberalismo é um conjunto de ideias políticas, éticas e econômicas


que se direcionavam contra as visões de mundo da nobreza feudal. Essa corrente de
pensamento defende a separação do público e do privado, e a liberdade dos indivíduos de
poderem realizar suas atividades sem interferência do estado, sobretudo as econômicas. É
uma linhagem que se opõe ao tradicional, à centralização do poder, à nobreza, e lutava pela
liberdade dos indivíduos na sociedade. (Parágrafo)
Pelo aspecto político, era contra o absolutismo real, os privilégios e os direitos divinos do
rei, e a herança, e buscava a legitimação do poder, incluindo a sociedade e os cidadãos nesse
processo, ideias que, de certa forma, inspiraram o desenvolvimento do pensamento
democrático, o voto popular, a autonomia dos poderes e a limitação do poder central.
(Parágrafo)
Pelo aspecto ético, se defendia a extinção de atos como tortura, penas cruéis, prisões sem
provas ou embasamento, e abuso de poder das autoridades, e incentivava a tolerância
religiosa, e estimulava a liberdade de pensamento e de expressão. (Parágrafo)
Pelo aspecto econômico, o liberalismo era contra os privilégios e os procedimentos típicos
da economia mercantilista que possibilitava a interferência do rei nos negócios. A ecomomia
liberal, posteriormente, acabou se consolidando com o escocês Adam Smith (1723 - 1790) e
o inglês David Ricardo (1772 - 1823) que defendia a autonomia econômica dos indivíduos
baseada na produção e competição através da propriedade privada.

Social Liberalismo: O Liberalismo Social é uma forma de vê a liberdade indivíduo como um


objetivo central, já que para o liberalismo social a falta de oportunidades de emprego,
educação, saúde etc. podem ser tão prejudiciais para a liberdade.
As ideias e partidos que adotam o liberalismo social são considerados de centro.Derivando
disso, os liberais sociais se encontram entre os mais fortes defensores dos direitos humanos
e das liberdades civis, embora combinando esta vertente com o apoio a uma economia em
que o estado desempenha essencialmente um papel de regulador e de garantidor do acesso a
todos, aos serviços públicos que asseguram os direitos sociais considerados fundamentais.
Todavia no liberalismo social, o estado não tem obrigatoriamente de ser o fornecedor do
serviço público, tendo apenas de garantir que todos os cidadãos têm acesso a serviços
públicos, independentemente da sua capacidade económica.

Sua origem ocorreu no final do século XIX e início do século XX, na Inglaterra, por grupo
de pensadores Ingleses, conhecidos como os Novos Liberais considerou que o laissez-faire(é
expressão escrita em francês que simboliza o liberalismo econômico) defendido pelo
Liberalismo Clássico não era necessariamente promotor da liberdade individual e que por
isso seria necessária alguma intervenção do Estado na vida social, econômica e cultural de
um país. Os Novos Liberais, consideravam por isso que a defesa da liberdade individual se
deveria centrar na defesa de liberdades positivas, e que as liberdades que idealizavam para
todos apenas poderiam ser alcançadas sob as condições económicas e sociais certas. Por
forma a alcançar estas condições estavam dispostos a que existisse um Estado social e
intervencionista.
Anarcocapitalismo: O AnarcoCapitalismo é uma teoria que deriva de ideais do liberalismo
clássico, portanto defende a propriedade privada como um direito universal e o livre
mercado, além da liberdade dos indivíduos, mas divergem na questão da existência do
Estado, é neste ponto que os ideais anarquistas entram, para o Anarco Capitalismo, o Estado
é uma ameaça a propriedade privada e o livro mercado, como uma instituição que as custas
de uns, beneficia outros com seus impostos e o monopólio legal do uso da força. Um dos
principais filósofos anarco capitalistas, Murray Rothbard apresenta idéias contra o estado em
um dos seus principais livros, A Anatomia do Estado, um ensaio que apresenta a forma do
Estado, o que ele é e não é, seus comportamentos, um ensaio essencial para entender a ótica
anarco capitalista do Estado.
Para os filósofos anarco capitalistas, a base da convivência harmônica e pacífica de uma
sociedade nesses moldes seria a total concordância de todos com a PNA (Pacto de Não
Agressão), que seria uma máxima moral e ética para a defesa da propriedade privada e
individual.

Liberalismo Francês: O liberalismo francês possui muitos princípios em comum com o


liberalismo inglês, mas umas das principais divergências de ambos é a maior ênfase no anti
absolutismo do liberalismo francês e concepções de riquezas, para os britânicos, a riqueza
deriva do dinheiro e das especulações financeiras, já os franceses tem a base fisiocracia, que
a verdadeira fonte e geradora de riqueza é a terra, a fisiocracia teve como um dos principais
adeptos, Anne Robert Jacques Turgot que teve como mentor Fronçois Quesnay. Outra
característica seria associada com o extremo pensamento anti absolutista, a diminuição de
poder através de poderes independente, Executivo, Legislativo e Judiciário.

Conservadorismo: o conceito de conservadorismo surge com base na discussão das ideias


iluministas, em uma posição de crítica, ao decorrer da modernidade esse conceito foi se
desenvolvendo, descrevendo uma série de posições filosóficas que na maioria das vezes
combatem as ideias do Liberalismo e uma mentalidade “progressista” no sentido de que há
um amplo progresso da humanidade em vista de sua razão.
É importante destacar que o conceito de conservadorismo é diferente de uma postura
conservadora. Conservar está no sentido de zelar por valores específicos que tem um caráter
atemporal e transcendente, preservar costumes e instituições que provaram seu valor
resistindo ao passar dos tempos.
Reformas podem ser feitas desde que estejam em conformidade com os valores que
passaram no “Teste do Tempo”, e isso significa dizer que as mudanças devem estar em
adequação com os valores. O conservadorismo acredita que há uma Ordem Moral natural ou
divina que não deve ser infringida.
Defendem a ideia de que autoridade, liderança e hierarquia são aspectos naturais em uma
sociedade.
O conservadorismo combate as ideias do Liberalismo como os pressupostos antropológicos
errôneos, o pedantismo racionalista, isto é, a opinião filosófica de homens que querem
definir como deveria ser a ordem moral, a destruição de modos de vida tradicionais, etc.

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